terça-feira, 28 de junho de 2022

Do outro lado da parede negra

 



Do outro lado de uma densa negra parede 

Que eu transponho com minha imaginação

Corpos entregam-se com volúpia e sede

É o desejo tácito e indolor de uma paixão.


Um tanto além de onde meus olhos chegam 

Mistérios esperam para serem desvendados

Ocultos, incógnitos, para que não se os vejam

Como diamantes negros sutilmente lapidados.


Por mais espessos que sejam seus concretos

Nada pode impedir que passe o pensamento

O imaginar tem a força dum gigante desperto.


E, se o amor estiver sendo cantado em versos

Vai como o ímpeto do ventar mais violento

Como quando varre a areia fina dos desertos.


Euclides Riquetti

28-06-2022



 






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