sábado, 11 de maio de 2019

Meu livro "Crônicas do Vale do Rio do Peixe e outros lugares" - onde comprar


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       Lancei, há 30 dias, em Ouro, meu livro “Crônicas do Vale do Rio do Peixe e outros lugares” – que envolvem lugares e personagens reais das cidades de Capinzal, Ouro, Zortea, Joaçaba, Lacerdópolis, Treze Tílias, Porto União, União da Vitória e Curitiba. Cidades onde morei ou onde tive incursões. 

Os livros estão disponíveis e podem ser adquiridos, ao valor de R$ 20,00, nos seguintes locais:

1)      Loja DECOR SHOP, em Capinzal, nos altos da Rua XV de Novembro,  loja no prédio da Rede Feminina de Combate ao Câncer.

2)      Casa do Artesanato, conhecida como a “Casa de Vidro”, na Praça Pio XII, centro de Ouro. 

3)      Comigo mesmo – quando me encontrarem na rua. Para as cidades de Capinzal, Ouro-Lacerdópolis, Joaçaba, Herval D ´Oeste e Luzerna, faço a entrega em domicílio.

4)      Estou verificando a forma mais fácil e barata de enviar livros por algum meio de transporte, sendo que, neste caso, os custos de remessa serão incluídos, aumentando um pouco o seu preço. 

Fiquei muito contente com a receptividade pelos meus leitores e agradeço pelo prestigiamento. Se puderem indicar aos amigos, agradeço. Se eu tiver êxito em meu planejamento de distribuição, poderei editar “Crônicas de Rio Capinzal”, com histórias e personagens do território do antigo Distrito de Rio Capinzal, que compreendeu, no passado, as atuais Capinzal, Piratuba, Ouro, Lacerdópolis e Presidente Castello Branco.



Abraço sincero do

Euclides Riquetti 

11-05-2019

Adorável Pecadora

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About Marilyn Monroe:



          Pessoas são providas de virtudes e defeitos. Não há o "ser perfeito", praticamente não há unanimidade sobre coisas e pessoas, tanto que existe um dito munto popular: "toda a unanimidade é burra". Então, há convergências de opinião maiores ou menores. Num julgamento, quando tribunais de juízes decidem por unanimidade, embora seja a decisão que eles têm como a justa, há pessoas que não concordam com eles. Também nas câmaras legislativas, votações por unanimidade, contra ou a favor de algo, são condenáveis por uma maioria ou minoria dos cidadãos contextuados como "opinião pública".

          Uma dessas unanimidades, por seu talento e beleza, foi Norma Jeane Mortenson, americana, que fez par com Ivo Livi, ítalo-francês, em "Let´s make love", que literalmente pode ser traduzido como "Vamos fazer amor" ou "Façamos amor". O filme, entretanto, teve seu título lançado ao Brasil, em 1960, como "Adorável Pecadora".  Ah, leitor (a), começas a buscar uma faísca de entendimento?  É um dos 30 filmes estrelado por "La Monroe". Melhor, agora, né? Ah, o né? (não é?), seria o "isn´t it?" dos americanos, da turma lá de Los Angeles, onde a celebridade nasceu como Norma Jeane e,  aos 18 anos, adotou o nome Marilyn porque era bastante popular entre os americanos e, Monroe, porque era o sobrenome de sua avó materna. E o italiano da Toscana, Ivo Livi, virou o franco "Yves Montand", que também fez mais de 30 filmes e, dizem, até namorou a atriz. Ambos atuavam como atores e cantores.

          Contrariando a opinião de muitos de que pessoas muito bonitas arrumam emprego nos meios artísticos pela sua beleza, Marilyn Monroe tinha muito talento. Nasceu em 1926, viveu até em orfanato, casou-se, pela primeira vez, aos 16, trabalhou em fábrica,  divourciou-se aos 20, quando fez seu primeiro contrato com a 24th Century Fox, ganhando US 125.00 por semana, o que era bastante para a época. Fora descoberta pelo fotógrafo Davis Conover, e dali para o estrelato foi uma questão de tempo, curto tempo.

