sábado, 25 de julho de 2020

Amar intensamente

Um homem feliz - Jornal da Orla

Velocidade presente
Inquietação
Mas nada de acomodação...
Muito buscar
Muito querer
Agir com determinação!

Agitação moderada
Controle da ansiedade
Busca da felicidade...
Amar pra ser amado
Ter alguém ao seu lado
Sentir saudade!

Lutar incansavelmente
Liderar
Calcular
Sentir o que o coração sente
E, invariavelmente...
Amar intensamente!

Simplesmente...assim!

Euclides Riquetti
25-07-2020




A chuva do amanhecer

Como aproveitar a água da chuva para rega seu jardim ou horta ...

A chuva do amanhecer
Deste novo domingo
Alegrou as folhas e as flores
Que estavam dormindo!

Foi um belo despertar
Com os pingos frescos e compassados
Foi um alegre alegrar
Foi um doce acordar
Num domingo acarinhado...

As águas que rolaram nas calçadas
E que buscaram os bueiros
Levaram embora algumas tristezas.

E a manhã imaginada
Esperada com doçura e singeleza
Animou nossos floreiros...

Então o verde, ao renascer
Autêntico e clorofilado
Devolveu-nos as outras cores
Um momento muito abençoado.

A chuva no domingo esperado
Irrigou meus canteiros
E fez-me sentir amado
Sensual e desejado
Sorriso no rosto, olhos bem faceiros!

Euclides Riquetti

Frias madrugadas







Frias madrugadas do inverno antecipado
Das geadas brancas
Do sol que se levanta
E vem agigantado...

Frias madrugadas que precedem
O céu azulado
O dia ensolarado
As bênçãos que as mães nos conferem...

Frias madrugadas dos pensamentos
Das cândidas orações
Das singelas recordações
Que nos traz o som do vento...

Frias madrugadas dos aflitos
Que esperam que o dia venha claro
Que esperam pelo nosso amparo
Que esperam por um futuro mais bonito...

Frias madrugadas
Em que permaneço acordado
Esperando pelo dia abençoado
Rezando para que sejas...abençoada!

Enquanto espero que amanhã
Seja, para você, um grande e alegre novo dia!

Euclides Riquetti

Procure a felicidade


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Procure a felicidade com a força de seu coração
Busque-a nos lugares mais simples e escondidos
Busque-a nas praias, nas praças e nos caminhos
Busque-a com os meios que lhe oferece a razão...

Procure a felicidade nas horas do seu dia
Desde os primeiros  claros  da manhã
Faça dessa sua busca uma tarefa bem sã
Refute as tristezas e enalteça a  alegria.

Busque, em todos os invernos e  todos os verões
Busque  a sua felicidade que você tanto procura
Viva as mais belas de todas as emoções;

E, ao encontrar as respostas que você tanto quer
Retribua com carinho e com toda a sua doçura
Com seu jeito formoso de menina  e de mulher...

Euclides Riquetti

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Um coração num papel de seda



Desenhei um coração num papel de seda
E nele escrevi versos de amor e paixão
E quero agora  apenas  que você os leia
E que retribua com um de sua própria mão.

Quero que guarde meu coração-poema
E que me entregue o  que você escreveu
Pra ter certeza de que com este sistema
Terei o seu e você terá o poema meu.

Um poema simples, curto, mas sincero
Com palavras escolhidas  com todo o cuidado
Um poema assim  é apenas o que eu quero.

Quero que ele  me seduza e  contagie por inteiro
E que me deixe ainda muito mais enamorado
Pra viver um sentimento puro e verdadeiro!

Euclides Riquetti

Meu sorriso foi-se com o vento


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Foi-se embora meu sorriso, foi-se com o vento
Saiu de mim e foi-se de repente
Deixou-me no infortúnio e no lamento
Foi-se, assim, infelizmente!

Não sei onde meu sorriso foi campear
Mas sei que não voltou, desapareceu
Nada mais que me leve a comemorar
Onde será que ele se escondeu?

Foi-se meu sorriso, foi-se pra chorar
Ausente, oculto, sem a maior reação
Talvez buscando novo porto pra ancorar
Buscando um novo porto-coração!

Não sei se é ainda é possível recobrá-lo
O que fazer para que retorne, enfim
Mas bem que eu pretendia recuperá-lo
E tê-lo aqui bem junto a mim!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 23 de julho de 2020

O dia em que eu conheci "A Peste" de Albert Camus

     
Albert Camus

Ou, um breve ensaio sobre os dias atuais...

