sábado, 31 de julho de 2021

Raios de Sol

 



Raios de sol propulsionam pensamentos
Que flutuam no firmamento
Que pairam na leveza do ar
A vagar,  divagar,  de vagar.

Raios de sol incitam anseios  remotos
Escondidos nas mentes e corpos
Que andam a esmo nas ruas
Com as almas frias,  nuas.

Raios de sol são a vitamina do poeta
São a adrenalina discreta
Que movem o ideal compositor
E que fazem de mim um mero escritor.

Escrevo, sim, porque no céu há azul e sol brilhante
Escrevo, sim, porque sou apenas um corpo errante
Mas tenho uma alma que me inspira e impulsiona
E um há um coração que me anima e amociona.

Escrevo, sim, porque raios de sol iluminam meu pensamento
Que divaga em si
Que vaga até ti
Até ti...
Por isso escrevo, sim!

Euclides Riquetti

Amigos verdadeiros... Você os tem...?

 



          Amigos, todos temos. Uns alguns, outros muitos. Houve quem quisesse ter "um milhão de amigos"... E você, leitor, leitora, quantos tem? E, se tem muitos, quantos são sus amigos verdadeiros, confiáveis?

          Não vou mencionar nomes. Eu seria injusto com aqueles que eu deixasse fora de minha lista. Fiz amigos em todos os lugares onde morei, nas escolas onde estuei, nos locais em que trabalhei. E, ainda, vou somar muitos outros em todas as circunstâncias de minha vida. Mas quero amigos reais, não circunstanciais. Os reais, são aqueles com os quais nos afinamos, com quem nos acostumamos, a quem nos adaptamos e que, quando ausentes, nos fazem falta.

          Mas temos os amigos ocasionais. Estes, surgem em nossa vida ficam um tempo e depois se vão. Não nos procuram, nós não os procuramos. Talvez a amizade tenha sido apenas fruto de interesse comum. Na verdade, apenas uma boa relação de entendimento, uma convivência harmônica, porém desprovida de conflitos de interesses.

          Meu pensamento e  minha alma são muito saudosistas. De vez em quando, me vejo a relembrar de meus amigos da infância. De alguns, restam-me os seus sorrisos, os seus olhos brilhantes, os seus gestos afáveis. De outros, ficam-me na memória passagens interessantes, engraçadas, aventuras vividas mutuamente, segredos compartilhados e guardados...

          Então, hoje, Dia do Amigo, quero que se sintam homenageados todos os meus amigas e amigas, os que, de uma ou outra maneira, um dia estenderam-me a mão, me deram palavras de incentivo, me respeitaram, e eu também pude fazer isso por eles, em reciprocidade justa e verdadeira. Um abração a todos os meus amigos verdadeiros, tão certo como o sol virá depois da chuva, o luar brilhará para os enamorados, o vento continuará balançando os galhos das árvores, as folhas cairão no sobre a relva no outono. Grande e fraterno abraço, amigos!

Euclides Riquetti

As dores dos espinhos

 



Tempos de incertezas, certamente
Dúvidas que afligem e atormentam
O amanhã que pode simplesmente
Apagar as chamas que alimentam...

Tempos de angústias e de medos
Futuro incerto, quase sem clareza
As vidas com seus enganos ledos
Toda alegria perdendo pra tristeza...

Tempos idos que talvez não voltem
Lembranças boas agora  já se vão
Se os  vulcões  as chamas cospem
Sofre muito mais meu coração!

As dores dos espinhos da roseira
Também dos que saem do limoeiro
Até o que brota da verde laranjeira
Machucam e me ferem por inteiro!

Perceba que no meu triste dilema
Da dor do espinho e da dor da alma
Resulta-me mais um triste poema
Nada mais me ajuda nem me acalma!

Euclides Riquetti

Um pouco de poeta...

 



 
De poeta e de louco
Eu também tenho, sim, um pouco!
Tenho um pouco de cantador
Tenho um pouco de compositor
Apenas um pouco...

Tenho um pouco de profeta
Tenho um pouco de poeta:
O profeta prediz
O poeta diz
O louco -  desdiz
Mas é feliz!

E eu, que sou poeta
Nos poemas que eu já fiz
Escrevi as palavras certas
Pra mim e pra ti.
Escrevi!...
 
Euclides Riquetti

O sorriso que brilha

 



O sorriso que brilha
É como ouro que reluz
É como o corpo que seduz
Mesmo que em alma maltrapilha.

O sorriso singular
É aquele que me atrai
É aquele que vem e que vai
Que me convida a viver e sonhar.

O sorriso mais puro
É aquele que me encanta
É aquele da voz que canta
Que brilha no claro e no escuro.

O teu sorriso aberto
Estampa em ti a sutileza
Em teu rosto de luz e beleza
Que inspira a compor-te os versos:

Versos românticos para quem partilha
O sorriso que tanto brilha!

Euclides Riquetti

Como um leão faminto

 



Muitas vezes eu me sinto
Tal qual pássaro sem voar
Ou como um leão faminto
Sedento por se alimentar.

Talvez como o cachorrinho
Que não recebeu teu afago
Ou como o medroso gatinho
Que espera pelo teu agrado.

Outras como o beija-flor
Que plana sobre o pomar
Que vai buscar em cada flor
O néctar pra se saciar.

Quero ser a águia poderosa
Que voa para te raptar
Com as garras portentosas
Que te leva pra te devorar.

