sexta-feira, 11 de abril de 2025

Para onde você vai?

 



Para onde você vai?

Com esses seus olhos de felina

Celular na mão magrinha

Ombros elegantes de menina?


Para onde você vai?

Com seu corpo de sereia ladina

Com seu corpo de fada marinha

Alma doce, anja divina?


Vai, mas volte logo!

Preciso, de novo, abraçar

Fazer amor de manhãzinha

Com a musa a me instigar...


Vai, mas volte logo!

Não quero ficar assim, perdido

Traga de volta seus olhos de mar

Quero amar o seu amor bandido!


Euclides Riquetti

11-04-2025

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Como as andorinhas...

 


 



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Voam, silenciosas, na noite, as andorinhas
Como a que não querer que as vejamos
Abanam suas asas pequeninhas
Que as sustentam em seus voos calmos e planos.

Voam, silenciosas, sobre os telhados
Sobre os quartos onde dormem as crianças
Vagam  diante das janelas de vidros espelhados
Timidas em seus voares e em suas andanças.

Voam, silenciosas,  as andorinhas singelas
Voam com a delicadeza e a sua sutilidade
Sobre as casas verdes, brancas e amarelas.

E seu voo é como o dos anjos protetetores
Que cuidam dos lares, das praças, e da cidade
Vigiando tudo, nos céus dos esplendores.

Euclides Riquetti

Descem os anjos do céu...

 



 


Descem os anjos do céu com seus clarinetes dourados
Deixando nas nuvens seu rastro largo e intenso de luz.
Sorrisos se espalham nos rostos dos seres encantados
Celebrando a alegria da música suave que nos seduz
Elevando minh´alma a um plano de inefável felicidade
Alimentada pela paixão que nos move com afabilidade!

Doce canção embala meu coração que sai para buscar
Sua bela imagem que se esconde no fundo do meu ser
Calmamente, procurando pelos belos olhos cor de mar
Fazendo com que me tome uma forte vontade de viver
Amadamente, carinhosamente, sonho que quero sonhar.

O lindo sol nos desafia a sorvermos seus raios dourados
O amor a ser celebrado nos convida para a grande festa
O querido novo dia me impele a buscar o sonho sonhado.
Todas as estrelas me guiam ao navegar sobre as florestas
Preciso ir até você, perder-me em você, querer, desejar
Para nos envolvermos com ardor, querer, cantar, amar!

Então, enquanto as horas do tempo vão-se pelas ladeiras
Os sabores da paixão invadem meu corpo e minha alma
E odores de perfumes exalam-se em cravos e em roseiras.
Vai-se o dia e vem a noite após a tarde tranquila e calma
Vem a nova manhã, uma nova aurora muito prazenteira!

Euclides Riquetti

O dia em que eu conheci Pelé (Em Capinzal)

 


 


       Foi em 1989. Eu era prefeito da cidade de Ouro - ao lado de Capinzal, aqui no Baixo Vale do Rio do Peixe, em Santa Catarina. Fui convidado pelo Sr. Altair Zanchet, Diretor da então Perdigão Agroindustrial, hoje BRF, de Capinzal, para recepcionar Edson Arantes do Nascimento, Pelé, Rei do Futebol, 49 anos, que visitava a planta daquela empresa na cidade onde nasci. Ele se fazia acompanhar de Davi Cardoso, consagrado ator do cinema brasileiro, (galã da novela A Moreninha). Estavam vindo do Pantanal Matogrossense, onde filmavam uma película sobre a Caça aos Jacarés, Pelé e Cardoso eram policiais federais, no filme. Combatiam os caçadores já na época. 

       Ele se fazia acompanhar de um dos filhos do saudoso Saul Brandalise, acho que o Saulzinho, proprietários da Perdigão. Conhecê-lo, foi uma alegria. O pessoal foi tietar o Pelé, e vi que não perceberam que o ator Davi Cardoso era o seu colega. Ambos foram muito receptivos, a simplicidade estava expressa em seus movimentos, expressões e atitudes.