      Há exatos 36 anos completados neste dia 22, ou seja, em 22 de julho de 1984, no dia mais frio daquele ano, tive um grave acidente jogando futebol, no Estádio da baixada Rubra, em Ouro, pelo Arabutã FC. Uma fratura grave na Tíbia e duas no Perônio!  O fato resultou em minha crônica "O dia em que minha vida virou ao avesso", que tenho no blog e num de meus livros.
   
       Nos primeiros dias subsequentes, o amigo professor e então Diretor da Escola de Educação Básica Belisário Penna, José Mauro Lehmkhul, foi visitar-me em minha casa, lá no Ouro. Levou-me dois livro do escritor Albert Camus, "O estrangeiro" e "A Peste". Devorei-os, assim como outros e ainda a revista de circulação semanal "Isto É" e o jornal "A Notícia", de Joinville. Canais de TV disponíveis, na época, eram a TV Piratini, da Rede Tupi, de Porto Alegre; e a TV Coligadas, afiliada à Globo, de Blumenau. (Noventa dias de gesso, muita dor, inclusiva com injeções de morfina. Fui atendido no hoje HUST. Dr. Tanaka foi o médico que me atendeu, fez o trabalho como tinha que fazer. Em casa, quando o efeito da anestesia passou, senti dores horríveis).

       O Argelino Albert Camus nasceu em 07 de novembro de 1913, na Argélia, e faleceu aos 46 anos, em 04 de janeiro de 1960, na França. Trabalhou como tanoeiro, mas, mesmo de família pobre, cursou o Ensino Médio, a Faculdade, e concluiu Mestrado e Doutorado. Foi goleiro de futebol da seleção universitária da França, é renomado escritor, e ganhou o Prêmio Nobel da Literatura em 1957. Sugiro a você, caro leitor, que procure ler sobre a vida desse fenômeno da Literatura Mundial, inclusive sobre suas posições políticas e filosóficas.

      Além dos dois livros já mencionados, foi bem sucedido em "O Mito de Sísifo" e "O Homem Revoltado". Foi autor de diversas obras. Hoje, se você pesquisar no google sobre "Albert Camus - A Peste", vai encontrar 1.820.000 resultados. Em razão da pandemia do novo coronavírus, "A Peste" tem sido buscado constantemente por leitores muito qualificados, que buscam entender o que se passa hoje, assustadoramente, no mundo. No Brasil, a partir da segunda quinzena do mês de março deste ano, Camus passou a ser pesquisado intensamente em razão do que escreveu em 1947.

