sábado, 7 de maio de 2022

Sentir saudades

 




Sentir saudades  por ter perdido alguém
Isso  gera em mim um  sentimento profundo
Eu fico como se desabasse o mundo
Como se meu corpo ficasse desnudo
E isso não me faz bem...
.
Sentir saudades  mexe com meu coração
Dá-lhe asas para que possa voar
Para que possa tentar reencontrar
Onde quer que seja, em qualquer lugar
Tudo o  que eu perdi por minha omissão.

Mas há o lado bom em sentir saudades
E isso vem como um sinal de alerta
É quando então algo em mim desperta
Para curar as feridas abertas
É  quando supero minhas fragilidades.

Sentir saudades nas noites enluaradas
Como se a andar numa praia deserta
Buscar alento às feridas abertas
Buscar no tempo as respostas certas
Buscar em ti as respostas esperadas

Euclides Riquetti

Memórias condenadas em minha cidade: Governar Resgatando as Origens - reedição

 

!

 



Prefeitura Municipal de Ouro - ao lado, o prédio que deveria abrigar um museu. 

       A maioria dos meus leitores que tenho um carinho muito especial por Ouro, Capinzal e Zortéa, pois foi as cidades em que atuei na educação e na política depois de ter morado, estudado e trabalhado em Porto União da Vitória. Em Ouro, especificamente, atuei a maior parte de meu tempo na vida profissional e cultural. Acompanho a história do município, tenho-a registrada e minha intenção é de, num futuro breve, transformá-la em mais um livro.

       Ouro foi desmembrado de Capinzal, sendo instalado em 07 de abril de 1963. Um dos grandes signatários da luta pela emancipação de Ouro foi Ivo Luiz Bazzo, de saudosa memória, que se fez apoiar por muitos idealistas, dentre eles André, Adauto e Celita Colombo,  Pedro Casemiro Zaleski, Antônio e José Maliska Sobrinho, Amélio Dal Sasso, Nadir Zanini, Elibrando Dambrós, Alcides e Cláudio Dambrós, Raimundo Stopassola, Ricieri Parizotto, Olivo Póggere, Eugênio Grulke, Vidal de Matos, Antenor Rodrigues, Aldecir Campioni, Augusto Masson, Domingos Guerra, Carlos Tessaro, Ênio Gregório e Ernâni Bonissoni,   Arlindo Baretta, Marcos Fortunato Penso, Mário Orestes Brusa, Oziris d Agostini, Benoni Viel, Deoni Maestri, Ilto e Ivo Ludovico Maestri, Olávio Dambrós, Antônio Biarzi, Carleto Baretta, Agenor Jacob Dalla Costa, Ivo Brol, Saul Parisotto, Sérgio Riquetti, Aquilino e Darci  Baretta, Serafin Baretta, (Odilon) Gomercindo e Mário Caldart, Olímpio Viecelli, Abel e Giavarino (Bijuja) Andrioni, Walmemar Matté, Vitalino Spada, Biaggio Spada, Celestino Viganó, Nereu de Oliverira, Felice Casagrande, Fiorindo Bernardi, Santo e Carlos Segalin, Valdomiro Morosini, Ludovino Baretta, Waldemar Sartori e irmãos, Vítor, Plínio Clemenceaur, Hugo e Nelson Bazzo,  Fioravante Colombo, Waldemar, Raul e Érico Dambrós, Guerino e Vitório Riquetti, Rozimbo e Itacir Baretta, Severino Baretta, Adelar e Miro Baretta, Domingos Antônio Boff, Adelar Baretta, Dirceu Cadore, Silvano e Ciro Dambrós João e Zacarias Tessaro, Luiz e Ângelo Savenhago, Atílio e João Matté, Amadeu Boz, Arlindo Baretta, Osvaldo Lemes, João Edelberto Fontes, Luiz e Benjamim Miqueloto, Vitório Baretta, Reinaldo Masson, Werner da Silva, Afonso Tomé,  e muitos outros. 

       A luta para a separação foi muito intensa e os primeiros anos de administração foram muito difíceis, tendo-se iniciado com o Prefeito Doutor Nelson de Souza Infeld, depois com a eleição de Luiz Gonzaga Bonissoni, na sequência Ivo Luiz Bazzo e outros.

       Na separação de Ouro e Capinzal, a sede do município, Capinzal, ficava localizada no Distrito de Ouro, instalada num prédio que foi adquirido da família Sartori, através da intermediação de Marcos Fortunato Penso. A esse prédio denominam "Prefeitura Velha", e está localizado ao lado do atual Paço Municipal. Após a construção do prédio atual, ali foram instalados a Agência dos Correios, a antiga Acaresc (Epagri)  e a Cafasc (Cidasc). Também a Coordenadoria Local de Educação. Funcionaram por alguns anos, até que, no segundo mandato de Domingos Antônio Boff, com verba específica do Ministério da Cultura, reformou o prédio para a instalação do Museu Professor Guerino Riquetti. 

