segunda-feira, 27 de maio de 2013

O Amilcar na área, de novo!

          Na semana,  li uma postagem do amigo Shirlon Pizzamiglio em que ele escreveu: "Que atire a primeira pedra quem nunca perdeu o celular em casa e ligou do telefone fixo para achar". Lembrei-me de quantas vezes isso já aconteceu comigo. ( E com você também, né?) Faltar-me-iam dedos nas mãos e nos pés para poder fazer isso. E, quando perco a chave do carro, falo para a Dona Patroa: "Deviam inventar uma chave com um dispositivo que, quando eu telefonasse para o número dele,  tocasse um bip e eu acharia a bicha onde quer que  estivesse". É, mas enquanto não inventam, o negócio é cuidar bem da chave, ter um lugar certo para ela: Você pode guardar no encosto do sofá e se ela cair entre este e o assento você enfia a mão e tira. Também em cima da geladeira, na prateleirinha do DVD, ao lado do computador, na gaveta da cristaleira, em qualquer outra gaveta, mas sempre no mesmo lugar. Ou comprar um daqueles penduradores e fixar num lugar fácil de pegar. Mas claro que você deve ter o seu lugarzinho predileto aí em sua casa ou apê.

          Pois não é que no sábado, após a  concorrida Feijoada da Apae e o jogo do Joaçaba Futsal com o Saudades ( de quem nunca quererei ter saudades depois do placar inverso de 1x3),  me toca o telefone celular:  Adivinhe quem? - o Amílcar, de novo, ora! Disse-me que estava com saudades e eu respondi-lhe que, mesmo sendo saudosista, estava com o "Saudades"  atravessado na garganta, que ganhou do Joaçaba Futsal aqui em nossa casa, que lá no jogo encontrei o  Senna Thomazoni e a Luciane, tinham vindo apoiar o Leo, filho deles, que aqui joga. Então, saudades, hoje, "neca"!

          "E aí, mano, como tem passado?", perguntei-lhe, com aquela perguntinha tão simplória que todo mundo faz para parecer educado quando inicia uma conversa! E veio de lá:

          "Olha, Riquetto, tô bem hoje, só que com um gosto runho  na boca. Parece que fiquei chupando um cabo de guarda-chuva a tarde toda onte.".   Tive que rir já de saída, o amigo continua o mesmo, com seu jeitão e linguagem que é só dele. Indaguei-lhe se vinha bebendo, se não escovara os dentes, o que tinha acontecido que ficara com o gosto ruim na boca.

E ele: "Ma non é que foi por isso mesmo que fiquei com boca amara?! Tomei só um traguinho daquela maledeta e, pra  não dar na vista,  fui escovar os dente. Ma, tchó, peguei a escova e apertei bem o tubo de pasta e comecei a fazer a escovaçón, daquele jeito que o palestrante ensinô quando ia na aula,  e que que descubro: em veiz de apertá o tubo de pasta de dente, apertei o do creme de fazer a barba e nem vi. Quando me dei conta que aquele era um gosto parecido c´o  do sabonete, quasi que vomitei. Fiquei assim a tarde inteira, com nojo. Decerto que até amanhã fica tudo bem de novo"! E tu, Riquetto, que que anda fazendo?"

          Respondi-lhe que no sábado fui a uma feijoada, aqui em Joaçaba e que no domingo tive o costelão na comunidade, que gosto muito disso.

           "Costelón é do que que eu mais gosto. É de lambuzá os bigode que nem tenho. Por aqui são mais de churrasco campero", com tempero com gosto de charque. Mas tendo carne, desce tudo!

            Nesta o papo com ele não foi muito longo porque eu tive que ir atender a um compromisso, não sem antes dizer-lhe que também já usei creme de barbear em vez de dentrifício, pois  sou  muito distraído.  E que, muitas e muitas vezes, já adocei café com sal, temperei salada com açúcar. Tenho um irmão que, quando pequeno, tomou "Q Boa" pensando que era água, pois a mãe  botara numa xícara para levar ao tanque.  E eu "tomei o remédio da vaca", lá no Leãzonho, quando era pequeno,  e nem morri. E, como diz o Shirlon, que atire a primeira pedra o leitor que já não passou por algo parecido também.

Euclides Riquetti
27-05-2013
         

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