sábado, 8 de setembro de 2018

Ousadia






O toque gentil  de tuas mãos em meu rosto
O toque sutil de minhas mãos em teus ombros
O toque melódico de tuas palavras em meus ouvidos
O toque romântico de meu ser em teus sentidos...

O toque delicado de teus braços em meu corpo
O toque suave de minha pele em tua pele alva
O toque perfumado de teu peito em meu peito
O toque dadivoso de meu olhar em teu olhar.
O toque de teus beijos ardorosos em meus lábios
O toque de meus beijos em teus lábios rosados.

O toque sensível do tudo de mim em ti
O toque inimaginável do tudo de ti em mim
A perdição do momento desejado
A perdição no pecado
O amor consumado
Sem fim...

Tu estás em mim e eu estou em ti
Sem nenhum medo:
Apenas paixão, amor segredo!

Desejo de mim por ti, por ti, por ti
Desejo de ti por mim, por mim
Desejo imedível, ousado
Pecado, imersão, pecado!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Pelas ruas sinuosas


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Andas pelas ruas longas e sinuosas
Alentada pelo vento que te acaricia
Cantando canções muito prazerosas
Vais viver um sol em cada novo dia
Véspera de mais bênçãos recebidas
Presentes merecidos em toda a vida.

Prudente em cuidar da alma dourada
Sábio é teu coração na arte de amar
Reino de esmeraldas em tua estrada
Asas que te permitem sempre voar.
Calmamente, no horizonte azulado
Vais pelo céu no destino já traçado.

Segura e firme és nas tuas decisões
Amada por aqueles que te rodeiam
Determinada nas coisas do coração
Profunda nas ideias que te norteiam
Manto que protege quem te procura
Amadamente, exalas amor, doçura!

Euclides Riquetti
07-09-2018















Grego ou Latim?







Não sei se escrevo em Grego ou em Latim
Se você entende Inglês ou Espanhol
Se gosta mais de dia de chuva ou dia de sol
Se há uma chance de me dizer que sim...

Não sei que língua eu deveria usar
Se em fala, gravação ou mesmo digital
Mas prefiro lhe dizer em língua natural
Quem sabe ao ouvido, bem pertinho do mar...

Andei por caminhos direitos ou tortuosos
Em alguma curva derrubei o coração ferido
Mas não deixei que se tornasse um bandido
Nem me esqueci dos seus olhos formosos...

Quem sabe, agora, em língua portuguesa
Eu possa escrever-lhe mil poemas meus
Eu possa deliciar-me com os lábios seus
Perder-me no seu corpo de princesa!

Euclides Riquetti
30-04-2016

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Geração Jovem Guarda... anos 60 em Capinzal!





      
  No início da década  de  60, o então jovem município de Capinzal, no Baixo Vale do Rio do Peixe, era composto também pelos territórios de seus distritos de Ouro, Dois Irmãos e Barra Fria. Em 1963, no dia 23 de janeiro, Ouro emancipou-se de Capinzal, abrangendo em seu território os outros dois distritos.  No mesmo ano, no dia 11 de novembro, concedeu emancipação aos mesmos, que se tornaram, respectivamente, Dois Irmãos e Lacerdópolis, sendo que o primeiro, adiante, passou a chamar-se Presidente Castelo Branco.

          Naquela metade da década, logo após esses acontecimentos políticos, surgia no Brasil  a Jovem Guarda, começando a aparecer  no cenário musical Roberto Carlos (o "Brasamora"),  Erasmo Carlos ( o "Tremendão") , Vanderléa ( a "Ternurinha"), Vanderley Cardoso (o "Bom Rapaz"),  Jerry Adriani (o "Coração de Cristal"), e Martinha, como principais expressões. Havia o Agnaldo  Rayol (o "Rei da Voz"), o Agnaldo Timóteo, que fazia sucesso com "Meu Grito", o Caetano Veloso, que adiante saiu-se bem com "Alegria, Alegria",  o Chico Buarque, com "A Banda", e o Ronie Von (o "Pequeno Príncipe"), com "A Praça". O Sérgio Reis, também da mesma geração, projetava-se com "Coração de Papel". Depois, virou cantor sertanejo. Havia outros, os preferidos pelos adultos, que nós, teenagers, chamávamos de "Velha Guarda".

         A Juventude e os teens curtiam muito as feras daquela hora, deixávamos os cabelos bem compridos, usávamos calças "boca-de-sino", uma camisas xadrez, de gola bem alta. As mulheres usavam "bomlon", arrumavam os cabelos à La Doris Day, e a charmosa Leila Diniz saiu para a praia grávida usando biquini, uma afronta aos costumes da época. Ah, leitor (a), tu deves ter sabido de todos esses acontecimentos, ou tomastes conhecimento deles algum dia. Foi uma época marcante de minha vida e da maioria de meus amigos.