       Guerino Riquetti, com apoio dos professores, estudantes, comunidade  e autoridades da cidade, trabalhou para a instalação do museu, que funcionava sob a biblioteca municipal, uma casa adquirida pela prefeitura junto a Moisés Baretta. Na segunda administração de Ivo Luiz Bazzo, a casa da biblioteca, de madeiras, foi substituída pelo atual prédio, de alvenaria, em construção projetada pela AMMOC e executada pela Constutora Lunelli. As peças do Museu, por ocasião da Enchente de 1983, foram levadas para lugar seguro, porém boa parte do material foi perdido. 

       No correr dos anos, o prédio restaurado, conhecido como "prefeitura velha", passou a ser ocupado, indevidamente, (seria ocupado provisoriamente), pela Câmara de Vereadores, Epagri, Cidasc, Correios, Secretarias Diversas, e assim por diante. Mas a função de museu jamais foi cumprida.

        Na administração de Sérgio Durigon/José Camilo Pastore, a solução encontrada  para abrigar o museu foi o casarão da Família Matté, localizado atrás da atual Câmara de Vereadores, arrendado pelo Município. Ali, a professora Lainir Durigon reorganizou o museu e o local foi transformado na Casa da Cultura. O porão passou a ser local para apresentações culturais e gastronomia típica. O piso das calçadas e do porão, eu ganhei da proprietária da Mineração Trevo, de Trombudo Central. Fomos buscar com  os caminhões da Prefeitura e funcionários, com apenas o custo corrente desses. Na Casa da Cultura, recebemos, inclusive, o Cônsul da Itália, uma vez, que foi saudado pelo Píccola Itália Del Oro. 

       Adiante, sendo solicitada a devolução do imóvel pelo proprietário, o museu foi anexado à Biblioteca Municipal Prefeito Ivo Luiz Bazzo.  Numa reforma, as peças foram guardadas sob a arquibancada do Ginásio de Esportes do Parque Jardim Ouro. Depois, perdeu-se o paradeiro das mesmas. Uma máquina de projetar filmes em película, altamente profissional, que foi doada pelo Senhor Saul Parisotto, me informaram que está guardada na garagem municipal. É um bem de alto valor histórico, pois era utilizada no Cine Glória, depois Cine Odete. 


Biblioteca Pública Municipal Prefeito Ivo Luiz Bazzo 

       Agora, no presente momento, tenho recebido ligações de pessoas daquela cidade, que me informam e pedem opinião e orientação sobre como proceder diante de situações com as quais não concordam. Relatam-me que têm conhecimento de que a atual administração pretende: a) Transferir a biblioteca para o local onde funciona o CEATUR - Centro de Atendimento ao Turista,  na Praça Pio XII, conhecido como a "Casinha de Vidro", e vendem artesanato de produção local. b) Transferir a biblioteca para um imóvel alugado, instalando no seu lugar atividades do  Serviço Social. A retirada de um rodão de madeira localizado na Praça Pio XII, símbolo da nossa colonização italiana também desagradou muitos habitantes. 

       Há algumas considerações ( e preocupações ) que precisam ser levadas em conta: 1 - Os imóveis passarão a ser utilizados com finalidade diferente para a qual foram projetados. E as verbas obtidas junto ao Governo Estadual eram específicas para isso. A ação caracterizará, se assim for, desvio de finalidade, ou qualquer outro assemelhado jurídico. 2. A cidade continuará sem o seu museu. 3. A sala da biblioteca, que foi utilizada, depois de sua reforma, na administração de José Camilo Pastore e Nadir Nardi, também para eventos culturais, será apenas mais uma "memória perdida". Lembro-me de eventos como nossas Noite do Canto, Arte e Poesia, do qual participaram figuras exponenciais de nossa cultura e arte, com visitantes do quilate de Davi Froza, Jaime Teles, Denize Cecatto Bee e do argentino Roberto Garajo. De lançamentos de eventos prévios da Notte del Formaggio e del Vino (Grupo  Píccola Italia del Oro), corais e muitos outros. No mandato de Durigon e Pastore, um de seus slogans era "Governar Resgatando as Origens". Pois que elas possam ser resgatadas agora, sob pena de perdermos e maltyratarmos nossa História. 

       A cidade já perdeu muito e muito continuará perdendo se tais ações forem confirmadas. 

       Os jovens administradores de Ouro, Claudir Duarte e Renê Módena, que foram meus alunos, têm nas mãos e na caneta a condição de rever os projetos que serão contestados, inclusive colocando todas as abóbaras em seus devidos lugares. Culturalmente, moralmente e legalmente. 

Professor Euclides Riquetti - Escrritor -Ex-Prefeito Municipal em Ouro. 

14-05-2021

      


Feliz Dia das Mães - não importa onde estejam!

 



 

   
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       Felicidades em seu Dia, a você que é mãe, que teve seus filhos, que cuidou deles, que rezou por eles, e que ainda se preocupa com eles! À minha mãe, Dorvalina, em especial, que nos deixou há 18 anos, por ter feito o melhor que pode por mim e pelos meus irmãos. Por nos ter ensinado o caminho que julgava ser o melhor para que seguíssemos. Que esteja bem, no Plano de Deus, onde quer que este esteja e como quer que ele seja.

