Conforme estava
previsto, a confusão na administração da Petrobras aconteceu! A empresa
ganhando muito dinheiro, o preço dos combustíveis subindo de novo, o óleo
diesel com os preços nas alturas, o Governo preocupado com o projeto de
reeleição, a população pagando a conta e os acionistas dando risadas. O
Governo, majoritário, é o que mais lucra com os lucros exorbitantes da estatal.
A classe política se divide, situação tem uma opinião e oposição outra, tudo
dentro do previsível e costumeiro. Há
muita contestação em relação à política de resultados praticada, onde os seus
diretores são remunerados conforme os lucros que proporcionam a ela. Ganham
fortunas, comparados com os salários dos agentes públicos e mesmo da iniciativa
privada.
A pressão
política contra a Petrobras veio originada pelo Presidente da República e
também pelo Presidente da Câmara Federal, Deputado Artur Lira. Fala-se em CPI
da Petrobras e em sobre-tributação aos dividendos que são distribuídos. A
realidade é que, quando se toma uma direção, como foi a da adoção da paridade
internacional, no momento sempre é boa, mas que, conforme os ventos mudam, pode
perder seus bons efeitos. Não vejo que seja necessária uma CPI para nada. Vai
ser mais um palco para o desfile de quem quer se promover ou promover alguém
politicamente. A população em geral não quer saber quem é o responsável, quer
solução. E, o Governo, sendo majoritário, em sua política neoliberal, aceita. Não
adianta o presidente ficar culpando a Petrobras. Ou compra as ações dos
investidores e faz o que quer, ou vende de uma vez.
Como eu previra,
o efeito da redução do ICMS seria nulo porque viriam novos aumentos. A estatal
não cumpre sua função social. Já não detém o monopólio do refino, mas já se
convencionara, por determinação do CADE, que 8 refinadoras deveriam ser
vendidas, mas apenas duas o foram. E estão certos os que dizem que não se deve
considerar todo o negócio pela paridade de preços internacionais, devendo a
parte de produção própria, não importada, seguir outros parâmetros de preços, a
partir do custo de sua produção. Também, dizer que ela precisa recuperar
perdas, é um discurso que não se sustenta. Pergunta-se: Tudo de uma só vez? A
recuperação não teria que ser gradativa? A as sobras, a parte que é dividendo
em favor do Governo, acionista majoritário, não poderia ser usada em favor da
redução dos preços? Se não houvesse reeleição, certamente que não haveria tanta
confusão!
Lembro bem que,
há quatro décadas, o trigo e o óleo diesel tinham seus preços subsidiados. O
diesel para que os transportes não ficassem encarecidos e o trigo para que as
famílias pudessem ter seu alimento básico à mesa sem sustos.
O Vírus não tira
folga em feriados –
Há muito mais pessoas portando e propagando o novo coronavírus do que os
números divulgados por qualquer fonte ou estatística oficial de municípios,
estados ou União. Eu mesmo presenciei um fato ocorrido na meia-tarde da
quarta-feira, véspera de feriado da quinta, dia de Corpus Christi: Uma pessoa foi à Unidade Sanitária aqui de
Nossa Senhora de Lurdes, em Joaçaba e estava com altos sintomas de Covid.
Disseram-lhe que deveria voltar na sexta-feira porque não havia médico no
local. Solicitou que lhe aplicassem um teste e disseram que não podiam. Então a
senhora começou a solicitar informações para saber como procuraria um
estabelecimento particular para fazer o teste. Um cidadão que chegava ao local
sugeriu-lhe um prestador de serviços e disse a ela que, lá, ela gastaria um
pouco, mas seria atendida de imediato. Um pouco constrangida, a funcionária da
unidade sanitária lhe aplicou um teste e resultou em positivo para Covid. Saiu
sem receita e sem medicamentos... Logo
depois, chegou o marido da mesma e disse que precisava ser testado. Disseram-lhe
que não poderiam testar porque a esposa
dele já havia sido testada e positivada. Mandaram que voltasse na sexta-feira
ou na segunda. E que deveria ficar isolado por 9 dias, ao menos, bem como os
outros familiares que tiveram contato com eles. E que, na segunda-feira, se
estivesse positivado já estaria com os sintomas bem aparentes. Com tosse
insuportável e dor de garganta, além de outros sintomas, insistiu para ser
testado. Isso acontecendo, foi positivado também. Seria tudo isso normal? As funcionárias das
unidades sanitárias recebem ordens para não aplicar ou “economizar” testes? O
paciente também foi dispensado sem nenhuma receita e nenhum medicamento. Ainda
bem que familiares, de outra cidade, adquiriram medicamentos recomendados por
um médico de confiança e lhes trouxeram. Isolados, mas medicados!
