Depois da noite ruidosa
Muitíssimo ruidosa
Dos fogos, dos brilhos nos céus
Para continentais
Florestais
E ilhéus
Veio a noite silenciosa!
A noite calorenta também foi chuvosa
Para os solitários, morosa
E passou num átimo para os amantes
Também para os perdidos, errantes
Os sem destino, pobres andantes.
A noite calorenta podia ter sido estrelada
A noite passada.
Mas as estrelas, escassas
Não foram vistas pelas almas devassas
Regadas em champanhe.
E foram encontradas pela mente amorosa
Do poeta
Que as viu de olhos fechados
Na contemplação de seu imaginário.
E, quando a noite silenciosa voltou
Já era hora de os pássaros nos acordarem
Pois precisávamos, todos, festejar
Todos deveriam comemorar
Cada um à sua maneira
O ano novo que chegou!
Então, embalado no frescor da manhã que chega
Escrevo, pra ti, mulher solitária
Este meu primeiro poema!
Só pra ti!
Euclides Riquetti
01-01-2014
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