Rogério Domingos Prigol era meu conterrâneo. Originário da Linha Maziero, Ouro, depois de casado morou em Linha Dambrós, onde tinha sua propriedade ali ao lado do Centro Comunitário local, próximo da Capela da Igreja Católica. Depois, residiu no Bairro Nossa Senhora dos Navegantes, mais tarde na Avenida Felip Schmidt, entre a cidade e o Bairro Parque e Jardim Ouro. Minha casa ficava cinco minutos distante da dele, a pé. Há poucos anos, foi morar na Praia de Navegantes, no litoral catarinense. Era uma "pessoa do bem"!
Rogério era agricultor e depois virou caminhoneiro, proprietário de uma transportadora. Era casado com Dona Vanda da Costa Prigol e tiveram dois filhos, o Crishian Paulo, que se casou com Tatiana; e o Gilian, casado do Luana e que têm uma filha. O menino mais velho, Cristian Paulo, trabalhalou comigo, atendeu na loja CD Laser, que mantive por uma década, em Ouro. O Gilian o sobstituía, eventualmente. Infelizmente, depois de acometido por enfermidade, deixou-nos no domingo passado, teve uma morte repentina, que abalou toda a sua família. Era muito querido por eles. Padrão pai protetor, sempre muito presente.
As lembranças mais marcantes que tenho em relação a ele: Há três décadas, quando eu era prefeito em Ouro, estávamos construindo o Ginásio de Esportes da Linha Sul. A comunidade queria construir uma churrasqueira na área detrás do Ginásio e uma cancha de bochas no sentido longitudinal ao Ginásio, entre este e a estrada geral. O Dirceu Viganó gritou para ele, que estava chegando das lides da roça, que era para ele vir a uma reunião conosco. Ele veio e abriu mão de parte do terreno de sua propriedade, o suficiente para que a benfeitoria fosse feita.
Adiante, deixou aquele tipo de trabalho e veio morar no Bairro Nossa Senhora dos Navegantes. Comprara um caminhão e puxava aves para o abate na Perdigão Agroindustrial, em Capinzal. Quando o filho Cristian veio trabalhar comigo, passava lá na loja para ver como estava o trabalho, dele, acompanhava a vida dos filhos, pai zeloso que era. Quando vizinhou, conosco, ocorreu um acidente com seu caminhão e ele teve um abalo psicológico muito forte, nunca mais recuperando aquele ânimo e a energia que sempre teve.
Há uns quatro anos, num dia em que estive na Casa Paroquial, em Capinzal, conversei com ele. Havia ido lá para acertar a conta do seu dízimo, cristão cumpridor de seus deveres que era. Percebi que ele não era mais o Rogério forte e ativo que eu conheci. Depois, os familiares me informaram que ele estava tendo problemas com sua saúde.
É gratificante poder escrever bem sobre uma pessoa quando ela parte para a eternidade e deixa um legado de amizades e de bons exemplos. Sim, porque num mundo cheio de adversidades, de discussões e polêmicas, encontrar pessoas de ilibada honra, conviver com elas, poder exaltá-las, dizer que elas foram respeitáveis, é um motivo de alegria. E posso dizer que o Prigol é merecedor das mais justas homenagens, que seus descendentes poderão, sempre, orgulhar-se do que ele foi, do que ele representou como pai carinhoso e dedicado a sua família.
Agora, após uma semana de sua partida, desejo que a família sinta-o como homenageado pela pessoa simples, honesta e trabalhadora que sempre foi. Imagino o quanto tenha sido sentida e lamentada a sua perda, principalmente pelos familiares e os amigos mais próximos. À família Prigol, com raízes na Linha Maziero, em Ouro, onde foi sepultado, onde juntou-se aos seus pais, as nossas mais sentidas condolências e as mais sublimes orações.
Com um fraterno e carinhoso abraço de
Euclides Riquetti e Família.
26-06-2022
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