terça-feira, 23 de agosto de 2022

Política – Eleições, ativismo, agora a propaganda é pra valer..

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A polarização entre Lula e Bolsonaro na disputa do cargo de Presidente da República cada vez se consolida mais. As pesquisas sobre o assunto diferem muito uma da outra, porém, há serviços que fazem compilações de dados e que produzem um resultado mais confiável, sem a prevalência de dois tradicionais institutos, como o DataFolha e o IPEC, que é controlado por ex-funcionários do IBOPE,  e pelos quais Lula tem grande dianteira de Bolsonaro. Na forma de aglutinação dos resultados, se metade dos institutos puxarem para um lado e metade para outro, as composições acumuladas nos permitem ter uma ideia mais próxima da realidade eleitoral. De qualquer forma, a desistência do candidato André Janones, do Avante, que declarou apoio a Lula e tem grande influência nas redes sociais parece ter adicionado 2% nos números do ex-Presidente.

       Iniciada a campanha no rádio e na TV, em no máximo duas semanas será possível avaliar se os outros candidatos vão tirar votos dos dois antagonistas. Candidatos com muito dinheiro para a campanha e bom tempo de propaganda gratuita poderiam melhorar seus índices de preferência junto ao eleitor, porém, até o presente momento, isso não se verifica. Pesquisas mostram que, no momento, cerca de 38 milhões de eleitores não têm ainda um candidato definido.

       Aqui em Santa Catarina, os candidatos a Governador participaram de um debate promovido pela Rádio CBN, ocorrido nos estúdios da NSCTV, em Florianópolis, na manhã de terça-feira. De uma forma geral, atacaram o Governador Carlos Moisés, até porque o mesmo está em primeiro lugar nas pesquisas e formou uma coligação forte, tendo o MDB como aliado e ainda com o apoio de diversos prefeitos, inclusive filiados a partidos dos seus concorrentes. Jorginho Mello foi o que mais o atacou, principalmente criticando sua postura em relação ao Governo Federal, pois elegeu-se na carona de Bolsonaro em 2018. Aliás, o atual presidente foi muito invocado no debate, em detrimento a Lula, pois nosso Estado tem uma tendência bolsonarista muito acentuada. As campanhas, em Santa Catarina, tendem a serem muito propositivas, e isso foi muito perceptível no debate da CBN, conduzido pelo jornalista Raphael Faraco. Fora as denúncias sobre a compra dos respiradores pelo atual Governo, não houve outros fatos consideráveis no gênero.

       Se em nível estadual o debate foi equilibrado, o mesmo não espero das discussões em nível federal, onde ocorrerão, certamente, muitos conflitos, ofensas, críticas severas,  acusações, confrontos nas redes sociais. No ambiente físico, há grande preocupação dos  órgãos de Segurança com o que pode acontecer nas ruas e em ambientes de encontros de pessoas. A Polícia Federal e as estaduais estão elaborando fortes esquemas de segurança, pois as confusões, normalmente acontecidas no dia da eleição, ocorrerão ainda durante a campanha.

 

O que favorece Lula e o que favorece Bolsonaro – Lula tem muita força no eleitor mais jovem, jovem, dentre os mais pobres  e os intelectual, ativistas de esquerda, e egressos das comunidades de base da Igreja Católica.  Bolsonaro circula bem dentre os Evangélicos, ativistas  de direita, beneficiários do Auxílio Brasil, e a  queda importante nos índices de desemprego, deflação, queda nos preços dos combustíveis, redução do IPI de alguns produtos, redes sociais, ativismo digital.  

       A posse de Alexandre de Moraes como presidente do TSE foi bem concorrida, com a presença de candidatos à Presidência da República e ex-Presidentes. Houve atitudes respeitosas, pode-se dizer. As atenções da imprensa foram aos principais contendores das eleições deste ano. Já alguma coisa! Moraes certamente será menos conflituoso que seu antecessor, Édson Fachin. Se tiver habilidade e não fomentar o confronto, não ficar omitindo sua opinião sobre acontecimentos, mas atuar como magistrado, ganhará pontos com a população e nos meios jurídicos. Algumas querelas têm sido alimentadas por fofoqueiros e puxa-sacos de algum lado da política e isso não leva a nada de positivo

       Economia da Argentina – A situação está muito difícil para os argentinos: Inflação, desemprego, perda de valor de seu dinheiro perante o dólar e o real, perda da autoestima da população, miséria crescente, desespero que influencia até no comportamento das pessoas. Quando as coisas ficam difíceis, até o desrespeito entre os seres ocorre. Recentemente, houve uma briga de vestiários, entre dois jogadores do Boca Juniors, que se soquearam num intervalo de jogo de futebol.

Euclides Riquetti- Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com


Meu artigo no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC - em 19-08-2022

Um comentário:

  1. Numa guerra cada um luta com as armas que tem.
    bolsonaro (minúsculo mesmo) tem sua campanha baseada em decreto sigilo de 100 anos onde procura de todas as formas esconder seus flagrantes crimes, e no Orçamento secreto, a mais descarada e infame compra de votos da história.
    Além disso armou suas milícias até os dentes, liberando compra farta de armas e munições e o treinamento em clubes de tiro.. Para que isso?
    O povo que sonha em participar das coisas da nação: comer, trabalhar, estudar... decidir conforme nossa Constituição é consciente disso e certamente responderá à altura.
    A maioria dos que sofrem com este desgoverno: os mais pobres, os negros, os indígenas, LGBTs, as mulheres, principalmente, não querem a continuação dessa caricatura de Hitler. Deus nos livre e guarde!
    São tempos difíceis de enfrentar os 10% que estão se dando bem e nunca pensaram a Nação: (parte do empresariado, os Langs da vida, parte do agronegócio, parte das Forças armadas, boa parte do evangélicos e a massa zumbificada pela mídia corporativa que repete ad nauseam as mentiras encomendadas pelos donos do dinheiro, eles, inclusive, contra o povo,, os 90% que pagam a conta, não têm emprego, ganham mal e passam fome.
    O que está em disputa é a civilização contra a barbárie. Trata-se, seguramente, do momento mais grave vivido pela nação Brasil e convém que nos demos conta disso sob pena de perdermos o bonde da história.
    Não basta ganhar a eleição é preciso criar condições de governar e mudar... Isso dá trabalho..
    Ah, e o coração de dom Pedro? Que coisa ridícula, típico dos amantes da morte. É a necrofilia como disse Erich Fromm em seus escritos

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