          Pois bem, naquela época, o Colégio Mater Dolorum apresentava o seu novo e imponente prédio. Nós estudávamos lá, a sua quadra de esportes era um terrão com pedras, onde se jogava caçador e vôlei. Lembro bem que o colega Milvo Ceigol, irmão do Neivo, perdeu parte de seus dedos numa serra elétrica, na Marcenaria de seu tio Orestes Albino Fávero e, com os dedos cheios de mercúrio, gaze e esparadrapo, teimava em ser escalado para jogar vôlei. Depois, havia uma mesa de pingue-pongue, onde estrelavam a Vênus Siviero, a Marlene de Lima, a Ana Shiley Bragatto (agora Fávero, que quando perdia uma jogada esboçaba um sorrisinho delicado e afastava-se suavemente da mesa). Havia uma interna, a Rita, que era muito bonita, e que o pai a visitava de vez em quando, com um jipão. Os alunos de primário usavam calça de cor cáqui e camisa azul, as meninas saia e blusa dessas cores.  As alunas do Normal usavam saias bordô e camisas marfim. No Padre Anchieta, estudavam somente rapazes, camisa branca e calça azul. E a onda, na época, erta ouvier "iê, iê, iê". No ginasial, os rapazes no Anchieta e da garotas no Mater. É, não podia misturar menino com menina. E, no primário, quando alguém fazia bagunça, a primeira pena era ser colocado a sentar-se ao lado de uma menina.(Que humilhação, que vergonha...). E, os casos mais graves, eram levados para terem seu nome registrado no "Livro Negro" (Que medo!...). E diziam que os mais "fortes e disciplinados", iriam assinar o "Livro de Ouro". Nunca vi nem um nem outro, mas acho que existiam, não sei se sob as chaves da Irmã Marinela, da Irmã Fermina, da Irmã Terezinha. Esta, diziam que iriam dirigir a caçamba Ford, amarela, comprada para o transporte do material da construção do novo prédio. Mas o motorista acabou sendo, mesmo, o Lóide Viecelli.

          Enfim, nós, que vivemos e nos encantamos com nossos ídolos da época, também fizemos parte da história de nossas escolas, de nossas cidades. E, agora, espalhados pelo Brasil, vemos a geração que nos sucedeu buscando espaços também em outros países. Cada um vai fazer sua história onde acha que deve fazer. O mundo mudou mais do que podíamos imaginar. Mas as tecnologias permitem que nos aproximemos.

          É impossível esquecer de uma época tão boa de minha vida. E, certamente, também tua, leitor (a)!

Euclides Riquetti
15-06-2012

O Universo conspira em nosso favor


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O Universo conspira em nosso favor
E com ele mantemos a cumplicidade
Alimentamos as partículas do amor
Ensejamos buscar a nossa felicidade!

No firmamento, bailam constelações
Os meteoros se revezam nos espaços
E os planetas, há milhões de gerações
Convidam para o colóquio e o abraço.

O Universo nos cobre com seu manto
E uma imensidão infinita nos protege:
Um cenário de belezas e de encantos
É a mão de Deus que nos guia e rege.

Deus dos céus e Senhor deste infinito
Obrigado pelo dia de sol confortador
Porque há um paraíso assim tão bonito
O universo conspira em nosso favor!

Euclides Riquetti
06-09-2018




quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Soneto da Madugada


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No inerte vaso, amarelos cravos em macetos
Cujo perfume em nenhum lugar do mundo há
Meus versos se emparelham  em dóceis sonetos
Nos lanços de palavras que se embalam no ar.

Na madrugada, vagam pensamentos desconexos
A mente voa, vai campear em algum lugar
Buscar espelhos planos, côncavos, convexos
Em mil faces, mil sorrisos se espelhar.

E eu me ambalo nesses sonhos encantados
E neles abraço o teu corpo desejado
Enquanto beijo os teus lábios delicados.

E nas manhãs de sol, vento ou calmaria
Em todos os momentos, noite tarde,  ou mesmo dia
Espero-te: vem juntar-te aos meus pecados.


Euclides Riquetti

Na suntuosidade dos afrescos e vitrais

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Por detrás das altas paredes palacianas
Na suntuosidade dos afrescos e vitrais
Nos dias claros ou nas noites profanas
Bailas em meio a candeias e castiçais.

