quarta-feira, 9 de novembro de 2022

The Scarlet Letter (A Letra Escarlate)


 



          Adoro ver filmes. Raramente  assisto a algum sem, primeiro, ver a sinopse. Não assisto a terror. Documentários e dramas, raramente. Na minha ordem de preferência, aparecem: romances, comédias, aventuras. Ficção, nos moldes como se produz hoje, nada.Considero-me um  romântico, gosto de ser "da paz", não assisto se souber que não tem final feliz. Gosto de ver que o mocinho e a mocinha, ou os pais e os filhos, fiquem juntos ao final!

          Conta-me, muito, o elenco das produções. Ator bom não aceita fazer filme que não seja bom, bem dirigido, bem produzido. Nesse contexto vi, ontem, "A Letra Escarlate", do Diretor Roland Joffé.  É uma produção norteamericana ( e os americanos são ótimos em fazer cinema!), com um belissimo cenário, ambientado em Bay Colony, no Massachussetts, em 1966. Reproduz a história vivida por Hester Prynne e o reverendo Arthur Dimmesdale, numa época em que Estado e Igreja faziam o que queriam, mais do que podiam ou deveriam, em nome de Deus. Nos papéis principais, Demi Moore, à época com 32 anos, e Gary Oldman. A bela senhora chega ao local vindo da Inglaterra antes de seu marido, um médico, para encontrar um lugar ideal para morarem. Conhece um reverendo que se constitui num eloquente e habilidoso orador e se apaixonam.

          Nesse tempo, o marido é sequestrado por índios antes de alí chegar e é dado como morto. A viúva, então, pelas leis puritanas fortemente defendidas no local, deveria esperar por sete anos em luto para só então ser considerada livre de seu vínculo matrimonial.

          No entanto, Hester engravida do reverendo Arthur. Ambos estão perdidamente apaixonados e ela tenta esconder a gravidez. Quando as autoridades descobrem que está grávida, mandam-na para a prisão, o que não aconteceria se revelasse o nome do pai. Não o faz, pois se o fizesse, ele seria enforcado.

         O filme tem contornos de romance e dramaticidade em relevância. Há os conflitos entre brancos e índios, uma sociedade altamente puritana. A Hester é dada a liberdade, porém dever usar, no peito, uma letra bordada em escarlate: um "A", de adúltera. Faz isso por sete anos, sofrendo toda a espécie de humilhação possível nas ruas e no pelourinho da cidade. No ápice da trama, reaparece, sem identificar-se para a sociedade, o marido que fora dado como morto, que começa a aterrorizar a bela esposa, por quem fora muito apaixonado.

           Diferentemente do que traz a verdadeira história, a do livro  "The Scarlet Letter", escrito em 1850 por Nathaniel Hawthorne,  há um final deferente, bem ao meu gosto. E, se eu digo que é bom, é porque é bom. Gosto de filmes "cabeça", mas o que eu gosto, mesmo, é de me divertir. Então, não vou lhes tirar, leitores, o direito de ver o filme, participar das emoções, apiedar-se com o sofrimento das personagens, a inujriar-se contra as atrocidades das autoridades. Convido-os a verem a candura de Pearl, a filhinha de Hester e Arthur e a beleza da talentosa Demi Moore que, com 41 trabalhos no cinema e 9 na TV, aos 51 anos, cada vez mais nos encanta e nos fascina... Pelo talento, pela beleza, por tudo o que representa!

Abraços e bom filme!

Euclides Riquetti
24-05-2014

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