Conheço o "Milico" há uns três anos, acho. Descobri, nas corridas e caminhadas na Pista Olímpica do Clube Comercial, aqui em Joaçaba, que ele era meu vizinho. Quando lhe perguntei o nome, disse que era melhor que o chamasse apenas de "Milico". Era militar aposentado.
Aos poucos, fui conhecendo bem o Milico. Tornamo-nos amigos. Eu corria na velocidade que minha idade me permitia. mas ele era um maratonista, na verdade. Esquecia-se de parar. Vinha de casa correndo, continuava correndo, ia embora correndo! Algumas vezes, vinha com seu carrinho, muito simples. Logo deu para perceber que ele é uma pessoa "do bem", confiável. Dava opinião aos mais jovens, orientava. E incentivava os mais velhos a correrem, caminharem, movimentarem-se. Só isso já é algo de muito bom que faz para a comunidade joaçabense.
Quando a Pista foi abandonada, em razão de que outro "cidadão do bem", o Sr. Djalma Ouriques, parou de capinar as ervas que cresciam na borda da pista, estas cresceram muito, e o local ficou muito feio. Vieram os PARAJASC e a Prefeitura fez uma bela limpeza. Passado o verão, estavam as ervas voltando, ficando feio de novo. Mas um dia, ao chegar lá, deparo-me com metade da pista de 400 metros já limpa, livre das ervas daninhas. Aparece-me, depois, o Milico, com uma enxada, e começa a realizar uma bela de uma limpeza. Em poucos dias, tudo estava bonito de novo.
Entendo o Milico. Ele é uma pessoa que sabe da importância que uma pista de atletismo tem para uma comunidade. Os paraatletas da ARAD treinam ali. No sábado, bem cedo, estavam lá treinando, preparando-se para competir nos PARAJASC e, daqui a poucos dias, no Rio de Janeiro. Cumprimentei todos eles, mãos estendidas e abraços em todos. São pessoas maravilhosas que, em vez de queixarem-se da vida, estão lá buscando a superação de suas limitações. Admiro-os e os incentivo. Dou-lhes palavras de ânimo e estimulo-os a continuarem progredindo, derrotando as limitações. No sábado, o Milico não estava lá. Estava ali, defronte a Escola Nossa Senhora de Lurdes, 3 minutos a pé de minha casa.
Parabenizei-o pelo trabalho que faz. Disse-me que não estava ajudando a comunidade, estava ajudando a si mesmo. A si, porque seu filho estuda naquela Escola e, por conseguinte, ele e sua família são beneficiados. Com uma daquelas "forcas", retirava todas as folhas, gravetos e papéis que estavam no meio das pedras britadas. Arrancava, com as mãos, todas as ervas, e colocava numa caixa de papelão, para depois depositar na lixeira. Naquela Academia ao Ar Livre, ao lado do Ginásio de Esportes, que está depredada e ainda não ganhou o merecido piso, embora prometido ainda em 2011 pelo Poder Público, recolheu as ferragens que estavam espalhadas e empilhou-as. Quem sabe isso "inspire" a quem de dever consertar o que foi estragado e que NUNCA teve manutenção!
Há muito tempo já vinha pensando em escrever sobre o trabalho social comunitário dele. Perguntei-lhe o nome: Francisco Birajara Pires de Souza. É natural de São Sepé, região central do Rio Grande do Sul. Veio de Palhoça, onde tem sua casa. A esposa, Denise, trabalha num Banco aqui, e aguarda transferência para a Grande Florianópolis. Tem 55 anos, muita vitalidade, cabelos grisalhos, corpo de atleta. Tem um sorriso permanente e uma disposição extraordinária de ajudar os outros. Mora perto do Comercial, gosta de cachorros, por isso mesmo não quer morar em apartamentos. Faz parte da Igreja da Congregação Cristã do Brasil, localizada na Rua Frei Rogério, aqui em Joaçaba. Tem notáveis e dignos pensamentos sobre a conduta do Ser Humano. Diz que as pessoas precisam pensar mais, refletir. A pressa as leva a atitudes inconsequentes. As pessoas precisam valorizar mais a vida e respeitar o próximo. Tenho absoluta certeza de que ele pratica aquilo que prega e defende.
Admiro muito o amigão Milico. Gostaria que ficasse morando aqui em Joaçaba. Pena que os projetos dele e sua família são para outra cidade. Mas reconheço nele um cidadão honrado e do bem. Admiro-o pela maneira como vive e pelo que faz. Grande abraço e parabéns, Francisco Birajara Pires de Souza!
