sábado, 10 de setembro de 2016

Versos árcades

O autor, falando de poesia e de poemas...


Não farei rimas consonantais
Nem abusarei de combinações vogais
Apenas direi o que o coração ditar
Não rimarei adjetivo com verbo regular.

Farei poemas de meus desatinos
Farei sonetos com verso livre
E se julgar que for de bom alvitre
Comporei sonetos alexandrinos...

Farei paródias de canções conhecidas
Repetirei os verbos, porei conjunções
Mas não ousarei desatar emoções
E nem buscarei lembranças perdidas.

Não farei mais nada que não seja eterno
E nem serei um reles parnasiano
Eu a esperarei, ano após ano
Outono, verão, primavera e inverno.

E, quando disser: eu também o amo
Eu lhe entregarei meu coração  profano
Onde ainda cabe nosso amor mundano...

Euclides Riquetti

Fera desprotegida...

Vejo
Desejo
Não o horizonte azul
Nem a neve no sul
Apenas vejo ... e desejo!

Espero
Quero
O melhor momento
Do mundano pensamento
Calmamente,  eu espero... porque quero!

Tu sorris
Tu, ali
Indefesa e desprotegida
Fera desassistida
Em meio a meus pensamentos banais... e vis!

Entendo
Compreendo
Há uma lógica destoante
Em teu rosto fascinante
Belo, formoso, estupendo!

E eu me declaro
Na negra noite, ou no dia claro:
Sou teu fã incondicional!
Não, o mundo não é banal:
Tu és bonita, e resistes
Porque tu és real, e existes!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

O primeiro texto publicado no meu blog...não fui eu que escrevi... foi a Mi!

 

 

 Michele, gêmea com Caroline...filha!

Segunda-feira, 4 de julho de 2011


A ideia do Blog do Riquetti

Surgiu quando percebi que a maioria das postagens e comentários que meu pai fazia em sites e blogs (especialmente no www.ederluiz.com), oscilavam entre 500 e 2.500 caracteres. Pensei: “Bem, se ele prefere comentar, criticar, noticiar, poetizar e ‘cronicar’ em LAUDAS, por que raios eu insisto pra que ele twitte? Se há tanto a dizer, e (garanto) ele tem e sabe como dizer, por que não fazê-lo em seu próprio blog?”
Então é isso! O Blog, em construção colaborativa, terá conteúdo postado e totalmente gerenciado pelo Riquetti (que NÃO é o Riquetti da churrascaria, pessoal). O conteúdo é de inteira responsabilidade dele, e comentários ou publicações de terceiros terão autoria reconhecida.
Se o blog ficar “bagunçado” (só quem já morou ou trabalhou com o Riquetti compreenderá a dimensão do adjetivo), por favor, denunciem-no para @miriquetti. Alguém,  além do blogueiro, precisa saber onde encontrar as coisas, pai.
E, pra facilitar sua aventura pelo mundo digital, #ficaadica:
  1. É mais fácil jogar pedra que ser vidraça. Você pode atirar a pedra e ser a vidraça quando está na rede.
  2. Gírias como “viagem na maionese” são desatualizadas. Seus amigos irão assimilar, seus filhos terão vergonha alheia e sua neta vai negar o parentesco.
  3. Usar “q”, “vc”, “tb”, “aki”, “vlw”  é  N-O-R-M-A-L. Não implique!
  4. Coisas como :)  :\   ;D   \o/   8(  são o crème de la crème pra se expressar virtualmente. Os discursos prolixos têm 140 caracteres. Sinta-se desafiado!
  5. Blog e filhos exigem dedicação, atenção e certa disciplina. E se acha mais fácil lidar com o primeiro, posicione-se em um assunto polêmico e aguarde.
  6. Quanto a Gadget, RSS, feeds, hastag, podcast, photostream y otras cositas más, tudo poderá ser desvendado por você. Sabe quando eu pedia ajuda com o “tema de casa”? So, search, dad.
  7. Um blogueiro precisa de autonomia, então é sério quando eu digo: “pesquise”.
  8. Ninguém, além de você, deve conhecer a senha de acesso. Isso evita um universo de problemas, inclusive postagens como essa.
Have fun!!

Filha Michele

Sonhei contigo...




Sonhei contigo, sonhei , sonhei,  amei
Sonhei  contigo, amei,  sonhei, sonhei
Sonhei contigo, nas noites em que as estrelas adormeceram...
E nas noites em que elas reviveram:
Sonhei contigo, sonhei, amei, sonhei!...

