sábado, 15 de julho de 2023

Reforma tributária – aplaudida e contestada!

 






Reforma tributária – aplaudida e contestada!

       A Câmara dos Deputados, em Brasília, aprovou, por percentual de votos expressivo, a tão esperada Reforma Tributária, que vem sendo gestada há três décadas. Agora, o projeto vai para o Senado da República, onde um número menor de elementos, os senadores, poderão promover as alterações  e fazer os ajustes necessários para que, de fato, a Lei beneficie os brasileiros e não apenas o Brasil. Quando falo em Brasil, estou me referindo ao Governo Federal, useiro e vezeiro de promover alterações legais como forma de aumentar e centralizar a arrecadação de tributos.

       Claro que os interesses, como sempre, estão em jogo. O Sul, o Centro-Oeste e o Sudeste costumam perder para o Norte-Nordeste. Costumam levar de lavada. A parte do Brasil que mais trabalha sustenta a que “não se esforça tanto”. O eufemismo é muito pertinente e precisa ser entendido, antes que me classifiquem com algum dos termos modernos que costumam classificar. Escrevo porque estive lá, conversei com pessoas, vi situações, tanto no aspecto político quanto laboral. Sejamos reais e verdadeiros, sem hipocrisia.

       Comecemos pelas escolas. Vejam as nossas e vejam as outras. Quanto dinheiro desviado da Educação, quantas rodovias para conduzir a fazendas de poderosos e quanta ignorância de alguns, num oceano de espertalhões.

       Já que se fala tanto em discussão, bem que a sociedade brasileira pode através de suas instituições, propor um debate saudável, sólido e lúcido sobre a situação das escolas e dos hospitais. Sobre os investimentos e sobree a fiscalização que deveria haver, não a partir de gabinetes com poltronas bem almofadas e ar-condicionado, mas todas in loco. Com o mesmo dinheiro, daria para fazer muito mais. A burocracia devora parte de nosso dinheiro. E, a “reforma”, pode ajustar um lado e bagunçar o outro. Agora, cabe ao Senado, que reúne pessoas mais experientes e maduras, com experiência executiva na área pública ou privada, ou mesmo legislativa. Sem muito lobby, com discernimento, com estudo dos impactos futuros. Não é de bom alvitre aceitarmos que muitas contribuições municipais passem para Brasília para depois voltarem para as cidades. A reforma deveria preconizar a simplificação e não a concentração.  Abramos o olho, irmãos!

       Aplausos a quem merece – Tenho, quando preciso, buscado a Delegacia Regional de Polícia, agora comandada pelo Delegado Gilmar Bonamigo. Muita eficiência e bom atendimento em diversos setores lá. Os serviços, terceirizados, do Detran, são executados por pessoas engajadas e que merecem estar lá. No serviço de plantão, num feriado, vi e ouvi a habilidade com que o Policial Civil de plantão atendeu uma senhora idosa. Pacientemente, ouviu-a e orientou-a. Parabenizei-o, no ato, por ser um servidor público sério e competente, cumpridor de suas obrigações.

       Já compararam, leitores, os preços dos combustíveis praticados nos postos de distribuição em Joaçaba, em ralação a outros de nosso Estado? Aqui, a concorrência é estimulada e um personagem tem muito crédito nisso. Trata-se do Julinho de Souza, do PROCON. Com habilidade e conhecimento, lidera a fiscalização e, sobretudo, orienta clientes e fornecedores.

       O Fator Cancellier – O Tribunal de Contas da União, após apurada investigação e análise dos fatos, inocentou o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Luiz Carlos Cancellier  nos processos que foram instaurados contra ele. Cancellier, não concordando com o tratamento recebido das autoridades diversas, sendo inclusive preso e afastado da UFSC, desolado e considerando-se inocente ( e só ele poderia saber se era inocente ou não), cometeu suicídio. A mesma revolta já repercutida à época, agora vem manifestada nas redes sociais e meios de comunicação. Quantas vezes já vimos pessoas honradas tendo sua vida exposta e execrada, sem comprovação de que o ser seja verdadeiramente culpado. Os danos psicológicos e morais são irreparáveis. Sofrem o cidadão e seus familiares. A decisão é justa, necessária, mas não o traz  de volta à vida! E, agora, como serão responsabilizados os que o levaram à decisão extremada de tirar sua própria vida? O fato, ocorrido em 2017, merece profunda análise e, tendo havido qualquer abuso de autoridade, quem os praticou precisará ser punido.

Euclides Riquetti- Escritor – www.blogdoriqquetti.blogsspot.com

Minha coluna no Jornal Cidadela  - Joaçaba SC

Em 13-07-2023

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