Ou, simplesmente o ursinho
Que seguras para o ninar
Para te dar meu carinho
Que é meu jeito de te amar.

Te amar, adorar, te querer
Como um animal carente
Te desejar, beijar e te ter
Assim: perdidamente!

Euclides Riquetti

Meus medos e meus segredos

 




Tenho medo de meus muitos medos
Não de meus segredos...
Tenho lá minhas preocupações
Vivo, intensamente, todas as emoções
Pois pra viver nunca é cedo!

Há uma fragilidade emocional
Algo que até  parece banal...
Não sei se é por zelo desnecessário
Se é cuidado extraordinário
Mas só quero nosso bem, não o mal!

Conflitos, que fiquem longe de mim
Que toda a confusão tenha fim...
Prefiro o sol que doura ao céu cinza
E que nenhum raio me atinja
Que cresçam as flores no jardim!

Sou apenas um ser comum
No contexto complexo, apenas mais um
Que quer viver normalmente
Nem sei quão intensamente
Aqui, ali, e ou em lugar algum

Apenas isso...
Bem assim!

Euclides Riquetti

Nos dias depois das chuvas

 


Dissiparam-se as turbulências
Foram-se embora as águas  turvas
Perderam-se nas corredeiras e nas curvas
Foram banhar outras querências.

Rebrilhou meu sol e meu  céu revestiu-se de azul
A natureza nos devolveu os seus encantos
Recoloriu-se o mundo aqui no Sul
Enxugaram-se as lágrimas dos prantos.

A euforia e os ânimos se repuseram
Nos sorrisos dos rostos róseos, dentes brancos
Nas almas que já não se desesperam...

Nos dias depois das chuvas eu te busquei
E deliciei-me em admirar os  seus encantos
Nos dias depois das chuvas... eu te reencontrei!!

Euclides Riquetti

O grito da sua alma

 



O grito de sua alma ecoa, livremente, no universo
Vem para encontrar o meu, sua ressonância
Enquanto meu pensamento jaz, ali submerso
Sob os eufemismos da matéria em substância!

O grito de sua alma, quando encontra a voz rouca
Da noite, dos lençóis de algodão, de travesseiro
Funde-se nas delícias de uma sensualidade louca
Para buscar em meus braços o afeto verdadeiro.

O grito de sua alma que me seduz afetuosamente
Move as imensidões, sobrepõe-se às montanhas
Cala em mim o desejo, que vem silenciosamente...

Vem para se juntar aos pingos da chuva fria
Vem para atiçar nossas vontades mais estranhas
Vem para me trazer amor, pra me trazer alegria!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 30 de julho de 2021

O Sabonete e a "Orora" (Aconteceu em Porto União da Vitória...)

 








          O ano era 1972. Plena juventude, cidade nova, novos amigos, morada nova. A vontade de conhecer novos lugares, novos ambientes. Fiz grande amizade com o Sabonete, meu colega de República Esquadrão da Vida e de Letras na  Fafi. Ex-seminarista e muito bem empregado, costumávamos sair juntos nos finais de semana para "explorar a cidade". Fomos ao Aeroporto José Cleto e conseguimos tirar fotos ao lado de um avião. Fomos ver o "Cristo", no alto do Morro, em União da Vitória, que estendia seus braços e olhar sobre o Rio Iguaçu e as cidades gêmeas. Andávamos a pé, gastávamos nossos sapatos.

        Mas também gostávamos de ir a Bailes no Clube Apollo, do qual ficamos sócios. E, nos domingos, tarde dançante no 25 de Julho. Imperdível.  De vez em quando, uma saidinha para São Miguel, em Porto União. E, naquele tempo, só entrávamos lá de terno e gravata. Ainda bem que tínhamos nossos ternos fa formatura do então Segundo Grau. No final do domingo, o Cine Ópera. Tudo para compensar a semana de muito estudo na Faculdade e no Yázigy, onde fazíamos Inglês para desenvolver nossa fluência na conversação.

          Mas tínhamos tambérm nosso lado "sinistro" das coisas. Só que o sinistro da época era bem light, soft. Era um sinistrinho brando... No domingo, iamos ao Estádio Enéas Muniz de Queiroz ver o Iguaçu, torcer. " Chuta, Joaquim! Corre, Rotta! Corta, Chavala! Defende, Roque! Juiz ladrão!!! Muita gritaria, reclamação com o juiz. E, em muitos de nossos sábados, a ida para as gafieiras, levados pelos "mais antigos", que sabiam tudo disso, eram experientes no assunto e na ára.  Tinham lá o Primavera, que era um "meia-boca", o Farinha Seca, o Boneca do Iguaçu, ao lado da ponte férrea, e o Poeira. Estes três eram "boca inteira". 

          Éramos muito tímidos, mas nossos companheiros nos encorajavam e acabávamos indo para "dar uma espiadinha". Lembro bem de uma vez que nos levaram para o Boneca do Iguaçu. O Sabonete, que era muito "liso", tinha alta formação religiosa. O apelido, uma conformação fonética e semântica, contando seu sobrenome e sua inteligência. Como bom de "argumento", sabia Latim e Grego,   ia na frente e pedia para que deixassem "dar uma olhadinha", sem pagar entrada. Cheio de falas,  prometia que se gostássamos pagaríamos ingresso e ficaríamos, viraríamos fregueses. Ao contrário, iríamos para casa.