Euclides Riquetti

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Beijar-te-ei





Beijar-te-ei com ardor, eternamente
Perder-me-ei  em ti,  perdidamente
E em ti me inspirarei para compor
Por ti exaltarei o meu amor
Para  ti escreverei por hoje e sempre...


Euclides Riquetti

Preciso roubar um beijo teu...


Preciso roubar um beijo teu
Por isso eu quero estar perto de ti
Quero que tu sintas o beijo meu
Quero te sentir, sentir, sentir...

Euclides Riquetti

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Cumplicidade


Há uma cumplicidade entre nós dois
Uma palavra que rima com felicidade
Há uma pequena distância que não conta
Porque depois, depois da saudade
Vem sempre o reencontro, o amor de verdade

Euclides Riquetti

Lembranças dos desfiles de Sete de Setembro

À esquerda, Capinzal; à direita, Ouro. Gêmeas do Vale do Rio do Peixe - SC
Créditos para os "Caçadores de Imagens", gente talentosa de minha cidade natal



          Meu imaginário saudosista me leva de volta à infância em Capinzal. Anos: 1961 a 1964 - Os ensaios de marcha lá no Mater Dolorum, pela Rua Carmelo Zóccoli, em direção ao Sul, para os lados da Pagnoncelli & Hachmann, até as imediações da Fundição. Muitos ensaios, não havia professores de Educação Física ainda. As professoras nos orientavam e as freiras comandavam. E havia o José Carlos Souza que não pisava com o pé esquerdo na batida do Bumbo. A Irmã Terezinha ia à loucura, a professora Marilene Lando tentava insistir para que ele aprendesse. Acho que ele fazia de propósito para zoar com elas...

          Desfile pela Rua Felip Schmidt, no Distrito de Ouro, saindo do Posto de Gasolina que se localizava no meio da Rua da Praia, que depois virou Governador Jorge Lacerda. Indo em direção à Ponte Nova. Havia calçamento apenas até defronte à casa do Amélio Dalsasso. Depois, marchávamos no pó (ou no barro): Soldado que se prezava e amava  o Brasil era corajoso, valente,  e com muito garbo e peito firme marchava, sem olhar para os lados, sem piscar os olhos: "A fronte erguida, o olhar brilhante..." - como no Hino a Capinzal!

          Passávamos pela ponte, dobrávamos à direita defronte ao Cine Glória e íamos até o Campo de Futebol. Ali, um palco especialmente feito com tábuas cedidas pelos Hachmann, os alunos ouvindo os discuros. Uma menina magrela, cabelos escuros, saia azul e camisa social branca com uma logomarca à esquerda, na posição do bolso: BP, de Beliário Pena! A jovem Inelvis, filha do Joanin Serena, lia um texto enaltecendo nossa Pátria, pela qual deveríamos morrer se necessário fosse... E, garbosamente, cantávamos o Hino Nacional.

          Os alunos do Belisário Pena com seu uniforme azul e branco. Num daqueles anos fizeram-lhes umas camisas de brim Santista, azul marinho, com aquelas "golas de padres". O Rosito Masson, o Ademar Miqueloto, O Irenito, o Olino Neis, todos  com aquelas camisas bonitas. Nós, do Mater, também no azul e branco. Mas as Normalistas, ah, essas, sim, com aquelas saias bordô e as camisas marfim/beje, encantadoras. Meu pai, único homem em meio a elas, calça social preta e camisa branca... Mas, muito bonito, era o uniforme do Ginásio Padre Anchieta, com calça social preta ou azul marinho (bem escuro), e aquele uniforme paramilitar, com uns babados na frentes, umas franjas, e  quepe igualmente em azul-marinho. Simplesmente espetacular!

          Todos os estudantes eram obrigados a marchar. Nos anos anteriores ao Governo Militar e também durante. O espírito cívico era algo sagrado que havia em nós. Claro que isso não era unanimidade. Mas havia o respeito pela Pátria em cada um de nós. Podíamos não concordar com os governos, mas queríamos o melhor para nosso país... E querer o melhor para o Brasil era querer o melhor para nós mesmos, nossas famílias.

          E os alunos do Ginásio Normal Juçá Barbosa Callado: Calça de Tergal verde e camisa branca. A maioria pessoas já adultas, que viram no ginásio noturno a oportunidade de estudar. Ah, para todos os uniformes, de todos os colégios, sapatos pretos. Em algumas situações, congas brancas, para algumas alas, especificamente.

