terça-feira, 30 de novembro de 2021

Sopram os últimos ventos de setembro

 



Sopram-me os últimos ventos de setembro

Passam pelas portas e pelas minhas janelas

São os mais suaves dos quais eu me lembro

Eles vêm para dar graça a nossa primavera.


Sopram os ventos, barulham a água do jarro

Réstias solares invadem a minha sala grande

Uma sabiá canta e anima os canários raros

E seu canto exala a melodia que se expande. 


Sopram os ventos porque precisam soprar 

E foi para isso que eles foram inventados

Sopram em minhas árvores e vão pro mar.


Sopram os ventos frescos em minha cidade

Bemvindos sejam eles, benditos e abençoados

Sopram em mim os ventos de minha saudade.


Euclides Riquetti

30-11-2021







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