Muitas cidades
da redondeza estão ainda com centros de triagem. Capinzal é uma delas. E
“testam geral”. Sempre se falou que um grande número de testagens ajudaria a
erradicar a doença. Então, está faltando dinheiro? A estrutura de apoio foi
desmontada totalmente aqui em Joaçaba? Quem garante que outras ondas não
voltarão? Alguma coisa não fecha nessa contabilidade. Enquanto isso, Santa
Catarina, que sempre foi um estado exemplo em termos de campanhas de vacinação,
está vergonhosamente atrasado em relação aos estados vizinhos. Passaram a
cuidar bastante da política e se esqueceram da importância de vacinar as
pessoas. E as pessoas também têm sua parte de culpa, pois ainda não entenderam
que a pandemia continua a fazer vítimas.
Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com
Conforme estava
previsto, a confusão na administração da Petrobras aconteceu! A empresa
ganhando muito dinheiro, o preço dos combustíveis subindo de novo, o óleo
diesel com os preços nas alturas, o Governo preocupado com o projeto de
reeleição, a população pagando a conta e os acionistas dando risadas. O
Governo, majoritário, é o que mais lucra com os lucros exorbitantes da estatal.
A classe política se divide, situação tem uma opinião e oposição outra, tudo
dentro do previsível e costumeiro. Há
muita contestação em relação à política de resultados praticada, onde os seus
diretores são remunerados conforme os lucros que proporcionam a ela. Ganham
fortunas, comparados com os salários dos agentes públicos e mesmo da iniciativa
privada.
A pressão
política contra a Petrobras veio originada pelo Presidente da República e
também pelo Presidente da Câmara Federal, Deputado Artur Lira. Fala-se em CPI
da Petrobras e em sobre-tributação aos dividendos que são distribuídos. A
realidade é que, quando se toma uma direção, como foi a da adoção da paridade
internacional, no momento sempre é boa, mas que, conforme os ventos mudam, pode
perder seus bons efeitos. Não vejo que seja necessária uma CPI para nada. Vai
ser mais um palco para o desfile de quem quer se promover ou promover alguém
politicamente. A população em geral não quer saber quem é o responsável, quer
solução. E, o Governo, sendo majoritário, em sua política neoliberal, aceita. Não
adianta o presidente ficar culpando a Petrobras. Ou compra as ações dos
investidores e faz o que quer, ou vende de uma vez.
Como eu previra,
o efeito da redução do ICMS seria nulo porque viriam novos aumentos. A estatal
não cumpre sua função social. Já não detém o monopólio do refino, mas já se
convencionara, por determinação do CADE, que 8 refinadoras deveriam ser
vendidas, mas apenas duas o foram. E estão certos os que dizem que não se deve
considerar todo o negócio pela paridade de preços internacionais, devendo a
parte de produção própria, não importada, seguir outros parâmetros de preços, a
partir do custo de sua produção. Também, dizer que ela precisa recuperar
perdas, é um discurso que não se sustenta. Pergunta-se: Tudo de uma só vez? A
recuperação não teria que ser gradativa? A as sobras, a parte que é dividendo
em favor do Governo, acionista majoritário, não poderia ser usada em favor da
redução dos preços? Se não houvesse reeleição, certamente que não haveria tanta
confusão!
Lembro bem que,
há quatro décadas, o trigo e o óleo diesel tinham seus preços subsidiados. O
diesel para que os transportes não ficassem encarecidos e o trigo para que as
famílias pudessem ter seu alimento básico à mesa sem sustos.