          Pois que em nossa primeira incursão, tão logo passamos por uma cortina de fumantes, adentramos ao salão e lá tinha de tudo. Cheiro de cerveja e conhaque. Cadeiras de várias cores e modelos, mesas de múltiplas cores e estampas. E genrosas senhoras,  de todos os padrões: altas, baixas, esquálidas, obesas, loiras, morenas, ruivas. E os homens: de todos os padrões: pobres, ricos, feios, bem feios, mais feios, carecas, mais carecas, obesos, bem obesos, solteiros (nós e mais alguns) e... casados! Mais casados do que solteiros! Todos tinham bons motivos para ali starem.

          Até aí tudo bem não fosse o susto do Sabonete: "Vamos sair já daqui! Não podemos ficar! Tá louco, cara!... O meu chefe tá aqui. O que ele vai pensar de mim? Vai pensar que eu sou um depravado. E estou no estágio probatório... - Argumentei que quem tinha que se preocupar era o chefe dele, "bem casado", que estava ali fazendo festa, amassando uma "bem fornida, teúda e manteúda". Mas não teve jeito, o Sabonete ficou apavorado, dando graças a Deus que o chefe não o viu. Ainda bem que entramos na "condi"!sem pagar o ingresso!

          Passado o susto, demos umas caminhadas pelas ruas centrais,  olhamos as vitrinas da Loja do Zípperer, da Loja Olga, dos Domit, das lojas do Magazine Jacobs, passamos pelo Bar do Bolívar no outro lado dos trilhos, vimos os cartazes dos filmes do Odeon, do Ópera e do Luz, este bem perto de casa. Ainda passamos pela  Willy Reich, bem pertinho de casa. Era época do "Sesquitecentenário da Independência" e estavam inaugurando a transmissão de TV em cores no Brasil, até transmitindo a "Mini Copa" de Futebol. Nos embasbacamos com a beleza das imagens coloridas no aparelho.

          Chegamos em casa e contamos para o Frarom sobre a decepção que o Sabonete teve ao encontrar seu chefe, um exemplo de chefe, um homem honrado, lá com sua teúda amarrada ao pescoço no "Boneca".
E ele veio  com essa: "Olha, cheguei agorinha. Fui dar uma olhadinha no "Poeira", mas nem entrei. Só dei uma esticada de pescoço pela porta.  Estava no intervalo, porque lá a dança já começa pelas oito horas. E o vocalista da bandinha estava dando um aviso: "Queremos dizer para a sociedade portuniense que aqui comparece  que temos em nossas mãos uma aliança de casamento que foi encontrada no chão de nosso tradicional salão, tendo se grudado na sola do sapato de borracha daquele amigo ali, ó..." E ninguém se manifestou, ninguém que estava lá queria mostrar seu verdadeiro estado civil, "casado". Com  o precioso objeto  na mão, pegou-o entre os dedos  e foi adiante: "Olha, aqui estão  gravadas  as iniciais da dona dessa preciosa jóia: Começa com " Ó", deve ser da... "Órora"! E lá não havia Ororas nem Auroras...

          Nem precisou ele continuar com a história. Ríamos mais do jeito com que ele nos contava das histórias do que com a graça que traziam.  E começava uma rodada de histórias e piadas que nos faziam esquecer das tristezas. Tudo muito divertido. Melhor que ter ido ao bailinho! Diversão com economia de dez cruzeiros. Dava para pagar a lavadeira na semana.

          E o respeito entre o Sabonete e o Chefe dele nunca foi abalado...

Euclides Riquetti
17-05-2013

Sonhos e sonhos




Sonhos e sonhos

Desejos, desejos

Sem ter medo

Apenas sonhar...


Sonhos e desejos

Sem medo de errar

Sem medo de amar

Apenas motivos para sonhar...


Sonhos, medos e desejos

Carícias na pele macia

Gostar, amar todos os dias

Viver momentos de extrema alegria...


Sonhos, afagos e carícias

O carinho da companheira

Na manhã que chega prazenteira

No rosto adorável da mulher faceira...


Apenas isso....

Tudo isso...

Muito mais que isso: você!


Euclides Riquetti

Pelas ruas sinuosas...para te buscar!



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Andas pelas ruas longas e sinuosas
Alentada pelo vento que te acaricia
Cantando canções muito prazerosas
Vais viver um sol em cada novo dia
Véspera de mais bênçãos recebidas
Presentes merecidos em toda a vida.

Prudente em cuidar da alma dourada
Sábio é teu coração na arte de amar
Reino de esmeraldas em tua estrada
Asas que te permitem sempre voar.
Calmamente, no horizonte azulado
Vais pelo céu no destino já traçado.

Segura e firme és nas tuas decisões
Amada por aqueles que te rodeiam
Determinada nas coisas do coração
Profunda nas ideias que te norteiam
Manto que protege quem te procura
Amadamente, exalas amor, doçura!

Euclides Riquetti

Ansiedade...

 



Quando estou ansioso
Tenho reações desmedidas
Impulsiono-me a ações
Que podem ser mal entendidas.

Quando estou ansioso
Busco algo incessantemente
Quero que tudo se resolva
Assim num repente.

Quando estou ansioso
Minhas ideias se confundem
Mas quando me acalmo
Elas de novo se fundem.

Quando estou ansioso
Você me acalma
Mas momentos depois
Incendeia minha alma!

Bem assim!

Euclides Riquetti

Quando nasce uma nova flor




Quando nasce uma nova flor
Meu  jardim se enche de alegria
E um divino mundo de cor
Nos cerca de encanto e magia.

