sábado, 14 de novembro de 2020

Acredite no amanhã

 








Acredite, sempre, no amanhã
Pois, em cada novo dia,  são-nos oferecidas novas possibilidades
Há em cada ser humano um afã
O ímpeto da superação
A força que brota do coração
E que torna guerreira a mulher que tem forte personalidade.

Eu também acredito nas novas jornadas
Das pessoas que vão à luta
Que têm firme a sua conduta...

Acredito, firmemente, nos bons propósitos
Nos ideais a serem alcançados
Para que os obstáculos sejam superados!

Confio na força de Deus e na fibra de vencedores e vencedoras.
Confio no desejo de vitória que há em cada ser.
Confio nas pessoas dignas e defensoras
Do direito de amar e de bem viver.

Por isso mesmo, eu acredito
Eu acredito em você!

Euclides Riquetti

Epopeia Poli(ti)fágica (Vote N´eu!)

 



Escrevi em 31 de agosto de 2011 - Estou reprisando - vale para ainda, né?


Modernos vendilhões, detonadores do erário
Arrumam-se à custa dos incautos e honestos
Locupletam-se, nutrem-se, verdadeiros mercenários
Cordeiros disfarçados, lobos infestos.

Lacaios, ladrões, são cada dia mais fortes
Decidem para si, sempre em causa própria
Mundanos de alma, manipuladores da sorte
Do Lúcifer tentador, são idêntica cópia...

Larápios, escusos, de anjos disfarçados
Sorrisos, acenos, tapinhas nas costas
Nos bares, nas esquinas, nos morros dobrados
Caminhões de votos é o que mais lhes importa.

Têm projetos fantásticos, de alcance social
Para os pobres as bolsas, para os outros a ilusão
Tudo visando à promoção pessoal
Mas para as coisas sérias não têm solução.

Por isso proponho, meu leal eleitor:
Vote em mim, seu incansável defensor!
Casa para todos, saúde, estradas, educação:
Tecle meu número (7) e confirme: Sou a solução!
Vote neu! Vote neu! Vote neu...
Euclides Riquetti

Choveu na madrugada

 





Choveu na madrugada
Um chuvinha fresca
Bem pitoresca
Que molhou minha calçada
Quando choveu
Na noite de breu
Na madrugada...

Choveu e molhou os gramados
Molhou as plantinhas
Mesmo as ervas daninhas...

Molhou os telhados
Molhou as florinhas
Todas as plantas minhas...

E, enquanto chovia
Alimentei os sonhos meus...
Senti saudades
De andar pela cidade
Buscando reencontrar
Os olhos seus!

Choveu a chuva do alento
Que mexeu com meu pensamento
Irrequieto
Mas discreto:

Aquele que a procura
Na noite escura
Apenas porque
Quer reencontrar você...

Choveu na madrugada

Mas, depois, veio, de novo, o sol
O bendito e abençoado sol!

Euclides Riquetti

Olhar discreto

 




Olhas-me com teu olhar discreto

Desconfiado

Pareces querer me vigiar

De meus pecados...

Disfarças-te, finges não me olhar

E vais virando-te

Para o outro lado.


Meus atos são transparentes

Meus pensamentos ocultos

Meu corpo aqui presente

Sob os olhares de teu vulto

Que me amedronta

E me afronta

Porque atrás de ti

Desse teu jeito de modesto

Há algo muito secreto

A querer me dizer:

Cuidado, fique bem esperto!


E eu, aqui acordado e desperto

Componho-te este poema improvisado

Até medianamente rimado

Em rede macia deitado!


Euclides Riquetti

14-11-2020






Amar: Jamais te perder!


 
 

 
 
 
 

Mar...
Luar....
Olhar...
Sonhar! (Querer)

Flor...
Amor...
Calor...
Dor! (Sofrer)

Navegar
Divagar...
Namorar...
Amar! (Pretender)

Canção...
Paixão...
Emoção...
Coração! (Viver, viver!, viver!)

E, entre verbos e substantivos
Te ver... tecer... te ter...
E, entre versos (re) sentidos:
Teu ser...
Apenas te querer.
(Jamais te perder!)
 
Euclides Riquetti

Se olhares para o céu

 



 
 
 
 

 
 
 
 
Se olhares para o céu e enxergares estrelas
Mesmo que poucas delas, difícil de vê-las
Se as estrelas do céu estiverem escondidas
Na noite escura, na noite sofrida
É melhor não estares lá...

Se olhares para o mar e as águas estiverem turbulentas
Mesmo que sem vento, nas manhãs cinzentas
Se as águas do mar não estiverem em calmaria
E teu coração sentir uma indizível nostalgia
É melhor não estares lá...