A leveza do vestido escuro e decotado
Sapatos revestidos de seda, vermelhos
Brincos de ouro, colar, tudo adornado
Um belo corpo se reflete em espelhos!

Valsas na doce harmonia da orquestra
Bela, majestosa, deliciosa, provocante
Exalas charme, és uma alma desperta!

E, numa dança atemporal que se repete
Desfila a silhueta de um corpo elegante
O presente ao teu passado me remete!

Euclides Riquetti
05-09-2018




terça-feira, 4 de setembro de 2018

Re-ação




Pensamentos vãos
Povoam mentes insanas
Mancham almas mundanas
Pensamentos vãos.

Argumentos vãos
Defendem causas perdidas
Ladeiam-se com forças vencidas
Argumentos vãos.

Pensamentos e argumentos
Calcados em causas perdidas
Aliados  às forças vencidas
Restam-se  inúteis ordenamentos.

Porém,  mesmo os  frágeis elementos
Com a  soma  dos  infortúnios  da vida
Podem reagir e tornar-se,  em momentos
Medalhistas  na empreitada aguerrida.


Euclides Riquetti

Jeito de pecado...

Jeito de pecado...
  
Foi de madrugada
Que pensei em você:
Senti algo no peito
Foi assim, do meu jeito
De gostar, de beijar, de querer.

Desejei o seu corpo
Elegante, maroto.
Beijei os seus lábios quentes
Acariciei seu cabelo envolvente
Amei você, perdidamente!

Fui atrevido, incontido bastante
Encantei-me com seu jeito elegante
E, entre pensamentos profanos
Meu coração cigano
Ficou transportado
Para o mundo desejado!

Desejei, ousei...
Pequei. Quis.
Quis ser feliz!...
E foi muito, muito bom!
Bom, mas com jeito de pecado!...

Euclides Riquetti

Eu quero ser sua canção



 

Não sei por que caminhos lisos  andou meu pensamento
Se se perdeu nas pedras soltas, ou se foi nas correntezas
Mas penso que seguiu a rota azul no imenso firmamento
Que  preferiu navegar,  solitário, nos mar das sutilezas...

Eu  fiz  muitas perguntas simples e todas sem respostas
E em todas as que eu lhe fiz, você mostrou-se indecisa
Propus amor, felicidade, mas não ouviu minhas propostas
Me deu somente dúvidas, respondeu-me com evasivas...

Não sei andar sem chão, sem base, apenas flutuando
Não sei mover-me sobre as nuvens, sem rumo definido
Não sei viver sem versos, nem quero ver você chorando...

Você é a melodia que me falta para animar meu coração
Você é  parte de mim, você  é meu ser, meu maior  sentido
Você é o tema de meus versos e eu quero ser sua canção.

Euclides Riquetti

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

A falta de engajamento de algumas entidades no desenvolvimento de Joaçaba


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       Joaçaba desenvolveu e cultivou hábitos de participação comunitária aquém de a maioria das outras cidades. E isso é uma constatação! Ainda, verifico que muitas entidades e organismos que foram beneficiados, ao longo doa anos, com recursos ou outros tipos de apoio do Poder Público, não deram ao Município, e consequentemente à comunidade, a contrapartida devida e necessária. Porém, temos muitas entidades filantrópicas, bem lideradas, que fazem excelente trabalho em favor de pessoas que precisam de apoio humano e mesmo material.

       Poucas vezes entrei no gabinete do Prefeito Municipal em uma década de residência em Joaçaba. Para falar com o Prefeito, nenhuma vez em 10 anos. Fui duas vezes convidado pelo amigo Bolinha Pereira, por ocasião da organização das festividades do aniversário do centésimo ano de emancipa

ção do Município. Acho que numa outra oportunidade estive lá nas imediações e havia uma solenidade e fui convidado a entrar. Tenho dito que, por muitos anos, ocupei e frequentei gabinetes. E que tenho alguma vergonha de me fazer presente, pois me dá a impressão de que estou lá para pedir algo para mim. E isso é resultado de ter presenciado, durante três décadas, que há pessoas que não desgrudam do Poder. Parece que não conseguem viver sem estar grudadas nos administradores públicos, são excessivamente dependentes. Falando mais claramente: parasitas!

       Na atual administração, entrei umas vezes no Gabinete do Vice Jucelino  Ferraz, com quem cultivo amizade desde o tempo em que ele era Publicitário e eu era Prefeito em Ouro, e isso faz quase que 30 anos. No ambiente geral, sempre tive sérios reparos a fazer, e já expus isso ao Ferraz, que sempre me atendeu bem e vejo que há encaminhamentos bem adiantados nas questões que eu contestava, como o Plano Diretor, que parecia “copiado” de outra cidade e prejudicava muito a possibilidade de nosso desenvolvimento. Tenho acompanhado de perto as mudanças no quesito e vejo uma evolução firme nisso.