Flores são dádivas abençoadas
Que amo com verdadeira paixão
Brancas, vermelhas ou rosadas
A acalentar meu coração.

Quando nasce uma nova flor
Mesmo que em canteiro acanhado
Não importa  onde for
Dê-se-lhe amor e cuidado.

Ah, flores, muitas flores
Nas praças e nas avenidas
Cravos e rosas multicores
Para alegrar nossa vida!

Euclides Riquetti

Desnude sua alma

 



Desnude sua alma, dispa-se de seus conflitos existenciais
Fale com o coração aquilo que seu pensamento lhe dita
Faça com as mãos graciosas  o que sua mente premedita
Como se cada momento que vive não lhe volte jamais.

Desnude sua alma, seu corpo,  e abra seu afável coração
Deixe que eu mergulhe neles com a força de meu ser
Mostre ao mundo as cores da vida vivida com paixão
E que nada pode apagar esse  imenso desejo de viver.

Ou, cubra-se com o manto que esconde todas as inquietudes
No anular-se da vida, na composição de seu grande cenário
No entregar-se aos infortúnios que dissipam as belas virtudes.

Ou,  entre numa redoma do vidro mais espesso e inviolável
No proteger-se contra todo o inimigo de seu imaginário
Mas nunca deixe de ser a senhora do ânimo inabalável.

Euclides Riquetti

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Escute o mar

 



Escute o mar

E seu murmúrio noturno

Na noite fria do inverno gelado...


Escute o mar

E seu silêncio quase surdo

Neste tempo incerto a atribulado...


Escute o mar

E olhe para as estrelas teimosas

Que cintilam em seu papel de brilhar...


Escute o mar

E veja a calma de suas águas belicosas

Na sinfonia de uma orquestra a bailar...


Escute o mar que não se amedronta

Mesmo quando o frio o afronta

Escute o mar que me inspira

Tanto quanto você o sente e o  respira!


Euclides Riquetti

29-07-2021



Meu coração andarilho

 


 




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Meu coração é maltrapilho
Mas meu coração é verdadeiro
Minha alma é serena
Minha alma é caprichosa
Minha alma é bondosa
Mas não é nada pequena.

Tenho um coração andarilho
Pois sou poeta estradeiro
Minha mente é secreta
Mas perpassa as fronteiras.
Minha mente é faceira
Minha conduta é discreta.

Meu coração é palpitante
Minha alma é prodigiosa
Tenho os braços de um gigante
Pra te abraçar, pra te agarrar
Lábios sedentos de te beijar
Mulher bonita e carinhosa!

Euclides Riquetti

O adeus de Egomar Sartori e Sueli T Matté da Rosa

 



       Os dias têm sido de muito frio aqui no Meio Oeste e Baixo Vale Catarinense. Nas noites o frio intenso, com temperaturas abaixo de zero em muitas cidades aqui próximas. Na Serra Catarinense e na Gaúcha, recordes de frio, com a ocorrência de geadas, sincelos e neves. A quinta-feira, 29, amanheceu fria, mas o sol veio logo cedo nas cidades. A noite esteve estrelada e o céu azulado esteve muito bonito. Em Tokio, no Japão, as olimpíadas 2020 acontecendo. Aqui, os níveis de transmissão da Covid 19 diminuindo. Mas, na meia-tarde, duas notícias tristes para os ourenses. Faleceram o Egomar Sartori, 81 anos, e a Sueli Terezinha Matté da Rosa, 67. 


       Conheci o Egomar quando ele ainda era jovem e eu criança. Jogava no Vasco da Gama, de Capinzal, e no Grêmio Esportivo Sãpo José. Era um "nove" específico. Forte e alto, tinha um chute portentoso. Desde cedo, trabalhou na Marcenaria e Carpintaria São José, da qual seu pai era sócio. Mais adiante, passou a trabalhar para a Orbram - Organizações Brambilla, que tem sede em Curitiba, que foi fundada por duas capinzalenses, Euclair e Eulésia Brambilla (Cardoso). Egomar, antes de sua aposentadoria, era o responsável pela segurança da agência de Capinzal. Na entrada do Banco, cumprimentava as pessoas que chegavam, dava orientação para como chegar ao atendimento. Atencioso, simpático e dedicado ao seu serviço, sempre foi muito admirado e respeitado por todos. 

       Nas duas últimas décadas, fez parte do grupo cultural e coral Píccola Itàlia del´Oro, que cultiva a tradição, os costumes e a cantoria italiana em Ouro. Uma vez, quando eu era adolescente, estive numa reunião do Grêmio Esportivo São José, num casarão localizado na esquina da Rua Governador Jorge Lacerda com a Praça Pio XII. Lá, ele falou que, nos domingos pela manhã, costumava nadar até aquela pedra no Rio do Peixe, que se localiza acima da Ponte Pênsil Padre Mathias Michelizza, deitava nela e tomava banho de sol. Aprendi, naquele dia, que além do banho na água, havia também um tal de banho de sol. E, por mais de 50 anos, sempre que passo pela ponte pênsil, olho para a pedra e me lembro dele. Continuarei a lembrar. Minha última conversa com ele foi em março do ano passado, quando eu parei na sua casa para convidar para o lançamento de meu segundo livro de crônicas.