Se olhares para o vale e não avistares florestas
Mesmo que que ouças pássaros fazendo festa
Se não houver um rio, houver apenas deserto
Volta para trás, este não é o lugar certo
É melhor não ires para lá...

Mas se olhares para qualquer campo florido
De todos os matizes colorido
Um campo verde, com flores amarelas e discretas
E avistares nele um poeta...
Serei eu que estarei lá...

A te esperar!

Euclides Riquetti

Quero ver você sorrindo

 


Quero ver você sempre sorrindo
Feliz, alegre, contente
O seu sorriso é tão lindo
Que não pode se apagar num repente...

Quero ver você cantando
Apenas canções de bom gosto
Ouvirei você e sonhando
Esperarei que venha agosto...

Quero ver seus olhos brilharem
Irradiando felicidade
E quando as luzes se apagarem
Dormirei sentindo saudade...

Apenas isso...
Bem assim!

Euclides Riquetti

Catando grimpas e revirando a memória! Saudosismo...

 





          Há algumas coisas que a gente fazia quando criança e que, depois, o tempo nos dá uma pausa e as esquecemos por completo. Adiante, circunstancialmente, surgem ocasiões que nos fazem voltar atrás e nos remetem a reflexões... a lembranças, ternas e agradáveis lembranças!

          Pois, nesta manhã agradável e ensolarada aqui do Sul do Brasil, saí para dar uma volta na quadra, aqui perto de casa. Levei um pedaço de fio de luz que estava ali, "pendurado num prego". Ora, ainda tem gente que pendura coisas em pregos, como têm aqueles que mais ainda, penduram "num prego atrás da porta". Tenho um almoxarifado cheio de ferramentas em minha casa. Organizado, não bagunçado!

           Tenho muitas ferramentas, pois as fui angariando desde a construção da casa. Não vou ficar aqui dizendo quantas e quais, pois você não vai, mesmo, se interessar por minhas ferramentas, desde as convencionais às elétricas, do martelo à serra elétrica, da picareta à furadeira. Mas tem os "brinquedos", os apetrechos do esporte, das raquetes de tênis de quadra aos molinetes de pesca do Fabrício, da bola de futebol à de basquete, ainda todas as medalhas que ele ganhou desde o futebol até o haecon-do.

            Mas hoje vou falar das grimpas das araucárias. Das que caem dos pinheiros quando sopra o vento. Das da região de União da Vitória, onde morei na juventude, onde eu li "Eu Vi Cair o Último Pinheiro", do autor José Cleto, pai do Esoani Parísio Cleto, o fera que tirou primeiro lugar no vestibular de Letras da Fafi, em 1972, que tinha barba de filósofo, era uma inteligência acima da média, bem sucedido,  mas muito simples e amigo, capaz de dar atenção ao mais simples dos mortais... Ele nos dizia que seu nome era raro porque os pais, José e Celina usaram, as três ultimas letras de José, invertidas: ose virou "eso"; e de Celina: ina virou "ani" e, aglutinando-as, deu eso+ani= "Esoani". E assim os pais escolheram seu nome, exótico, diferente, único, talvez.

          E vou falar das aventuras da infância, primeiro no leãozinho (Capinzal-Ouro), onde o Stefenito Frank ajuntava os pinhões no potreiro, acendia um fogo de grimpas e jogava sobre este os pinhões, sapecando-os. Delícia!

           Lembro, também, dos pinhões maduros  que catávamos nos potreiros do Benjamim Miqueloto e do Augusto Masson, e que sapecávamos no meio das grimpas em chamas, nos domingos de tarde, ali próximo da "cadeia", no Ouro. O Dito, o Itcho e o Zé (Rosito, Heitor e Raul Masson); o Nito e o Neri (Irenito e Neri Miqueloto); o Bode Branco  e o Carlinhos (Ivo e Carlos Guerra), o Lombo Preto (Arcílio Massucatto), dos Coquiarinhas (Altivir e Valdir Souza), meu o Foguete e o Pisca (Ironi e Euclides Riquetti...), o Paulinho (Adelir Paulo Lucietti), o Tostão e o Nego (Darci e Valdecir Lucietti), o Armindo (Ermindo Campioni); o Tratorzinho (Luiz Alberto Dambrós), o Adecho, o Ademar e o Micuim  (Adelcio, Ademar e Adelto Miqueloto)   o Cosme e o Moacir (Richetti), do Nereu e do Nico (Nereu e Irineu Oliveira), e outros moleques.

          Pois hoje eu cato grimpas, como fiz outrora, para começar o fogo na churrasqueira aqui de casa. Melhor que papel, é fogo imediato e garantido. Lenha queimando, churrasco delicioso, pois, quem tem o costume de fazer fogo com lenha, não troca por carvão de jeito nenhum...