          Minhas últimas lembranças de desfiles como estudante me remetem ao ano de 1971, quando concluí meu Técnico em Contabilidade pela então Escola Técnica de Comércio Capinzal: calças pretas e camisa social manga longa vermelho royal. A escola não costumava desfilar, mas convidada que foi, não queria recusar e a sugestão do Diretor Professor Antônio Maliska foi aceita: "Se é para aparecer, então vamos aparecer". E fomos com aquela roupa bem chamativa. Orgulhosos!

          E as fanfarras, muito bem ensaiadas, com os bumbos, caixas, taróis, pratos e cornetas. Lembro, com muita saudade. E, quando vejo fotos antigas daqueles tempos, sinto uma inefável saudade... não sei se dos sentimentos cívicos ou... da força de nossa juventude!

Euclides Riquetti

Vento de outono


Hoje, inverno disfarçado de outono, fui buscar algo bem...

Venta o vento moreno de outono
Venta o vento...
Cai a pálida folha, vencida no tempo
E venta o vento.

Brilha o brilho do sol brilhante:
É maio, maio de mês
É a noiva que noiva, que sonha
Sonha com a noite da primeira vez...

Cintila a estrela prateada
Na madrugada
E sibila o vento na gélida noite
Embala a noite, adentro avançada...

Escreve o poeta o poema
E a meta
É a moça, a musa.
E os versos, dispersos, não rimam: fascinam!
E a noite provoca, encanta, abusa...

E viva você, tema do canto!
Viva! Viva!
Como o barco que vai flutuando, leve
Na noite breve
Festiva!

Euclides Riquetti
07-05-97

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Lembranças...





É fácil falar do vento, que rima com o pensamento
Do ar, que vem do mar
Da flor, que revela o amor
Do sentimento, que remete no tempo...

É fácil falar do inverno, do amor eterno
Da desmedida paixão
Que explode no coração
E que leva do céu ao inferno!...

É fácil falar da terra, da alegria da primavera
Da planta que cresce
Do broto que floresce
Dos longos anos de espera!

É fácil falar de um porto e de um olhar absorto
Do dia do verão quente
Que queima a pele da gente
E do cansaço que mata o corpo!

É tudo muito belo !!!
Formosa inspiração !!!

Difícil
É lembrar de cada estação
Dia, mês, ano...
De cada beijo profano
De cada momento mundano
De corpo e alma em profusão...

E em cada olhar
Em cada pensar
Em cada lembrar
Querer que tu voltes
E não te ver voltar!...

Euclides Riquetti

Verdes folhas






Verdes folhas
Do ramo da rosa
Flutuam solitárias
Sobre as incertezas.

Pequenas bolhas
Na água inodora
Emergem crisálidas
Em sua leveza.

Nuvens densas
Confundem o dia
Mudam o céu
Escondem o sol.

Tardes imensas
Nos dão nostalgia
Da noiva, do véu
Do céu arrebol.

Pequenas lembranças
As folhas nos trazem
Do tempo passado
Do longo caminho.

A vida balança
Na verde ramagem
No ramo quebrado
Na ponta do espinho.

E eu
Que sou eu
Que sou teu
Quero o amor que foi meu
E que nunca morreu.

Euclides Riquetti

domingo, 4 de setembro de 2016

O sucesso da feijoada do Abrigo do Coração em Joaçaba

      


 Casa onde encontra-se instalado o Abrigo do Coração, em Joaçaba - SC

          No sábado, participamos da sétima feijoada do Abrigo do Coração, que aconteceu nas dependências da sede da Escola de Samba Aliança, aqui em Joaçaba. A SER Aliança é uma escola fisicamente e tecnicamente bem estruturada, igualando-se às melhores do País. O Abrigo do Coração é uma entidade que presta relevantes serviços na área social e da saúde. Localiza-se perto do Hospital Universitário Santa Teresinha, o HUST.

          Mais de 400 pessoas se fizeram presentes ao evento, todas confortavelmente instaladas, num clima de muita alegria e descontração. Muitos candidatos às eleições em nível majoritário e proporcional estiveram presentes. A equipe do Lions Clube foi a organizadora da promoção, cujo resultado financeiro fica revertido ao Abrigo do Coração. No abrigo, hospedam-se pessoas em tratamento nos hospitais de nossa cidade, e os seus acompanhantes. A Rede Feminina de Combate ao Câncer é grande e efetiva parceira da Instituição.

