Mais reprise....
O imprevisto, justamente por ser uma fato ou uma situação de que não sabemos que vai acontecer, muda nossos rumos e planos muito rapidamente. Por isso mesmo, dizem, e eu digo também, precisamos deixar em nossa pauta diária um vazio, quem sabe de uns de 20%, ou seja, temos um planejamento do que vamos fazer, mas durante a atividade profissional ou mesmo nas ações pessoais do dia-a-dia, novos acontecimentos podem ditar o ritmo ou a condução de nossos afazeres. Mas há aqueles que nos fazem mudar 100%.
Há menos de um mês, num domigno, acabado o almoço, recebemos um comunicado de que um tio, João Anzolin, falecera em Erechim, e o sepultamente ocorreia três horas depois. Saímos em 15 minutos e pudemos dar nosso abraço de solidariedade a seus familiares, nossos parentes, a maioria dos quais nem conhecíamos. Nesta sexta-feira, final de tarde, minha irmã Iradi, que mora em União da Vitória, ligava-me de Curitiba para dizer que estava lá, com sua sogra, Dona Honorina Ghidini, 90, que falecera em razão de problemas cardíacos. Saímos eu e meu irmão, Hiroito (Tio Piro), ontem, bem cedinho, e fomos para cidades gêmeas do Iguaçu, onde nos juntamos aos seus familiares para as últimas homenagens àquela Senhora. Ela foi a fundadora, com seus filhos, há quase 40 anos, da Lanchonete X-Burguer, hoje restaurante, pioneira no X-Salada naquela cidade.
Quando situações assim acontecem, acabamos por reencontrar muitos conhecidos, pessoas que não vemos há muitos anos, às vezes décadas, mas que fizeram parte de nossa história. E, ontem, não foi diferante. Depois do cumprimento aos familiares, a percepção de que todos estavam bastante tranquilos, pela consciência do dever filial cumprido, por terem cuidado bem da mãe e avó, por terem compartilhado sua vida estreitamente com ela. Isso é muito bom. Não remorsos, não há arrependimentos. A lógica é essa, os filhos cuidarem e, um dia, que nunca se quer que chegue, enterrarem os pais. Quando essa situação se inverte, revestida de tragédias, nada há que possa consolar os que ficam. Por isso mesmo, sempre que somos convidados a uma festa reunindo amigos, fazemos todo o possível para participar, para comemorar a alegria do reencontro, em momentos de muita felicidade.
No caso de ontem, especificamente, reencontrei lá o Rubão, que me contou que o amigo Piu-piu, Milton José Branco, colega de faculdade, está por lá, aposentado, casado, fazendo parte da Igreja dos Mórmons, ali da Rua Paraná, em frente da qual passei muitas vezes quando morava ali perto, entre 1972 e 1976. Reencontrei o Carlinhos Agostini, bitorunense, agora empresário, irmão do João Luiz "Milbe", com quem partilhamos nossa juventude no tempo de nossa "República Esquadrão da Vida", ali da Rua Professora Amazília, no início da década de 1970. Conversamos muito, contou-me de fatos ocorridos, que entristeceram muito o Milbe e sua família, que foi a perda de um filho, jovem médico. Falamos de nossos filhos, de sua coragem "reforçada" pelos pais, que têm mais oportunidades do que no nosso tempo. É muito gratificante reencontrar pessoas como o Carlinhos...
Ao meio-dia, reencontrei o Seu Moacir, 74, dono da San Diego Auto Peças, cabelinho e bigode branco. Conheci-o há exatos 40 anos. Não mudou nada, está elegante como sempre, saudável, atencioso. Não me reconheceu, pois não nos víamos há 35. Estive na loja dele, conversamos, lembramos de muitos negócios que fizemos quando eu trabalhava na Mallon.
Há meia quadra dali, a empresa "Quero Mais", da colega Alda Roseli Meyer, que chegamamos de Rose. Cheguei lá, encontrei o Miro, que também não me reconheceu. Ele também mudou, está grisalho, mas guarda todos os traços da juventude, quando ele vinha buscar a namorada no portão de entrada de nossa FAFI. Mencionei sobre ele, Amir Jacob, que chamamos de Miro. Lembramos do Munir Cador, de quem fui segundo Vice-presidente, no Diretório Acadêmico Alvir Riesemberg, com muitas saudades. Então chega a Rose, com sua caminhonetinha branca, elegante, não me reconhece. Mas, daí há pouco, já estávamos reapresentados, alegremente, como nos tempos de juventude. Mostrou-me as fotos dos filhos, todos bonitos, bem encaminhados. Lembramos de nossos colegas, da Sheila Arnt, casada com o Dr. Leo Gonçalves, que mora em Treze Tílias. Do Floriano Guérios, que está no Positivo há mais de 30, da Fátima Caus Morgan, minha comadre, e de outros mais. Foi muito bem ter encontrado o casal Miro e Rose, que casou no dia 6 de dezembro de 1975, exatamente um sábado antes do que eu. Lembramos que no dia 13, também casaram o amigo capinzalense Roque Manfredini, saudoso, com a Regina Menezes.
Á meia-tarde, nos despedimos de dona Honorina, deixada com o marido e o filho Sérgio, no jazigo da família. Visitamos o de Romeu da Silva, o Português, nosso paizão lá na Mercedes, que era vendedor muito competente de caminhões. E também o da família do Dr. Barbozinha, que está lá, com sua esposa e três filhos, todos bonitos nas fotos, e que perderam a vida naquela tragédia de 20 de junho de 1982...
Então, leitor (a), veja como os imprevistos podem mudar a pauta de qualquer um, de redefinir nossas ações, rumos, nossas condutas, até nossos comportamentos.