Grande abraço a todos os amigos que passaram pela minha vida, os que aqui citei e os demais, alguns presentes e outros já ausentes, foram morar no céu. A estes, minhas orações...

Euclides Riquetti

A canção do amor verdadeiro






Sabe aquela canção nova, que de tanto que você a ouve, parece ser já bem antiga e você a canta no chuveiro?

Sabe aquela blusa que você considera manjada, mas que acaba sempre tirando do cabide, porque ela lhe deixa bem?

Sabe aquele caderno amarrotado, até gasto de tanto você pegar na mão, onde fez registros de sua vida?

Aquele onde um dia registrou seus sentimentos, transformou-os em poemas verdadeiros, mesmo sem a métrica convencional?

Sabe aquelas histórias que eu lhe conto, e que você finge que é a primeira vez que ouve, mas que já sabe de cor?

Sabe aquelas pedras das calçadas das ruas por onde você passa, e que já a conhecem muito bem, de tanto que você as pisou?

Sabe aquele sol que brilhou em muitas de suas manhãs e tardes, e que parece ser novo a cada dia?

Sabe aquele azul do céu, tão já conhecido seu, e que pode ser ainda mais bonito?

Sabe aquele vento que já roçou seu rosto tantas vezes, e que em cada uma delas parece ser mais doce e mais suave?

Sabe todos aqueles poemas que eu já lhe fiz, os milhares de versos, as rimas ricas e as rimas pobres, as estrofes boas e as bagunçadas?

Sabe aquela esperança, que mesmo nas horas mais difíceis, rebate na porta de seu quarto e a anima para dias melhores?

Sabe todos aqueles abraços e aqueles beijos entusiasmados que nós já tocamos?

         Pois tudo isso é muito perene, eterno, real, e precisa ir-se repetindo sempre, como uma grande manifestação de carinho e amor. Pois o verdadeiro amor é marcado por coisas simples, mas fundadas e verdadeiras, que se registram na nossa vida, no nosso dia a dia, nas calmarias e nas turbulências, nos defeitos e nas nossas virtudes, na nossa insistência de querermos ser felizes, pois bem que o merecemos.

Com muito carinho,

Euclides Riquetti

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Como se fosse sábado...

 




Engraçado...
Hoje me pareceu...
Como se fosse
Um dia de sábado!
E amanhã seria domingo
Um dia muito lindo!

Ora, meu pensamento faz calendários
Cria dias imaginários
Conforme sua conveniência...

Meus interesses se sobressaem
Enquanto as pessoas se distraem
E fogem da subserviência...

Fogem dos controles a lógica
Da vida metódica
O medo da mudança...

Mas há horas que se procuram
Novos e animadores horizontes:

Os horizontes que inspiram o poeta
Ele e sua pena indiscreta
Que corre sobre os papéis
Com versos amenos ou...
Cruéis!

Mas o poeta acanhado
Dá o seu recado:
O mundo é apenas uma passagem
E é preciso ter coragem
Para os novos desafios
Sejam nos dias chuvosos
Seja nos dias de estio.

E, não sei por que motivo
Mas há algo aqui comigo
Que me induz e impulsiona
A dizer que o que aprisiona
A ninguém faz bem.

E que todos os dias possam ser como os sábados
Com os pensamentos motivados
A pensar que o amanhã seja mais um domingo
Sempre adorável, sempre muito bem vindo!

Apenas assim...

Euclides Riquetti

Há, entre nós....

 

 

Há, entre nós,  uma planta enramada
Cujas folhas, já amareladas
Foram levadas pelo vento...
Foram adubar os gramados e os canteiros
E desafiar meus mais libertinos pensamentos
A mergulharem nos seus sentimentos mais verdadeiros.

Há, entre nós, uma planta esquecida
Quase que fenecida!
Esperando o seu sopro perfumado
Enquanto o verde primaveril não reaparece
Ou o olhar de seu olho apaixonado
Não se restabelece...

E  eu espero que você me perceba
Sinta minha paixão e minhas fraquezas
Acolha, com amor, minhas sutilezas
Abra a janela e por ela e me receba!
Serei o cavaleiro e o cavalheiro
O medieval e o moderno
Serei seu namorado ou companheiro
Mas serei eterno!

Há, entre nós, a planta que deseja ser regada
Na noite da luz prateada
Enluarada!

Há, entre nós dois corações que pulsam
Mas que não se encontram
Que relutam
Porque se amedrontam...

E, enquanto isso, a planta segue desfolhada
Esperando ser socorrida
Regada
Abraçada.
E você com medo
De me dizer seu segredo!!!

Euclides Riquetti

Pobrezinho, mas bem perfumado!

 


Mercedes-Benz LP 321 modelo e ano 1963 - Foi sucedido pelo modelo L-1111 a partir de 1969.