       A Sueli, lembro-me dela quando vinha nas reuniões da APP da Escola Sílvio Santos, pois seus dois filhos lá estudavam. Mais adiante, ela parou de circular pela cidade, teve um sério problema de saúde e estava andando de cadeira de rodas. Convivi com seus familiares, conheci todos e, na última vez que estive em Ouro, conversei com seu irmão Alfeu, lá na frente do Cemitério da Vila São José. Não poderia imaginar que a irmã dele fosse embora já, aos 67 anos. Aos filhos, à Cleci, Celito e Alfeu, as mais sentidas condolências. 

       Aos familiares do Egomar, sua mãe Dona Noemia, irmãs e irmãos, à esposa Élis, aos filhos Beto e Guilherme, nosso carinho e sentimentos de apreço. 

Euclides Riquetti e Família- 29-07-2021

      


  

       

      

O Kifas e Mr. Safik

 


Replay: Derlico, o Kifas, esteve no lançamento de meu Livro de crônicas de 2019 em Capinzal, junto com o amigo Alvarito Baratieri. Dois grandes cidadãos!


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Ponte Pênsil Padre Mathias Michelizza - liga Ouro
e Capinzal

          Em abril de 2007, li um artigo no Jornal A Semana, assinado por um certo Mr. Safik, em que abordava situações saudosistas e acontecimentos de Capinzal e Ouro, fazia indagações sobre pessoas conhecidas dele. Descobri, com o amigo Belotto, que se tratava do Derlico, de quem eu muito ouvira falar em minha infância, e que seria amigo de diversos amigos meus, mas que eu era um pouco mais jovem que ele e eu fazia parte dos "da Rua da Cadeia", e não dos "Da Turma dos Bazzo". Nós, da Rua da Cadeia, éramos meu irmão Ironi, os Coquiara (Ivanir, Valdir e Altivir Souza), os Miqueloto (Irineu, Nito e Neri), os Masson (Rosito, Heitor, Zé Raul, Félix e Aquiles), os Dambrós (Luiz Alberto e José Anibal), os Oliveira (Nereu e Irineu, pioneiros do Navegantes)), os Lucietti (Anildo e Adelir Paulo, depois o Darci e o Nego), os Campioni (Ermindo e Vicente), e os primos "Richetti", Moacir e Cosme, o Bianco (Ivan  Casagrande). Depois veio o Alcedir Bernardi e o Ademir, e o Sidnei Surdi. Até o Gilmar Rinaldi (o Mêti), ex -goleiro que agora é empresário do Adriano Imperador, do Danilo, do Washington Coração Valente e mais outros craques, e jogou no  Inter, São Paulo Udinese e Flamengo, foi reserva do Taffarel no Tetra, fazia parte de nossa tribo, quando vinha para a casa da mana Matilde.  Toda essa tropinha "mandava" lá pelos lados da Cadeia, em Ouro.

         Da turminha dos Bazzo faziam  parte   o Vilmar Matté, o Ivoney Bazzo, o Ivan Maestri, o Nelito Colombo, o Alcedir (Sebinho) Dambrós, O Rubens e o Edson Bazzo, o Hélio Novelo, o Castanha (Clóvis Maliska) o Rogério Caldart e o Roberto, o Antoninho Sartori, o Areia, o Homero, o Rômulo e  o Egomar Sartori, o Ademar Miqueloto, possivelmente o Adilson Montanari  e muitos outros, como os dois Mários, o Pina e o Lebrão, Morosini e Fávero.

         Mas, ao ler o texto do "Mr. Safik",  fui buscar saber quem ele era e, sabendo ser o Derlico, compus uma resposta, em que assinei com o pseudônimo "Touareg", e que foi publicada n´A Semana,  no dia 25 de abril de 2007, um dia após ele completar 56 anos. Passados alguns dias, o Belotto ligou-me para saber se eu o  autorizava a informar para o Mr. Safik que o Touareg era eu. (Em algumas oportunidades de minha vida, escrevi textos com pseudônimos). Autorizado, Mr. Safik ligou-me e conversamos muito, por telefone, ficamos "amigos de telefone". Voltamos a  conversar mais duas vezes e os encontros esperados não deram certo.

          Mas, no início desta semana, o amigo Antoninho Sartori me comunicou que o Derlico estaria lançando o livro "Camponovenses", na sexta-feira, na Casa da Cultura, em Campos Novos. Ah, recusei convites para um belo jantar com o amigo Neca Deitos e os amigos, pois não poderia deixar de ir buscar o livro do Derlico.

          Fomos, eu e a Mirian. Lá, encontrei o Teco Ronsani, o Vilmar Matté e a Ilce, a Maíra Almeida e diversos outros conhecidos.

          Cumprimentamo-nos, efusivamente, eu e o Derlico, que tem nome Derly Pedro de Souza, e que lá eles o chamam de "Kifas". E assim foi saudado pelo Dr. Enéias Athanázio, que prefaciou o livro, e é  renomado escritor catarinense, bem como  pelo Ex-Senador Dirceu Carneiro, que representou as famílias enfocadas no livro.

         Foi uma noite cultural simples, mas de alto nível, sem os enfadonhos e demagógicos discursos de políticos, houve apresentações de violinistas jovens e adolescentes de Campos Novos, algo muito sublime e elegante.

          De início, fiz minha análise: Kifas é resultado da inversão das letras de Safik. Foi de seu apelido que ele tirou seu pseudônimo. Mas não tive tempo de perguntar-lhe o porquê do apelido Kifas. Mas, por outro lado, adquiri o livro e coloquei-me bem à frente da mesa de autógrafos, com o livro aberto e caneta pronta: Tive a honra de ser o primeiro a ter seu livro autografado no lançamento. Aliás, este é o segundo livro dele.