Veja o que foi escrito por Amanda Liliany, aluna de RelaçõesInternacionais do UniCeub:
 A peste, de Albert Camus, é uma história que se passa em uma cidade pacata, mais conhecida como Orã, em que se mostra como um surto de Peste Negra mudou e influenciou a vida dos habitantes. Como é narrado no inicio, Orã é uma cidade tranquila, cinzenta e muito industrializada, em que os cidadãos viviam para trabalhar e formar suas famílias. Bernardo Rieux, o médico e narrador dessa história, acompanhou o aparecimento de números cada vez maiores de ratos mortos e coincidentemente pessoas doentes por toda a cidade. Com o grande número de baixas de seus pacientes, Rieux, apesar de não querer acreditar, convoca uma reunião com a prefeitura e surpreende a todos dizendo que o que realmente estava acontecendo, em Orã, era uma epidemia de peste bubônica e que se não houvesse o controle da doença em dois meses poderia matar metade da população. A peste chegou de repente e não havia explicações concretas, os personagens principais nem tentam especular, vivem um dia de cada vez, sem procurar significados e fazem o que podem, são pessoas comuns tentando sobreviver ao acontecimento.
A obra de Camus é muito impactante, pois deixa evidente o sofrimento que a população passa desde as mortes até o momento que ocorre a quarentena na cidade. A quarentena foi abordada como uma fase difícil para todos os moradores, pois viviam tristes e indolentes, separados dos entes queridos e também, por terem a convicção de que eram prisioneiros. A cidade foi fechada para o resto do mundo, até mesmo o envio de cartas foi proibido por ser um possível meio de transmissão da doença. A todo o momento, o livro, sugere reflexão e nos faz levantar sérios questionamentos acerca de como nos colocamos diante dos outros, principalmente quando esses estão em situação de risco. Rieux foi uma peça chave, pois ele por um lado abriu mão de sua vida pessoal pois sua mulher estava fora, numa casa de saúde, para se dedicar inteiramente à população daquele local, e os outros médicos que aplicavam-se 24horas por dia para tentar salvar a população dessa peste que estava carregando consigo varias vidas.
A descrição do hospital é chocante, no chão havia um lago desinfetante e no centro um conjunto de tijolos que formava uma ilha, nesta ilha, o doente era examinado por Rieux, despido, lavado e depois locado para outra sala. Os pátios das escolas eram usados como leitos, onde quase quinhentos já estavam ocupados. Até que em certo momento, as pessoas começaram a ficar violentas tentando burlar a segurança nas barreiras para fugir, e Rambert, um jornalista que havia pedido um atestado para sair e se encontrar com sua amada estava entre eles. Com isso, os jornais publicaram novos decretos sobre a proibição ao tentar sair da cidade e guardas a cavalo e patrulhas faziam a ronda no local, matando cães e gatos que poderiam transmitir pulgas contaminadas.
Passado o mês, as coisas tomaram uma proporção maior e Rieux em uma conversa com sua mãe lhe diz que o soro vindo de Paris parecia ter menos eficácia que o primeiro, e que uma nova forma de epidemia havia aparecido, a peste pulmonar. Rieux foi interrompido por Tarrou, que trouxe a notícia de que todos os homens válidos serviriam para ajudar a combater a peste. Separados em grupos, eles fizeram o melhor que podiam para reduzir a doença. O que não significa que o contágio cessou, as mortes chegaram a passar de 700 por dia e os enterros aconteciam o mais rápido possível com o mínimo de riscos para os outros, o que deixavam as famílias tristes e ofendidas, mas no momento em que se vivia em Orã, não existia mais a capacidade de se pensar em como os outros morriam.
Um dos momentos mais impactante da obra, é quando Camus dita que a prefeitura decidiu afastar os parentes dos enterros, pois com a falta de caixões e panos para mortalha, covas foram feitas para que homens e mulheres fossem enterrados sem nenhuma distinção e cobriam-nos de cal e terra, deixando espaço para corpos futuros. Em um trecho diz que a diferença que pode haver entre os homens e os cães, por exemplo: o registro ainda era possível; essa comparação do homem ao animal é algo que choca o leitor, porém é valido por conta do cenário vivido naquela época.
Em dezembro, os casos de melhora começaram a aparecer, dados pela injeção de soro que Castel preparara a peste perdia com rapidez a sua força. A doença partiu assim como tinha chegado, misteriosa e quieta. Após perder seu amigo Tarrou e saber por telegrama que sua esposa também se foi, meses depois os portões foram abertos e organizaram-se festejos para o tão esperado dia do encontro.
Rieux finaliza o livro dizendo que a peste não morre e não desaparece, ela simplesmente dorme e espero com paciência chegar o dia em que acordará os ratos e os mandará morrer numa cidade feliz.
       Amigo leitor, amiga leitora, tire suas conclusões, veja tudo o que vem acontecendo no mundo e no Brasil, faça sua parte, cuide-se, pois só o tempo vai dissipar a nuvem negra que paira sobre nós!
Abraços    -   Euclides Riquetti - 23-07-2020



     




Bom entardecer, guria!





Bom entardecer, guria!
Quem sabe tomes um chimarrão
Comas uma cuca da Nona
Escute o tocar da acordeona
No entardecer deste rincão!

Bom entardecer, guria!
Escuta a gaita que geme
O sol a rebombear no horizonte
A ricochetear no pernoite
Enquanto que a alma treme!

Bom anoitecer, guria!
E escuta o barulho dos céus
Dos corpos penados que choram
Porque os deuses demoram
Pra vir acudir tantos réus!

Bom anoitecer, guria!
Veja o negrume na imensidão
Pois já é hora do aconchego
De dormir o sono sem medo
Enquanto se acalma o coração!

Euclides Riquetti
23-07-2020











Meus braços estendidos








Não derrames lágrimas que não sejam por alegria
Não deixes que te atormentem por motivos banais
Não aceites que te insultem em nenhum de teus dias
Não permitas que te entristeçam nunca, jamais!

