segunda-feira, 16 de maio de 2022

Quem vai cuidar de nós?

 


Replay...de pouco mais de cinco anos atrás, mas situação cada vez mais atual!





Para onde vamos?
           Tenho ouvido as propostas dos candidatos às eleições aqui de Joaçaba e de cidades da microrregião. Na verdade, não há como eles fugirem do “mais do mesmo” também em relação ao que se propõem a executar se forem eleitos. O eleitor comum quer ver atendidas as suas pautas, que são muito simples. Então, os discursos, ao longo da campanha, acabam se afinando, indo para a mesma direção, dando a impressão que são copiados uns dos outros. Isso significa que o que todos eles ouvem, no contato com os eleitores, é a mesma coisa.                     Vou me reportar, aqui, a um item que considero muito importante para nossas cidades, Joaçaba, Herval d ´Oeste e Luzerna, a  questão da velhice:        
          É sabido, e as estatísticas mostram isso muito bem, que as pessoas estão vivendo por mais tempo nas cidades. Também está evidenciado que os casais estão tendo menos filhos e que poucos restaram morando com os pais, longe daquela tradição de até cinco décadas atrás, quando o filho mais novo ficava morando com os pais e herdava a propriedade e o compromisso de cuidar deles até o fim de sua vida. Longevidade estava fora de questão, bem ao contrário do que acontece agora.                                                                                                                  Tudo isso vem causando preocupação aos viventes: “Quem vai cuidar de quem?”  ou: “Quem vai cuidar dos velhos?” -  Tenho presenciado o drama de muitas famílias e isso me remete a um projeto que o Prefeito José Camilo Pastore, da cidade de Ouro, pretendia executar em seu mandato, de 2005 a 2009, a creche do idoso. Tais projetos costumam ser travestidos da roupagem “Centro de Convivência da Terceira Idade”, mas o conceito do projeto de Pastore era bem diferente: ele tinha a preocupação com as pessoas que, na velhice, perdiam o companheiro ou companheira, e não tinham com quem ficar durante o dia. E propunha que fossem implantadas as creches de idosos, para onde os filhos os levariam de manhã e, ao fim do dia, depois do trabalho, os levariam de volta para casa. A situação é mais complexa e mais preocupante do que parece e somente quem tem o problema sabe dimensioná-lo.                                                                                                                                                  Passados dez anos, a situação é ainda mais preocupante. Muitas pessoas estão optando por não terem filhos, outras os perderam, ou mesmo acabou-se a paciência em cuidá-los. E, os custos para a contratação de cuidadores, muitas vezes mais do que um, têm alto custo. Soma-se a isso o custo saúde e a conta fica muito grande. Então, imagino que as cidades devam projetar seus Centros de Atenção ao Idoso, instituições apropriadas a atenderem pessoas em idade avançada que não tenham herdeiros próximos. Não haverá como o Poder Público fugir desse compromisso. Tais instituições deverão estar aparelhadas com boas instalações, equipamentos e recursos humanos qualificados. E deverão prestar ao idoso, além de toda a atenção em saúde, alimentação, alojamento e ocupação, bem como o assessoramento em seu acesso a bancos, lojas, mercados, etc.                                                                                                                                                                                                   A atenção à pessoa idosa precisa estar na pauta de todos os candidatos a prefeito e deve ser compromisso dos vereadores cuidar para que os projetos se efetivem.

Euclides Riquetti – Escritor

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