          Dando uma olhadela no exemplar, já me foi possível localizar muitos amigos e conhecidos, inclusive o Dr. Edson Ubaldo, eminente jurista, que tive a honra de ter como assessor jurídico nos meus dois últimos anos de mandato como Prefeito em Ouro. Ele, que também, como nós, é escritor.

    Agora é ler todo o livro para curtir uma viagem em nossa História, pois, Campos Novos foi município-mãe da maioria dos municípios das microrregiões da Ammoc e da Amplasc.



Euclides Riquetti
19-04-2012

Notícias fúteis...a chatice!

 Replay:





          Costumo ler em diversos portais, sites, blogs, jornais, revistas, até leio os escritos impressos nas sacolas dos supermercados. Leio de tudo um pouco: pela ordem de importância: Política, Economia, Esportes, Cultura, Variedades... às vezes até algumas Policiais. E já  vi de tudo, leitor, leitora, e acredito que o mesmo tenha acontecido com você.

          Algumas barbaridades me assustam, quer pela pouca importância do que é noticiado, quer pelas maldades que fazem com nosso vernáculo português. Dia desses, um dos portais mais lidos do Brasil trazia uma notícia de que, em Gaspar, aqui em Santa Catarina, os alunos de uma escola da rede estadual estavam reclamando (protestando?) porque não havia papel higiênico nos banheiros e precisavam levar de casa. Interessei-me pela notícia, pois sempre estou atento com o que acontece com as escolas, com os professores, a tão maltratada classe de profissionais. Que susto! Tinham escrito "utencílio" e "despezas" na reportagem. Perguntei-me: "Será que sou eu que me  estou emburrecendo?"  Conferi bem e era isso mesmo. Imaginei se um órgão de comunicação tão poderoso não teria lá um revisor ortográfico, mesmo que eletrônico...

          Nesta segunda-feira, quando as notícias da bagunça dos políticos em Brasília davam-nos novos  capítulos para acompanhar (garrei nojo!), havia lá no famoso portal uma notícia de que uma atriz mantinha guarda compartilhada de seu cachorro com o ex - marido. E havia um vídeo em que ela relatava os motivos disso. Estão separados, mas são bons amigos e, juntos, dão conta de dar  uma boa vida ao cachorro, não precisando interná-lo em hotéis quando têm que viajar... O cachorro se sente bem melhor ficando com uma pessoa conhecida! (garrei mais nojo ainda...)  Não pelo cachorro, não pela apresentadora. Mas não haveria coisa melhor para apresentar?! Está bem, futilidades devem dar audiência também! (Não vou dizer o nome da atriz e do ator para não promover quem já está bem promovido...)

         Já li sobre casos e pessoas que se separam e buscam discutir na Justiça a guarda do cachorro e do gato. Antigamente,  buscavam a Lei  para discutir a guarda de filhos, para repartir os bens nas separações conflituosas. Agora...

Euclides Riquetti
20-07-2015


Uma manhã de inverno - poema pra você!

 


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Uma manhã de inverno muito fria, gelada
Um sol chegando pra dourar o dia
Uma manhã com branco de geada
Um coração tomado de muita alegria...

Uma canção tocando com belos acordes
Um sonho antigo sendo realizado
Uma canção que embala enquanto dormes
Um cenário antes nunca imaginado...

Um caminhar com vento frio no rosto
Um poemar com rimas cadenciadas
Uma vontade de te ver de novo
Uma saudade sempre, aqui na estrada...

Eu quero apenas te encontrar sorrindo
O teu sorriso lindo
Os olhos com teu brilho..

Eu quero apenas te abraçar agora
Vê se não demora
Preciso ir embora...

Euclides Riquetti

A Neve de 1975 (União da Vitória, Palmas, Cascavel, Curitiba...)







Neve 1975  - Curitiba PR



 

         O dia 17 de julho de 1975 foi muito marcante para mim. Estava no último ano do curso de Letras/Inglês na FAFI, em União da Vitória-Paraná, morava num casarão histórico do centro de Porto União,  na Rua Prudente de Morais (daqueles mal assombrados, mas bem antigo, mesmo!!!), Cursava Inglês no Yázigy, na Avenida Manoel Ribas e gerenciava a filial da Mercedes-Benz, localizada na mesma.

          A noite fora muito fria e o ar estava úmido. Flocos de neve começaram a cair e cobrir o asfalto da Avenida. Os Chevettes, os Aero-willys, as Sincas Chambord, os Jipes, as Pick-ups, as Brasílias, os Dodge Dart,  Charger e Polara que a Grande Rio dos Scaramella vendiam,  os Galaxies, os Opalas, os Karmann Ghia, as Variants, os TLs, os Corcéis,  os Fuscas, as Veraneios, os Ônibus, os Caminhões, o Trem, e até o Mercedes azul do Jorge Mallon estavam cobertos de uma espessa camada de neve, parecendo todos da mesma cor.  Os telhados de todas aquelas casas de descendentes de ucranianos, poloneses, russos, jordanianos, sírios, libaneses, árabes,  portugueses, e até de italianos, ficaram, também, recobertos de branco. Da mesma cor alva restaram os cobertos das dragas dos Irmãos Hobi e da Extração de Areia Santa Terezinha, aportados nas margens do rio Iguaçu, que meu patrono, o poeta Ivonnish Furlani eternizou em "Eu Sou o Verso".

