domingo, 10 de julho de 2022

As maravilhas do passado...dez anos depois, reprisando!

 



          Não tenho as habilidades digitais que muitos de meus amigos têm, mas procuro pessoas e informações no Doctor Google regularmente. Foi assim que redescobri o colega Francisco Samonek, que atua junto aos seringueiros, no Norte. É o Chico Mendes da hora. A comadre Vitória Brancher, madrinha da filha Caroline, no Mato Grosso do Sul. Até ex-alunos no exterior. E, de cada pessoa, sempre tenho uma lembrança.

          Neste feriado do Corpo de Cristo, entrei no facebook e comecei a ver algumas fotos da turminha Capinzal-Ouro. Fiquei maravilhado com as mudanças das pessoas. A maioria  nós, antigos magricelos, restamos um pouco maiores, com nossas nossas pretuberâncias abdominais, nossas calvícies ou cabelos agrisalhados (aqueles que ainda os têm). As colegas antigas, hoje senhoras, conseguem um desempenho sempre acima da média, pois cuidam-se melhor que os homens, investem mais nos cuidados com sua presença pessoal. Têm os belos cabelos, o rosto mais liso, a leveza de seu olhar mais suave, o corpo mais privilegiado. Parabéns a elas, todas. E, nós homens, que precisamos reconhecer que elas têm talentos e habilidades profissionais imedíveis, precisamos aplaudi-las.

          Mas, pela ordem das fotos que vi, vou mensionar a característica que mais me faz lembrar de cada um (a):
          Eluíza Andreoni (Santana), morava ali acima do Belisário Pena, tinha os cabelos bem encaracolados e me dizia que não tinha mais pai. Ela devia ter uns 8 ou 9 anos de idade e me perguntava porque eu carregava aquelas sacolas pesadas, até a casa do Bazzi, seu viznho.
          Márcia Dambrós (Peixer): andava no banco de trás do DKW, do Olávio, no banco traseiro, ajudando a carregar a máquina fotográfica e o flash, incomodada pelo Romulado (Momo) e o Renato. A Dona Iolanda, ´no banco da frente. Também, antes, andavam no fusquinha.
          Silvinho Santos: tinha uma bicicleta Monark, sem paralamas. Era um privilegiado. Poucos tinham uma Monark daquelas que o pedal não estragava. Jogava futebol n´Os Porcos.
          Hilarinho Zortéa: era goleiro, jogou até no Loanbra (Lourenço Antônio Brancher), mas as pessoas achavam que era muito franzino e por isso deveria jogar na linha. Os grandalhões não gostavam de chutar bolas de futsal contra um goleiro mini-jovem.
          Rubens Estêvão Bazzo: jogava futebol  no juvenil da São José e chamavam-no de "Tevo". Batia pênaltis para seu lado esquerdo e direito do goleiro. Nós éramos do Palmeirinhas e dizíamos para meu primo Cosme, nosso goleiro: Ele bate o pênalti na sua direita. O Cosme ia para a esquerda,  e o Rubens fazia gol.
          Eloí Elisabeth Santos, agora Bocheco: poderia ter virado protética, mas gostava de poesias. E virou escritora bem conhecida. Carregava seus cadernos na frente do peito, como se fosse  para se proteger, ou proteger suas poesias, contos, crônicas.
          Paulo Eliseu Santos: jogava no Juvenil do Vasco, cabeça de área, com a camisa nº 5. Tirava os óculos para jogar, pois, nas outras horas, sempre o víamos de óculos.
          Edi Pecinatto, esposa do Paulinho: a ruivinha, que veio da Carmelinda,  estudava no Mater Dolorum e era muito agitada. E tinha forte espírito de liderança.
          Denize Sartori: era fortinha, jogava bem caçador. Na hora de escolherem para o caçador e o volei, era a primeira a ser escolhida. Ajudou a pintar as camisetas SMR50. Fiz sucesso com uma dessas camisetas quando estudei em Porto União da Vitória.
          Maria Luíza Morosini: jogava vôlei no Floresta, era tímida. No Baile da Formatura da CNEC, em 1971, estava de conjuntinho xadrez.
          Meire Pelegrini, era a mais delicada ( e dedicada)  aluna do Segundo Grau Magistério no Mater. Virou professora lá mesmo, cheia de moral com a Irmã Ignez, depois foi para Curitibanos. Era uma fera.
          Sônia Módena: coitada daquela  Brasília verde do Américo Módena. Todos dirigiam, mesmo sem habilitação...  Fazia sucesso nos JECOs. Até fisgou o Polaco. Seria pelo futebol ou pelo violão?
          Idnei Baretta: quietinho, falava pouco, mas pensava muito. Seu pai tinha uma Ford F-100 azul, que está lá na casa do Pedro Rech, em Linha Sagrado. 
          Jane Serena: Por trás daquela menina delicada sempre havia uma grande fera. Casou-se com o rapaz que veio fazer o cadastro imobiliário das prefeituras. Não sei qual era mais podferosa, se ela ou sua irmã Inelvis.
          Darcy Callai: quando trabalhava no BB era sempre muito atencioso. Uma vez encostei um pouquino meu carro na lateral de seu Monza e fiquei preocupado. Nem estragou, mas eu lhe disse que arrumaria e ele falou: Nada disso. Não foi nada, amigo. Foi um gesto bonito de parte dele e passei admirá-lo. Aconteceu bem ali na frente da ótica do Callai, seu irmão.
        Antônio Carlos Belotto: No Mater, eu nunca sabia se era ele ou o irmão gêmeo dele que estava na minha frente. Ajudou-nos na implantação do curso de Informática no Colégio Sílvio Santos. Ensinou-me o CDir (Change Directory) e o MD (make Directory. É que naquele tempo não havia sequer o mouse e só quem viveu a informática dos anos 80 sabe bem o que isso representa.
          Ah, e tem a Vera C.B. Zortéa: ela era a "Moça Bradesco", usava camiseta branca com o nome do Banco escrito em vermelho no peito e calça comprida ou saia, ambas de um "vermelho ferrari". Tinha os cabelos escuros com franjas e casou-se com o Caio, grande amigão que nos deixou antes da hora.

          Ah, lembrar dos costumes das pessoas é, para mim, motivo de alegria. Espero que compreendam que meu objetivo não é expô-las, mas sim homenageá-las. Foi bom, um dia de minha vida, tê-las conhecido. Abraços...

Euclides Riquetti
07-06-2012.

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