Se, em nossa excursão para o litoral gaúcho e catarinense, no final da semana que passou, não fomos contemplados com o que esperávamos no Parque da Serra dos Aparados, no domingo pela manhã tivemos uma programação sensacional e compensadora. O guia Geraldo Medeiros de Lima nos propôs visitarmos a Parque da Guarita, onde se localiza a praia do mesmo nome (Praia da Guarita), bem próximo do centro da cidade de Torres, no Rio Grande do Sul.
A cidade de Torres está com cerca de 45.000 habitantes fixos e recebe centenas de milhares de pessoas na época do veraneio. Há, inclusive, uma parte da cidade que foi historicamente ocupada por famílias de Caxias do Sul e que hoje é dominada, basicamente, por seus sucessores. O nome "Torres" vem da existência de pelo menos 6 formações rochosas elevadas localizadas nas praias da cidade, os chamados "torreões". Essas formações rochosas, boa parte com cobertura vegetal, enfeitam a orla da cidade.
O Parque da Guarita, oficialmente, tem o nome de Parque Estadual José Lutzenberger, e é uma Unidade de Conservação Brasileira. O nome veio em homenagem ao ambientalista gaúcho, um dos grandes incentivadores de sua criação. O Parque da Guarita é constituído por um ecossistema costeiro e, na sua implantação foram criadas áreas reproduzindo outros ecossistemas da região.Tem carca de 350 hectares. No parque, localiza-se um prainha, que já serviu ( e serve) de área de escape para embarcações. Duas torres ponteiam a praia e, em meio delas, uma menor, em forma de pirâmide, dando característica ímpar ao lugar. Uma pessoa que tenha visitado o local, ao ver uma foto qualquer,
facilmente identificará o Parque da Guarita. Inicialmente, o parque foi projetado pelo renomado paisagista Roberto Burle Marx. Adiante, recebeu algumas modificações, as quais foram aprovadas pelo próprio Burle.
Ao pisar as areias macias, ou respirar o ar gostoso e com leve cheio de maresia, é possível que se tenha a sensação de que já se esteve lá antes. O mesmo sentimento se tem quando se sobe até o topo das torres. Romantismo e saudosas lembranças ficam no coração de quem lá se faz presente em alguma época da vida. Um local que tem muita história, que foi palco de um projeto de porto de atracamento de navios, com extenso molhe, pelo presidente da República Marechal Deodoro da Fonseca, mas que foi abortado pelo sucessor Marechal Floriano Peixoto, que preferiu empreender na cidade de Nossa Senhora do Desterro,( que o homenageia e que também contesta esta homenagem...), Florianópolis.
Após a visitação, fomos levados a uma casa de artesanato, onde lembranças puderam ser adquiridas a preços altamente viáveis, sem exploração do turista. Uma programação muito boa em que todos desfrutamos de ótimos momentos. Um passeio de menos de duas horas, uma excelente sugestão do guia Professor Geraldo que, além de biólogo e oceanógrafo, tem amplo conhecimento e domínio da história de Torres e dos locais turísticos daquela região.
Obrigado, Geraldo, por nos ter proporcionado tão bela programação!
Euclides Riquetti
Belo domingo de praia....., Vlw Euclides!!!! Grande abraço.
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