          No filme que assisti, e recomendo para você, produzido em 1960,  ela é uma atiz de teatro que sensibiliza um rico empresário, bilionário, interpretado por Montand. Sensual, encantadora, jovial e sedutora. Passam-se, no filme, aquelas cenas de comédia romântica, que assistíamos no Cine Glória, em nossa adolescência. Na época, achávamos aqueles "filmes de amor" muito chatos. Preferíamos o "Tarzan", o "Mazzarópi", o "Ringo" (Guiliano Gemma), e outros westerns, com uma mega troupe de atores holliudianos. Agora, comparo-o aos modernos filmes românticos a que assisto no Telecine Touch.

Ah, La Monroe disse, um dia: "Eu também tenho sentimentos. Ainda sou humana. Tudo o que eu quero é ser amada pela pessoa que sou e pelo meu talento". É, amigo (a), talento e beleza inquestionáveis, na atriz que nos deixou com apenas 36 anos, muito sucesso, e cuja a morte até hoje não foi bem explicada. Sou seu fã, Marilyn Monroe.

Euclides Riquetti
03-06-2012

Não me importa qual o perfume das flores


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Não me importa qual o perfume das flores
Todas elas me atraem  e me seduzem
Não importa quais sejam as suas cores
Mas sim os encantos que produzem...

Não importam quais as mãos que as plantaram
Todas o fizeram com amor e com carinho
Não importa com quais  águas as regaram
Ou se tenham ramos ternos  ou de espinhos...

Importa-me, sim, que sejam flores, apenas isso
Que possam deleitar-nos com sua doce singeleza
E que possam sorrir  com todo o garbo e todo o viço...

Flores de todas as cores, matizes e perfumes
Flores que inspiram os poetas por sua beleza...
Flores que te entrego porque tu  me seduzes...

Euclides Riquetti

Vento moreno de outono



 
 
 
 
 
Venta o vento moreno de outono
Venta e venta...
Cai a pálida folha, vencida no tempo
E venta o vento.

Brilha o brilho do sol brilhante
É maio, maio de mês
É a noiva que noiva, que sonha
Sonha com a noite da primeira vez...

Cintila a estrela prateada
Na madrugada
E sibila o vento na gélida  noite
Embala a noite, adentro avançada...

Escreve o poeta o poema, e a noite
É a moça, a musa
E os versos, dispersos, não rimam: fascinam
E a noite provoca, encanta, abusa!

E viva você, tema do canto
Viva, viva!
Como o barco que vai, flutuando, leve
Na noite breve
Festiva!

Euclides Riquetti
07-05-1997

João Patrola foi embora...

     

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       O João Patrola foi embora na semana passada. Morava a uns 500 metros de minha casa, aqui no Joviva, em Joaçaba, numa casa de dois pavimentos, cor de rosa, numa das esquinas da rua Luiz Leduc com a estrada que vai do Joviva para o Bairro Menino Deus.  Era aposentado da Prefeitura de Joaçaba, acho que como operador de máquinas pesadas, daí o apelido de "João Patrola". Nunca perguntei o sobrenome dele.

      Um dos filhos de JP pintou minhas casa há uns 6 anos. Fez um bom trabalho e a casa ficou muito bonita, as cores que escolhemos eram modernas e suaves, um Vésper Violet combinado com Day Dream e braço. Agora, mudamos para uma composição que se assemelha ao rosa ou salmão.

       O JP costumava frequentar o Bar do Wagner, aqui pertinho de casa. Costumava segurar uma latinha na mão, acho que era Kayser ou Skol. A gente conversava muito na rua. Umas duas vezes, ao menos, dei carona para ele até o Ouro. Ele era trabalhador, pois estava sempre com uma foice ou uma roçadeira acionada a gasolina, trabalhando em lotes baldios nas margens das ruas aqui da Cidade Alta.

