quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Você abusou , a crônica



 
       
          Os anos 60 e 70 foram pródigos em nos oferecer festivais da canção. Muitos cantores surgiram para o estrelato oriundos  dos festivais. De vez em quando me vejo cantando uma  daquelas músicas, como "Caminhando contra o vento...sem lenço e sem documento...

         Pois, na manhã de hoje, povoava minha cabeça aquela canção do Antônio Carlos e do Jocáfi, dupla de participantes do Festival Internacional da canção. Começaram em 1969 e fizeram muito sucesso a partir de 1970. Cantei: "Você abusou... tirou partido de mim, abusou..." E fui buscar a letra completa, que aqui estou colocando: os mais antigos a conhecem, conhecem a melodia. Os mais jovens poderão ver a melodia pesquisando. Letra simples, mas que com excelente embalo melódico, caiu bem no gosto popular:

"Você abusou
Tirou partido de mim
Abusou
Tirou partido de mim
Abusou
Tirou partido de mim
Abusou
Mas não faz mal
É tão normal ter desamor
É tão cafona sofrer dor
Que já não sei se é meninice ou cafonice
O meu amor
Se o quadradismo dos meus versos
Vai de encontro aos intelectos
Que não usam o coração
Como expressão

Você abusou ....

Que me perdoe
Se eu insisto nesse tema
Mas não sei fazer poema ou canção
Que fale de outra coisa
Que não seja o amor
Se o quadradismo dos meus versos..."

          Até destaquei, aqui, esta parte tão significativa da letra, pois, em tempos de relações tão conturbadas entre as pessoas, parece atualíssima. Isso não quer dizer que assim deva ser, mas é, de fato, algo muito significativo e que nos remete a reflexões:

É tão normal ter desamor
É tão cafona sofrer dor
Que já não sei se é meninice ou cafonice
O meu amor
Se o quadradismo dos meus versos
Vai de encontro aos intelectos
Que não usam o coração
Como expressão

           Ora, pessoalmente, como poeta romântico, ainda considero que o sentimento deve prevalecer sobre os instintos, que o filosófico deve prevalecer sobre o material, que o amor deve sobrepor-se à razão. Mas isso é coisa de poeta...Nem todos pensam assim.

Euclides Riquetti
14-01-2015
 

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