          Tenho ótimas lembranças e saudades de meu amigo Padilha. Trabalhei com ele de 1972 a 1977 no Mallon, em União da Vitória. Iniciamos na Rua Clotário Portugal 974, e depois nos transferimos lá para a BR, um pouco depois do Café Primor, da família Krügger dos Passos. O Padilha era o perfeito "gente boa"! Ele o Sapo (Alcir Teixeira), eram os bambas em Caixa, Diferencial e Motor.

          O barracão da oficina, agência Mercedes-Bez, era enorme. Havia a parte que dava de frente para a rua, em que, no térreo, trabalhávamos na Seção de Peças eu, o Mauro (Iwanko) e o Altamiro (Beckert). No kardex, a Alvina (Nunes Lell).  Nosso chefe era o Silvestre Schepanski, um compridão  que viera de Canoinhas. Jogara futebol no Santa Cruz. Tinha uma Synca Chambord em que a bateria não ajudava muito. Vinha de biclicleta para o serviço. Na oficina, o Solon Carlos Dondeo, que tinha uma novíssima Variant verde-oliva, comandava a tropa. O Carlos Konart era o recepcionista, que tinha o cargo charmoso de "Consultor Técnico". O Polaco (Dionízio Horodeski), o Justino (Polzin), o Miguel (Semianko) e  o Ilmo, lidavam com caixas e diferenciais. O Sr. Luiz era ótimo chapeador. O Sr. Pedro, com o genro Airton, faziam a parte de ferraria.

          O Padilha vinha à janelinha da Seção de Peças: "Bom dia, Euclides! O Respeito é a chave de todas as portas!". Eu o cumpimentava, ria. O Padilha era um ótimo astral, sempre tinha uma palavra amiga, um jeito bom de motivar os colegas. Pegava no pé todos. E ainda perguntava: "Como está a bonitona lá de cima? Será que vai trazer a folha hoje (de pagamento)? Referia-se à Sandra (Probst), uma moça de uns 19 anos, do escritório.  E emendava; Ah, seu eu fosse mais novo!!!

          De certa vez, o Padilha cometeu uma gafe sem tamanho. Ficou um tempão envergonhado. Ocorre que tínhamos um freguês, proprietário de um caminhão Mercedes LP-321, um "cara chata", azul, o Luiz Carlos Daldin. O Daldin tinha cabelo raspado, cabeça bem calva. Pois naquele dia viera um gaúcho muito parecido com ele e do mesmo tamanho, usando calças US Top, e com um caminhão idêntico ao dele. Precisava trocar uma mola da suspensão. Caminhão consertando, ele sentou ali defronte à recpção, ao lado esquerdo da entrada da oficina e ficou tomando um chimarrão. Havia uns exemplares do "Jornal O Comércio" e "Traço de União" para lerem,  e algumas revistas. Pois o Padilha veio com a mão suja  de graxa lubrificante  Marfak e passou na cebeça careca do cara. Este, virou-se e olhou para o Padilha sem entender nada. O Padilha endoideceu! Passou a mãe engraxada na cabeça do cara errado.  Só faltou ajoelhar-se para pedir desulpas...  E os colegas vieram, todos, para ver o que acontecia.Uns zoavam e outros tentavam ajudar o mecânico a explica-se. Ainda bem que o gaúcho era "do bem e da paz", entendeu a brincadeira e foi lavar a careca com uma estopa embebida em gasolina...

          O Padilha era muito feliz. E nos fazia felizes. Muitas vezes chegava na janela faceiro, cantando ou assobiando e dizia: "Pobrete, mas alegrete! Café preto, mas bem doce! Pobrezinho, mas bem perfumado!" Assim era nosso colega Padilha, o simpático amigo de quem nunca mais tive notícias...

         Tenho muitas saudades de meus colegas lá da Mercedes da Rua Clotário Portugal. Depois, mudamos lá para a BR, onde novos funcionários foram contratados e a turma ficou bem maior...

         Lembro, sempre com muita alegria, dos bons momentos que vivemos ali!

Euclides Riquetti
20-06-2014

Um Príncipe Poeta!

 


Eu quisera ser
Um príncipe encantado
Aquele por ti esperado:
Alto, ágil, sedutor!
E, de ti, apenas poder  receber
E também te dar meu  amor!

Eu quisera merecer
Um pouco de tua atenção
Que me quisesses de paixão:
Ter teu olhar envolvente
Poder fazer-me perceber
Sentir-me desejável  e atraente!

Um príncipe galante e sorridente
Vestindo roupas brancas adornadas
Que,  com sua espada  afiada
Desafiasse os teus infortúnios e medos.
E que, no manejar  da lâmina reluzente
Cavalgasse por entre florestas e vinhedos...