       Perguntava-me umas coisas, me contava umas histórias, eu lhe contava outras. Ele era simpático e costumava elogiar-me diante das pessoas. Eu o aconselhava com relação a sua saúde, pois percebia que seu andar já não era o mesmo de uns 8 anos atrás, quando o conheci. O JP foi morar lá em cima. Sua imagem de pessoa simples vai ficar na minha mente. Fiquei triste, quando hoje, pela manhã, o Wagner, do bar da esquina de cima, me contou que o Patrola tinha morrido.

       Espero que tenha encontrado o lugar ideal para ele, na Eternidade. Vou fazer orações por ele, que era uma pessoa boa para comigo.

       Euclides Riquetti
11/05/2019

Dia das Mães... dia de saudades...



          "Que legado uma mãe pode deixar para uma filha? Que tipo de lembranças, de lições, ensinamentos?"

          Imagino que a amiga leitora deve estar  remetendo seu pensamento de volta ao seu tempo de criança. Às   saudosas lembranças daquele ser que a pôs  no mundo, deu-lhe educação, orientou-a, ajudou-a  de alguma fora. Até a amparou na hora em que teve  filhos. Muitas, felizmente, ainda as têm por perto, muitas vezes dividindo  com elas o mesmo teto. Mas mesmo meninos e  rapazes seguem os ensinamentos de suas mães, pois são elas que estão presentes na maioria do nosso "tempo de criança".

          Perguntei a uma jovem senhora que lembranças ela tinha de sua mãe, que hoje já está velhinha:

         "Minha mãe teve uma presença muito forte e marcante em minha vida, embora eu tenha saído de casa muito jovem, antes de meus dezoito anos. Ela me deixou alguns príncípios e valores que sempre procuro seguir. Respeitar as pessoas e dar-lhes o devido valor. Não ter nada do que não é legitimamente nosso. E, se alguém nos der algo, fazer um serviço para retribuir. Oferecer-se para fazer-lhe alguma coisa. Todos podem pagar por aquilo que recebem".

          Certamente que, seguindo essas orientações, ela se deu bem, constituiu sua familia, estudou, trabalhou e pode-se considerar uma pessoa realizada e feliz.  Claro que também aprendeu os afazeres do lar, os cuidados com a casa, com a comida, com as roupas. E, aquilo que se aprende com a mãe se internaliza, fixa, preserva-se.

          Ora, como é bonito ver uma pessoa dizer:  "Esta cuca me faz lembrar das cucas que minha nona fazia. E que, depois, minha mãe também fazia!"  E, agora, certamente que esta mãe, que pode já estar também sendo avó, ensinará suas filhas ou netas a fazer. Mas também poderia dizer em relação à macarronada  com seu delicioso e incomparável molho, o bolo de anivesário carinhosamente preparado ou enfeitado, a bolacha pintada com açúcar cristal colorido ou  com aqueles chumbinhos de confeitos. Ou a toalha bordada, o jogo de cama bordado e crocheteado, a blusa tricoteada, a toalha franjeada.

           Por falar em toalha, quando fui para a Faculdade e mudei-me para Porto União, minha mãe me fez uma toalha de algodão com uma belas franjas bem  trabalhadas. Era macia, gostosa, linda! Mas, naquele tempo, eu não entendia muito desse valor que as coisas têm, que trazem na sua elaboração o carinho das mãos dadivosas ou mesmo as lágrimas de uma saudade que ainda virá... E, para mim, veio, muitas, muitas vezes, fazendo brotarem-me lágrimas de saudades!

          Ah, cara leitora, que bom ter tido uma mãe presente, mesmo que morando longe dela!  Ou podido partilhar com ela todas as emoções de ter gerado os filhos, ver chegarem  os netos!

          Pois convido você a meditar. A voltar ao passado. A lembrar, relembrar. A analisar, com profundidade, quantas e quantas belas lições ela lhe deixou. Quantas vezes foi ombro para você chorar e, com sabedoria, ensinou-lhe a dar tempo ao tempo, aguardar a chegada de soluções para os problemas, respostas para suas angústias?  E, se ela não está mais aqui, faça-lhe uma bela e silenciosa oração. Deixe seu coração rezar por você. Se ainda vive, ligue pra ela, agradeça por aquilo que ela lhe deixou e lhe ensinou. Ou, se ela está perto de você, dê-lhe um abraço, enregue-lhe uma flor, deixe que ela perceba que você é aquela filha que ela quis ter.