       À mãe de meus filhos, Miriam,  que me permitiu ter os filhos amáveis, bonitos, inteligentes e dignos: Michele, Caroline e Fabrício. E que os educou para que vivam com respeito e muito dignidade, vencendo na vida pelo trabalho.

       À minha querida sogra, que lutou muito para que os filhos tivessem bom encaminhamento. Que os criou para a vida do bem. À nora Luana, que nos deu o Ângelo, nosso neto que está com 4 meses e já nos sorri com alegria. E ainda cuida bem do Fabrício.  À Caroline por nos  ter dado a adorável Júlia, uma garotinha linda e inteligente, que nos abraça em todos os dias. À Michele, que é a segunda mãe da Júlia.

       À minha madrinha, Raquel Frank, que me criou lá no Leãozinho,  com quem fui morar com um ano de idade, e devolveu-me para minha mãe quando fiz 8 anos. E a todas as mães de nosso círculo familiar, bem como a todas as que foram nossas vizinhas e nos apoiaram nos momentos em que nossos filhos  conviviam com os filhos delas, em especial a Dona Ézide Miqueloto, que lá em Ouro, cuidava para que todas as crianças da vizinhança fossem protegidas dos perigos.

       Parabéns a todas as mães, principalmente àquelas que, muitas vezes, renunciaram ao seu conforto e bem-estar para dar o melhor e permanecer o mais próximo dos seus filhos.

Grande e carinhoso abraço em todas!

Euclides Riquetti

No salto do teu verniz

 



Passas por mim com toda a elegância

Cenário jovial e doce encantamento

Perfume que espalha sua fragrância

Atração fatal e meu deslumbramento.


Levas em ti todo o charme e a beleza

E os predicados da mulher idealizada

Do alto dos ares de soberana realeza.

No salto do teu verniz, vai equilibrada. 


Fulminas-me com todo teu olhar crítico 

Miras-me de cima a baixo, altivamente

Condenas o sonhar, o meu sonho idílico.


Então só posso limitar-me na irrelevância

E a curvar-me diante de ti humildemente

Ou rebelar-me por minha insignificância!


Euclides Riquetti

07-05-2022







Sedução

 



  

 

Você me seduz
Com o seu jeito imponente e importante  de ser
Você me reduz
A um ninguém maltratado, largado outra vez.

Você é assim
A mais bela mulher que eu já vi  por aí
Você é pra mim
A mais formidável senhora que já conheci.

Procuro compor
Um poema com lindas palavras e rimas para lhe agradar
E sinto uma dor
Quando percebo que busco e não tenho o que encontrar.

Procuro pensar
Que você já sentiu quanto amo seus olhos castanhos
E me conformar
Pois não há como ser de você, que me vê como estranho.

Você  me seduz
E maltrata o meu coração perdido e incontido em desejo
Você me reduz
A um frangalho, um  rejeito sem coragem de olhar-se no espelho.

Você é assim
Eu não sei se é maldade, se é medo, ou pura vaidade
Você é pra mim
A deusa distante que finge e me esnoba assim sem piedade.

Procuro compor
As canções mais sensíveis com com letra romântica e melhor  melodia
E sinto uma dor
Que faz com que eu sofra por não receber nem um simples "bom dia"!

Um bom dia
Um aceno
Um olhar...

Apenas um olhar
Disfarçado que seja.
Como a noite sem luz
Você me seduz!


Euclides Riquetti

As verdes folhas dos plátanos...

 



Quando as verdes  folhas dos plátanos voltaram
Vieram  com elas minhas recordações
Dos outonos em que se soltaram
E me avivaram as emoções.

Caídas nas noites de melancolia
Para cobrir as pedras e os gramados
Abrem-me um vazio de nostalgia
Das manhãs dos céus azulados.

E, entre as lembranças que não fenecem
Volvo-me em tênues pensamentos
E perco-me nos sonhos que me enternecem.

E buscarei, no entanto, um novo abrigo
Para me  acalmar em  meus desalentos
No abraço carinhoso  que dividirei contigo.


Euclides Riquetti

O anjo azul


 



 


 
O anjo azul sobrevoou as flores na tarde cinzenta
Estendeu suas asas e planou divino sobre meu jardim
Abençoou primeiro as rosas champanhe e as magentas
Depois o cravo bordô, o lírio amarelo e o vaidoso jasmim.

O anjo azul entoou um cântico santamente sagrado
Secundado por clarinetes com seus acordes triunfantes
Alegrou-nos com seus versos docemente cadenciados
Encantou-nos com a harmonia das notas ressonantes.

O anjo azul azulou com sua túnica discreta a manhã nova
O anjo azul enfeitou com seus cabelos dourados a manhã ditosa
O anjo azul te protegeu com suas armas em todas as horas...

E eu esperei por ele enquanto olhava pela minha janela
E eu rezei por ele e pedi por ele na oração venturosa
Enquanto o dia passava e eu ficava a esperar por ela...

Euclides Riquetti

Dance comigo!

 


 


Dance comigo, me abrace, me conduza
Dance a música tocada pelo nosso coração
A que vem orquestrada pelo pensamento
Que nos faz flutuar nas ondas do firmamento
E que me faz chorar em cada refrão!