       No início, abordei o Davi Cardosso, falei que, na juventude, eu vira o filme Férias no Sul, em que ele andava de lambreta com a namorada, a bela atriz e Miss Brasil Vera Fischer. Que as filmagens foram em Blumenau e Gramado, cenários com muitas flores, em especial hortênsias. Falou-me que perdera as eleições a prefeito no Mato Grosso do Sul, e que se admirava de eu, tão jovem (35 anos) tivesse sido eleito em Ouro. Contou-me algumas passagens da vida dele, de seu irmão também ator global Mário Cardoso, e dos negócios que tocava com seus familiares, em negócios imobiliários, e outros assuntos. 

       Fizemos uma passagem por toda a fábrica e o Pelé esbanjava simpatia. Quando passamos pela oficina de manutenção, ele mesmo reuniu todos os mecânicos para uma foto. Pediu para um dos rapazes que estava agachado para que ficasse de pé, pois ali, naquela posição, era o lugar dele mesmo, o lugar da camisa dez. Depois, ao passarmos por uma sessão de cortes de frangos, havia uma jovem que recebia caixas com coxas de vários pesos. Ela, com a mão direita, pegava uma a uma e colocava na balança eletrônica. Vi o peso e as classificava, com diferenças de cinco gramas, atirando-as na caixa correspondente ao seu peso. O Pelé ficou encantado com a habilidade da garota. Foi lá, tirou uma foto com ela (Fotógrafo era o Jaime Baratto e o cinegrafista Arderbal Gaspar Meyer, o Barzinho). Elogiou-a muito e disse que gostaria de que ela jogasse futebol com ele, que ela tinha as mesmas habilidades. O Rei era humilde, bem humorado, carismático e afável para com todas as pessoas.

        Por que o Pelé veio para nossa cidade? A resposta me veio numa oportunidade em que fomos para Videira, junto à Sede da Perdigão, com o Nadilce Dambrós, o Valêncio José de Souza e o Frei Nélvio Davi  Colle. Na ocasião, fomos solicitar ao Sr. Saul Brandalise, presidente do Grupo Perdigão, apoio para a restauração da matriz São Paulo Apóstolo, de Capinzal. Fomos contemplados com grandes benefícios. Pessoalmente, falei diversos assuntos com Brandalise, que era tio de meu compadre Aníbal Bess Formighieri, marido da Vitória (Brancher), que era sobrinho do empresário. Ele me falou, entre outras coisas, que Pelé só concordava gravar comerciais e produtos se ele mesmo comprovasse a sua qualidade e se conhecesse os métodos de produção, considerando os aspectos ambientais e de não utilização de mão de obra que não fosse perfeitamente legal e com métodos dignos.  

       Sobre o Pelé, que todos chamavam de Edson na ocasião, quero registrar que virei grande fã dele. E nunca imaginei que o garoto de quem ouvi falar pela primeira vez na Copa de 1958, e eu tinha 5 anos, uma dia se tornaria meu ídolo, e eu pudesse conhecê-lo e passar um dia com ele. Registrando que, na oportunidade, além do staff da Perdigão e o seu, estávamos lá eu, Prefeito Municipal de Ouro, SC, Irineu José Maestri, Prefeito de Capinzal, Celso Farina, ex-prefeito de Capinzal, Altair Zancher, Diretor local da Perdigão, Frei Nélvio Davi Colle, da Paróquia de São Paulo Apóstolo, Ademir Pedro Belotto, locutor da Rádio Capinzal, Jaime Baratto, fotógrafo (Stúdio Foto Real), Ronaldo de Oliveira, fiscal e veterinário da Inspeção Federal. Havia uma senhora, a mãe do Serginho, que fez café e o Pelé elogiou o café dela.

       Por alguns dias, Pelé vai ocupar as principais mídias de comunicação do Brasil e do Mundo. Para a História, haverá a eternização como o Rei do Futebol. Para meu coração vascaíno, a honra de ele ter atuado pelo Gigante da Colina. Para todos nós, a certeza de que o Pelé, na pessoa do Edson, ficará em nossa memória como um ser humano magnífico.