           Logo após o meio-dia , passei defronte às antigas Casas Buri, a maior loja da cidade, concorrente das Casas Pernambucanas. Havia uma dúzia de funcionários e nenhum, mas nenhum cliente, mesmo! E, todos, comissionados precisando vender para ganhar um dinheirinho.  Um amigo, o Nei Carlos Bohn, era um deles. O Japonês era o gerente. Geladeiras "Clímax 300 L" e de outras marcas se enfileiravam à espera de compradores. Havia as azuis, as amarelas, as vermelhas (as brancas estavam fora de moda...). Havia fogões a gás nas mesmas cores. Sofás estampados da linha floreal, do tempo em que os tecidos eram produzidos no Brasil e não na China, como hoje. Havia as TVs Philco, Philips, Colorado RQ e até algumas Sharp. As funcionárias vestiam blusas de  tricô em lã e meias três/quartos da mesma cor e do mesmo fio. Era a moda da época. Os homens, vestiam suas jaquetas por sobre as camisas sociais de azul-claro  e as gravatas discretas, algumas em crochê ou tricô. Os seus bigodes eram cuidadosamente emparelhados e os seus cabelos tinham um bom corte padrão, feito ali no Salão  dos Estudantes ( foi onde fui raspar a cabeça quando me passaram o trote fora de época pela passagem no vestibular).

          Entrei, todos olharam para mim. Fui ao encontro do Nei que, respeitosamente, como é de seu feitio, veio cumprimentar-me. (Hoje é meu cunhado e compadre...) Lasquei: "Quanto vocês me dão de desconto se eu comprar essa geladeira azul "Clímax 300 L " que vai combinar com o fogão Geral (azul) que comprei na Willy Reich?" A resposta veio rápida: "5%" e dá para segurar o cheque até o dia 5 de agosto! Repliquei: "Preciso de 15%, pois hoje vocês não vão vender nada mesmo, com esse frio e essa neve!"

          Ele olhou para o chefe Japonês e a resposta veio como um raio: "Pode dar 15% de desconto para ele!!!. Fiz um grande negócio e eles, com seu Lojão Buri, não ficaram sapateiros naquele dia...

          Tem outras histórias de negócios que fiz naquele dia na empresa onde trabalhava, mas isso é história para outra ocasião.

          A Neve de 1975 atingiu todos os municípios do Sudoeste do Paraná, principalmente Palmas, Guarapuava e Pato Branco. Chegou a Cascavel. Em Curitiba, falei com o amigo Ângelo Caron, por telefone, houve muita alegria nas ruas nevadas naquele dia. Depois soube que os três estados do Sul tiveram cidades que puderam deliciar-se com o espetáculo da neve.

          Atualmente, São Joaquim, Urubici e outras cidades catarinenses daquelas paragens, praticamente veem neve em todos os anos. E recebem muitos turistas, mesmo que com uma estrutura não muito favorável.

          Bem, se você for para Gramado, no RS, vai ver neve em dezembro, no desfile natalino, das luzes. Mas aquela é neve artificial, não vale tanto quanto a nossa.

          Euclides Riquetti
          19-07-2012

Dona de mim...e da noite prateada.

 



 
Dona da noite prateada
Enluarada
Dona da noite imaginada
Acalentada
Dona das noites e dos dias
Dona das noites e de minhas poesias
Dos dias encalorados e das noites frias
Dona de todas as noites
Minhas e tuas
Nuas...

Dona das manhãs claras
Das nuvens raras
E das lembranças caras...

Dona das notas das canções
Dos abandonados e dos encontrados
Dos sussurros amordaçados
Dos perdidos ... e de nossas perdições...

Dona...
Apenas dona|
Dona, assim
Dona de mim
Dona do meu livre verso
Dona do universo
Sem fim...
Dona de mim!

Euclides Riquetti

Uma cabana branca

 


Transporte-se a um cenário bucólico, silvestre

Árvores frondosas, imbuias, cedros, caneleiras
Palmeiras esvoaçantes, o lufar do ar campestre
Uma cabana branca em meio a muitas laranjeiras.

Imagine-se numa rede, na  varanda bem arejada
Mergulhada em lembrar de meus versos românticos
Olhos fechados, em mil pensamentos embalada
Enquanto me perco nos meus léxicos e semânticos.

Vislumbre um riacho de águas limpidamente claras
Pássaros que se orquestram em harmonia celestial
Flores de beleza infinita, das variedades mais raras.

Sonhe com os momentos mais íntimos e deleitosos
Abrace o meu abraço com seu jeito tão especial
Embale-se nas ondas de meus afagos carinhosos.

Euclides Riquetti

Confesso-te que sonhei..

 .

 


 

Confesso-te que sonhei
Confesso-te que me lembrei
De ti...

Mas, se no meu sonho tu estavas presente
E eu te queria, apaixonadamente
Não ficavas perto de mim...

E eu,  que senti saudades
Que te esperei por uma eternidade
Não consegui
Me aproximar de ti!

Confesso-te que chorei
Confesso-te que eu lamentei
Por não poder ficar contigo
Aqui...

Então eu me perguntei
Será que foi o que pensei?:
Te perdi para o inimigo
O trágico destino
Perdi?

Quem será que foi o bandido
Esse ser tão atrevido
Que te tirou de mim?

Confesso-te que sonhei
Confesso-te que lembrei
Mas te perdi...
Sim, eu te perdi!