Dance comigo, me abrace, me seduza
Viaje comigo, embale-se no mundo da paixão
Quero ter esse delicioso privilégio
Quero cometer esse pecado, o sortilégio
Entregar-me com o frenesi da perdição!

Jogue-se na pista dos sonhos, vem dançar
Perca-se, entregue-se a mim por inteiro
Porque estoy estonteamente  enamorado,
Porque amar é o verbo mais sagrado
Faz brilhar a luz dos sonhos, do ser amado.

Euclides Riquetti

Sábado de sol

 


 



Sábado de sol e de cor
Dia de alegria desmedida
De andar livre na vida
Nada de tristeza, nem dor.

Sábado com muita euforia
Dia das doces sensações
De dar asas às emoções
Nada de melancolia.

Sábado dos corpos sarados
Dos corações atirando setas
Dos corações sendo flechados.

Dia de comemoração
Nas almas de todos os poetas
Que escrevem com amor e paixão!

Euclides Riquetti

Ansiedade

 



Quando estou ansioso
Tenho reações desmedidas
Impulsiono-me a ações
Que podem ser mal entendidas.

Quando estou ansioso
Busco algo incessantemente
Quero que tudo se resolva
Assim num repente.

Quando estou ansioso
Minhas ideias se confundem
Mas quando me acalmo
Elas de novo se fundem.

Quando estou ansioso
Você me acalma
Mas momentos depois
Incendeia minha alma!

Bem assim!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 6 de maio de 2022

O tempo resolve?

 



O tempo resolve, mas também judia

Tira o sono na noite, nos preocupa

Porque na vida, há pecados ou culpas

Pequenas coisas que nos angustiam. 


Tudo depende da maneira como vemos

Como encaramos cada situação

Os problemas solúveis e os do coração

Coisas da vida, incômodos que temos.


Quando isso acontece, o tempo não passa

Mas se passar, vamos ficando mais velhos

Então nos agarramos em todos os credos

Esperamos por vitórias, que o certo se faça...


Pois que o tempo resolva da melhor forma

E que aos problemas encontrem solução

A realidade é uma coisa, outra é a ilusão

Uma coisa é a água fria, outra é a água morna!


Euclides Riquetti

07-05-2022








Pelos caminhos do sol

 


 




          Ande,  sutilmente pelos caminhos do sol,  e vá encontrar o que você procura. Estenda, gentilmente,  suas mãos a quem você ama e entregue-lhe, incondicionalmente, o seu coração, com sua alma desprovida  de incertezas,  e seus olhos de inefável beleza. Vai, siga em frente, sem preocupar-se com pedras que possam estar em seu caminho, com plantas que em vez de flores lhe oferecem somente os espinhos.

 
          Abra seu sorriso franco que a torna feliz, retribua, com alegria, a cada manifestação carinhosa, e dispense a todos sua atitude generosa. Seja compreensiva com os que duvidam de você, mostre-lhes que você é sincera e verdadeira, porte-se com altivez e galhardia, mas não se esqueça de exercitar, em cada momento, a sua humildade. Você é mais você, em todas as circunstâncias.

          Permita, em cada dia, um renascer dentro de você, enseje expectativas em cada um que espera que lhe proporcione algo, esperanças que possam se renovar, possibilidades que se possam reabrir, caminhos que possam, novamente, ser percorridos. Situe-se ao lado do bem, não se importando se os outros pensam diferentemente de você. O que importa, sim, é a paz que restará em seu interior e que você fará resultar nos outros. 

          Dirija seu pensamento para o Altíssimo, faça-lhe orações despretensiosas, mas carregadas de boas intenções. Queira a felicidade para todos, independente de a terem ou não perdoado em seus pecados ou a aplaudido em suas vitórias, pois a vida nem sempre é dada a derrotas, e nem sempre a conquistar a glória.

          Ande, sutilmente, pelos caminhos do sol. E, depois que tiver feito tudo isso, sem que lhe fosse de obrigação ou compromisso, colha as flores que nasceram perto de você, nos caminhos que você trilhou, nos jardins onde as plantou. E verá, certamente, que tudo lhe valeu a pena!

Euclides Celito Riquetti

Reversos

 




Reverto meus versos em reversos
Reverto emoções em mais emoções
Acalento ilusões e paixões
Paixões e ilusões
Em meus revertidos versos!

Meus versos traduzem saudosismo
Não há neles vitórias
E muito menos (in) glórias
Somente há palavras simplórias
Não há neles heróis, nem heroísmo!

Meus versos são livres, como livre é a chuva
Como é livre a água que corre
E vai quebrando as curvas.
Como é livre o sol que os montes cobre
Como é livre a noite que vem... quando o sol morre!

Euclides Riquetti

No teu sorriso cativante




 No teu sorriso cativante


Pensei em ti, no teu sorriso cativante

No teu jeito sutil,  nos teus modos delicados

Na leveza de teus gestos e  encantos

No teu olhar com brilho excitante

Nos teus pensamentos santos

Nos teus lábios vermelho-rosados.