Um príncipe encantado, sim!
Envolto em vestes de cetim
Um príncipe cavalheiro, na certa:
Um príncipe poeta!

Euclides Riquetti

Com açúcar ou adoçante?

 





Quero um beijo melecado
Com açúcar ou adoçante
Beijo ardentemente beijado
Deliciosamente estonteante.

Quero um beijo demorado
Daqueles de me faltar o ar
Beijo dado, beijo roubado
Aquele que me faz flutuar.

Quero em beijo qual me deu
Para eu nunca mais esquecer
Um beijo que seja meu e seu
Para sentir enquanto eu viver.

Euclides Riquetti

Rios de Leite e Mel – De Leite e cuscuz!

 



       Tump  vai embora! Logo vamos ter uma limpa nos noticiários da televisão. Já encheu-nos a paciência. Quem perde, tem que pôr a viola no saco e ir embora. Desocupar a moita! Pior que a eleição dos Estados Unidos, só a do meu Vasco da Gama, do Rio de Janeiro. Realizaram uma no sábado passado, 07, para escolher o novo presidente do Clube, que está sub judice. Há uma nova eleição marcada para o próximo sábado, 14. Nem se sabe se vai acontecer. Lá também, como no USA, um derrotado não admite que perdeu... Trumpeira está fora porque mostrou ser arrogante e tranqueira!

       Na reta final da campanha às eleições deste domingo, para a escolha de Prefeitos, Vices e Vereadores, voltaram a correr rios de leite e mel. E a chover leite com cuscuz, como dizem alguns campeiros por aí. Sim, porque nos estão pintando um cenário maravilhoso, em que todos os problemas das cidades estão sendo resolvidos. E que, a partir do ano que vem, todos os moradores das cidades vão viver uma nova e positiva realidade.

       Os candidatos precisam vender esperanças e os eleitores querem comprar. Pagam, antecipadamente, com o seu voto. Os candidatos, emocionalmente envolvidos, passam a vender a ilusão. Não os culpo, pois se assim não o fizerem, não contagiam a maioria do eleitorado, aquele público que os elege. E, tudo aquilo que o ser humano repete, exaustiva e insistentemente, parece uma verdade. E isso se consolida na mente do falante, que passa a acreditar, ele mesmo, no que diz.

        Na aproximação do dia do pleito, lembro-me de algumas passagens quando de minha eleição a Prefeito em Ouro. Visitei todas as casas do Município, cidade e área rural, menos uma, que lá não cheguei porque já estava escuro. E acabei não voltando lá. Por isso que, na política, bem como na administração pública, tudo o que se planeja fazer e precisa ser feito, deve acontecer de imediato, porque podem surgir imprevistos e as coisas não acontecerem como se deseja. Aqui na minha rua, esperávamos o asfalto há 12 anos. Viria depois do esgotamento sanitário, e não veio...

        O eleitor escolhe alguém em quem votar. Muitas vezes é amigo de vários candidatos a vereador e de quase todos os candidatos a prefeito. Então vai escolhendo por eliminação. E ali, em vez da preferência, passa a contar a rejeição. Ou não vota no candidato porque acha que a mulher do cara é orgulhosa, porque ele é rico, porque ele é pobre, porque não sabe administrar, porque só sabe viver de política, porque não fala bonito, porque vai levar seu time de amigos para trabalhar com ele na prefeitura, porque passou na casa do vizinho para pedir voto e não chegou na dele,  e assim por diante. Sempre há um motivo para dar o troco.

       Pois fora eu visitar uma família de companheiros lá na Canhada Funda, no Ouro. Cheguei sozinho, cumprimentei a senhora que veio me receber, perguntei pelo marido (que não estava), disse-lhe  que era candidato a prefeito e fui expondo minhas ideias. Ela me disse: - Voto em você se me der uma geladeira!  Falei que era professor, remediado, e que negociar voto era ilegal. Então ela me disse: -Ah então você é o professor, é? Você reprovou meu filho lá na escola! Falei que ele foi reprovado pelo Conselho de Classe, não fora só eu, que lá no Seminário o Frei fazia os meninos trabalharem muito na granja, então não usavam todo o tempo para estudar, e deu a reprovação, esperançoso de ganhar o perdão e o voto da família.

       Minha surpresa foi grande quando ela disse: - Vamos votar todos em você. A geladeira quero ganhar do outro, que é rico. Ainda bem que você ajudou a “rodar” meu filho. Se ele passasse, ia para o Seminário de Irati, no Paraná, e eu o ia ver só no fim do ano. Assim, ele  saiu do seminário, voltou pra casa, está nos ajudando muito, vai casar e  ficar aqui, para nossa alegria e felicidade! E ficou muito contente porque eu ajudara a reprovar o filho.  E eu levei os votos...