Euclides Riquetti

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Escrever-te poemas de amor e de paz

 


 




Acariciar teu corpo, carinhosamente

Beijar tua boca com doce volúpia

Admirar tua habilidade e astúcia

Alisar teus cabelos sutilmente...


Dizer "te amo" sempre que for preciso

Achar-te bonita como de fato és

Perceber teu charme da cabeça aos pés

Encantar-me com o teu sorriso...


Valorizar tudo o que sabes fazer

Escrever-te poemas de amor e de paz

Cantar-te versos pra te convencer...


E, em todas as horas poder dizer-te

Que és como a rosa que tanto me apraz

Louvar-te, desejar-te muito e querer-te!


Euclides Riquetti

Sentimento nobre para ser nutrido

 

 




Campos floridos, jardins primaveris


Amada musa do corpo exuberante


Heroína dos meus sonhos tão pueris


Seiva que alimenta instintos amantes


Claros horizontes verdejantes...




Sol de meus dias de amor e paixão


Ilumina os teus olhos que me fitam


Norte a seguir em toda a imensidão.


Todas as estrelas da noite cintilam 


Presente feminino, bem contagiante


Desenvoltura em um corpo elegante




Foge de meu controle a ansiedade


Prazeres ignotos inundam meu ser


Setas de cupido, o amor de verdade


Amor exacerbado, desejo de viver


Sentimento nobre para ser nutrido


Amada mulher do corpo esculpido.




Euclides Riquetti

O cheiro do vento


 

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Feche os olhos e sinta
O cheiro do vento que barulha as folhas
E da água que se gaseifica em bolhas
Perceba que   a  natureza  se retinta.
Feche seus belos olhos... e sinta!

Feche os olhos e abra seu coração!
Fique segura,  dê-me  sua mão
Frágil, mas terna, elegante e  macia,
Que me passa uma deliciosa energia
A energia doce, que brota  do seu coração!

Feche os olhos e escute a orquestra
Que embala uma suave canção:
É a canção do vento, que traz a harmonia do universo
Que vem no momento mais sublime e certo
Vem trazer-me a paz da longa imensidão.
Vem...

Euclides Riquetti

Amiga Leni Scherer - partiu e deixa saudades!

 


      Leni Scherer Keller faleceu na tarde de terça-feira, 08 de abril de 2025, em Joaçaba. Esteve hospitalizada na última semana e, mesmo com toda a assistência médico-hospitalar de qualidade do Hospital da Unimed,  veio a perder de sua energia neste último ano. Tinha 83 anos, sem filhos, e era viúva de Rui Keller. Filha de Arnaldo Scherer, irmã de Jaime, fundadores da empresa sucessora da Sganzerla e Scherer S.A. Moro na Rua Arnaldo Scherer, esquina com a Albino Sganzerla. 

      Para os familiares, Tia Leni. Para os colegas professores, apenas Professora Leni. Para os colaboradores de sua empresa, a Scherer S.A, sediada 500 metros de minha casa, Dona Leni. Para meus familiares, simplesmente Leni. Conheci-a há quatro décadas e pouco, eu era professor ainda iniciante. Tínhamos a mesma formação acadêmica (Letras-Inglês), ela formada na FACEPAL, de Palmas, e eu na FAFI, de União da Vitória, ambas no Paraná. Adiante, ela exerceu cargo diretivo na antiga UCRE, Unidade de Coordenação Regional de Educação, aqui de Joaçaba. 

      A Leni era uma cidadã inquieta, mas equilibrada, cordata, generosa, simpática e empática,  Uma das mulheres mais elegantes e bonitas e nossa cidade. Embora empresaria forte, prezava muito pela sua profissão de professora, Tínhamos contatos frequentes por telefone. Uma vez me ligou: "Sabia que o nome de sua rua não é Arnoldo, mas sim Arnaldo Scherer? - É isso mesmo, pois ele é meu pai!" Outra vez: "Tenho que ajudar a realizar uma sabatina para um gerente novo. Vc, que trabalhou no mercado de peças, pode me ajudar?  Escreva umas perguntas e me traga aqui em casa, pois ando muito atarefada"

       Tínhamos grande amizade e ela compartilhava comigo algumas alegrias e algumas angústias. Ia a Passo Fundo para suas consultas médicas e me dizia: "Fui até lá e o médico me disse que eu não tenho nada. Meus exames estão normais e as dores que eu sinto são próprias de minha idade" Será que vão achar que tenho algum problema mental?"