Anda, vai em busca do que te possa fazer muito feliz
Anda, vai realizar nos horizontes azuis o teu sonhar
Anda, vai encontrar  a voz doce que sempre te diz:
Que na vida há muitas  formas de querer e de  amar.

Saiba que em todas as estradas haverá espinhos
Que a maioria dos  problemas podem ser superados
Que o mundo te dará  oportunidades e novos caminhos...

E que,  tanto no céu azul,  quanto nos campos floridos
Sempre haverá canções bonitas, ou sonetos rimados
Um coração muito aberto,  e meus braços estendidos!

Euclides Riquetti

Sorrindo na chuva






Fico olhando pra você, que se vai feliz
Pela rua cinzenta, com cheiro de luar
Anda, livremente, buscando o seu mar
Sonha acordada com os versos que fiz.

Fico imaginando o que a anima tanto
O que a faz andar sorrindo na chuva
Tão protegida como a mão numa luva
Adeus às tristezas, adeus aos prantos.

Vai, esbaldando-se em sua felicidade
Na busca da recomposição de seu eu
Envolta no frescor da pura liberdade.

Vai, flutuando nas nuvens das certezas
Colhendo os frutos do pomar que é seu
Majestade coroada com sutis realezas.

Vai, feliz, sorrindo na chuva!

Euclides Riquetti

Enquanto você sonhava




Enquanto você sonhava
Eu...sonetava!
Procurava sonetar com rimas perfeitas
Nada de frases feitas...
Pois eu...carpintava!

Carpintar poemas é predileção
Compor sonetos é uma alegria
Mergulhar em redondilhas é dedicação
Desafiar-se em alexandrinos é ousadia!

Carpintar poemas é como pintar quadros
Da renascença ao Cubismo
Ironias me soam como descalabros
Sou romântico de pré-realismo!

Então, enquanto você sonhava
E eu sonetava meus sonetos
Com duas quadras e dois tercetos
Eu também sonhava!

Euclides Riquetti
23-07-2020





Reze por mim que eu rezo por ti

Reze por mim que eu rezo por ti


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Reze por mim que eu rezo por ti
Rezo pela Nossa Senhora de Guadalupe
Rezo na Capela que temos aqui
E peço a Deus que sempre me desculpe.

Peço, em todas as minhas orações
Proteção por toda a nossa família
Peço aos santos de minhas devoções
Que nos guardem em suas vigílias.

Peço forças para nossas fragilidades
Que dê nos dê alento nas aflições
Que, com toda a sua  generosidade
Nos proteja contra as perdições.

Reze por mim que eu rezo por ti
Peço a proteção do Senhor Bom Jesus
Para que te faça muito, muito feliz
Ele que teus passos guia e conduz.



Eucides Riquetti
14-04-2017

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Flores com sabor de vinho, de mel...










Se te mandarem flores com sabor de vinho
Com cores alegres, sutis e envolventes
Recebe-as com afeto, amor e carinho
Guarda-as em  vasos de vidro,  transparentes.

Se te mandarem flores com sabor de mel
Com as cores mais doces, gentis e puras
Coloca-as a adornar santos num capitel
E reza pelas almas negras, cinzas, escuras.

Se te mandarem lírios brancos ou amarelos
Lembra-te de que eles são frágeis à luz solar
Embora sejam divinos, perfumosos e singelos
Guarda-os à sombra pra que possam durar.

Se te mandarem rosas simples da estação
Ou sempre-vivas, flores do campo,  margaridas
Girâneos e  mesmo cravos de máscula paixão
Absorve-os como tudo o que há de bom pra vida.

Flores com sabor de vinho, mel e com perfumes
Flores de ternura e encanto sem medida
Flores transcendem eras, lugares e costumes
Flores, o que há de melhor em nossa vida!

Euclides Riquetti

Quando vi o mar

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Quando vi o  sol a brilhar
Vi sua silhueta se confundindo
Com um visual muito lindo...
Com o escuro dos montes e das ilhas
De suas pedras andarilhas
Que querem rolar pro mar...

Quando busquei a inspiração fatal
Para lhe fazer um poema que a encantasse
Algo que, profundamente, a marcasse
Imaginei-me a sussurrar em seu ouvido
Flechado pelas setas do cupido
Enquanto me embevecia com o vento matinal...

