Trabalhei com o Silvestre Schepanski na Rua Clotário Portugal, 974, em União da Vitória (PR), na concessionária da Mercedes-Benz, então Álvaro Mallon e Filhos, de 1972 até o início de 1977, quando fui morar em Zortéa. Eu estava em meu primeiro ano de faculdade, na FAFI. Trabalhei na seção de peças e, nos dois últimos anos, fui gerente da filial, na Avenida Manoel Ribas, na antiga sede da Transiguaçu, próxima ao Posto Ipiranga, dos irmãos Ravanello.
Silvestre era meu chefe. Estudava à noite, fazia o "ginásio" no Túlio de França, estava na sexta série do então Segundo Grau, em 1972. Não gostava de novelas. Dizia que tinha um cunhado que ficava vidrado com a "Selva de Pedras", em que a Simone (Regina Duarte), fazia par com outro jovem ator, Francisco Cuoco. Achava que isso era uma extrema perda de tempo. Anos depois, converteu-se a noveleiro também.
O Silvestre tinha uma Sinca Chambord e uma bicicleta. Não raro, alguém tinha que empurrar a Sinca, pois a bateria dela não era lá essas coisas. A bicicleta nunca o deixava na mão. Ah, bem que eu gostaria de ter aquela Chambord branca e vermelha, hoje. Ou a Sinca Jangada, do meu professor de Direito usual na CNEC, em Capinzal, Benoni Zóccoli. Hoje, o Silvestre está com os filhos bem encaminhados, anda de caminhonete poderosa, é um empresário bem sucedido, tem uma fazendinha, imóveis, e é dono da "Auto Peças Silvestre", na Marechal, em União da Vitória, uns 500 metros abaixo do Estádio Enéas Muniz de Queirós, do Ferroviário.
A grande virtude do Silvestre era defender os seus subordinados perante os chefes das outras sessões. Ele era muito bem dado com o Romeu da Silva, que era vendedor de caminhões, e a quem ainda me referirei numa crônica. Quando alguém da oficina mecânica da concessionária pegava no nosso pé por alguma razão, ele nos defendia. Depois, em particular, mostrava nossos pontos certos e nossos pontos errados. defendia, arduamente, os interesses da empresa. Aprendi muito com ele.
O Silvestre era natural de Canoinhas, jogou no Santa Cruz, tinha intimidade com a bola, isso nós percebíamos quando de jogos da nossa turma da Mercedes. Magrão e alto, bigode bem arrumado, era um zagueiro que sabia sair jogando para distribuir a bola ao ataque. Lembro que, na época, ele tinha dois filhos: o Gérson e a Mari. Hoje, eles tocam as negócios do pai. Na última vez que estive na loja de peças deles, conversei com todos. o atendimento é bom e fornecem peças até mesmo para concessionárias, tão variado e organizado é seu estoque.
Deixo aqui meu reconhecimento a ele, ao Altamiro Beckert, ao Mauro (Iwankio?), à Sandra Probst (Bogus), a saudoso Solon Carlos Dondeo e a todos os que, de alguma forma, me ensinaram alguma coisa em 1972, quando iniciei meu trabalho lá. Tudo o que aprendi na Mercedes, muito me ajudou em minhas atividades comerciais e mesmo públicas, em minha vida profissional.
Grande abraço em todos!
Euclides Riquetti
25-11-2015
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