Lembra? João Doria Jr, Governador de São Paulo e Jair Bolsonaro, Presidente da República.
A curva da morte
da Covid 19 em ascendência gera revolta nas pessoas sensatas. Um negacionismo
exacerbado, protagonizado por quem deveria ser bom exemplo para os cidadãos
brasileiros, é um fator de influência muito negativa no comportamento das
pessoas. Como resultado, mais mortes, mais transmissão do novo coronavírus,
mais desgraça, mais desesperança. Um líder autêntico e responsável deveria
abandonar sua esquizofrenia ideológica e tornar-se um aliado do povo, não um
negacionista. Todo o radicalismo é nefasto, toda a fala pessimamente colocada é
um fósforo num galão de gasolina.
O Presidente da
república, Jair Bolsonaro, vive uma paranoia própria e singular. Negacionista
extremado, tem seguidores fanáticos em todos os cantos do País. Sabedor de que
quem elege ou reelege presidentes é a situação da Economia, principalmente nos
dois últimos anos de mandato, atira, desesperadamente, contra todos os que se posicionam contrários
ao seu pensamento, não importa se sejam os oposicionistas ou mesmo os seus mais
fieis companheiros. Só considera aliados os que rezam pela sua cartilha, sem
restrições. A última dele foi negar o uso da máscara pelos cidadãos. Deveria,
sim, incentivar que todos tomassem os devidos cuidados para não contaminar e
nem serem contaminados.
Com o auxílio emergencial,
que até os opositores sabem que é necessário para colocar o dinheiro em
circulação e ajudar a manter a economia andando, conseguiu para si a simpatia
das pessoas mais pobres, aquelas que sempre ficam ao lado de quem lhes dá algo.
E o Governo lhes deu de nosso dinheiro, dos altos impostos que pagamos, da
tabela não corrigida do Imposto de Renda, do tira muito e do pouco dá em troca.
O auxílio emergencial caiu como uma luva para que Bolsonaro se sustentasse no
cargo ou tivesse razoáveis índices de popularidade. Há uma série de coisas boas que seu governo
vem realizando, mesmo o Ministério da Saúde, sujeito a críticas, está cumprindo
um trabalho satisfatório no combate à Pandemia. Não se pode imaginar que o que
o Ministro da Saúde faz, as decisões que ele toma, sejam de sua pura
iniciativa. Reza pela cartilha do chefe, age a seu mando, acho que até faz
melhor do que pode ou lhe é permitido fazer. A indecisão, a demora em contratar
o fornecimento de vacinas para o Brasil, foi um vacilo imperdoável. Acharam que
na primavera, com o fim do frio hiemal, a situação ficava resolvida. Ledo
engano!
A situação
insustentável a que nos subtemos agora, a partir de Chapecó e Xanxerê, é fruto
de nosso próprio comportamento avesso. Aqui em Joaçaba e microrregião, bem como
em todo o território catarinense,
parecia que tudo estava resolvido, afrouxou-se a fiscalização, dava a impressão
de que, com o início da vacinação, não
haveria mais retransmissão da doença, mesmo que apenas uma minoria diminuta
tenha sido vacinada. A falha no efetivo combate à pandemia vem em todos os
níveis, nos municípios, estados e União. Para se ter uma ideia da real
gravidade da situação, vejamos que, há poucos dias, estávamos recebendo
pacientes de Manaus para ocuparem leitos de UTI em Florianópolis. Pois, na
terça-feira, Santa Catarina entrou em colapso no sistema de saúde e passou a transportar seus pacientes para o
estado do Espírito Santo, em razão de não haver mais vagas nas UTIs dos
hospitais catarinenses. Nos últimos dias, vemos aviões passando no céu de nossas cidades, os quais
transportam doentes do Oeste para o Litoral.
Se a curva da
morte vai em franca ascendência, a da alta dos preços dos combustíveis segue a
toada. O lucro pelo lucro, o extraordinário desempenho da Petrobrás, tem deixado
os especuladores cada vez mais ricos, e os trabalhadores cada vez mais pobres.
E a “grande imprensa”, que deveria cumprir sua função social de defender a
sociedade, trabalha, cada vez mais, em favor de quem não gera empregos e leva
nosso dinheiro embora pela especulação. O jogo da conveniência e dos interesses
é maior do que o sentimento e a responsabilidade. Um se omite, outro também,
formam um discurso (que agora se convencionou chamar de narrativa), a corrente
vai crescendo e nossa mente manipulada.
Joaçaba – Nossa cidade perdeu o empresário e carnavalesco da
GRES Aliança, Carlos Fett, que estava com doença severa e foi acometido de Covid
19, hospitalizado que estava em Porto Alegre. Lamentamos a partida desse
cidadão que muito fez não apenas pela sua escola de samba mas para outros
setores de nossa sociedade. Deus o tenha no Reino de Sua Eterna Glória!
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
Hoje concordo, de ponta a ponta, com teu comentário. É isso que as pessoas precisam entender, desta forma.
ResponderExcluirPrecisamos ser objetivos, evitar rodeios, o momento é muito grave.
Li hoje ortigo escrito pelo teólogo Leonardo Boff, muito aflito, no qual afirma a necessidade de intervenção internacional no Brasil, para afastar o criminoso que mora no Planalto.
Penso como Leonardo Boff - as instituições e a sociedade estão paralisadas - só desse forma para resolver...