          Hoje, em especial, da forma que for possível, dê-lhe seu mais profundo carinho!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Amo vocês incondicionalmente

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Amo vocês incondicionalmente
Amo sobre tudo e sobre todas as coisas
Amo vocês indubitavelmente
Em todos os dias e em todas as noites!

Amo vocês pelo que vocês são
Amo em todos os anos e em todos os meses
Amo de alma, amo de coração
Em todos os lugares, mil mais mil vezes!

Amo vocês apenas porque amo
Amo vocês porque amar me faz sentir bem
Amo sempre que nos encontramos
Em todas as situações difíceis também!

Amo vocês e continuarei amar
Amo na alegria e nos momentos de dor
Amo como o céu, a natureza e o ar
Em todos os instantes dar-lhes-ei amor!

Fiquem bem!

10-05-2019

Mãe...




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Mãe - das dadivosas mãos, mãe
Mãe - das caridosas bênçãos, mãe.

Mãe dos filhos gerados e amados
Mãe dos filhos cuidados e guiados.

Mãe - da vida dedicada, mãe
Mãe - da lida abnegada, mãe.

Mãe das manhãs azuis, esperançosas
Mãe das noites negras e chorosas.

Mãe - do filho perfeito e bem nascido
Mãe - do sagrado leito ali estendido.

Mãe do olhar bondoso mas austero
Mãe do falar que assusta mas sincero.

Mãe - do amor em plena difusão
Mãe - da flor, da alma e coração.

Mães são apenas mães:
Não dependem de elogios
Não dependem de flores
Não esperam por presentes.

Apenas rezam por seus filhos.
E eu rezo por elas.

Felicidades a todas as mães:
À minha, à tua, às mães das outras mães.

Euclides Riquetti

Obrigado, mãe! Obrigado a todas as mães!



 

           Mãe:

          Não escreverei uma bela mensagem de amor, nem direi que a minha foi a melhor mãe do mundo. Apenas direi que a perdi há treze anos, tão logo entramos no novo milênio. E que ela me deu boa educação e ajudou-me nos momentos mais difíceis. Vibrou quando nasceram minhas filhas e meu filho. Chorou quando perdemos meu pai e meu irmão. Comemorou comigo as minhas vitórias e chorou comigo os meus reveses. Foi minha mãe, foi o que um filho pode esperar dela. E sei que sempre morei em seu coração!

          Mas, nesta data tão especial, fico a lembrar daquelas mães que perderam seus filhos, contrariando a lógica de que são os filhos que devem enterrar os pais. Rezo por elas porque sei o quanto sofreram com as perdas que não podem ser compensadas por serem definitivas. Rezo por elas e sempre que posso lhes manifesto meu afeto, carinho e  meu sentimento humano.  Mas sei que, apesar de tudo, elas não esquecem jamais dos filhos que geraram, amaram e perderam.

          Rezo para aquelas que foram mãe e pai, pois perderam o companheiro  e tiveram que dar conta de prover seus filhos de educação, instrução e sustento. E por aquelas cujos filhos foram para longe dizendo que voltariam e que se esqueceram de voltar...

          Rezo também para que meus filhos e os dos outros pais possam ter-nos por muito tempo. E nós também possamos tê-los da mesma forma. E me sinto como um menino frágil que sente as coisas com o coração,  mas impossibilitado de evitar que a dor esteja presente no coração das mães.

          Rezo pelas mães jovens para que,  no mundo difícil, intolerante e constantemente mutável,  possam ter energia para cuidarem dos filhos que geraram. Rezo pelas mães que são  minhas amigas  pessoais e  virtuais que, no Dia das Mães, postam nas redes sociais  as fotos de seus amados filhos sorridentes que as deixam felizes e orgulhosas. Rezo pelas mães já avós, pois  são mães duplamente.

