É a pintura divinal pelas mãos supremas concebida
É um sol que rebenta atrás do verde que o sustenta
E se pendura no céu da manhã que é vinda.
O sol nasce para todos
Pra mim, pra ti, pra nós.
Difunde seus raios de fogo ao alvorecer
Recolhe-os, cansados, no meu entardecer.
E, em nossa noite, vai inundar as ásias
E, em nossa madrugada, clarear as europas
Para, pouco depois, alçando as douradas asas
Dizer-nos Bom Dia e colorir as américas.
O sol nasce para todos
Para nós, para elas, para eles
Lírica, plana, ou ondulada etérea
A natureza viva espera por ele.
Esse mesmo sol que bronzeia peles morenas
Fere as peles alvas
Mas é nosso Sol
Com seus raios que nos abençõam, ou nos maltratam.
Nosso Rei Sol que vem do Oriente
É o mesmo que enseja as premonições dos profetas
E que atiça a inspiração e as emoções dos poetas
É o Leste Sol que fortalece a gente.
E, na sua imobilidade
Conduz nossa mão delicada
Para, com leveza e suavidade
Desenhar sílabas, escrever palavras.
O sol que inspira meus poemas
Que apenas dita meus versos
Assim, sem nenhum estratagema
Far-me reunir os fragmentos dispersos.
E eu vou compondo meus escritos
Frases, versos, poemetos
Inspirado em seus raios benditos
Comporei, sim, eu te prometo...
Prometo pra ti...
Apenas para ti!
Euclides Riquetti