domingo, 9 de julho de 2023

Um Brasil de acomodados... O que fazer para que todos trabalhem e estudem?

 


       Vivemos num país em que grande parte da população é acomodada e age totalmente de acordo com sua conveniência. Falam-se da baixa qualidade do ensino, mas não se arguiu sobre a pouca vontade de estudarem. Fala-se em desemprego, mas se verifica, junto aos empregadores, de que precisam de mão-de-obra e não encontram gente disposta a trabalhar. Tudo é motivo para recusar ofertas de trabalho.

       Tenho conversado com empresários de diversos setores e a queixa é sempre a mesma: Falta-lhes mão-de-obra para produzir. E isso tem muito a ver com as facilidades que foram sendo oferecidas às pessoas desde os tempos do governo de Fernando Henrique Cardoso, quando se iniciaram algumas concessões de benefícios sociais, sem se cobrar nenhuma contrapartida dos beneficiários. E isso veio se seguindo nos anos seguintes, com Lula, Dilma, Bolsonaro, e agora, de novo com Lula. O da direita fez o mesmo que os da esquerda. Tudo em nome dos votos.

       Há 3 décadas, a coisa era bem diferente. Quando alguma obra importante da infraestrutura tivesse que ser construída, eram formadas grandes frentes de trabalho, e os desocupados eram recrutados para o serviço. Diante das secas do Nordeste, para trabalhar junto às perfurações de poços. Na normalidade, para fazer açudes e cisternas de reservação de água.

       Pessoas que estão com idade de curtir sua aposentadoria, não podem usufruir de seus benefícios porque não conseguem contratar gente que os substitua. Empresas, mesmo aqui na microrregião, não conseguem captar trabalhadores que tenham vontade de aprender ofícios.

       A sociedade e os poderes constituídos, em todas as esferas, precisam cobrar resultados. Deputados Federais e Senadores da República precisam diminuir o embate político e as narrativas chatas que produzem  e passar a discutir a realidade da desocupação das pessoas. Por que não trabalham? Quanto o assistencialismo tem prejudicado o desenvolvimento! Cada um precisa fazer a sua parte, os pais mandando os filhos para a escola e exigindo deles bom desempenho. As escolas estão disponíveis, as instalações, aqui no Sul e no Sudeste, pelo menos, são adequadas e temos corpos docente e discentes extraordinários. É tudo muita falação e pouca ação.

       Bolsonaro inelegível – O ex-Presidente levou de 5 a 2 no TSE e está inelegível por oito anos. Com sua maneira esdrúxula de agir e falar, deu munição aos adversários e ao Judiciário. Mas não me surpreendamos se, daqui a pouco, recuperar os direitos políticos que lhe foram subtraídos. Assim foi com Luiz Inácio. Pode acontecer com ele também.

       Reforma Tributária – Pelo que se ouve e vê, a reforma tributária não vai dar os resultados que quem trabalha e produz espera. Alguns vão ganhar e outros vão perder. Será que o Sul e o Sudeste vão continuar pagando o pato?

          Antes tarde do que nunca – O período climático adequado para o plantio de árvores nativas, exóticas ou frutíferas, está em curso. Depois de muitas cobranças e sugestões, a Prefeitura de Joaçaba executou o plantio de mudas nativas na área do Parque Central onde se situava a arquibancada do antigo estádio Oscar Rodrigues Da Nova. Na parte dos gramados, houve o plantio em anos anteriores. Para recuperar o tempo perdido, imagino que, quando o verão chegar, haja irrigação regular onde foram introduzidas as mudas, se não houver a ocorrência satisfatória das chuvas. As novas plantas estão lá, identificadas. Além de todo o benefício ecológico-ambiental, servirão para que as pessoas melhorem seus conhecimentos sobre nossa flora. O Parque está muito bonito, é bem cuidado e conservado. Também é bem utilizado pela população, de todas as idades, pelos que ali caminham e pelos que praticam esportes. Dá para dar uma melhorada no embelezamento do parque e outros ponto da cidade através do plantio de flores.

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

Minha coluna no Jornal Cidadela - Joaçaba SC

Em 07-07-2023

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