segunda-feira, 1 de março de 2021

Parabéns, com muito mérito!

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Aline Rocha - paraatleta - de Joaçaba para o mundo! Nossa multicampeã!

          À  meritocracia não tem sido dado o valor que se deveria dar, lamentavelmente. E, atualmente, há um aprimoramento (ou aparelhamento?...) sofisticado no ato de, legalmente, se compensar a incompetência, através de apadrinhamentos, para que alguns  possam ter acesso a cargos púlicos. Através dos chamados "Cargos de Confiança", muitas pessoas são alçadas ao Poder. Não ao trabalho, simplesmente, mas ao exercício do Poder...Para depois se tornarem cabos eleitorais. São contratados porque têm "cotas de votos".

          Diferente de tudo isso,  Legislação brasileira já garante espaços, muitíssimo justos, a pessoas portadoras de determinadas limitações ou deficiências. Estas estão sendo contratadas através de concursos públicos e também pelas empresas privadas. E, independentemente da Lei, empregar pessoas com limitações, além de um ato muito digno, também é indicativo de que as empresas estão preocupadas com o seu caráter social. Aqui em Joaçaba, a maioria dos supermercados já emprega jovens assim, que nos atendem muito bem e com surpreendente eficiência. Gosto muito de conversar com eles, tratando-os em igualdade aos demais. E eles se tornam meus leais amigos.

          O Brasil é uma dos países que segue muito bem as recomendações das convenções internacionais. Ratificou as Normas Internacionais da Convenção nº 159/83 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), e da Convenção Interramericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiências, a chamada "Convenção da Guatemala".

          A limitação física, mental, sensorial ou múltipla não poderá ser impeditiva de seu acesso ao trabalho e as Convenções, devidamente ratificadas e até regulamentadas por Decretos posteriores, visa a proteger pessoas que tenham dificuldade em fazer sua inserção social.           

          Recentemente, aconteceram aqui em Joaçaba os PARAJASC. Atletas com deficiências estiveram participando e surpreendendo os que viram suas atuações. Buscam superar suas limitações, tornam-se vencedores, pelos seus próprios méritos. Precisam continuar a serem aplaudidos e incentivados. Contemplados com bolsas e trabalho para que possam trabalhar, estudar e competir. Converso muito com eles e sei que eles querem apenas isso.

          A nós todos cabe apoiá-los, defendê-los e cobrar as autoridades que seus direitos ao trabalho, ao estudo e à mobilidade sejam garantidos!

Saudações muito especiais neste Fim de Ano a todos os que conquistam seu espeço pelos próprios méritos!

Euclides Riquetti
27-12-2013

Um comentário:

  1. Riohetti, tudo aquilo que você escreve neste artigo procede. Permita-me, porém, discordar de uma de suas colocações: "O Brasil é um dos países que segue muito bem as recomendações das convenções internacionais" Digo: Uma coisa é assinar esses acordos outra cumpri-los. Vide exemplos das queimadas na Amazônia e Pantanal, recentemente, do combate à pandemia...
    Será que podemos afirmar que esse Brasil de bolsonaro/Forças Armadas/rentismo... com seu negacionismo e sua necropolítica, seguem corretamente essas recomendações? Eu penso que não, pois, na prática, vemos, todos os dias o contrário.
    Como cidadão eu gostaria que tua afirmação fosse completamente verdadeira, mas...
    Meritocracia no Brasil é coisa séria. O fato de termos um regime escravocrata por quase 400 anos, o patrimonialismo e a forma irresponsável como os governos trataram o assunto após seu "fim" geraram problemas ainda maiores: na política, na educação, na cidadania.
    O deficiente físico também é vitima de tudo isso, com raras exceções é claro, como nesse caso específico de Joaçaba.
    Sempre gosto de virar a moeda. A polêmica é necessária para encontrarmos o equilíbrio. Isso é democracia em estado puro e muitos não gostam...

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