Meu ser alado voou sobre as areias clareadas
Depois sobre a água furta-cor
Então embrenhou-se nas nuvens algodoadas
E foi abraçar meu grande amor!

Euclides Riquetti

terça-feira, 21 de julho de 2020

Quando a poesia brota do fundo do coração


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Quando a poesia brota do fundo do coração
Ela pode vir em gentil forma de poema
Ou mesmo como letra de uma bela canção
Algo que encanta, não importa o tema...

O sentimento poético é nato no ser humano
Não tem por que ser entendido ou interpretado
Que seja aceito pelos seres em tempos insanos
Quando o mundo confuso nos parece virado...

Benditas as poetas e as mulheres escritoras
Que levam aos leitores suas maravilhas criadas
Benditos os escritores das almas sonhadoras.

Que usem o talento e lhes venha a inspiração
Deus os ilumine nas tardes e nas madrugadas
Coloquem no papel os sentimentos do coração!

Euclides Riquetti
21-07-2020







Beatriz em casa





A pequena Beatriz está em casa
Foi nascida em 19 de abril
Já chegando numa grande cidade
Do nosso Paraná - bem  Brasil!

Veio ao mundo por mãos humanas
Mas foi salva por mãos mágicas
Nossa pethinininha soberana
Veio como heroína fantástica!

Beatriz já chegou lutando
Começou isso com uma hora de vida
Foi vencendo tudo e triunfando
A nossa bebezinha querida!

Setenta dias de cuidados intensivos
Cirurgias  e procedimentos
Agora já ri e tem motivos
Pois passou por difíceis momentos...

Teve todo o carinho e a atenção:
Enfermeiras, médicos, papai e mamãe
Ao Pequeno Príncipe muita gratidão
E a alegria de sorrir em cada manhã.

Agora é rezar e agradecer
A todos que lhe dedicaram a oração
A superação a fez por merecer
Um mundo de paz, amor e atenção!

Euclides Riquetti
21-07-2020














Botão de rosa bordô







A rosa bordô chegou na manhã fria
Ela e toda a sua timidez
Para dissipar a insensatez
Para me trazer alegria...

A rosa bordô veio num pequeno botão
Com toda a coragem de uma flor
Determinada a me contagiar com sua cor
A dar ânimo ao meu coração...

A rosa bordô veio devagarinho
Para me inspirar a lhe compor
Um poema romântico, de amor
Pra lhe mostrar meu carinho...

A rosa bordô é sua, é minha
Divinamente sedutora
E, na manhã fria e inspiradora
Me fez compor-lhe um poeminha...

Poeminha que quero que guarde
Como dela guardarei
As pétalas que recolherei
Para um dia poder dar-lhe...

Dar-lhas-ei em dia ensolarado
Quando eu estiver ao seu lado!

Apenas farei isso... bem assim!

Euclides Riquetti

Um porto seguro






Busque encontrar um porto seguro
E navegar nos mares da tranquilidade
Evite as turbulências do céu escuro
Busque a calmaria nos dias de tempestade.

Busque viver com pessoas otimistas
Com gente que a respeita e lhe quer amar
Mais vale ter poucos amigos leais e realistas
Do que ter muitos em quem não  confiar.

Busque tornar seus dias alegres e prazenteiros
Ter alguém simples, mas com que possa contar
Para compartilhar seus medos, para  juntos sonhar.

Busque os encantos mais puros e verdadeiros
A sinceridade nos gestos, o sorriso mais largado
Busque apenas ser feliz e me ter ao seu lado...