           Rezo! Rezo porque acredito que um Ser Supremo pode ajudar a  amenizar os sofrimentos, pode dar esperanças de que um dia todos se encontrarão novamente  e para que haja a vida eterna, quando as mães e os filhos possam estar todos juntos, um dia, no céu!

Obrigado, mãe, obrigado a todas as mães!

Euclides Riquetti

Felicidades!


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Mulher carinhosa, mãe gentil
Inteligente, bonita e elegante
Rendo-lhe a homenagem sutil
Imaginando-a feliz, fascinante
Alma tão serena, olhar pueril
Maravilhosamente cativante!

Como flores que me aprazem 

Antes de um escaldante verão
Raízes profundas que jazem
Muito bem fincadas no chão
Indescritível é sua imagem
Grande é seu doce coração.

Nome de santa e de coragem
Amores de amor e de paixão
Nas noites que se refazem!
Real, constante e verdadeira
Imagem em poemas diversos
Que escrevo à minha maneira. 

Um nortear para meus versos
Espalhados pelas ladeiras
Todos pelo mundo dispersos
Trazidos à vida prazenteira
Indo embalar-se  no universo!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Avós felizes, netos felizes!


Eu e a Júlia - Jujubinha, minha neta preferida. E única!


          Quem não tem muitas boas lembranças de sua avó? - Ora, crianças, frequentemente são cuidadas pelas avós, afinal, são as que mais dispõem  de tempo, uma vez que a grande maioria delas já cumpriram seu tempo de trabalho profissional e, aposentadas, elas mesmas procuram algo com que se (pre)ocuparem. E, há no mundo preocupação ou ocupação melhor do que cuidar de um netinho, uma netinha? Ah, certamente que não há! E o vovôs? Bem, esses estão aí para dar às crianças aquilo que os pais modernos não dão, porque leram na literatura (farta, por sinal...), para aprender como cuidar de um bebê ou como educar um filho". Papo de vovô não é muito diferente do que o da vovó.

          Essa geração de pessoas bem maduras que está no estágio  "pós-vovó", não precisa de nenhuma consultoria para saber como lidar com crianças. Elas não precisam de supernânis ou de qualquer outro tipo de conselheira do lar. Elas têm no seu interior a autoridade da experiência e do conhecimento, sabem  dizer não quando é preciso,   não têm nenhuma culpa em relação a terem se omitido em algum momento, nem deixado de estarem presentes sempre que isso se justificou.

          Vovós sabem quando a criança está doentinha, sabem qual o remedinho certo, qual o chazinho ideal, sabem quando há manha apenas, sabem até o que as crianças estão pensando...E ainda deixam as netinhas usarem os vestidos, os sapatos, os colares, as pulseiras, os chapéus, os cintos da vovó para suas brincadeiras, seus desfiles pelos corredores e pelas salas das casas...

          Netos são  alegria da casa. E, hoje, por serem tão poucos, recebem a atenção redobrada, triplicada, pois quantas titias e avós postiças estão aí a candidatar-se para ajudar ( e a mimar...), as adoráveis crianças da presente geração.

          E as vovos têm bem clara a importância do papel delas em ajudar as crianças em tempos em que as mães trabalham fora, estudam, têm compromissos para todas as horas do dia e da noite.

          E nós, os vovôs, qual o nosso papel? Bem, nós temos que fazer a nossa parte: cuidar bem da vovó para que ela possa continuar a ter energia e vitalidade suficientes para fazer tudo o que a criança precisa. E ainda inventar brnquedos convencionais, fazer balanços com pneus e cordas, carregar no cavalinho do pescoço, jogar bola e ajudar a localizar bons filmes de desenho na TV.

          É uma pena que os pais, muito focados em seu trabalho, seus projetos e vida pessoal, estejam perdendo de vivenciar momentos que jamais voltarão, pois as crianças crescem muito depressa e, quando vemos, não cabem mais em nosso colo, nem mais o desejam.

          Será que os pais atuais terão que esperar também para que se tornem avós e possam ter o tempo disponível para sentir quão relevante e maravilhosa é a vida da criança,  e quanta luz ela nos traz?

Euclides Riquetti
28-07-2013    - reeditado em 09-05-2019