       Eu a bombardeava com perguntas e ela funcionava como u reloginho novo. Me relatava sobre os amigos que tinha em Piratuba, quando se reunia com Cláudio Vítor Rogge e outros, no apartamento dela, para um carteado. Lamentava ter perdido de frequentar o litoral, o que fez ao longo de sua vida.

       Na juventude, frequentou um colégio de Florianópolis, em internato. Vinha visitar os pais em Joaçaba, vindo e voltando de avião: "Antigamente as coisas eram mais fáceis", dizia!

       Uma vez lhe perguntei se tinha algum sonho não realizado, e me respondeu: "Eu quisera ter tido 12 filhos, uma dúzia, mas..." e me relatava segredos pessoais.

       Quando lancei meus dois livros de crônicas, me solicitava que levasse alguns volumes e autografasse, pois queria contemplar o irmão Jaime e os amigos de Piratuba. Solicitou-me entregar-lhe meu poema "O voo da garça" que publicou numa coletânea catarinense da Associação Catarinense dos Professores, a ACP. Num outro projeto, desafiou-me a escrever uma lenda. Eu tinha experiência em poemas e crônicas, então aceitei e produzi "A lenda do Monge São João Maria" e o poema "Oração ao Monge São João Maria. 

       Uma vez, aceitou meu convite para uma excursão a Bituruna, Faxinal do Céu e Porto União da Vitória..Hospedamo-nos no Hotel Grezele, almoçamos no "Bepone", restaurante de José Maziero, jantamos no Empório Italiano, do Antônio Maziero e seus filhos, Degustamos e compramos vinhos nas cantinas Sanber e Dionízio.Fomos ao Faxinal doi Céu, um Jardim Botânico extraordinário, de propriedade da Copel, em Pinhão, uma maravilha, uma verdadeira Suíça Brasileira. 

       Em União da Vitória, visitamos e Morro do Cristo e em Porto União o Morro da Cruz, um belo mirante.  Fizemos um tour pelas cidades e  admiramos os Rio Iguaçu, as suas pontes, as praças das cidades, o casario. Fomos conhecer o Poço do Monge João Maria, com exuberante natureza, água corrente, e esculturas em madeira com a figura daquele profeta. Depois passamos pelo Batalhão de Engenharia de Combate, visitamos a loja da Steinhaegger Doble W, onde fomos recebidos pelo Anízio de Souza, ex-Prefeito de Porto União, sua esposa Traude e o filho Marco Aurélio e outros familiares.  Trouxemos alguns litros  daquele deliciosa bebida. Uma vez, quando fui levar um texto para ela, brindamos com uma caipira e ela me apresentou o sobrinho , Carlos Alberto, que me mostrou um portentoso e bem planejado barco, cujas peças ele mesmo vinha construindo. Ele é um  verdadeiro Engenheiro Naval auto-didata.

       Certa vez, sendo ela nossa Presidente Regional, ligou-me muito nervosa, pois havia reunião da ACP, e falecera uma das colaboradoras da casa dela. Correra muito para dar apoio à família, organizar o funeral. O pessoal da diretoria organizou tudo e ela chegou na hora, um pouco ofegante, mas elegantemente preparada, como era de seu costume. 

      Aliás, por ocasião de seu sepultamento, mencionei que, se ela pudesse reclamar, naquele momento, reclamaria da cor alterada de seu cabelo, que não estava loiro e nem encrespado como  de costume.  Falei aos presentes que ela tinha admiração especial por algumas pessoas: O irmão Jaime,o Carlos Alberto e as sobrinhas, o Assir De Lucca, diretor da empresa deles, o sobrinho - neto Eduardo, sua esposa e a querida sobrinha-bisneta Valentina. Ainda o Ângelo, da Compuserv, o motorista Jorginho, as suas cuidadoras: Marlene, Nevilde, Ilda, Gema,  Saula, Ivanir, Mari, Joseane e Elenir. Na cerimônia de despedida, na capela da Funerária São Rafael, Jaime Scherer fez um agradecimento especial aos que cuidaram dela em seus últimos anos de vida, nominando todos eles. 