Pensei em ti, na tua voz doce e suave

No movimento de teu corpo terno e elegante

No perfume que exalas  pelo caminho

No desejo ardente que te  invade

No teu semblante a denotar  carinho

Na tua beleza simples e contagiante.


Pensei em ti, com  a força de meu sentimento

E me entreguei,  com todo o amor e paixão

Mandei-te  meus versos, estrofes e  poemas

E, no afã de recuperar o nosso  tempo

Dei-me a esquecer as decepções e os meus dilemas

Para te oferecer minha alma e meu coração.


Euclides Riquetti

Ex-Prefeitos Homenageados em Ouro - Nelson de Souza Infeld



 Doutor Nelson de Souza Infeld, ladeado por Renê Módena e Claudir Dire Duarte, Vice e Prefeito, respectivamente, do Município de Ouro - SC - Créditos - Rádio Capinzal - Jornal A Semana


       Nelson de Souza Infeld foi o primeiro prefeito do município de Ouro, nomeado pelo Governador do Estado. O convite lhe foi feito pelo prefeito de Capinzal, Sílvio santos, que via nele a pessoa ideal para organizar um novo município, o qual se desmembrava de Capinzal. Seu mandato iniciou-se em 07 de abril de 1963, quando da instalação do Município, findando em 27 de outubro do mesmo ano. Infeld era um jovem advogado e foi muito importante para as primeiras ações da administração. Houve a necessidade de se organizar um sistema contábil e financeiro para que os registros e a movimentação financeira pudesse ser realizada.

        Foi composta uma equipe bastante enxuta para a organização burocrática e outra para os serviços de manutenção e conservação das vias urbanas e rurais, bem como as artes correntes. As pontes eram construídas de madeira, e os bueiros com pedras sobrepostas.  Na cidade havia os chamados portões ou cancelas, que eram fechados nos dias chuvosos, apenas com liberação para veículos que estivessem atendendo situações de emergência, como o transporte de pessoas para serem atendidas nos hospitais de Capinzal. Um era localizado na saída para Joaçaba, ali próximo da Cadeia Pública, defronte a residência de Rozimbo Baretta, que detinha as chaves do mesmo. Um segundo portão era localizado nos altos da Rua Presidente Kennedy, que  era controlado por Valdemar Dambrós, popularmente chamado de “Baitaca”. O terceiro, era localizado nas proximidades da residência de Waldemar Dambrós, este cognominado de “Corote”, uns 100 metros ao sul da atual Unidade sanitária Central. Os jipes Willys eram tracionados apenas nas rodas traseiras e eram colocadas correntes nos pneus para a rodagem em dias chuvosos. O mesmo acontecia com os caminhões e pick-ups que traziam porcos para o abate no Frigorífico Ouro, localizado em Capinzal.

        As bases organizacionais implementadas por Nelson de Souza Infeld foram fundamentais para que o município criasse as próprias leis que eram submetidas para apreciação e aprovação dos vereadores que compunham a Câmara Municipal. A formação como advogado foi relevante sob todos os aspectos de sua administração.

       Doutor Nelson de Souza Infeld foi um dos ex-prefeitos homenageados quando da passagem dos 59 anos de emancipação pólítico-administrativa de Ouro, SC, no dia 29-04-2022, no Centro de Eventos São João Batista - no Parque e Jardim Ouro. 

Euclides Riquetti

06-05-2022

Poder sonhar

 




Poder sonhar ( a liberdade...)

A liberdade é como o vento:
Sopra, ora para esta, ora para outra direção...
Liberdade é o fogo que queima a lenha, vira brasa e aquece a água e as almas.
É como o pássaro que voa no ar
A água que corre pelo vale
O canto da gaivota que plana, sem cansar
Sobre o mar.

Liberdade é um dia de sol:
É quando as nuvens  se escondem atrás do azul infinito
Ou a noite matizada por estrelas.
E, quando perco o rumo de meus olhos para vê-las
Se perdem na imensidão.

Liberdade é como o grito da vitória
O Soco no ar
O abraço comovido.
É o olhar sobre o vasto campo florido
Colorido!

Liberdade é poder não ter que  levantar-se cedo
É poder deslizar os pés descalços
No verde gramado
É poder sentar no banco da praça e dizer: Este lugar é meu, aqui é o meu lugar!

Liberdade é andar com a pessoa que se ama
Sem ter hora pra chegar
Em nenhum lugar.
E apenas poder...
Continuar a sonhar!

Euclides Riquetti

Voltou...

 



Depois de ter fugido, voltou

Voltou o sol que havida sumido

E, de novo, brilhou!


O céu azul está reaparecido

E as nuvens brancas nele se penduram 

E ali perduram

Para que você as contemple...


E a música me embala

Enquanto o sol penetra altivo

Em minha sala.


E eu me transverso

Na busca de seu rosto desenhado

Pelo poeta repintado

Em palavras sutis, em ternos versos!


Euclides Riquetti

06-05-2022







As dores dos espinhos

 


 



Tempos de incertezas, certamente
Dúvidas que afligem e atormentam
O amanhã que pode simplesmente
Apagar as chamas que alimentam...

