domingo, 27 de setembro de 2015

Vendaval em Joaçaba: que susto!

          Na quinta-feira, ao final da tarde, o pôr do sol estava diferente. Não era aquele amarelo-alaranjado,  com matizes vermelhos,  que costumamos ver. Eu andava à beira do mar, molhava meus pés nas águas frescas e fotografava. O espetáculo, acima dos montes acinzentados, apresentava um sol bem brasil, de um vermelho intenso, diferente, chamativo. Alguém me disse: Este sol não está normal, nunca vi algo assim... o comportamento do clima, uma hora depois, nos mostrou que, realmente, algo havia...

          Ao escurecer, a notícia: violento vendaval atingiu o Meio-oeste e Oeste de Santa Catarina, e o Norte do Rio Grande do Sul. Por telefone, nos davam conta de que, em Joaçaba, a coisa foi muito séria, principalmente nos bairros Nossa Senhora de Lurdes, onde moro, e no Clara Adélia, no..... e no centro da cidade, chegando, com violência, a Herval d ´ Oeste.

          Comecei a acessar os portais de notícias de Joaçaba e Capinzal, mas as notícias e as fotos tardavam a chegar. Faltava energia elétrica, estavam sem luz em pelo menos metade das residências de Joaçaba. Ao telefone, os familiares nos informaram de que o telhado de nossa casa fora atingido. Mas o Elizeu, nosso bom vizinho, e seu filho, estavam nos ajudando. Precisavam saber onde eu tinha telhas para repor as que foram quebradas. Eu passei algumas orientações para o menino, ao telefone, e ele retransmitia ao pai, que estava sobre o telhado. Eu tinha diversas peças guardadas para o caso de emergências. Ainda bem.

          Algumas pessoas  sempre dizem que o melhor parante é sempre o vizinho. Concordo! Graças a Deus que muitas famílias não foram atingidas e que se solidarizaram aos que tiveram suas casas danificadas, amenizando os problemas.  O espírito de solidariedade, também, esteve presente em muitas pessoas da região que ficaram livres do desastre climático e suas consequências, e estes foram ajudando os demais. Obrigado a todos os amigos que nos ligaram oferecendo apoio.

          Antecipei minha volta a Joaçaba em um dia, pois havia indicativos de muita chuva no sábado e domingo. No retorno de Florianópolis, muita chuva e muita água na pista, exigindo muito cuidado. Ao chegar, deparei com muitas casas destelhadas, cobertas com lona,  ou mesmo já recuperadas. A Apae e a creche, aqui pertinho de casa, também foram atingidas. Muitas árvores de porte foram derrubadas e muitas retorcidas. Sempre me diziam que a água, o vento e o fogo, são nossos aliados, mas podem voltar-se, de alguma forma, contra nós.

          Ao vizinho Elizeu e aos seus familiares, um grande e carinhoso abraço.

Euclides Riquetti
27-09-2015

         

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