Euclides Riquetti

segunda-feira, 20 de julho de 2020

A questão Coimbrã – o elogio mútuo e a rasgação de sedas


Questão Coimbrã | Toluna


       Pessoas que fazem parte de um determinado grupo social ou profissional precisam pautar-se, em suas manifestações, pela ética e pelo bom-senso. O falar polido e elegante não faz mal pra ninguém, é coisa para gente educada. Porém, muitas vezes, a fala entre grupos pode tornar-se ridícula, quando há a presença do narcisismo coletivo, se é que a expressão possa ser usada para indicar o que eu quero dizer. No meio televisivo, isso é muito presente.  É crítica contra todo mundo, e nada de autocrítica. Parecem semideuses que entendem de tudo, mas que fazem afirmações muitas vezes sem terem nenhuma certeza do que dizem, vão na toada do momento. Traduzindo: Jornalistas que fazem parte dos quadros de canais de notícias que dizem informar seus assinantes durante as 24 horas do dia, aos telespectadores que pagam para vê-los, em vez de informar melhor, repetem ou requentam os assuntos, fazem uso de práticas, além de apologia à fofocas, ao elogio mútuo. Isso é coisa muito antiga, que já teve reparos dentre os falantes de nossa Língua Mater, nossa “Flor do Lácio”, desde a segunda metade do Século XIX, em Portugal. Os meios mudaram, mas os métodos continuam os mesmos!
       Em 1865, em Portugal, o poeta romântico Pinheiro Chagas publicou “Poema da Mocidade”, o qual foi contemplado com um posfácio extremamente elogioso, de outro poeta do mesmo gênero, Antônio Feliciano de Castilho. Ao mesmo tempo, Castilho alfinetava uma nova geração de poetas que estava surgindo, que integravam a “Escola de Coimbra”, aquela “Geração de 70”, de estudantes de Coimbra, mais realistas e naturalistas do que românticos. Ideias novas, modernas, eu diria progressistas. Feliciano de Castilho escreveu que os jovens poetas tentavam “subverter a noção de poesia e de falta de bom senso e de bom gosto”. Castilho ficou mais conhecido pelo apadrinhamento a outros escritores do que pelas suas obras medíocres.  Um desses novatos, Antero de Quental, contrapôs-se a Castilho, que os conhecedores de literatura sabem que foi um poeta medíocre.
       Quental escreveu, como resposta, a “Escola do Elogio Mútuo”, em que criticava Castilho e seus seguidores, pois este enaltecia os poetas mais conservadores e estes lhe retribuíam elogios. Na verdade, isso foi uma coisa muito vergonhosa que aconteceu na história da literatura de nossa Língua. Era só bajulação e elogios entre si! Esse episódio é conhecido como a “Questão Coimbrã”. A mesma prática veio se propagando através dos tempos e está muito presente entre os comentaristas das emissoras de televisão. É só prestar atenção na rasgação de seda entre eles: um elogia o penteado ou o corte do cabelo do outro (ou outra), a cor da gravata, o modelo do paletó, o corte do traje, a cor da blusinha, uma foto que foi por um deles postada numa rede social, e assim por diante. Isso foge muito do que seja jornalismo...
       Por outro lado, estão prontos a criticar seus alvos ou proteger seus queridos. Já bajularam Fernando Henrique Cardoso e Lula, depois defenestraram este último, e sua sucessora Dilma Rousseff.  Dividiram-se na proteção ou na crítica a Michel Temer e, agora, mostram os defeitos de Jair Bolsonaro. São os donos da verdade, todos muito auto-suficientes, principalmente os que integram as emissoras Globonews, CNN News e a Globo aberta. Outros canais, emissoras de transmissão aberta, por sua vez, bajulam o Poder e os poderosos. Uma prática que também pode ser desprezada. E, mesmo pregando o distanciamento social, ficam lá, muitas vezes recostados um no outro, nem meio metro de distância, uma elogiando os brincos da outra, arrogância presente, uma coisa muito feia e desprezível.
       Com o Presidente Bolsonaro tendo que se resguardar em razão da Covid 19, parece que ele se acalmou um pouquinho, deve estar refletindo sobre sua conduta de comunicação inadequada e de comportamento pessoal diante da pandemia. E, quando há um consenso de que todos precisam atuar de forma homogênea, lá vem o Senhor Gilmar, o GM, a falar das Forças Armadas Brasileiras dando-lhes uma conotação de genocidas. Devia ter ficado quieto, a função dele e de seus pares deveria ser a de julgar se os atos das pessoas e dos governos estão dentro dos parâmetros da Constituição Brasileira. No STF, também a bajulação entre os ministros é muito frequente quando proferem algum voto nos processos que julgam. Gilmar Mendes é criticado por agir ora como juiz, ora como político. Deveria, pelo cargo que ganhou de graça, sem concurso, no mínimo comportar-se como juiz, que é o que se pressupõe que deva ser.
       No Congresso Nacional, então, vimos duplas situações nos últimos 30 anos. A presença do elogio mútuo ou a agressão verbal exacerbada: “Vossa Excelência é um corrupto, um ladrão”! – Ora, se é corrupto ou ladrão não pode ser “Excelência”, não acham, amigos leitores? Isso quando não tentam um meter o braço no outro. O respeitar para ser respeitado, passa longe de Brasília!

