quarta-feira, 11 de outubro de 2023

O passarinho que queria voar...


 



Pretendia voar o passarinho 

Era um filhote, na verdade

Queria libertar-se do ninho 

Voar para sua liberdade!


Era frágil o pequeno alado

Suas asas ainda fraquinhas

E o irmãozinho, coitado...

Tivera frágeis as perninhas.


O maninho já caíra, (voara?)

E ele também precisava voar

Fazer o que antes planejara

Para o mundo conquistar.


Nem tudo, porém deu certo

Caiu no chão, machucado

Sentiu seu fim estar perto

Pois estava bem fragilizado.  


Mas veio uma mão caridosa

Que o  recolheu e deu carinho

Então a avezinha gloriosa

Saiu voando de mansinho.



História: Um casal de pombinhas costuma fazer um ninho sobre um caibro, diante de minha janela. Ali põe ovos e os choca. Há duas semanas, nasceram dois filhotes. Nesta manhã, um deles caiu sobre a calçada dura e não resistiu às dores. O irmãozinho, como que a procurar o outro, acabou saindo do ninho e caindo ao lado do que já não tinha vida. Toquei em suas asas e percebi que ainda vivia, mas parecia estar com frio. Coloquei-o ao sol, debaixo de uma roseira. Refeito, voou e ganhou o mundo, uma hora depois. Fiquei muito contente, ganhei meu dia. E, a forma que tenho de eternizar o momento, é compor-lhes este poema...

Euclides Riquetti

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