Fez-se noite o dia de tempestade
Em que escureceram no céu as nuvens cor de asfalto
Fez-se noite a manhã, perdeu-se a claridade
A negritude tomou a tarde como que de assalto
Choveu, à noite, no campo e na cidade.
Fez, Deus, que chovesse a chuva dos justos
A chuva que lavou as almas dos pecadores
Que energizou os gramados e os arbustos
Que regou as terras da plebe e dos senhores
A chuva que inspira os sábios e os incultos.
Fez, a chuva violenta, os danos e os estragos
Pôs pânico nos canários, pardais e nas andorinhas
Veio em gelos esféricos, ovais ou alongados
Maltratou os espinhos e as ervas daninhas
Estraçalhou as flores nos jardins florados.
A chuva calma e amena, gentil e reparadora
Parceira do sol, abençoada, chuva leve e divina
Que cai doce e serena , fresca e redentora
Poe as cores de volta e a paisagem recombina
Cumpre seu papel na natureza sedutora...
Euclides Riquetti
Em que escureceram no céu as nuvens cor de asfalto
Fez-se noite a manhã, perdeu-se a claridade
A negritude tomou a tarde como que de assalto
Choveu, à noite, no campo e na cidade.
Fez, Deus, que chovesse a chuva dos justos
A chuva que lavou as almas dos pecadores
Que energizou os gramados e os arbustos
Que regou as terras da plebe e dos senhores
A chuva que inspira os sábios e os incultos.
Fez, a chuva violenta, os danos e os estragos
Pôs pânico nos canários, pardais e nas andorinhas
Veio em gelos esféricos, ovais ou alongados
Maltratou os espinhos e as ervas daninhas
Estraçalhou as flores nos jardins florados.
A chuva calma e amena, gentil e reparadora
Parceira do sol, abençoada, chuva leve e divina
Que cai doce e serena , fresca e redentora
Poe as cores de volta e a paisagem recombina
Cumpre seu papel na natureza sedutora...
Euclides Riquetti
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