         No portal do amigo Eder Luiz, encontrei a seguinte referência ao Abrigo:

" O abrigo do coração é uma casa que oferece apoio para pacientes e acompanhantes que aguardam consultas e tratamentos médicos em Joaçaba. Além de uma estrutura física, a casa oferece a força espiritual e voluntária em um momento tão delicado, como o de um tratamento médico. Nesses horas de angústia, em que tudo parece estar contra si, a solidariedade humana aparece. O abrigo do Coração, fundado em maio de 2009, por iniciativa do Lions Clube Joaçaba, permanece até hoje sob sua coordenação e atende pacientes de 50 municípios próximos a Joaçaba, como Fraiburgo, Caçador, Concórdia. Por dia, uma média de 10 a 30 pessoas frequentam a casa e ali ficam o tempo que precisarem durante o tratamento."


         A deliciosa feijoada teve sua confecção capitaneada pelo vizinho e conterrâneo Juca Parisotto, grande apoiador das causas mais nobres em nossa cidade. Ele, sua equipe, e os leões e domadoras fizeram, realmente, um belíssimo trabalho, merecendo nosso aplauso.

         Resta-nos parabenizar todos os organizadores do evento e desejar pleno êxito em seu trabalho em prol das pessoas que buscam o Abrigo para apoio nos tratamentos de saúde.

Euclides Riquetti
04-09-2016




        

Saudosa lembrança de uma cidade bucólica e outras reflexões


Matriz São Paulo Apóstolo - Capinzal - SC


          Houve um tempo em que apenas algumas ruas de Capinzal ( e seu Distrito, Ouro), dispunham de pavimentação com paralelepípedos. Na margem esquerda do Rio do Peixe, havia calçamento, com paralelepípedos,  em parte da Rua XV de Novembro e parte da Carmelo Zóccoli. Em Ouro, o calçamento vinha de onde é hoje a Prefeitura até defronte o Seminário Nossa Senhora dos Navegantes, mais precisamente até a casa do Amélio Dalsasso, onde hoje mora o Sr. Jardino Viel. Era uma casa de madeira, cor alaranjada, madeira beneficiada, telhas francesas no teto. Aliás, a maioria dessas telhas vinham da Cerâmica Santa Cruz, de Canoinhas, famosas pela excelente qualidade,  mas havia algumas fabricadas em Alto Alegre, Capinzal, porém não chegavam a atingir a qualidade das de Canoinhas. As nossas eram utilizadas para cobrir paióis e chiqueiros, sucedendo as tabuinhas de madeira falquejadas, que os italianos chamavam de "scandoles", utilizadas largamente para cobrir casas e outras benfeitorias desde 1902, pelos "brasileiros", e a partir de 1910 pelos "italianos", até a década de 1950.

          Muito interessante é que na XV, na quadra que vai do Bradesco e prédio do Mência, até o prédio do Saul Parizotto e o da família Henrique, havia argolas de aço fixadas ao chão, nos meio-fios, dobráveis ao chão para que não  tropeçássemos nelas, onde se podiam amarrar os animais de montaria, ou mesmo os bois que arrastavam as carroças, ou os animais de puxavam as charretes. Para que não fugissem, enquanto seus donos faziam negócios, entregando mercadorias no comércio, bebidas, ou vendendo pão.

          Restam, em minha memória,  a charrete do Santo Boff, que levava  bebidas aos bares; a carroça da Comercial Baretta, conduzida pelo Juca Rupp, que entregava ranchos e buscava mercadorias na estação ferroviária;  a charrete da Padaria Cadorin, tendo o Artêmio Tonial e depois o Alcebides Soccol como pilotos; o Ari Wilbert, me parece, também utilizou uma em alguns anos; a carroça freteira do Eurides Venâncio, puxada por duas mulas, que trouxe parte da mudança da Prefeitura de Capinzal para  o Distrito de Ouro, no tempo do Prefeito Horácio Heitor Breda, na década de 1950, e que foi a que mais tempo permaneceu em serviço;  e a gaiotinha do Tio Vitório Richetti, que fazia entrega de bebidas, puxada por uma mula, e que ele a utilizava também para nos levar em pescarias, subindo a serrinha dos Masson, Miqueloto e Campioni,  e estacionando-a onde hoje é o Bairro Alvorada, em Ouro, para que descêssemos a pé pelos "peraus"até o Rio do Peixe, ali acima de onde hoje é o Tio Patinhas Lanches, para encher as sacolas de lambaris, jundiás e cascudos.