Euclides Riquetti

quarta-feira, 28 de julho de 2021

No silêncio do amor e da paz

 



No silêncio do amor e da paz
A vida se refaz
Em passos gigantes caminha
A vida tua, a vida minha
A vida que me seduz e apraz!

No silêncio da noite, a paz do dia que passou
A alegria de momento que marcou
A oração rezada com devoção
Extremada meditação
Sobre quem eu, de fato, sou!

Na agitação de cada uma das nossas horas
A vontade de não ir embora
De ficar te amando
Ou apenas te cortejando
Como te teria cortejado outrora!

Na agitação do meu coração e da minha cabeça
O medo de que desanoiteça
Sem que tenha te amado o suficiente
Por causa do risco iminente
De que meu corpo desfaleça!

Mas, no silêncio ou no turbilhão ruidoso
Navego num rio caudaloso
Para buscar-te em algum lugar
Seja por aqui, seja no mar
Eu, com meu instinto desejoso!

No silêncio do amor
No silêncio da paz!

Euclides Riquetti

Sincelos, neves, geadas...

 



Veio o frio, sincelos, neves e geadas

É a realidade do clima aqui no Sul

A manhã cinzenta, a tarde ensolarada

Com um céu límpido de tarde azul. 


Alegria de quem gosta, diversão

Fazer bonecos na neve ou desenhar

No gelo da geada, ou no branco chão

A vinda do frio a comemorar!


O mesmo que alegra pode ser da morte

Há pessoas e animais desprotegidas

Seres sofridos largados à sua sorte

Pessoas que lutam defendendo a vida.  


Sincelos, neve ou uma negra geada

Aquela que queima os pés desnudos

Proteja-nos Deus na noite gelada

E que o amanhã seja melhor em tudo!


Euclides Riquetti

28-07-2021






O vento que assobia






O vento assobia ali fora

E sacode a janela vidraça

Como já fez antes, outrora

Enquanto o tempo passa!


O brilho do sol intimidado

Agride o hall discretamente 

E clareia o muro calfinado

Simples e simplesmente.


Eu lembro de cada segundo

Como se tudo se reprisasse

Volta-me seu olhar profundo

Como se perdão suplicasse.


É um entardecer hiemal 

Precedente de noite gelada

Amanhã a paisagem real

Nos traz a alvura da geada.

Euclides Riquetti

28-07-2021










Degustar teu sorriso de mulher bonita!

 


Resultado de imagem para fotos de paisagem com mulher e flores




Bom dia, beijos, com todo o carinho!
Um bom dia de sol e de céu azulado
Um calorzinho de verão disfarçado
Num inverno com charme, quentinho!

Um inverno gostoso, bem diferente
Sol nos aquecendo, momentos felizes
Plantas seivando-se pelas suas raízes
E minh'alma vibrante, alegre, contente!

Esperando a primavera florida e bendita
Colorida como não poderia deixar de ser!
E toda  a vontade de te sentir e te querer
Degustar teu sorriso de mulher bonita!

Euclides Riquetti

Sou Vasqueiro Sulino

 





Associação Esportiva Vasco da Gama - Capinzal - SC
Excursionou ao Paraguai para jogar em torneio quadrangular
em 1965

Sou vasqueiro, sou sulino
Vivo nas plagas aqui do Sul
Vivo meu amor cruzmaltino
Aqui onde o céu é mais azul.

Sou vascaíno desde pequeno
Torcedor bem apaixonado
As caras feias eu não temo
Sou Vasco de quatro costados.

O  Vasco é minha paixão
E isso já vem de muito tempo
É brotado em meu coração
Soprando forte como o vento!

O Vasco sempre triunfante
Sempre me alegra e me anima
Meu Vasco é mesmo gigante
É meu Gigante da Colina!

Sou um torcedor bem poeta
Que o preto e o branco exalta
Minha paixão é rica e aberta
Por essa linda Cruz de Malta.

Por isso,  amigo vascaíno
Solte seu grito na vitória
Deus traça o nosso destino
O caminho para a Glória!

Euclides Riquetti

Torcedores vascaínos bem conhecidos

 





  • Fátima Bernardes, apresentadora
  • Paulo Coelho, escritor
  • Antônio Pitanga, ator
  • Eri Johnson, ator
  • Marcos Palmeira, ator
  • Juliana Paes, atriz
  • Bruno Mazzeo, humorista
  • Fernanda Abreu, cantora
  • Renato Aragão, humorista
  • Nelson Piquet, ex-piloto de Fórmula 1
  • Rodrigo Santoro, ator
  • Paulinho da Viola, músico
  • Rodrigo Hilbert, ator
  • Martinho da Vila, cantor
. ECLIDES RIQUETTI - QUASE CONHECIDO!

Euclides Riquetti

Voavam os condores andinos

 







Voavam os condores andinos
Suavemente, voavam
E eles, espertos, ladinos
Me encantavam...
Enquanto meus pensamentos
Juntavam-se aos ventos
E a procuravam!

E você, do outro lado da montanha
Me esperava
Como ainda me espera:
No outono, na primavera
No inverno, no verão
Com seu doce coração
Com saudade tamanha
Me espera!

Quisera eu ser seu objetivo
Ser sua meta
A ansiedade de sua busca
Concreta
Quisera eu ser  o sujeito ativo
A preenchê-la, por definitivo
E, de maneira muito discreta
Da mesma forma simples como eu vivo
Ser apenas o seu guia... o seu poeta!

Euclides Riquetti