      Pela nossa amizade, pelas parcerias festivas e literárias, pela compartilha dos desabafos, pela afinada opinião sobre política, educação e negócios, rendo-lhe esta homenagem. Quem só fez o bem na vida terrena terá um belo e digno lugar ao lados dos anjos no paraíso.

Euclides Riquetti e família

Em 09-04-2025 

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Na noite fria e escura

 


 


 


 



Na noite fria e escura me agasalhei em você
Dividimos afagos e compartilhamos carinhos
Mandei embora meus medos, você sabe por quê
Nós buscamos nos sonhos reencontrar um caminho.

Na noite fria e escura eu rezei com você
Pedimos a Deus por nós dois, pela sua proteção
Rejeitamos viver o que nos faça sofrer
Juramos amor, muito amor, amor e paixão...

A noite fria e escura eu só queria que acabasse
Que as horas corressem bem rapidamente
E que um  dia  de sol de imediato voltasse

A noite é dos anjos, dos seus clarins e seus cânticos
É amiga dos namorados,  de quem se ama fielmente
É a hora do poeta compor os seus versos românticos.

Euclides Riquetti



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Acesse!

Eu lhe dou minha alma


 


Eu lhe dou minha alma


Você quer o motivo, eu apenas algo bem sugestivo
Algo que me inspire a lhe escrever um doce poema
Você quer uma frase magnífica, eu quero um tema
Pois quero enaltecer você com os afáveis adjetivos.

Você quer ouvir palavras doces, eu quero rimadas
Quero a sua substância para embasar meus versos
Quero os espelhos côncavos nos vidros convexos
Quero dos seus perfumes as fragrâncias exaladas.


Você quer as carícias, eu quero paixão desmedida
Quero o sonho que sonhei na noite da sua partida
A lembrança do seu beijo gostoso e avassalador...

Você espera por versos escritos em meus bilhetes
Você aguarda que lhe mande flores em ramalhetes
Eu lhe dou minha alma, meu corpo, e o meu amor!

Euclides Riquetti

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quarta-feira, 9 de abril de 2025

Com sabor de pecado

 



 


Com sabor de pecado


Um poema romântico

Com sabor de pecado.

Com perfume autêntico

E um corpo desejado...


Como um quadro pintado

Em óleo sobre tela

Um desenho clásssico

De uma dama singela!


Com palavras escolhidas

Com versos rimados

Por uma paixão sentida

E um coração alado.


Simplemente um escrito

Com doses de amor

Para um sonho infinito

E pra ti esta flor!


Euclides Riquetti

 


 



Um poema romântico

Com sabor de pecado.

Com perfume autêntico

E um corpo desejado...


Como um quadro pintado

Em óleo sobre tela

Um desenho clásssico

De uma dama singela!


Com palavras escolhidas

Com versos rimados

Por uma paixão sentida

E um coração alado.


Simplemente um escrito

Com doses de amor

Para um sonho infinito

E pra ti esta flor!


Euclides Riquetti

Doces lábios de morango

 



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Beijo seus lábios doces de morango
De divina pele avermelhada
O delicioso aroma vai-me contagiando
Com o gosto de sua  essência adocicada.

Sorver seus lábios e sentir  seus olhos distanciados
Perdidos na planície que se estende  ao longe
Sentir seu coração aberto aos meus afagos
Tentando me levar pra não sei onde.

Ah, doces lábios de morango que me seduzem
Ah, corpo grácil que me aquece nesta tarde fria
Ah, mãos suaves que nas noites me conduzem

Morangos que bailam na música da grande orquestra
Que devolvem a minh' alma a nostalgia
Que fazem minha vida ser u'a grande festa!