Tempos de angústias e de medos
Futuro incerto, quase sem clareza
As vidas com seus enganos ledos
Toda alegria perdendo pra tristeza...

Tempos idos que talvez não voltem
Lembranças boas agora  já se vão
Se os  vulcões  as chamas cospem
Sofre muito mais meu coração!

As dores dos espinhos da roseira
Também dos que saem do limoeiro
Até o que brota da verde laranjeira
Machucam e me ferem por inteiro!

Perceba que no meu triste dilema
Da dor do espinho e da dor da alma
Resulta-me mais um triste poema
Nada mais me ajuda nem me acalma!

Euclides Riquetti

Meu coração chimarreiro

 





Meu coração bem chimarreiro

Compartilha erva-mate e cuia

Água mui quente na chaleira

Duas arrobas da verde na túia.


Meu coração nas madrugadas

Espera pelo seu forte abraço

Pelo doce afago de namorada

Daqueles que também eu faço.


De gaúchos mia descendência

Nas veias corre sangue italiano

É rubro na cor e na decência

Carrega a nobreza de soberano.


Me delicio em chima amargo

Com os biscoitos de polvilho

Costume que comigo trago

Em meu corpo de andarilho.


Divido com você o meu chima

Onde quer que você agora esteja

Seja na sala ou na sua cozinha

Gosto bem mais do que cerveja.


Então, nesta manhã de outono

Aceite minha cuia, companheira

Com bomba sem nenhum adorno

Mas erva sombreada verdadeira.


E em todos os dias de nossa vida

Muitas cuiadas bem campeiras

Prendas gaúchas são queridas

Companhias agradáveis e faceiras. 


Euclides Riquetti

Ousadia

 


 





O toque gentil  de tuas mãos em meu rosto
O toque sutil de minhas mãos em teus ombros
O toque melódico de tuas palavras em meus ouvidos
O toque romântico de meu ser em teus sentidos...

O toque delicado de teus braços em meu corpo
O toque suave de minha pele em tua pele alva
O toque perfumado de teu peito em meu peito
O toque dadivoso de meu olhar em teu olhar.
O toque de teus beijos ardorosos em meus lábios
O toque de meus beijos em teus lábios rosados.

O toque sensível do tudo de mim em ti
O toque inimaginável do tudo de ti em mim
A perdição do momento desejado
A perdição no pecado
O amor consumado
Sem fim...

Tu estás em mim e eu estou em ti
Sem nenhum medo:
Apenas paixão, amor segredo!

Desejo de mim por ti, por ti, por ti
Desejo de ti por mim, por mim
Desejo imedível, ousado
Pecado, imersão, pecado!

Euclides Riquetti

Crônica de fim de tarde: "Padinho, neca cavai?"

 


 





1. Eu, em Leáozinho, na casa de meu padrinho. 2. Irmãs de meu nonno Frederico Richetti. 3. Foto de minha carteirinha de estudante da FAFI - 1972. Família de Frederico Richeetti. 


       Provavelmente que meus leitores já estejam até cansados de saberem que saí de casa com um ano, um mês e vinte e um dias, pois nasceu minha irmã Iradi, e fui morar com um vizinho, que se tornou meu padrinho, João Frank, marido de Rachele Vitorazzi Frank, em Leãozinho, no Distrito de Ouro, município de Capinzal. Sim, nossa antiga Rio Capinzal, vale do Rio do Peixe, no Meio-Oeste de Santa Catarina.

       A responsável pela minha saída de casa desde tão cedo, dando rumo diferente para minha infância, a Iradi Lourdes Riquetti Ghidini, mora em União da Vitória - PR, desde março de 1977. No dia seguinte ao em que ela ali chegou, em vim de volta para minha região, indo morar nas Duas Pontes, interior de  Campos Novos, hoje município de Zortéa, e depois para Ouro, e na sequência morando em Joaçaba. 

       Pois tenho lebranças de quando era bem pequeno!  Lembro que, num dia de chuva, estavam procurando pela tesoura. Com ela cortariam palha de trigo para fazer tranças, as quais usavam para costurarem, fazendo chapeús e "esportas", sacolas retangulares ou quadradas, onde carregavam pequenas compras que iam buscar na bodega, distante dois minutos de sua casa. Apontei com o dedo para uma parede e mostrei o objeto cortante pendurado num prego, ao alto, pelo cabo. Certamente que isso era para eu não pegá-la e fazer alguma arte ou machucar-me! Todos ficaram muito admirados porque eu os ajudei a resolver a pequena questão. 

      Moravam, na casa, a Ladires, que adiante casou-se com o Ivo Spuldaro, e que mudaram-se para outra cidade. Eles são pais do Missionário Católico Carismático Ironi Spuldaro, muito conhecido no Paraná e, com extensão, através de suas mídias, no Brasil e no mundo. O Estefenito (Estefano), que depois casou-se com a Irlandina Biarzi; o Aristides, que casou-see com uma Zanol; Catarina, que se casou com Dionízio "Capelão" Pilatti; Delcia, que se casou com Aldérico Zanini. Fui criado como irmão deles todos. 