       Um outro caso, de que tive conhecimento, através do protagonista, o saudoso ex-Prefeito Ivo Luiz Bazzo, de Ouro, refere-se aos tempos da UDN e do PSD. Ouro ainda pertencia a Capinzal e Bazzo foi com o candidato da UDN, Deolice Zênere, fazer campanha lá na costa do Pelotas, numa casa onde havia 11 eleitores. Bem recebidos, tiveram a promessa de que ganhariam todos os votos. Na apuração das urnas, Bazzo era fiscal e a urna da comunidade onde votavam havia 11 votos com o XIS no quadrinho de Deolice Zênere, da UDN, e os mesmos XIS no quadrinho de Nízio Baretta, do PSD, sendo os 11 votos anulados.

       Dias depois, sendo eleito o candidato apoiado pelo Bazzo, ele foi para aquelas bandas para agradecer e passou na casa dos amigos e perguntou o que aconteceu que votaram em ambos os candidatos. O patriarca, muito humilde, um senhor moreno já com os cabelos brancos, disse-lhe que o outro candidato também os visitar, era muito simpático e bonzinho, e eles prometeram votar para ele também. E cumpriram a promessa!

       Eleições guardam surpresas. Eu sei o que quero para minha cidade. Eu tenho uma razoável compreensão da capacidade de angariar voto de cada candidato a Prefeito de algumas cidades, em especial de Joaçaba. As pessoas me contam sobre o que tiveram de positivo e o que tiveram de decepção com os que já ocuparam cargos públicos e mesmo o de prefeito. Quem deve escolher é o eleitor. Que corram os rios de leite e mel e que chova leite com  cuscuz. Quem teve melhor mensagem, tem mais credibilidade ou vendeu mais esperanças, pode levar o resultado positivo. Conta também organização, boa comunicação e equipe apoiadora. Boa sorte a todos!

Euclides Riquetti – Escritor 

Minha coluna no Jorbnal Cidadela - Joaçaba - SC

13-11-2020

 

 

 

 

Em meios às rosas

 






Perdidamente, te escondes em meio às rosas
Procurando, dentre todas elas, bem aquela
Descendo em meio aos canteiros, vais formosa
Trazendo-me tua alma digna e tão singela
Cantando doces canções em verso e prosa
Suavemente, dentre todas elas, és a mais bela ...

Infinitamente elegante e tão encantadora
Alegras-me e me fazes feliz e mais contente 
Marcando-me com tua aura de luz e sedutora.
Tardes se colorem na primavera aqui presente
Nuances de todos colores e de todos os matizes 
Sorriso nos olhos, faces rosadas, corpo quente
Deixa-me mergulhar em teus sonhos  mais felizes.

Baterias asas, se fosses uma borboleta azul
Pretendida musa que enfeitas  nosso belo sul.

Pequenas florinhas roçam os teus pés desnudos
Poucos pássaros cantam alegremente para mim 
Poeta, me encabulo e ao ver-te linda, fico mudo
Perco até a noção do tempo, fico embevecido, sim
Tropeço nas palavras, tu  pra mim és  tudo...

Euclides Riquetti

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Quando a lua cheia chegar

 



Quando a lua cheia de novo chegar

Para por romance nos corações dos namorados

E voltar-nos o seu  brilho lunar prateado

Estarei esperando por seus olhos encantados

Que me fazem viver, sentir, respirar...

Quando, solitário,  eu ouço a suave sinfonia

Da natureza que repousa abençoada

Que me cobre com seu manto sagrado

E eu olho para a imensidão estrelada

Sou arrebatado por tênue nostalgia.

Ah, doce sensibilidade de poeta

Vem me confortar com sua inspiração

Vem me animar a alma e o coração

Vem trazer-me a palavra certa

Que me faz rimar amor com paixão.

Vem ensinar-me a esperar

A lua cheia voltar!

Euclides Riquetti

Nada há no céu azul

 





Nada há no céu azul
Além de meus pensamentos que trilham
Buscando encontrar teus olhos que brilham
E o desejo de mergulhar profundamente
Infinitamente e perdidamente
Em teu corpo fogoso e... atraente!

E, por detrás das  nuvens esparsas
A vontade de encontrar encantamentos
De acasalar corpos e sentimentos
De abraçar-te com  vigor e tenacidade
De refutar as fugacidades e veleidades
De trocar a dor pela inspiração
De ouvir as notas de uma sublime canção
De amor e de saudades!

Nada há no céu azul que não seja o nosso sonhar
Nada há no céu azul que não seja a vontade de te encontrar!
É no céu azul que flutuam as almas serenas
É no céu azul que eu disperso meus versos
E que nos abraçamos e nos beijamos
Nós dois. Apenas nós dois!