Euclides Riquetti
Aos poucos, fui conhecendo bem o Milico. Tornamo-nos amigos. Eu corria na velocidade que minha idade me permitia. mas ele era um maratonista, na verdade. Esquecia-se de parar. Vinha de casa correndo, continuava correndo, ia embora correndo! Algumas vezes, vinha com seu carrinho, muito simples. Logo deu para perceber que ele é uma pessoa "do bem", confiável. Dava opinião aos mais jovens, orientava. E incentivava os mais velhos a correrem, caminharem, movimentarem-se. Só isso já é algo de muito bom que faz para a comunidade joaçabense.
Quando a Pista foi abandonada, em razão de que outro "cidadão do bem", o Sr. Djalma Ouriques, parou de capinar as ervas que cresciam na borda da pista, estas cresceram muito, e o local ficou muito feio. Vieram os PARAJASC e a Prefeitura fez uma bela limpeza. Passado o verão, estavam as ervas voltando, ficando feio de novo. Mas um dia, ao chegar lá, deparo-me com metade da pista de 400 metros já limpa, livre das ervas daninhas. Aparece-me, depois, o Milico, com uma enxada, e começa a realizar uma bela de uma limpeza. Em poucos dias, tudo estava bonito de novo.
Entendo o Milico. Ele é uma pessoa que sabe da importância que uma pista de atletismo tem para uma comunidade. Os paraatletas da ARAD treinam ali. No sábado, bem cedo, estavam lá treinando, preparando-se para competir nos PARAJASC e, daqui a poucos dias, no Rio de Janeiro. Cumprimentei todos eles, mãos estendidas e abraços em todos. São pessoas maravilhosas que, em vez de queixarem-se da vida, estão lá buscando a superação de suas limitações. Admiro-os e os incentivo. Dou-lhes palavras de ânimo e estimulo-os a continuarem progredindo, derrotando as limitações. No sábado, o Milico não estava lá. Estava ali, defronte a Escola Nossa Senhora de Lurdes, 3 minutos a pé de minha casa.
Parabenizei-o pelo trabalho que faz. Disse-me que não estava ajudando a comunidade, estava ajudando a si mesmo. A si, porque seu filho estuda naquela Escola e, por conseguinte, ele e sua família são beneficiados. Com uma daquelas "forcas", retirava todas as folhas, gravetos e papéis que estavam no meio das pedras britadas. Arrancava, com as mãos, todas as ervas, e colocava numa caixa de papelão, para depois depositar na lixeira. Naquela Academia ao Ar Livre, ao lado do Ginásio de Esportes, que está depredada e ainda não ganhou o merecido piso, embora prometido ainda em 2011 pelo Poder Público, recolheu as ferragens que estavam espalhadas e empilhou-as. Quem sabe isso "inspire" a quem de dever consertar o que foi estragado e que NUNCA teve manutenção!
Há muito tempo já vinha pensando em escrever sobre o trabalho social comunitário dele. Perguntei-lhe o nome: Francisco Birajara Pires de Souza. É natural de São Sepé, região central do Rio Grande do Sul. Veio de Palhoça, onde tem sua casa. A esposa, Denise, trabalha num Banco aqui, e aguarda transferência para a Grande Florianópolis. Tem 55 anos, muita vitalidade, cabelos grisalhos, corpo de atleta. Tem um sorriso permanente e uma disposição extraordinária de ajudar os outros. Mora perto do Comercial, gosta de cachorros, por isso mesmo não quer morar em apartamentos. Faz parte da Igreja da Congregação Cristã do Brasil, localizada na Rua Frei Rogério, aqui em Joaçaba. Tem notáveis e dignos pensamentos sobre a conduta do Ser Humano. Diz que as pessoas precisam pensar mais, refletir. A pressa as leva a atitudes inconsequentes. As pessoas precisam valorizar mais a vida e respeitar o próximo. Tenho absoluta certeza de que ele pratica aquilo que prega e defende.
Admiro muito o amigão Milico. Gostaria que ficasse morando aqui em Joaçaba. Pena que os projetos dele e sua família são para outra cidade. Mas reconheço nele um cidadão honrado e do bem. Admiro-o pela maneira como vive e pelo que faz. Grande abraço e parabéns, Francisco Birajara Pires de Souza!
Euclides Riquetti
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Amigos, peço-lhes a gentileza de assinar os comentários que fazem. Isso me permite saber a quem dirigir as respostas, ok? Obrigado!