sexta-feira, 1 de abril de 2022

O espinho da roseira

 


 



O espinho da roseira feriu o dedo curioso

Da dama mulher deliciosamente delicada

E dele emergiu um elemento encarnado

Enquanto o céu se tingia de azul, dengoso

Na manhã morna, divinamente abençoada.


A dor do ferimento pareceu amenizada

Diante de um olhar protetor que vigiava

De um jovem moço gentil e reservado.

Então a bela moça de feição redesenhada

Era apenas um anjo que por ali passava.


Porém, vieram os brotos rubros vicejantes

Presente a compensar a dor do ferimento

E reina no céu o sol discreto, mas dourado. 

Nos quartos, deliram em uivos os amantes

Externam seus instintos e sentimentos!

Euclides Riquetti

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