sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

As lições do Papa

          Nosso Papa,  Joseph Ratzinger, que esteve no Brasil em 2007 e encantou nossa nação, enclusive os não-católicos, monopolizou os noticiários televisivos e as imprensas falada, escrita e digital em todo o mundo, desde a segunda-feira, quando anunciou sua renúncia para o dia 28 de fevereiro. A partir de ontem, divide os espaçõs midiáticos  com o  paraatleta sul africano   Oscar Pistorius, conhecido como "Blade Runner", que conquistou duas medalhas de ouro na Paraolimpíada de Londres no ano passado.

         O atleta, cujas pernas foram amputadas ainda quando criança, hoje com 26 anos, namorava  a     belíssima  modelo nascida na Cidade do Cabo e que fez carreira em Joanesburgo, Reeva Steenkamp, 30 anos, matando-a a tiros na mansão dele em Pretória.  Alega que pensou que ela fosse um ladrão... Steenkanp era muito conhecida em toda a África do Sul, já que estava atuando como apresentadora de Televisão. Agora Postorius passa a ter outra qualificação: "Blade Gunner".

          Não é a primeira vez que pessoas bem sucedidas cometem asneiras do gênero, estragando a vida de outros e de si próprias.  Muitos casos rumorosos já marcaram a história de pessoas famosas que, inconformadas com a perda de suas companheiras ou mesmo por razões de ciúme assasinaram-nas.

          Mas, o que me chamou a atenção, em especial, foi a renúncia do sucessor de São Pedro. Ratzinger fez o anúncio no momento certo, antes do término do carnaval, dando matéria para a imprensa, principalmente no Brasil, onde o evento de diversão é o mais noticiado do início de cada ano. Não é por mesnos que dizem que, no Brasil, a vida começa somente depois do carnaval.

          As lições que o Papa nos deixa são  a do despreendimento, a da humildade, a da não ambição. E, num tempo em que ditadores lutam para manter-se no Poder, subjugando populações que vivem em condições miseráveis, em que boa parte da classe política desonra seus mandatos, apegando-se a eles, querendo o "Poder pelo Poder", simplesmente, governando "por telefone", não querendo largar o "osso" de forma alguma,  ele dá essa demonstração de honestidade, de se fundamentar em princípios pessoais valiosos e coloca os interesses de sua Igreja e de sua religião acima de tudo.

          E, sua atitude foi tão inesperada, tão inusitada,  surpeendente, que a cúpula do Vaticano anda buscando interpretar sua Constituição, pois não têm certeza, por exemplo, se ele se tornará novamente Cardeal ou Padre, se usará roupas brancas, como Papa Emérito,   vermelhas, como Cardeal, ou pretas, como Padre.

          Recolher-se-á à clausura. Tenho certeza de que ele não está-se importando com a cor da roupa que usará, nem com o título que ostentará, Mas nós, certamente, sabemos que ele deu uma grande lição a muita gente poderosa que precisava disso...

Euclides Riquetti
15-02-2013

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