Moise Mugenyi Kabagambe era congolês e veio morar no Brasil junto com outros familiares há uma década. Fugia da violência de seu país e buscava um lugar onde pudesse trabalhar e viver em paz. Os sonhos alimentados, porém, terminaram na terça-feira, há uma semana, no quiosque Trocpicália, que se localiza próximo ao Posto 8, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ele trabalhava ali como atendente. É dito pelos familiares que fora ao local para receber haveres por serviços prestados.
A violência contra pessoas pobres e negras no mundo é pior do que discriminação racial, racismo, xenofobia, ou qualquer outro termo que se use para deficni-la: é simplesmente assassinato! Já vimos muitos pésssimos e condenáveis exemplos nos Estados Unidos, na Europa e aqui na América do Sul, especialmente no Brasil. Mas o que aconteceu com Moise foi horrível! Os agressores negam que o agrediram por questões de racismo ou dinheiro. Mas nada justifica um comportamento tão cruel e desprezível.
As imagens que rodam pelo mundo através de todas as mídias digitais e televisão nos mostram a maneira cruel como ele foi assassinato naquele quiosque, sem que as pessoas presentes esboçassem qualquer movimento na intenção de ajudar o rapaz a se defender. Agressões com socos, chutes, madeiradas, os pés e as mãos amarrados... por cerca de 15 minutos. Só Deus sabe o quanto o rapaz sofreu antes de morrer! Indivíduos brutamontes, com força muito desproporcional, espancaram Moise até a sua morte.
Agredido vitimado e agressores trabalhavam na praia como vendedores de produtos dos quiosques. Grande, também, é a omissão das outras pessoas que estavam presentes. Os três agressores estão presos e já depuseram na polícia, assim como um funcionário e o proprietário do Tropicália (que não estava no local durante o ocorrido). Muito ainda ouviremos e veremos sobre isso tudo. Advogados de um lado, advogados de outro. Os de defesa, com suas versões e justificativas. Mas nada há que possa ser dito e que conteste as imagens que se espalharam pelo mundo.
A Moise, flores. Aos familiares, orações e a Proteção Divina!
Euclides Riquetti
02-02-2022
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