sexta-feira, 3 de julho de 2015

Maria Júlia Coutinho, a Maju Garota do Tempo, sofre ofensas raciais

          A Maria Júlia Coutinho já trabalhou na TV Cultura, a partir de 2005, onde foi apresentadora de jornal. Desde 2007 está na Globo.  Em dezembro de 2014 passou a fazer aparições no Hora 1 , da TV Globo. Desde abril trabalha no Jornal Nacional, onde nos apresenta as previsões do tempo para o dia seguinte. Maju, como é conhecida, tem alta competência profissional. É uma excelente "Garota do Tempo".

          Na quinta-feira, 02,  passou a ser alvo de críticas preconceituosas, racismo explícito, com posts de internautas na página do facebook do JN, zombando dela pela sua condição de mulher negra. Maju, além de muito plena dedicação profissional, é uma mulher muito bonitas, elegante e simpática. A prática do racismo, no Brasil, além de altamente condenável, se constitui em  crime. Autoridades já autorizaram investigação para apurar quem foram os autores dos atos racistas e, seguramente, eles sofrerão as consequências e sanções legais.

          Ao contrário de muitos que usam de fatos assim para chamarem atenção sobre si, a jornalista "tirou de letra" o preconceito. Mostrou maturidade e, apesar de não concordar o que fizeram com ela e fazem com outras pessoas, passou aos telespectadores muito equilíbrio e habilidade em lidar com essa situação digamos que, apenas para ser eufêmico, eu diria que inconveniente.

          Aqui em casa costumamos ver muitos noticiários na TV por assinatura, mas na hora do JN costumamos sintonizar a TV Globo porque consideramos que o mesmo se constitui num resumão do que acontece no Brasil e no Mundo durante o dia. E, tão grave quanto a injúria racial, é ver notícias de menores estuprando, violentando e matando jovens indefesas. E, ainda,  um monte de políticos, artistas e outros ainda contrários à  redução da maioridade penal para imputação de crimes a partir dos 16 anos.

         A Jornalista Maju é formada pela Fundação Cásper Líbero, tem 36 anos e goza do maior prestígio no meio jornalístico. Seus colegas de empresa, liderados pelo apresentador Willian Bonner, manifestaram-se pela TV e internet em favor dela, refutando as atitudes dos preconceituosos e dando a maior força para ela. Racismo é coisa muito feia e ofensiva. Sempre tive um entendimento pessoal de que as pessoas seriam preconceituosas contra a pobreza e não por causa da cor. Agora, vendo uma pessoa bem sucedida e com a vida profissional bem organizada sendo atacada assim, mudo minha forma de pensar a esse respeito.

          As pessoas valem e precisam valer pelo seu caráter  não pela cor de sua pele. Deus abençoe, proteja, e guie a Maju, nossa Garota do Tempo.

Euclides Riquetti

Um comentário:

  1. Gostei muito do seu posicionamento Euclides, em relação apresentadora. Concordo plenamente com seu pensamento, e da forma que fez suas colocações. As pessoas quando não tem competência, e são feias de coração, falam mal das outras. Abraço, Miriam Riquetti

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