segunda-feira, 19 de março de 2018

Sucesso ou Fracasso? - Gente Simples, de Sucesso!

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Lírio, marca dos produtos da Zortéa Brancher S/A -
Compensados e Esquadrias - Capinzal - Campos
Novos - SC - Brasil



          Houve uma parteira, Dona Diomira Sartori Boff, que fez mais de 100 partos. Um Senhor, Biavatti, em Capinzal, arrumou os pés e braços "destroncados ou quebrados" de milhares de pessoas. O mesmo fez o Nora, em Joaçaba. E muitas senhoras e senhores, a exemplo de Dona Néli Andrioni e de Amélia de Mattos,  fizeram isso quando não havia médicos ortopedistas. E houve  massagistas que melhoraram a vida das pessoas quando ainda não existiam fisioterapeutas. E padres e benzedeiras que davam conselhos quando ainda não havia os psicólogos. Práticos  que construíram pontes e edifícios quando eram raros os Engenheiros.  Antônio Zortéa e Guilherme Brancher idealizaram uma fábrica de compensados e esquadrias. Domingos de Paoli era um prático que idealizou  e administrou a planta de uma nova indústria, a Zortéa Brancher. Foram pessoas simples que fizeram sucesso. Não constam suas biografias nos livros nem na internet, mas os que receberam os benefícios sabem o quanto essas pessoas lhes foram úteis algum dia de sua vida.

          Poderíamos enumerar centenas, milhares de pessoas que tinham o tino, o feeling, a visão para os negócios também. Exemplos clássicos aqui em Santa Catarina foram os de Atílio Fontana, que fundou a Sadia e Saul Brandalise, fundador da Perdigão. Hoje ambas compõem a BR Foods, com plantas de produção em vários estados brasileiros. Foram exemplos de sucesso.

          O Ivan Grezele era meu aluno na Escola  Sílvio Santos. Uma vez me disse que mudaria de emprego quantas vezes fosse preciso para crescer. Ficou órfão de mãe quando era adolescente. Na última vez que o vi estava com um carrão zero, daqueles sedãs avolumados. E disse-me que tinha construído uma bela e confortável casa numa cidade aqui próxima, mostrou-me uma foto dela. Era uma  bem arquitetada, um primor. E trabalhava por conta própria, não tinha patrão. Tinha liberdade para viajar. O Ivan é um cara de sucesso.

          Sílvio Santos, nosso Patrono da Escola,  foi Prefeito em Capinzal em seus primórdios. Lembro-me bem de que nos primeiros anos da década de 1960  estavam  tocando três projetos em Capinzal. Arrojadíssimos para a época. Com poucos recursos, com muitas dificuldades para honrar os compromissos da Prefeitura, idealizou projetos que iniciou e que não tiveram continuidade no futuro. Uma pena que isso aconteceu.

          Vou citar três obras que estavam sendo iniciadas nos tempos de Horácio Heitor Breda e de Sílvio Santos e que foram interrompidas: O "Campo da Aviação", para pouso de aviões, no Alto São Roque. Fizeram a terraplenagem e, adiante, o local virou uma plantação de milho; o Silo da Linha Savóia, que virou um cortiço; e uma estrada que ligava o sul da cidade ao Alto Alegre, ali após o antigo Frigorífico Ouro, e que depois  virou mato. Todas em Capinzal. Se tivessem contunuidade, nossas cidades teriam benefícios com os quais não contam até hoje.

          Se a visão futurista e empreendedora de pessoas como esses homens, e como Bortolo Dambrós e Luiz Savenhago, que idealizaram as Indústrias Reunidas Ouro, hoje BRF  tivesse prevalecido, naturalmente que não teríamos o caos que hoje vemos em muitas de nossas  cidades.

         Lair Ribeiro, já mencionei anteriormente, em suas palestras motivacionais para o sucesso, aponta três pontos que precisam ser bem considerados: a) Auto-stima; b) Comunicação; c) Capacidade de estalecer metas; d) Atitude otimista;  e) Ambição. Não há dúvida alguma de que se o cidadão conseguir agregar em si todos esses quesitos poderá ser um cidadão de sucesso. E você, amigo leitor (a), qual seu conceito sobre sucesso?

          Então, vejamos: Por que todos os autores de métodos para o sucesso focam tudo no esquema de "ganhar dinheiro". Bem, há uma lógica (apenas razoável, não é uma verdade) de que pessoas que ganham muito dinheiro são pessoas de sucesso. Então, por que tantos suicídios entre pessoas bem sucedidas financeiramente? Por que tanta perdição em pessoas famosas e com muitos bens e dinheiros nos bancos? E, ainda, por que tantos empresários que vivem participando desses cursos de motivação e cheios de esquemas não conseguem evoluir, sair do chão?

          Penso, como muitos, que a teroria é de grande ajuda. Mas vi, ao longo da história das pessoas com que convivi, que ser bem sucedido não implica apenas ganhar dinheiro. Há outras formas de fazer sucesso, muitas, que não seja o enriquecer...

          A Diomira, o Biavatti, o Nora, o Zortéa, o Brancher, o  De Paoli, o Fontana, o Brandalise, o Ivan, o Breda, o Sílvio Santos (nosso Prefeito, não o Abravanel), o Bortolo Dambrós, o Luiz Savenhago, e tantos outros anônimos são sinônimo de sucesso, sim! Daria de fazer uma enorme lista com seus nomes. Merecidamente, serem galgados no hall do sucesso e da fama.

Euclides Riquetti
22-01-2013

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