Tio João e Dona Honorina estão lá no céu. Curtam, ali, as merecidas recompensas. E nós continuamos a registrar nossas ações e impressões aqui na Terra. Abraços!
Euclides Riquetti
25/11/2012.
Há menos de um mês, num domigno, acabado o almoço, recebemos um comunicado de que um tio, João Anzolin, falecera em Erechim, e o sepultamente ocorreia três horas depois. Saímos em 15 minutos e pudemos dar nosso abraço de solidariedade a seus familiares, nossos parentes, a maioria dos quais nem conhecíamos. Nesta sexta-feira, final de tarde, minha irmã Iradi, que mora em União da Vitória, ligava-me de Curitiba para dizer que estava lá, com sua sogra, Dona Honorina Ghidini, 90, que falecera em razão de problemas cardíacos. Saímos eu e meu irmão, Hiroito (Tio Piro), ontem, bem cedinho, e fomos para cidades gêmeas do Iguaçu, onde nos juntamos aos seus familiares para as últimas homenagens àquela Senhora. Ela foi a fundadora, com seus filhos, há quase 40 anos, da Lanchonete X-Burguer, hoje restaurante, pioneira no X-Salada naquela cidade.
Quando situações assim acontecem, acabamos por reencontrar muitos conhecidos, pessoas que não vemos há muitos anos, às vezes décadas, mas que fizeram parte de nossa história. E, ontem, não foi diferante. Depois do cumprimento aos familiares, a percepção de que todos estavam bastante tranquilos, pela consciência do dever filial cumprido, por terem cuidado bem da mãe e avó, por terem compartilhado sua vida estreitamente com ela. Isso é muito bom. Não remorsos, não há arrependimentos. A lógica é essa, os filhos cuidarem e, um dia, que nunca se quer que chegue, enterrarem os pais. Quando essa situação se inverte, revestida de tragédias, nada há que possa consolar os que ficam. Por isso mesmo, sempre que somos convidados a uma festa reunindo amigos, fazemos todo o possível para participar, para comemorar a alegria do reencontro, em momentos de muita felicidade.
No caso de ontem, especificamente, reencontrei lá o Rubão, que me contou que o amigo Piu-piu, Milton José Branco, colega de faculdade, está por lá, aposentado, casado, fazendo parte da Igreja dos Mórmons, ali da Rua Paraná, em frente da qual passei muitas vezes quando morava ali perto, entre 1972 e 1976. Reencontrei o Carlinhos Agostini, bitorunense, agora empresário, irmão do João Luiz "Milbe", com quem partilhamos nossa juventude no tempo de nossa "República Esquadrão da Vida", ali da Rua Professora Amazília, no início da década de 1970. Conversamos muito, contou-me de fatos ocorridos, que entristeceram muito o Milbe e sua família, que foi a perda de um filho, jovem médico. Falamos de nossos filhos, de sua coragem "reforçada" pelos pais, que têm mais oportunidades do que no nosso tempo. É muito gratificante reencontrar pessoas como o Carlinhos...
Ao meio-dia, reencontrei o Seu Moacir, 74, dono da San Diego Auto Peças, cabelinho e bigode branco. Conheci-o há exatos 40 anos. Não mudou nada, está elegante como sempre, saudável, atencioso. Não me reconheceu, pois não nos víamos há 35. Estive na loja dele, conversamos, lembramos de muitos negócios que fizemos quando eu trabalhava na Mallon.
Há meia quadra dali, a empresa "Quero Mais", da colega Alda Roseli Meyer, que chegamamos de Rose. Cheguei lá, encontrei o Miro, que também não me reconheceu. Ele também mudou, está grisalho, mas guarda todos os traços da juventude, quando ele vinha buscar a namorada no portão de entrada de nossa FAFI. Mencionei sobre ele, Amir Jacob, que chamamos de Miro. Lembramos do Munir Cador, de quem fui segundo Vice-presidente, no Diretório Acadêmico Alvir Riesemberg, com muitas saudades. Então chega a Rose, com sua caminhonetinha branca, elegante, não me reconhece. Mas, daí há pouco, já estávamos reapresentados, alegremente, como nos tempos de juventude. Mostrou-me as fotos dos filhos, todos bonitos, bem encaminhados. Lembramos de nossos colegas, da Sheila Arnt, casada com o Dr. Leo Gonçalves, que mora em Treze Tílias. Do Floriano Guérios, que está no Positivo há mais de 30, da Fátima Caus Morgan, minha comadre, e de outros mais. Foi muito bem ter encontrado o casal Miro e Rose, que casou no dia 6 de dezembro de 1975, exatamente um sábado antes do que eu. Lembramos que no dia 13, também casaram o amigo capinzalense Roque Manfredini, saudoso, com a Regina Menezes.
Á meia-tarde, nos despedimos de dona Honorina, deixada com o marido e o filho Sérgio, no jazigo da família. Visitamos o de Romeu da Silva, o Português, nosso paizão lá na Mercedes, que era vendedor muito competente de caminhões. E também o da família do Dr. Barbozinha, que está lá, com sua esposa e três filhos, todos bonitos nas fotos, e que perderam a vida naquela tragédia de 20 de junho de 1982...
Então, leitor (a), veja como os imprevistos podem mudar a pauta de qualquer um, de redefinir nossas ações, rumos, nossas condutas, até nossos comportamentos.
Tio João e Dona Honorina estão lá no céu. Curtam, ali, as merecidas recompensas. E nós continuamos a registrar nossas ações e impressões aqui na Terra. Abraços!
Euclides Riquetti
25/11/2012.
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