Capinzal perdeu, neste sábado, a Senhora Terezinha Maria Bertaioli Dacás, esposa de Edvino Dacás, filha do saudoso prefeito de Capinzal Dileto Bertaioli e de Dona Oliva, mãe da Doutora Ângela, médica com muita atuação nas cidades gêmeas, avó do Joaquim. As famílias Bertaioli e Dacás são tradicionais no Baixo Vale do Rio do Peixe, construindo sua história em Capinzal e seus respectivos antigos distritos de Ouro e Barra Fria (Lacerdópolis).
Conheço a Terezinha desde os tempos de sua juventude, quando frequentava as salas de aula do Colégio Mater Dolorum. Formada normalista, fez carreira no magistério publico do Estado de Santa Catarina. Foi secretária da Escola Sílvio Santos, no início de suas atividades, ao final da década de 1960, quando ainda se classificava como "Grupo Escolar", e funcionava nas depndências do Seminário Nossa Senhora dos Navegantes, em Ouro, cujo Diretor era meu pai. Trabalhei com ela durante quase duas décadas e isso me "parece que foi ontem".
A Terezinha era uma colega altamente confiável, bem articulada, defensora das cores e do nome da escola, assídua e pontualíssima, organizadíssima. Planos de aula perfeitos e muita responsabilidade no execício de sua profissão. Seu mundo se tornou um verdadeiro paraíso quando teve sua filha Ângela, a menina simpática, inteligente e estudiosa, que se tornou médica. E se completou com a chegada do netinho Joaquim.
Após sua aposentadoria, por um bom tempo auxiliou o marido, Edvino, nas suas atividades no "Bar da Rodoviária", em Capinzal. O casal gentilmente dava atenção a quem os procurava. Terezinha gostava muito de política, no quesito ela detinha o perfeito DNA do seu pai, Dileto Bertaioli. Fomos defensores das mesmas bandeiras em muitas de nossas jornadas.
Nos últimos anos anos, junto com o marido Edvino, dedicou-se ao neto, dispensando-lhe o carinho de uma avó sempre presente. Algumas vezes encontrei a Ângela, o marido Luís e o menino deles aqui num mercado de Joaçaba. Ela levou meu primeiro livro de crônicas para que fosse lido por seus pais. Estive na casa da Tere e do Edvino no início de março de 2020, para entregar-lhes, pessoalmente, o convite para o lançamento de meu segundo livro de crônicas, evento que cancelamos devido à pandemia.
Capinzal e Ouro perdem uma grande referência histórica na Educação, os familiares perdem um ente muito querido e nós perdemos uma amiga sincera e de longa data. A lembrança mais marcente que nos fica foi uma de 1982, quando oranizou uma festa de aniversário da Ângela, na sala de festas conjugada à estação rodoviária, em que levamos a Michele e a Caroline para a comemoração.
Aos seus familiares, nosso abraço carinhoso e fraterno, orações, e que Deus conforte a todos os que sentem, como nós, sua partida.
Euclides Riquetti e Família
12-06-2022
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