       Além de todas as lembranças, muitas, convivo com a presença saudosa das famílias de Cesário Frank, Egídio Seganfredo, "Quino" Bazzo, João Andrioni, Primo Biarzi, Danilo Pìssolo (ou Pissoli),  Lanfranco Savaris, mais os Guzzo, Santini, Tonini, Ferrandim, Pilatti, Reina, Penso, Lorenzeti, Buselatto,  Panisson, Marcon,  Santórum, Vetorazzi, Spironello, Bresolin,  e outros. 

       Minhas tarefas principais eram divertir os adultos, dar risads, cantar junto com eles, roer rapadura de açúcar mascavo, comer puxa-puxa, atirar pedrinhas em passarinhos e no riacho. Seguidamente, ia à casa do Cesário, onde jogava bolicas com a Valde, Valdecir Frank, que nos deixou ainda antes da pandemia. 

       Mas hoje, já cedo, me veio à mente uma frase que dizem que foi a primeira que consegui formular, logo aos dois anos: "Padinho, neca cavai?" 

       Frase marcante, tando que ela povoou a maioria de minhas horas hoje, O que significava? - Pois bem, era: "Padrinho, onde vai com os cavalos?" - cavai, no dialeto italiano eram os cavalos. Provavelmente que ele saía com algum filho, a cavalo, daí eu usar "cavai em vez de caval". O "neca" seria uma corrptela de "aonde vai". 

       Somente aos oito anos voltei a morar com meus pais, já ali no Ouro, onde temos até hoje a propriedade da família, e mora meu querido irmão Vilmar, bem na frente do Posto de Combustíveis da família de José Dambrós. Mas as lembranças de minha vida na infância estão sempre em mim, desde o corte de cabelo com topete, a blusinha verde com listras brancas que minha mãe mandou-me e eu usava somente para aos terços e missas na Capela de Santa Catrina, as calças curtas, o sapato preto que meu pai comprou na loja do Leôncio Zuanazzi. 

       E, assim, vamos vivendo! Conhecendo pessoas, tentando aproveitar da melhor maneira possível os anos que nos restam...


Euclides Celito Riquetti

Poema cor-de rosa

 


 




Poema Cor-de-Rosa


De rosa e de santa vi
Vi seu rosto de santa, rosa
Vi seu roso de rosa de santa
Seu rosto de santa eu vi rosa.

De rosa seu corpo vi
Vi seu corpo vestido de rosa
Vi vestido de rosa de santa
Seu corpo de santa vi rosa.

De rosa-morango eu a vi
Vi seus lábios morango-rosa
Vi seus lábios de rosa-morango
Seus lábios morango eu vi rosa.

De rosa de amor eu a vi.
Vi seu coração cor-de-rosa
Vi de rosa-amor seu coração
Seu coração de amor eu vi rosa.

De rosa e de flor eu vi
Vi você de flor e rosa
Vi você de rosa flor
Seu ego de flor e de rosa.

No dia dos namorados vi
Vi seu sorriso de rosa
Vi, menina, seu sorriso
Seu sorriso vi de rosa.

Pois foi tão bom que eu a vi
Com sua roupa cor-de-rosa
Com sua roupa de rosa-cor
Com todo o esplendor de uma rosa.

E do pouco que eu a vi
Ficou-me a lembrança rosa
Ficou-me a rosa lembrança
Do amor que vivi, cor-de-rosa.


(Dedico este poema a todas as pessoas
sonhadoras que veem no amor a cor das rosas)

Euclides Riquetti

Até as flores sabem

 


                                                            (Minha roseira, agorinha)

Até as flores sabem

Que eu sempre te amei

E que, desde o primeiro dia

Eu muito te quis, desejei!


Até as flores sabem

Que eu tanto te amo

E que, em meu mundo poesia

Eu sempre te chamo!


Até as flores sabem

Aquelas que plantei no jardim

As que nasceram nos campos

E foi "bem assim"!


Até as flores sabem

O tamanho de meus sentimentos

E eles são tantos, tantos

A povoarem meus pensamentos!


Sim, te amo, "bem assim"!


Euclides Riquetti

www.blogdoriquetti.blogspot.com


06-05-2020







Até as plantas choram

 


 


Até as plantas choram

Porque

Os tempos estão muito difíceis

Há incertezas

Perdas

Desolação...


Os sorrisos estão escondidos

Apagados

Ocultos

Decepção...


Vidas são perdidas

Ficam as saudades

Sonhos são destruídos

Há a impotência para a reação..


Só a fragilidade

Uma falta de perspectivas

Muitos Enganos

Difícil realidade...


Bem assim!


Euclides Riquetti



Bom dia, mamãe...

 


  






Bom dia, mamãe!
Bom dia pra você que cuidou de seus filhos, que os educou com carinho, que teve o apoio do esposo com quem dividir as tarefas de cuidar, educar e prover...

Bom dia pra você que, por uma ou outra razão, teve que cuidar deles sozinha, sem um companheiro leal e digno com quem dividir as responsabilidades (porém com quem não precisou dividir o mérito e o êxito da tarefa bem cumprida...), foi mãe e pai...