O Vírus não tira
folga em feriados –
Há muito mais pessoas portando e propagando o novo coronavírus do que os
números divulgados por qualquer fonte ou estatística oficial de municípios,
estados ou União. Eu mesmo presenciei um fato ocorrido na meia-tarde da
quarta-feira, véspera de feriado da quinta, dia de Corpus Christi: Uma pessoa foi à Unidade Sanitária aqui de
Nossa Senhora de Lurdes, em Joaçaba e estava com altos sintomas de Covid.
Disseram-lhe que deveria voltar na sexta-feira porque não havia médico no
local. Solicitou que lhe aplicassem um teste e disseram que não podiam. Então a
senhora começou a solicitar informações para saber como procuraria um
estabelecimento particular para fazer o teste. Um cidadão que chegava ao local
sugeriu-lhe um prestador de serviços e disse a ela que, lá, ela gastaria um
pouco, mas seria atendida de imediato. Um pouco constrangida, a funcionária da
unidade sanitária lhe aplicou um teste e resultou em positivo para Covid. Saiu
sem receita e sem medicamentos... Logo
depois, chegou o marido da mesma e disse que precisava ser testado. Disseram-lhe
que não poderiam testar porque a esposa
dele já havia sido testada e positivada. Mandaram que voltasse na sexta-feira
ou na segunda. E que deveria ficar isolado por 9 dias, ao menos, bem como os
outros familiares que tiveram contato com eles. E que, na segunda-feira, se
estivesse positivado já estaria com os sintomas bem aparentes. Com tosse
insuportável e dor de garganta, além de outros sintomas, insistiu para ser
testado. Isso acontecendo, foi positivado também. Seria tudo isso normal? As funcionárias das
unidades sanitárias recebem ordens para não aplicar ou “economizar” testes? O
paciente também foi dispensado sem nenhuma receita e nenhum medicamento. Ainda
bem que familiares, de outra cidade, adquiriram medicamentos recomendados por
um médico de confiança e lhes trouxeram. Isolados, mas medicados!
Muitas cidades
da redondeza estão ainda com centros de triagem. Capinzal é uma delas. E
“testam geral”. Sempre se falou que um grande número de testagens ajudaria a
erradicar a doença. Então, está faltando dinheiro? A estrutura de apoio foi
desmontada totalmente aqui em Joaçaba? Quem garante que outras ondas não
voltarão? Alguma coisa não fecha nessa contabilidade. Enquanto isso, Santa
Catarina, que sempre foi um estado exemplo em termos de campanhas de vacinação,
está vergonhosamente atrasado em relação aos estados vizinhos. Passaram a
cuidar bastante da política e se esqueceram da importância de vacinar as
pessoas. E as pessoas também têm sua parte de culpa, pois ainda não entenderam
que a pandemia continua a fazer vítimas.
Será que a população quer só a solução? Os responsáveis fica por isso mesmo?
ResponderExcluirEssa realidade me parece bastante aquilo que está acontecendo hoje no Brasil.
A coisa mal curada volta pior - veja o caso dos crimes praticados na ditadura - ao invés de punir os criminosos , como em outros países, a lei os protegeu, por isso essa arrogância nojenta que vira e mexe aparece.
A Petrobras sempre foi a solução para o desenvolvimento do Brasil, vendê-la , privatizá-la... significa impedir a nossa soberania. Uma nação que não detenha o controle sobra petróleo, energia elétrica, alimentos entre outros se transforma em joguete na mão do capital internacional. É o que está acontecendo hoje com essa coisa que chamam de governo.
Qualquer idiota sabe , se pensar um pouco, que a gasolina, o gás, o arroz, a carne ..mesmo com a pandemia, a guerra da Ucrânia.. se tivéssemos o controle do que afirmei acima tudo seria diferente. O impacto seria muito menor.
Para discutir esses problemas é preciso conhecer profundamente nossa história, pelo menos de 1930 para cá, entender o esforço de Getúlio Vargas que ao criar essas empresas, especialmente a Petrobras, sofreu tamanha pressão (UDN - Lacerda) que suicidou-se.
FHC é o pai deste desmonte . neoliberal -, hoje nas figuras de temer e bolsonaro...
Privatizar nossas empresas públicas não é a solução. Elas são a alavanca para transformar o pais. Dizer que é problema , das duas uma, Ignorância ou...
Com relação ás CPIs, sou completamente a favor, quando apresentam indícios claros de mal feitos como neste desgoverno.