Sinto, em você, o cheiro de chuva e mato
Os odores da paixão que se traduzem
Os sabores da ilusão que se misturam
Com meu cheiro, seu cheiro e o do mato!
Sinto, em você, o frescor da tarde chuvosa
A cor da flor, da semente que foi guardada
E que se tornou planta da mesma germinada
O odor da flor perfeita, do cravo, da rosa!
Sinto, em você, o cheiro doce da saudade
Das horas, dos dias e meses que passaram
Ainda o cheiro das estrelas que apagaram
Que se reacenderam em sua real majestade!
Sinto, em você, o cheiro puro e indizível
E me delicio, em você, tão perdidamente
E me envolvo, com você, alegremente
No cheiro de chuva, de mato, indescritível!
Euclides Riquetti
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