Euclides Riquetti

Na noite serenada

 



Na noite serenada
Bem de madrugada
Eu te encontrei.

Estavas caminhando
Quem sabe procurando
Me encontrar na estrada
Bem de madrugada
Na noite serenada.

Na noite serenada de março
Também te procurei
E eu não disfarço...

Viramos dois caminhantes
Duas almas errantes
Que vagavam naquela estrada
Divinamente serenada.

Naquele sábado de março
De baixo para cima
E de cima para baixo
Com os pés descalços.

Era um corpo desnudo
De mãos dadas e pensamentos afinados
Sintonizados
Despidos de tudo.

Apenas vestidos de amor e de paixão
Andávamos sem destino
Procurando abrigo
No nada
Na noite estrelada
Mas serenada!
.
Euclides Riquetti

Por que sinto saudades?





Sinto saudades porque minha vida teve bons momentos
Sinto saudades porque eu a sinto, simplesmente
Porque tenho um passado
Porque tenho um presente.

Sinto saudades porque sou um ser humano
E, por isso mesmo, tenho sentimentos
Sinto saudades porque,  na longa caminhada
Para chegar a este instante e a este lugar
Tive muita estrada a percorrer, muitos lugares por quais  tive que passar.

Sinto saudades porque já sonhei demais
E porque, sonhando, realizei aquilo que almejei, que desejei
Porque, lutando, tudo o que eu queria  eu conquistei
E, se houvesse sido frustrado, isso não me motivaria a sentir saudades.

Sinto saudades porque pessoas bonitas passaram em minha vida
Algumas se foram e me deixaram marcas e registros
E cada uma delas me deixou algo que me faz delas lembrar.

Sinto saudades porque tive uma infância bem vivida
Alegre, difícil, mas divertida!

Sinto saudades porque  a distância existe
Uma distância abismal ou temporal, mas existe
E, se houver distância sem haver saudades
É porque faltou-nos algo na composição de nosso ser.

Sinto saudades porque eu a sinto, simplesmente...
Sinto saudades
Muitas saudades... de você!

Euclides Riquetti

Tentei parar de pensar

 




Tentei parar de pensar em ti
Esquecer os teus beijos e teu doce sorriso
Mas por mais que tentasse,  eu não consegui
Pois ter o teu amor é de que eu mais preciso.

Tentei jogar fora os poemas que eu fiz
Apagar os momentos em que juntos ficamos
Mas a realidade é que me fizeste feliz
E de certo que  nós muito nos amamos.

Percebi que é difícil te reconquistar
O teu coração não quer mais o meu
Então só me resta  lembrar e sonhar.

Mas há uma dúvida que me tortura e consome
E que me faz acreditar que nosso amor não morreu:
Às pessoas com que falas, ainda dizes meu nome.

Euclides Riquetti

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Há uma luz que brilha em teu coração

 



Há um luz que brilha em teu coração inquieto
Uma janela por onde o sol possa entrar
Ele que andou por caminhos incertos
Nas ondas do tempo foi te procurar.

Há uma luz intensa que não se apaga
Uma estrela prateada a me orientar
Uma paixão ardente  que me embriaga
Um norte que me conduz para te encontrar.

Há um coração que pulsa com força e vigor
Que procura outro que possa ser seu par
Diposto a te dar e a receber teu amor.

Há uma sintonia de amor, uma afinidade
Um desejo inefável, uma vontade de amar
Uma busca incessante da felicidade!

Euclides Riquetti

Beijar teus olhos sedutores

 



Quero beijar teus olhos sedutores
Apalpar as maçãs de teu rosto, avermelhadas
Quero  fitar teus lábios tentadores...
Acariciar as tuas madeixas onduladas.


Quero que cada beijo seja como o da primeira vez
E mergulhar no teu corpo que me alenta 
Mordiscar o perfume de tua tez
E cheirar tua pele doce  que me tenta.

Quero, sobretudo, ver teu belo sorriso
E sentir que sou amado, sou correspondido
Porque és tudo o que há de bom e de que eu  preciso!

Quero te querer, te desejar,  te quero
Quero te flechar e ser o  teu cupido
Quero te entregar todo o amor sincero!

Euclides Riquetti

Chove nos hibiscos

 




Chove agora nos hibiscos

Uma suave chuva bem fina

O vento já levou os ciscos

O céu riscou-se em rabiscos

Os raios clareiam a campina!


Os trovões assustam as aves

Escondidas sob as galhadas

Nos céus já não passam naves

Não vagueiam pelos ares

As naus das almas penadas.


E, enquanto trota o meu tempo

Eu me perco em meu pensar

Lembro em meus pensamentos

Das canções trazidas pelo vento

Que vem lá de longe em lufar!


