quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Carol Portaluppi é perigosa? -

    
Carol Portaluppi, comemorando com o pai, Renato Gaúcho, a conquista da Copa do Brasil pelo Grêmio de Futebol Portoalegrense, em Porto Alegre.

         Há umas coisas no mundo do futebol que nos entristecem, outras que nos fazem rir. O que mais nos entristeceu, nas duas últimas semanas, foi a morte de jogadores da Chapecoense, nossa Chape, aqui de Chapecó, cerca de 150 Km de minha casa, que perderam a vida juntamente com dirigentes do clube, jornalistas e tripulantes de um avião da Lamia, que caiu na Colômbia. Coisa pra nunca mais esquecer: eu admirava tanto dirigentes quanto jogadores, pois sei do trabalho sério que foi por todos desenvolvido para que a Chape tivesse a evolução positiva que teve. (Ainda me referirei a algumas personagens desta tragédia que comoveu o mundo).

       Na noite de quarta-feira, algumas homenagens foram prestadas às vítimas. Houve o abraço ao Maracanã, no Rio de Janeiro, houve mais de 30.000 pessoas no estádio Couto Pereira, em Curitiba, onde a Chape estaria jogando a finalíssima se o desastre não tivesse acontecido. Nossos irmãos paranaenses, na plenitude de sua dignidade, foram lá vestindo verde e branco, as cores da Chape e do Coxa, para render orações e homenagens aos heróis que perderam a vida.

       Em Chapecó, na Arena Condá, houve silêncio. O estádio não foi aberto ao público. Apenas suas luzes foram ligadas na hora em que a Chape deveria estar decidindo o título da Copa Sul Americana. Um silêncio que diz muito: o silêncio da dor, das lembranças, da saudade, do carinho para com os desaparecidos e os seus familiares.

       Outra grande homenagem aconteceu na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, quando a equipe empatou em 1 a 1 com o Clube Atlético Mineiro e sagrou-se campeão da Copa do Brasil. Árbitros vestindo uniformes verdes, jogadores com braçadeiras pretas e o distintivo da ACF, o toque do Silêncio por um militar e muitas lágrimas e choro nos rostos das pessoas. Emocionante!

       No fervor do jogo, o pensamento se volta para a partida, em si. Ainda bem que voltamos ao futebol, pois a alegria do povo amenizará a dor que todos estamos sentindo. E, no domingo, teremos mais homenagens, durante a última rodada do Brasileirão Série A.

        Após a partida, eis que Carolina Portaluppi, filha do treinador do Grêmio, Renato Portaluppi, e da jornalista Carla Cavalcanti, adentra o campo para comemorar, junto com o Renato Gaúcho, a conquista do título. A estudante de jornalismo foi protagonista de uma história marcante, acontecida recentemente, quando, na segunda partida das semifinais, contra o Cruzeiro, em Porto Alegre, entrou em campo instantes antes do término da contenda. Isso fez com que o Tribunal de Justiça Desportiva cassasse o mando de campo do Grêmio, o que considero um absurdo. O tricolor gaúcho obteve um efeito suspensivo junto ao STJD e jogou sua decisão em casa, e não poderia ser diferente.

          Carol Portaluppi não é apenas a filha do Renato Gaúcho. Claro que isso ajuda muito. Mas seus dotes físicos e sua simpatia (não posse me referir aos intelectuais, porque não a conheço...), a beleza de modelo, tudo soma. Ela tem sido notícia desde que passou a ir à praia com o pai, no Rio de Janeiro. Simpática e atenciosa, angaria fãs a toda a hora. De minha parte, como tenho duas filhas, Michele e Caroline (gêmeas),  e um filho,  Fabrício, sei o quanto é importante a presença deles em minha vida, em todos os momentos.

          Então, achar que a entrada d filha do treinador para abraçar o pai, para dividir com ele a alegria do sucesso, não pode representar um perigo, ou influenciar no resultado do jogo, é uma temeridade.  Há tantas coisas mais perigosas com que todos deveriam se preocupar.

Parabéns, tricolores. Parabéns, Renato! Parabéns, Carol Portaluppi!

Grande abraço!

Euclides Riquetti
08-12-2016

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