domingo, 6 de novembro de 2022

Jorginho Mello é o campeão proporcional de votos no Brasil

 


                                                             Ruquetti, com o então Senador Jorginho Mello

                                                             no Hotel Joaçaba - domingo cedo. 

       No domingo pela manhã, após votar em urna da Escola Nossa Senhora de Lurdes, aqui perto de casa, dirigi-me ao Hotel Joaçaba, que frequento diariamente, pois o proprietário Valdecir Piovesan é meu companheiro de caminhadas. Tenho amizade com todos os seus familiares. Sabe aquela história de estar no lugar certo na hora certa? Pois isso aconteceu comigo na metade da manhã de domingo. No hotel, após cumprimentar o proprietário, a esposa Laiane a uma funcionária da recepção, eu estava postado em frente do elevador, quando sai dele o Senador Jorginho Mello, candidato a Governador de Santa Catarina, que nem havia ainda votado. Abraçamo-nos, tiramos foto juntos  e fomos para a sala do café.

       Na mesa com ele, a vereadora Rita Weiss, o ex-Vereador Elói Hoffelder e o ex-Prefeito de Herval d ´Oeste, Paulo Nerceu Conrado, o Mancha. Naquela hora, um canal de televisão relatava uma pesquisa do dia anterior, em que indicava 67% dos votos para Jorginho Mello, do PL,  e 25% para Décio Lima, do PT. Falei: Vai dar 70 a 30! A vereadora Rita falou que Décio não atingiria 30% e que Jorginho chegaria fácil aos 70%. Resultado: Jorginho obteve 70,69% dos votos válidos e Décio 29,31%. Foram 2.983.949 votos conferidos a Jorginho e 1.237.016 a Décio. Uma diferença pró Jorginho Mello de 1.746.033 votos. Realmente, o bolsonarista Jorginho é um campeão de votos.

       Voltando para casa, um senhor me abordou e me perguntou o que eu achava que ia dar na eleição para Presidente da República. Falei: Se Lula ganhar, não dá mais que dois por cento dos votos. Se Bolsonaro ganhar, não dá mais que um por cento! E deu 50,90% a 49,10%. E acrescentei: Só dá Bolsonaro se houver uma grande abstenção. E deu Lula.

       Jorginho dos Santos Mello é governador eleito em Santa Catarina, no segundo turno das eleições deste ano, realizado no domingo, 30. É o melhor percentual de votos neste País, dentre os governadores eleitos e que assumirão os cargos no primeiro dia de 2023. A história política de Jorginho, sempre habilidoso e bem articulado, o levou à vitória consagradora.

      Mello começou como vereador em Herval d ´Oeste, aos 18 anos. Foi por quatro vezes Deputado Estadual, duas Deputado Federal, uma Senador da República, e agora Governador dos catarinenses. Formado em Estudos Sociais pela UNOESC, também é em Administração e Direito pela Unisul. É sabido que na sua infância, o menino nascido em Ibicaré, foi engraxate e vendedor de paçoquinhas na estação do trem de Herval d ´Oeste. Funcionário de carreira do BESC, antigo Banco do Estado de Santa Catarina, chegou a ser Gerente e Diretor do mesmo.

       Sua primeira eleição como Deputado Estadual veio com o importante apoio dos colegas do BESC. Mesmo adiante, nunca se desligou dos amigos e eleitores que fez naquela época.  Por sua origem humilde, tem facilidade de aproximar-se de pessoas de todas as classes sociais. Sabe fazer escolhas e opções políticas. Nas eleições de 2018, elegeu-se Senador da República tendo como suplente a Sra. Ivete Appel da Silveira, viúva do ex-Governador Luiz Henrique da Silveira, in memoriam. Pode-se asseverar que isso foi uma jogada de mestre. O partido dela, MDB, participou da chada do Governador Carlos Moisés, que tentava a reeleição mas que, no primeiro turno, foi superado, por pouco, por Décio Lima, do PT.

       Em seus discursos de campanha, Jorginho Mello mostrou-se defensor da classe dos professores, pois tem formação para tal, embora não tenha exercido aquela profissão.

       Eleição de Luiz Inácio Lula da Silva -  Lula foi o vencedor do pleito. Vai ser diplomado e tomará posse. Não tenho nenhuma dúvida sobre isso. Não sou um escritor ou articulista torcedor, emito minha opinião baseado num conjunto de informações que obtenho. Já escrevi de que, independente de quem ganhasse, não teria vida fácil. A encrenca já começou. Conheço bem o pós-eleições de resultado apertado. Participei de uma municipal em que o vencedor teve 63 votos de diferença. Na eleição seguinte, o que ele apoiou ganhou por 16 votos. Num universo de 5.500 eleitores. Divisão da população e muitos conflitos. Quem perde por pouco, não se conforma. Assim vai ser o mandato de Lula. Terá que abraçar-se com o Centrão e vai enfrentar forte oposição popular. E, se o eleito fosse Bolsonaro, não seria diferente. Só mudaria o lado dos atores. E a  bagunça já começou!

Euclides Riquetti – Escritor – Autor de “Crônicas do Vale do Rio do Peixe e Outros Lugares” e “Crônicas dos Antigos Rio Capinzal e Abelardo Luz – Ouro e arredores” – www.blogdoriquetti.blogspot.com

 

Minha coluna no Jornal Cidadela - 

Joaçaba - SC, em 04-11-2022

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