Bom dia pra você, que não teve como ficar junto ao filho ou à filha, não por questões de preferência, mas por causa de circunstâncias que levaram a isso, causando-lhe dor e sofrimento...

Bom dia pra você, que perdeu seus filhos, cuja vida tornou-se um recordar de bons momentos, sem a condição da presença deles, mas que sabe que os amou e foi por eles amada, e que um dia se reencontrarão num outro plano...

Bom dia pra você que teve que ralar, teve que trabalhar desde o amanhecer de cada dia, até tarde da noite, mas que o fez sem queixar-se, sabendo que como resposta e prêmio terá sempre o amor incondicional de filhos e dos demais descendentes...

Bom dia pra você que partiu cedo, foi morar com Deus, mas que ficou confortada pelas orações dos filhos que ficaram, e que sempre sentirão saudades...

Bom dia pra você que abre mão de seu conforto, de seu próprio lazer, para dedicar aos filhos e netos o seu tempo, provendo-os de amor e, muitas vezes, de seu sustento...

Bom dia pra você que pode orgulhar-se de seus filhos, de tê-los amado sempre, lhes dado a maior atenção e digno apoio, e que os viu seguirem seus ensinamentos e buscado propagar o bem...

Bom dia a você, criatura adorável, que teve o coração do tamanho do mundo, que fez caber neles tanta gente, que conseguiu dar-lhes amor incondicional e sem tamanho, foi uma verdadeira mãe...

Bom dia a você, que de alguma forma, com sua  complexidade ou simplicidade, com seu orgulho ou sua humildade, com sua força ou fraqueza, com sua determinação ou timidez, mas que, sempre, foi uma verdadeira mãe!

Parabéns a vocês, queridas Mães!

Euclides (Celito )Riquetti

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quinta-feira, 5 de maio de 2022

Infinitamente, perdidamente!

 



Eu queria mergulhar em você
Infinitamente...
Eu queria me jogar em você
Perdidamente...
E me inundar de seus  lábios  que atraem
Constantemente...
E olhar os seus olhos bonitos
Certamente...

Eu queria abraçar o seu corpo
Desejosamente...
E esquecer de meu mundo agitado
Num repente...
E gritar pra você que seus beijos
São ardentes...
E alimentar meus sonhos para que sejam reais
Para sempre...

E que você nem respondesse
Mas apenas dissesse:
"Eu também quero você!"

Euclides Riquetti

Eu te amei!

 


 


Eu te amei!


Sim, eu te amei e ainda eu te amo

Tenho absoluta certeza sobre isso

Amar-te é meu maior compromisso

É verdade, não há nenhum engano!


Deus me deu a capacidade de amar

E, com isso, ser também amado

Com equilíbrio, jeito de apaixonado

E ainda ser poeta para poder poetar!


Aprendi a combinar paixão e razão

E isso só se ganha com a maturidade

A vida nos remete à responsabilidade

A ditar as autorregras para o coração!


Enfim, adequar nossos sonhos e o real

Navegar nas nuvens, mas fixar raízes

Ser muito feliz e fazer outros felizes

E, pra ti,vai este poema fraternal!


Euclides Riquetti

Um poema de amor...

 



Não há manhã sem sol que não seja agradável
Não há noite de luar que não o seja também
Não há tarde de chuva que seja interminável
Que não  se possa parar pra  pensar em alguém.

Não haverá mais amor numa carta chorosa
Não haverá  mais amor que em minha poesia
Não há, mas espero você, carinhosa
No canto que eu canto e que lhe leva a magia.

Não há nenhum dia que eu não componha um poema
Não há um só momento que eu não pense em lhe ver
Não há uma semana em  que eu não escreva
Um poema de amor, só de amor por você!

Euclides Riquetti

Oração do Monge São João Maria

 




 

Nas plagas de Taquaruçu
Nas grutas do Vale do Peixe
Nos morros e planaltos do Sul
E onde que a memória deixe
Ou nas raízes do Iguaçu
Neste chão catarinense
Os revoltosos exclusos
Mexeram com as almas das gentes.

Cruzes espalhadas nos morros
As fontes benzidas das águas
Gemidos pedindo socorro
Corações cheios de mágoas
O velho do cajado e do gorro
Pés descalços e mãos calejadas
São João Maria do bom povo
Abençõe minhas simples palavras.

O manto de trapo que cobre
Um corpo esguio e indefeso
Esconde as origens de um nobre
Que tem por justiça o desejo
São João Maria a esses  pobres
Dá tua bênção, teu conselho
Abençoa os caminhos em que corre
O rejeitado sertanejo.

Monge João Maria da oração
Olha pro céu anilado
Que tomou-me a casa e o pão
Que fez de mim um coitado
Dá alimento ao meu coração
Que anda nos caminhos jogado.

Ensina-me a domar este chão

Que foi por Deus bençoado!


 E, entre anjos e arcanjos
Nas imensidões de um além
Perdoa até mesmo os tiranos
Paz para eles também
São João Maria, Homem Santo
Homem que lutou pelo bem
Que reine a harmonia em todo o canto
E que Deus nos diga amém!


Euclides Riquetti