Euclides Riquetti

11-11-2020










Para cada mulher, uma flor

 







Para cada mulher, uma flor
Para cada flor, um sorriso de mulher
Para as flores
De todas as cores
O sorriso que cada uma delas quer
E o meu para você
Se você também quiser.

Para seu rosto de finos traços
As carícias de minhas mãos
E muitos beijos e abraços...

Para os seus olhos brilhantes
Em tempos de muita emoção
Os encantos mais cativantes...

Para você, em especial
Um poema simples, talvez até banal
Mas um recado muito sincero
Uma mensagem bem legal
Pra lhe dizer que eu a quero
Pra não perdê-la jamais!

Euclides Riquetti

Esperavas por mim

 





Esperas por mim, claro, certamente
Docemente, bela, risonha, formosa
Rever-te me deixa feliz, tão contente
Por sentir teu esplendor de uma rosa.

Esperavas-me como eu te esperava
No jardim, a mais jovial e sedutora
És a rosa com que eu tanto sonhava
És princesa idealizada, encantadora.

Esperei-te, também, flor graciosa
Pelas horas, nos dias, nas semanas
Esperei por tua pele bem cheirosa.

Esperamos, certamente, esperamos
Nas lembranças fugazes e profanas
Em todos os momentos mundanos!

Euclides Riquetti

Bonjour, mon amour

 



Bom dia, meu amor
Bonjour, mon amour
Amo você
Quero você
Com todo o seu glamour!

Gosto muito de você
Gosto muito de tu
Gosto muito de ti
I love you!

Bom dia,com carinho
E diga que me quer
Que me quer todinho
Quer ser minha mulher!

Bom dia, meu amor
Bon
jour, mon amour
Amo você
Quero você
Com todo o seu glamour!

Gosto muito de você
Gosto muito de tu
Gosto muito de ti
I love you!


Gosto tanto de ti
Que me atrapalho com pronomes
Mas eu nunca me esqueci
De como escrever teu nome!

Bom dia, meu amor
Bon jour, mon amour
Amo você
Quero você
Com todo o seu glamour!

Gosto muito de você
Gosto muito de tu
Gosto muito de ti
I love you!

Euclides Riquetti

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Se os pássaros te acordarem

 





Se os pássaros te acordarem na madrugada
Embevecendo-te como seu canto divino
Eles querem dizer que em nossa estrada
Há sempre um porto seguro, um destino...

Se o canto deles for triste ou melancólico
Como o da gaivota que sobrevoa o mar
Enchendo o espaço neste vale tão bucólico
Resta-me o sonho de poder te reencontrar...

Se a manhã prometer ser muito prazenteira
Muito agradável, convidativa e promissora
Busca alegrar-te  na alvorada alvissareira...

E, nos lugares por onde for teu pensamento
Vai com tua aura notável, doce e sedutora
Vai me buscar no infinito firmamento!

Euclides Riquetti

A primeira rosa

 







Saudei a primeira rosa do dia
Que me sorriu.
Era o bordô da alegria
Que me invadiu
E, como ninguém
Me fez sorrir também!



Depois, não me estranhe
Mas me intimidei
Quando a amarelo-champanhe
Eu vislumbrei
Ali no cantinho do jardim
Bem perto de mim!



E, bem de tardinha
Estava ali a rosa matizada
Divinamente rosinha
Encantada...
E, com seu delicioso charme
Animou meu final de tarde...

E eu fiquei muito feliz
Porque te amo!

Euclides Riquetti

Se te chamo de amor, é porque te amo

 


Se te chamo de amor, é porque te amo
Porque te quero, quero só pra mim
E, mesmo,  com o passar dos anos
Nosso amor nunca chegará ao fim!

Se te chamo de gata, é porque te acho
Uma gatinha que me arranha e mia
Me perco em ti, pra ti me despacho
Quero buscar em ti a minha alegria!

Mas se te chamo e não me respondes
Dói-me o coração ferido pela dor
Não sei por que tu tanto te escondes
E tanto recusas receber meu amor!

Euclides Riquetti

Com o calor de seu corpo

 





Quero que me aqueça com o seu calor
Que me alegre com suas palavras amáveis
Que me abrace com seus braços adoráveis
Que me ame com volúpia e com ardor.

Quero que me beije com beijos de cereja
Que me afague com a mão suave e  macia
Que me olhe com seus olhos de alegria
Que me diga que me quer e me deseja.

Quero ainda que nunca se esqueça de mim
Que reze por mim nas noites enluaradas
Que me envolva em seus pijamas de cetim.

Que aqueça,  com seu calor,  o corpo meu
Que viaje nas nuvens esbranquiçadas
Porque eu, docemente,  aquecerei o seu!

Euclides Riquetti