Eu pretendia, eu buscava escrever
Um ensaio sobre o nada:
Contestar as vãs filosofias
Atacar o convencional que anestesia
Vagar, ignoto, pela longa estrada.
Eu queria, eu teimava em escrever
Palavras bonitas e selecionadas
Que te impressionassem...
Então, minha mente muito agitada
Brigava consigo mesma
Por não encontrar os termos certos
Nesses tempos tão incertos.
Mas a minha mente escrevia
Nada mais que a poesia
De que tanto gostavas...
É que meu instinto romântico
Que vai do Pacífico ao Atlântico
Não me deixava pensar em nada senão
Escrever-te sobre minha paixão
Exacerbada!
E assim continuo a construir meu destino
A palmilhar meu único caminho
Que é chegar, mesmo que lentamente
Ou, quem sabe, de repente
Até as curvas perigosas de teu corpo
Onde se perde meu coração!
Então, minha obra tão prima
Não passou de uma tentativa frustrada:
Um arremedo, sem a luz que me anima
Um escrito que não combina
Um breve ensaio sobre o nada!
Ou, se tu ainda não viste assim:
An essay about nothing!
Euclides Riquetti
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