segunda-feira, 12 de agosto de 2019

A Educação nos Tempos da Democracia



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        Após a redemocratização do País, com o restabelecimento das eleições diretas para escolhermos o Presidente da República, fomos governados por Fernando Collor/Itamar Franco, Fernando Henrique, Lula , e Dilma, Os três últimos nos governaram por uma período que totaliza 21 anos e oito meses. Entrei para a escola com 8 anos, estudei durante 15, e neste tempo, consegui concluir meu curso universitário, com Licenciatura Plena em Letras/Inglês poucos dias antes de completar 23 anos. Fiz carreira como professor, trabalhando por 31 anos em sala de aula, em instituições públicas, particulares e comunitárias, fui diretor de escola e Secretário Municipal de Educação. Mas, sobretudo, busquei aprofundar-me nos assuntos da aprendizagem, mais do que nas políticas educacionais, que sempre foram muito voláteis. Li e ainda leio muito sobre o assunto, e observo o ser humano constantemente. Formo meus conceitos sociológicos e navego por outras ciências que dizem respeito ao homem e à mulher. 

       Seguidamente, troco umas ideias sobre Educação com professores experientes, profundos conhecedores do assunto. e procuro chegar a uma reflexão sobre o que faltou para nossa sociedade, em especial para a juventude, não apenas pelo fraco aproveitamento escolar, a evasão, a deficiência em saberem calcular e a má qualidade na escrita, e mesmo na interpretação do que é lido. De uma forma geral, por falta de interesse ou mesmo por deficiência, vemos pouca evolução na aprendizagem. Houve maior titulação do professor, foi-lhe garantido um piso nacional de salários, as escolas melhoraram a oferta de recursos tecnológicos, o meio virtual suplantou o físico ( e para mim, em termos de aprendizagem, não mudou muito, pois ganhamos de um lado e perdemos de outro).

       Mas os baixos índices do aproveitamento escolar são menos graves do que nos resultou a falha desses governos no campo social, onde se falou muito e não se agiu pontualmente, resultando-nos uma sociedade frágil, debilitada e desigual, e isso se acentua gradativamente. E, sobretudo, violenta!

        Se tomarmos os números da violência, veremos que as mortes ocorrem em maiores percentuais envolvendo  pessoas que estão nas faixas abaixo dos 35 anos. Então, as pessoas que estão sendo mortas, vítimas do tráfego, do tráfico,  de qualquer tipo de violência física ou com armas, e as que estão matando, estavam cursando o Ensino Fundamental à época desses três governos. Os que começaram a alfabetizar-se nos primeiros anos de Governo FHC já poderiam ter cumprido quase que dois ciclos completos de estudo. E os nascidos no governo  pós militar, quando a disciplina de escancarou,  são justamente os que estão mais envolvidos em crimes,  porque falharam a Educação e o Social. Os adultos, que frequentaram ou não as escolas nesses anos, ou que nunca experimentaram o apoio do serviço social, ainda são os que estão menos envolvidos em episódios de violência e, pela formação pessoal e familiar herdada, sabem respeitar para serem respeitados.

       Falharam. Não fizeram o que tinha que ser feito. As famílias se degeneraram. O respeito para com o semelhante sumiu. Os meios de comunicação ajudaram a banalizar a seriedade, evidenciando como direito para as pessoas o “fazer o que se quer e dizer as bobagens que se quer”, tudo em nome da Democracia, o que é um equívoco. Considero o comportamento humano no Brasil, principalmente nos meios onde “produz a cultura” através de obtenção de dinheiro fácil, sob os auspícios de governos, com o nosso dinheiro, uma temeridade. E é ali onde mais se propagou a ideia de um pretenso direito de se fazer o que quer em nome da liberdade e da cultura. Enquanto isso, as pessoas sérias e trabalhadoras, as que estudam e buscam vencer na vida através do estudo e do trabalho, acabam sofrendo como vítimas dos oportunistas e aproveitadores e almejam uma importante mudança na sociedade. O novo Governo está tentando acabar com a bagunça. Enquanto isso, aquela emissora que perdeu a mamadeira nas tetas do Governo, com seus jornalistas raivosos e que se acham os donos da verdade, está temerosa com a entrada da emissora de TV da CNN News no Brasil, que vem contratando uma equipe de jornalistas fabulosa, com nomes da envergadura de William Waak, Evaristo Costa, Mari Palma, Phelipe Siani e Luciana Barretto, e outros mais. A Tv aberta está para a Tv a cabo, como o telefone fixo está para os smartphones!

Euclides Riquetti
Publicado no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC - 
em 09-08-2019

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