Euclides Riquetti

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Andar nas nuvens, flutuar

 




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Fui andar nas nuvens,flutuar
Buscar não sei o quê
Fui nem sei por quê
Mas fui passear!

Seria o  passeio dos justos
Ou da desolação?
Seria preocupação
Ou vazão a instintos brutos?

Fui andar perto do céu azul
Fui encontrar a paz
Pois é assim que se faz
Aqui no meu amado Sul...

Seria a busca das verdades
Das respostas escondidas
Para as dores sentidas
Para as aflições e as vontades?

 Fui com propósitos e propostas
Fui flutuar nas nuvens brancas
Procurar almas tão santas
Que me dessem as respostas!

E, agora, já sei o porquê
De ter ido buscar ali
Remédio pra dor que senti:
Encontrar você!

Euclides Riquetti

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José Maliska Sobrinho - o cidadão, o poeta! - reeditando...


 



          Li, recentemente, o livro "José Maliska Sobrinho - Biografia". Valeu a pena ter lido!

          Conheci o Sr.  José Maliska Sobrinho quando ele vizinhou conosco no Distrito de Ouro, pouco antes de este emancipar-se de Capinzal. Mas ouvira falar dele no inverno de 1960, quando sua esposa, Pierina Motter Maliska veio a falecer e eles moravam nas proximidades da Prefeitura Municipal. A Sede da Prefeitura de Capinzal se localizava em Ouro, seu distrito,  e não no local onde hoje há a sede daquele município. Coisas da política, das velhas rivalidades entre UDN e PSD.

        Meu primeiro contato com os Maliska veio na semana seguinte ao falecimento de Dona Pierina, que deixou nosso mundo ao dar à luz uma filha, a Maristela, em 10 de julho de1960. Um parto muito difícil, em que as opções do médico eram entre a de salvar a mãe ou a filha. Dona Pierina, com 36 anos, sugeriu que salvassem a bebê. Achava que tinha vivido bastante e que a menina é que precisava ser contemplada com a vida. Apesar de todos os esforços do médico e das auxiliares, naquela madrugada de sábado para domingo,  nasceu a Maristela e sua mãe foi pro céu. Eu e o Moacir Richetti, meu primo, fomos entregar os convites para a missa de sétimo dia de casa em casa. A saudosa Tia Maria Lucietti, segunda esposa do Tio Victório, era amiga deles e fomos atender a um pedido de pessoas ligadas à família Maliska.

           Quando eles vieram morar no casarão que fora construído pelo Sr. Marcos Penso, na Rua Senador Pinheiro Machado, e que hoje pertence aos herdeiros de Idalécio Antunes, fiz amizade com os filhos, especialmente o Rui. O Rui era um menino educadíssimo e que parecia frágil, mas muito inteligente. Ensinou-me o que era um estádio de futebol, quando fazia um deles num monte se serragem que havia perto do casarão, na rua, onde brincávamos ao final das tardes.  Naquele tempo,  era normal que, num dia inteiro, nenhum carro passasse pela rua, uma vez que estes eram raros. Antes, era utilizada pelos caminhões da família Penso. Depois, poucos por ali transitavam.

          A História de José Maliska Sobrinho e toda a sua família é contada pelos filhos de seu segundo casamento, com Celina Miqueloto, os amigos Marcos Augusto Maliska e Maurício Eugênio Maliska, num livro biográfico que publicaram através da Juruá Editora, de Curitiba, em 2012 e que no ano seguinte passou a chegar às mãos dos amigos da família. Fui presenteado pelo meu ex-aluno Marcos e pelo seu mano Maurício. Agradeço de coração!

          Emocionei-me diversas vezes ao ler a história dos Maliska. Já considerava o Sr. José pela fineza  e amabilidade com que tratava as pessoas na época em que eu era um adolescente. E eu admirava aquela caligrafia dele, inconfundível, nos documentos em que escrevia no seu Cartório, em Capinzal. Um verdadeiro gentleman, elegante no vestir-se, no andar e no falar calmo, equilibrado e pausado. O Maliska, além de todas as virtudes e atributos como bom pai e marido, também cidadão muito responsável nas suas atividades públicas e profissionais, era ainda um exímio atirador. O amigo Nelito Francisco Colombo sempre me contava das façanhas do "Venho Maliska", com seu 38.

