segunda-feira, 11 de abril de 2022

Políticos ridículos, oportunistas e abobalhados!

 



       O mundo da política nos reserva um grande espaço pelo lado cômico, se não fosse pelo caráter de babaquice com que muitas situações se revestem. Na semana passada, tivermos o término do prazo para a troca de partidos pelos políticos que a desejassem fazer, visando à disputa de cargos nas eleições deste ano. Alguns partidos ganhando novos filiados, a exemplo do PL e do PP, que viram suas bancadas crescerem. O novo União Brasil, uma soma de DEM com PSL tiveram uma subtração significativa. A direita e o centro saíram no lucro. Isso nos mostra que a máquina eleitoral funciona a todo o vapor.

       De olho nas grandes verbas do Fundo Partidário, tempo de exposição na mídia e outros fatores, os possíveis candidatos escolheram o rumo que julgaram servir-lhes, não o que pudesse garantir uma melhoria na política nacional, que carece de uma boa dose de limpeza. Se dermos uma olhadinha, mesmo que superficial na composição da Câmara Federal, veremos o quando o “centro-direita” está fortalecido. Os movimentos da categoria já até influenciam alguns setores da imprensa, que começam a mudar seus posicionamentos em suas análises políticas. Isso é bem perceptível. Basta ver quando sai uma nova pesquisa, em que indica algum crescimento de Jair Bolsonaro e uma leve queda de Luiz Inácio Lula da Silva, como eles vão mudando de opinião, querendo “acertar tudo” para não passarem vergonha lá adiante.

      Mas os lances mais cômicos, eu diria de fiascos mesmo, foram protagonizados por duas figuras que estão se tornando cada vez mais ridículas, João Dória e Sérgio Moro. O primeiro estava para renunciar ao Governo de São Paulo, para concorrer à Presidência da República, ensaiou desistir do projeto para tentar a reeleição como governador daquele estado, fez uma lambança, tentou uma chantagenzinha barata com seu rachado PSDB e acabou renunciando. Com o pé na jaca, sabe que a rejeição que tem em seu próprio estado é de assustar. Elegeu-se nas costas da onda Bolsonaro, brigou com ele e é uma figura detestada, principalmente pelos funcionários públicos paulistas. A grande maioria da população, lá, não mais o tolera.

       O ex-juiz Sérgio Moro, que sempre quis ser político, foi mais longe ainda. Não conhece nada de política, está desconstruído tanto pelos lulistas quanto pelos bolsonaristas. É a Marina Silva da vez! Ambos com discurso sem nenhuma pluralidade, cada um no seu quadrado, sem ter nenhuma proposta concreta ou crível para os grandes problemas brasileiros. Trocou de partido na última hora, perdeu a credibilidade de onde saiu e não tem vez onde chegou, até porque o grupo tem fortes ligações com setores que a Lava Jato atacou. Passa a ser apenas mais um num grupo que tem os experientes Ronaldo Caiado e ACM Neto. Se Moro quiser salvar sua pele, que se eleja deputado federal, pois, a esta altura, nem para o Senado mãos conseguiria. Dois políticos ridículos, oportunistas e abobalhados!

       Além dessas figuras manjadas, temos o juiz acusador, julgador e delegado Alexandre Moraes, que vai presidir o TSE na época da eleição. Já entrou em tantas divididas que, para a normalidade das eleições, deveria passar a bola para outro. Sua posição antagônica, não apenas ao Governo como também a muitos parlamentares, o torna suspeito para qualquer atividade no campo eleitoral. Assim como os dois novos ministros, Kássio Nunes Marques e André Mendonça, indicados por Bolsonaro para o STF, pela origem de sua indicação, também não poderiam ocupar aquele cargo. Moraes é a carência da habilidade, de jeito, de conciliação. Suas posições têm sofrido sérios reparos por ex-ministros do Supremo. Vamos ter dias sombrios pela frente, muito confronto que poderia ser evitado.

Fiasco na Academia do Oscar – A atitude do ator consagrado Will Smith, que desferiu um tapa na cara do humorista Chris Rock, na cerimônia da entrega do Oscar, pode ser considerado o maior fiasco da história daquela entidade. Smith estava ofendido porque o apresentador fez piada com relação ao cabelo de sua esposa Jada. Se o casal tivesse se levantado da cadeira e feito menção de se retirar do local, o efeito seria outro. Pessoas públicas têm que ter a capacidade de se defender no argumento, nas atitudes de reação adequadas e necessárias, mostrar sua indignação e repúdio, mas não na agressão física e no destempero, como foi o caso. Imaginem se o Lula fosse enfrentar fisicamente o Bolsonaro, e vice-versa, por todas as ofensas mútuas já proferidas!

Euclides Riquetti – Escritor – 

Publicado no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC - 

Em 08-04-2022

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