Euclides Riquetti – Escritor – Minha coluna no Jornal Cidadela - Joaçaba - SC -  em 17-07-2020





O que eu sinto por ti...






O que eu sinto por ti, é amor do mais profundo
É algo tão simples, simples, mas do tamanho do mundo
O que eu sinto por ti, eu nem sei como explicar
É algo pequeno, pequeno, mas é do tamanho do mar.

O que eu sinto por ti, não se mede, não se diz
É algo tão irrisório, mas que me deixa feliz
O que eu sinto por ti, é um sentimento exultante
É algo de pouca importância, mas que me torna gigante.

O que eu sinto por ti, não há palavras que expressem
É algo tão misterioso, como se tu não soubesses
O que eu sinto por ti, está escrito em meu coração
É o que mais importa: Amor, Saudade, Paixão...

Euclides Riquetti

O Homem na Lua ... 41 anos depois!

Apollo 11: 11 fotos da viagem que mudou a história e levou o homem ...



         No dia 24 de julho de 1969 eu tinha 16 anos e alguns meses.  Pois,  naquele dia,  as atenções do mundo se voltavam para as notícias que vinham pelo rádio: O homem iria pousar na Lua, no denominado "Mar da Tranquilidade". E, os poucos privilegiados que tinham TV, puderam ver as imagens que nunca alguém houvera presenciado até então. Parece até que foi ontem...

          A Nave Espacial Apollo 11, que saíra 4 dias  antes do Cabo Canaveral, a Base de Lançamentos de Foguetes do hoje Centro Espacial Kennedy, nos Estados Unidos da América, comandada pelo astronauta Neil Armostrong e ainda os dois tripulantes, Edwin Aldrin e Michael Collins, cumpria a missão proposta pelo Presidente John Fitzgerald Kennedy em 25 de maio de 1961, quando declarou:
Cquote1.svg"Eu acredito que esta nação deve comprometer-se em alcançar a meta, antes do final desta década, de pousar um homem na Lua e trazê-lo de volta à Terra  em segurança"

E assim foi feito! A Nave Apollo 11, composta por três módulos e impulsionada pelo foguete Saturno V foi e voltou, trazendo os três astronautas de volta sãos e salvos, na quinta missão organizada para esse fim. Armstrong e Aldrin caminharam por duas horas e quarente e cinco minutos em solo lunar.

          Lembro-me bem daquele dia: Eu saíra para cobrar uma conta, era funcionário do Armazém de Secos e Molhados de meu tio, Arlindo Baretta, ali em nosso sobrado, na Avenida Fellip Schmidt, centro do ouro, em frente ao Posto Dambrós. Saí em direção à ponte pênsil e, ao passar na loja do Saul Parisotto, ali onde hoje funciona a RZ Parisotto, depois do Clube Esportivo Floresta, ao lado da Boutique das Lãs da saudosa Dona Serafina Andrioni, alguém me chmou: "Venha ver, os americanos estão chegando à Lua!" Vi! Comemorei, memorizei e hoje conto a vocês! Foi, realmente, um privilégio ver o maior fato da humanidade até então. O Saul, além de máquinas de costura e rádios, agora vendia televisores. Vi a transmissão, ao vivo, via satélite, pela TV Piratini, de Porto Alegre, transmissora da programação da TV Tupi. Globo e Record também transmitiram o feito, mas em Capinzal e Ouro apenas se pegava a Tupi, graças a um trabalho de algumas pessoas, lideradas pelo saudoso  Sr. Leonardo Goelzer.

          Depois de tanto tempo, ainda há que divide disso. Uma vez, um conterrâneo meu, depois de 30 anos do fato, ainda duvidada disso. E hoje, com o grande avanço tecnológico, é possível, através de sondas espaciais, se chegar a lugares inimagináveis no mundo. Recentemente, descobriram que Plutão não é tão pequeno quanto se imaginava, e que lá há muito gelo na superfície, possivelmente bactérias. A capacidade inventiva e descobridora do homem é realmente espetacular! E, nesse campo, louvem-se os Estados Unidos e a Rússia que, rivais, competiram muito entre si e ocasionaram essa evolução.

Euclides Riquetti
21-07-2015 - Reeditado em 20-07-2020