          José era um dos melhores amigos de meu pai. Formavam um grupinho de amigos em que ele, meu velho Guerino, o Luiz Gonzaga Bonissoni, o Werner da Silva, o Giavarino (Bijuja) Andrioni e meu primo Rozimbo Baretta se reuniam num bar, ali defronte à Ponte Irineu Bornhausen, no Ouro, e ficavam tomando umas pinguinhas e contando histórias e causos. Agora, lendo o livro, pude reviver algumas das que meu pai nos contava... E passei a entender o porquê de seu entendimento fácil com o Maliska e o Bonissoni, pois  tinham o mesmo perfil cultural e intelectual, foram grandes leitores e pesquisadores, aprendiam a fazer as coisas com facilidade, tinham ótima expressão oral e escrita. Tudo beirando à perfeição!

           Toda a vida da família Maliska, começando pela narração da  vinda deles para o Brasil, quando o pai de José, Francisco, veio da Polônia,  e casou-se no navio com Júlia Romanowski, alemã, que nele conheceu está relatada no livro biográfico. As dificuldades desse casal e dos filhos, se aventurando por terras do Rio Grande do Sul, as cartas trocadas entre a parentada e seus descendentes, tudo é informação digna do maior crédito e constam nas paginas da edição.

         Não vou aqui fazer uma resenha de tudo o que está na obra,  mas li cada linha, observei e analisei cada detalhe do que está escrito. Tenho muitas lembranças do José, da Isabel, da Eleonor (que mora aqui em Joaçaba e que seguidamente a encontro na rua)  do Luiz, que é advogado aqui em Joaçaba e com quem costumo me deparar na fila de um banco, do Aliomar que andava com aquele Corcel  branco de 4 portas, em 1970,  e vinha com o Rui para abasctecer no Posto Dambrós, e da pequena Maristela, que foi criada pelo tio Dr. Antônio Maliska e pela Delfa,( irmão e cunhada de José). Da Carmen, que foi embora quando eu era criança, poucas lembranças tenho.

          Descobri, no livro, o lado poético do Sr. José. Um romântico autêntico, que escrevia palavras bonitas, que sabia amar e fazer-se amar. Retirei, da página 85, parte do que escreveu numa carta à amada Pierina, quando ela tinha ainda 15 anos:

          "Para mim, apesar de ser pequenino, tenho o coração grande para te amar; eu julgo que tu terás pena de mim, sem teu amor a flor logo há de morrer: conforme florescem as plantas, e a lua vai se ostentando cada vez maior, uma força poderosa em mim vai se alastrando. Qual será o coração que vendo as maravilhas da natureza não sinta vontade? Alta noite enluarada, minha alma triste e abandonada vive sempre a pensar!... Moreninha, tu és uma jabuticaba, madurinha a valer. Enquanto não proseamos, meu coração não para de bater..."

        Que bom constar isso e  poder me referir de maneira carinhosa a uma pessoa que nos deixou em 23 de junho de 1979, e  que seus filhos hoje resgatam sua história de generosidade e cidadania através de um livro, onde se resgata a história de um cidadão honrado e que nos deixou belos exemplos.

Parabéns!

Euclides Riquetti

17-01-2016

Um jeito especial de sentir saudades

 

 

 




Um jeito especial de sentir saudades

Tenho um jeito muito especial de sentir saudades:
Saudade com paixão
Saudade com emoção
Saudade apenas de saudade...

Eu, como você, sou movido a sentimentos
Que se alimentam com estímulos
Alegrias de verdade
Encantamentos...

Tenho um jeito muito especial de sentir saudades:
Saudade dos ausentes
Saudade dos presentes
Saudade de bons papos e de amenidades!

Eu, como tantos e tantas
Eu, meus pensamentos e sentimentos
Eu, nossos memoráveis doces momentos
Eu e você, e nossas boas lembranças
Temos recordações que nos fazem
Sentir saudades...