         Ah, como era bom viver nas gêmeas bucólicas cortadas pelo serpenteio do Rio do Peixe, e que até 1963 eram uma cidade só!!! E, aos 16 anos, tomar um ônibus (a gasolina) para ir cobrar uma conta em  Joaçaba, a "Capital do Oeste Catarinense"... e não receber nada...  Vejam bem, 16 anos e conhecer a primeira cidade além de Capinzal. E, aos 17,  conhecer Piratuba, aos 18 Concórdia e voltar mais uma vez a  Joaçaba, para tomar um ônibus e ir a União da Vitória increver-se no vestibular ao curso de Letras. Campos Novos, fui conhecer aos 23 anos, já formado na Faculdade. E sem TV em casa! Que Universo Limitado, fechado. Em compensação, viajei pelo mundo todo, n' O Correio do Povo, Revistas Manchete, Cruzeiro e Seleções do Reader´s Digest, escritores  Machado de Assis, Jorge Amado, José de Alencar, Camilo Castelo Branco, Dalton Trevisan, Alceu eAmoroso Lima (o Tristão de Athaíde), Nelson Sicuro, Francisco Boni, Francisco Filipak, Abílio Heiss, Ivonish Furlani, (meu Patrono) Júlio Verne, William Shakespeare, Edgar Allan Poe, Jonathan Swift, Oscar Wilde, Lewis Carrol, Charles Dickens, e muitos, muitos outros incontáveis amigos de minha juventude, que entravam em minha casa a todo o dia, a toda a  hora, e não precisavem me pedir licença! E que Deus os tem em seu Reino. Obrigado, amigos, que me permitiram viajar pelo mundo.

Euclides Riquetti
31-03-2012   



 Ponte Pênsil Padre Mathias Michelizza - liga Ouro e Capinzal - SC e, abaixo, Ptraça Pio XII - Ouro - SC


Nasci para ser poema, ser canção




Nasci para ser poema, ser canção
Vivi para ser poesia
Para te levar alegria
Afagar teu coração...

E, nascendo poema, cresci em versos
Nascendo poema, versos espalhei
E, pelas estradas onde andei
Deixei-te poemas dispersos...

Nasci para ser livre, voar
Com as asas de minha imaginação
E, em algum momento a emoção
Me fez por tua causa chorar...

Nasci poema, poema morrerei
Nasci poema, poemas escrevi
E neles, disse tudo o que eu senti
E, para ti, todos eles dediquei!

Euclides Riquetti
04-09-2016









Gostar de poesias


          O gosto pela poesia depende muito da motivação e do clima que é proporcionado para que ocorra a criação. (Não esqueçamos que poesia não é apenas o poema. Poesia pode estar naquela roseira que plantei no último sábado, no sorriso e no abraço que ganhei da adorável Júlia, naquela senhora idosa que ainda conserva o ânimo e o entusiasmo,  apesar dos pesares...). Autores consagrados podem servir de exemplo para jovens seguidores, embora isso ofereça o risco de que pessoas com um determinado perfil de sensibilidade e de vida possam enveredar-se por caminhos desassociados aos que costumam trilhar.

          Na verdade, o autor passa ao leitor muito do que é seu, pessoal, interior, mesmo que seja objetivista, pois tem seu modo particular de sentir a realidade.

          A fantasia também é um vasto mar  a ser navegado. O compositor viaja pelo imaginário e externa suas impressões e sentimentos no papel,  resultando numa criação original, traduzindo o belo pela disposição harmoniosa das palavras.

          O animador do processo de composição precisa ser o grande motivador e indutor para que o outro sinta o desejo de produzir algo que, mesmo em sua simplicidade, represente sentimentos e encante o leitor ou o ouvinte. Deve haver cumplicidade entre o animador e o autor para que se gere confiança e se perca a inibição de expressar-se.

          A poesia, além disso, pode situar-se como o contraponto entre a tecnologia e a necessidade de se humanizar o mundo. O homem moderno não pode ser apenas movido por máquinas e eletrônicos. Não pode perder sua condição natural de ser romântico, humano, sentimental.

          A poesia romãntica, nestes tempos tão concretos e ásperos,  sempre terá grande espaço no meio literário e deverá se sobrepor-se a outros gêneros. Romântica, mas leve e livre, capaz de encantar e embalar os sonhos do ser humano e levá-lo a viver as belezas mais simples da vida.

         Inspiremo-nos no belo slogan da Pedreira Joaçaba: "Nós movemos as pedras para constuir os seus sonhos". Ah, quem me dera ter sido o autor desta maravilhosa frase. Parabéns ao autor.Parabéns à empresa que a adotou.

Euclides Riquetti