       Nesta semana, na terça, 28, fui convidado pelo Vice-prefeito a participar de breve reunião com o Prefeito Ragnini e alguns assessores. O objetivo era dialogar sobre a necessidade de melhorar a arborização do Parque Central e ainda efetuar melhorias para que atenda também, e adequadamente, as crianças. Há severas críticas em relação ao Parque. Os próprios vereadores estiveram lá e divulgaram suas observações e sugestões para que este melhore sua estrutura. Falei sobre o que ouço da população, manifestei minhas posições a respeito e fui além, abordei as questões do desenvolvimento da atividade turística.

       Um Plano Municipal de Turismo está sendo formulado pelo Município, através do Senac. De quatro reuniões que aconteceram, participei de uma porque fui indicado pelo Jornal Cidadela. Agora fiquei sabendo de outra na semana e vou participar. É um assunto de que gosto e de que tenho um pouco de conhecimento. Mas na reunião em que estive, pude constatar que entidades que recebem benefícios da Prefeitura não estavam lá. Onde trabalhei no serviço público, esse tipo de organismo era convocado a participar. Não apenas convidado. E verificávamos resultados positivos e a melhoria da cultura da participação.

       Saí da reunião com a convicção de que árvores, sejam nativas, exóticas ou outras plantas, serão plantadas no lugar onde havia a arquibancada do estádio Oscar Rodrigues da Nova. E vou passar para o Prefeito, por escrito, uma síntese das sugestões e observações que fiz na reunião. Citei exemplos de boas práticas que acontecem em cidades pequenas e que podem acontecer também aqui.

Euclides Riquetti – Escritor – Membro da ALB/SC  www.blogdoriquetti.blogspot.com






Um jeito especial de sentir saudades





Tenho um jeito muito especial de sentir saudades:
Saudade com paixão
Saudade com emoção
Saudade apenas de saudade...

Eu, como você, sou movido a sentimentos
Que se alimentam com estímulos
Alegrias de verdade
Encantamentos...

Tenho um jeito muito especial de sentir saudades:
Saudade dos ausentes
Saudade dos presentes
Saudade de bons papos e de amenidades!

Eu, como tantos e tantas
Eu, meus pensamentos e sentimentos
Eu, nossos memoráveis doces momentos
Eu e você, e nossas boas lembranças
Temos recordações que nos fazem
Sentir saudades...


Tenho, sim, sei que tenho
Um jeito muito original
Que seguro e mantenho
De um modo tão especial
Que é retratar em versos
Nos poemas diversos
Que tenho saudades de você...

Apenas isso...
Bem assim!

Euclides Riquetti
17-04-2016

domingo, 2 de setembro de 2018

Nunca digas nunca, jamais!


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Nunca digas nunca, jamais
Que desta água tu não beberás
Pois nos conflitos pessoais
Muitas voltas o mundo dá!

Nunca digas nunca, certo?
Pois o futuro a Deus pertence
O amanhã é sempre tão  incerto
E tudo pode mudar de repente!

Nunca  digas nunca, amor
Pois os caminhos são diversos
Se num verão há muito calor
No inverno te escrevo versos!

Não, não digas nunca, então
E procura nadar na calmaria
Reserva-me o lugar no coração
Para onde voltarei um dia!

Euclides Riquetti
19-01-2015

Se eu soubesse pintar...



 



Se eu soubesse pintar
Começaria pelo teu rosto contente
Pincelaria teu corpo envolvente
Poria vermelho nas unhas de  teus pés...

Se eu pudesse pintar
Pintar-te-ia com roupas pretas
Que te tornam bonita, atraente
Que te deixam morena fascinante...

Se eu soubesse pintar
Pintar-te-ia como és:
Com toda a tua exuberância
Com tua beleza e elegância.

Se eu pudesse pintar
Pintaria teu rosto com tinta clara
Cor da primavera que chegara
E o próprio verão cobrir-te-ia com verniz...

Mas,  todo o teu corpo
Idealizado, desejado
Eu jamais conseguiria concretizar!
Não eu, nem outro:
Ninguém conceberia o ideal de tua perfeição...

Mas teu beijo
Sensual, gostoso, (ardoroso?)
Eu levaria!
Tuas palavras
Doces, amáveis, (adoráveis?)
Eu também as levaria!

E teus olhos fugidios teriam que fitar os meus e dizer:
"Eu te amo!"

Euclides Riquetti