Tenho, sim, sei que tenho
Um jeito muito original
Que seguro e mantenho
De um modo tão especial
Que é retratar em versos
Nos poemas diversos
Que tenho saudades de você...

Apenas isso...
Bem assim!

Euclides Riquetti

terça-feira, 8 de abril de 2025

Inquietação

 




Há uma inquietação que invade meu ser
Na manhã em que o sol não se faz presente
Na manhã em que tudo me parece indiferente...

Há algo que me perturba, que não sei dizer
Que me deixa indisposto, frágil, sonolento
Que me torna tão volúvel quanto o vento...

Há um mundo de infortúnios e impropérios
Que me assustaria, se não tivesse força pra encarar
Que te amedrontaria, se não tentasses enfrentar...

Mas, mesmo que tudo seja coroado de mistérios
Nada afrontará  meu ímpeto avassalador
Nada me afastará de teu brilho e teu esplendor!!!

Euclides Riquetti

Homenageando minha saudosa mãe...

 


 


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 Homenageando, nesta data, minha querida e saudosa mãe Dorvalina Adélia Baretta Riquetti, falecida há 22 anos. 


Mãe - das dadivosas mãos, mãe

Mãe - das caridosas bênçãos, mãe.

Mãe dos filhos gerados e amados
Mãe dos filhos cuidados e guiados.

Mãe - da vida dedicada, mãe
Mãe - da lida abnegada, mãe.

Mãe das manhãs azuis, esperançosas
Mãe das noites negras e chorosas.

Mãe - do filho perfeito e bem nascido
Mãe - do sagrado leito ali estendido.

Mãe do olhar bondoso mas austero
Mãe do falar que assusta mas sincero.

Mãe - do amor em plena difusão
Mãe - da flor, da alma e coração.

Mães são apenas mães:
Não dependem de elogios
Não dependem de flores
Não esperam por presentes.

Apenas rezam por seus filhos.
E eu rezo por elas.

Felicidades a todas as mães:
À minha, à tua, às mães das outras mães.

Euclides Riquetti

Você foi um anjo

 



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Você foi um anjo que bateu asas
Que foi pousar  num campanário
Que sobrevoou os jardim das casas
Deixando meu coração solitário.

Você foi um anjo que me alentou
Que me deixou marcas inapagáveis
Tantos poemas você me inspirou
Viagens e sonhos inimagináveis.

Você foi um anjo de amor e ternura
Um anjo que me entregou uma flor
Um anjo da alma revestida de alvura.

Você foi um anjo bonito, idealizado
Anjo que à vida me trouxe muita cor
Anjo que me fez feliz e enamorado.

Euclides Riquetti

Mulher, mulher

 

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Mulher carinhosa, mãe gentil
Inteligente, bonita e elegante
Rendo-lhe a homenagem sutil
Imaginando-a feliz, fascinante
Alma tão serena, olhar pueril
Maravilhosamente cativante!

Como flores que me aprazem
Antes de um escaldante verão
Raízes profundas que jazem
Muito bem fincadas no chão
Indescritível é sua imagem
Grande é seu doce coração.
Nome de santa e de coragem
Amores de amor e de paixão
Nas noites que se refazem!

Real, constante e verdadeira
Imagem em poemas diversos
Que escrevo à minha maneira.
Um nortear para meus versos
Espalhados pelas ladeiras
Todos pelo mundo dispersos
Trazidos à vida prazenteira
Indo embalar-se  no universo!

Euclides Riquetti

Meus poemas Haicai




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Olhar de janela
Paisagem de imensidão
Riqueza na mão.

Ponte majestosa
Liga cidades irmãs
E almas bondosas.

No vale encantado
Vai o sinuoso rio
Do peixe e do nado.

Natureza viva
Esperança renovada
Verde e colorida.

Dia ensolarado
Vem meu verão, vem meu sol
Alento esperado.

Só não vem você
Acalentar minha alma
E não vem por quê?

Acho que não vem
Porque há um pecado em querer
E culpa também.

Então pensamentos
De dúvidas povoados
Misturam-se aos ventos.

E eu aqui...

Euclides Riquetti