sábado, 24 de abril de 2021

Os verdadeiros sentidos do amor

 




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Busque encontrar os verdadeiros sentidos do amor
Aqueles que nos fazem bem, nos animam
Aqueles que nossos passos conduzem e determinam
Fuja do que lhe faça sofrer, do que lhe traga dor...

Procure encontrar os verdadeiros motivos para a vida
E veja quanta beleza que ela pode nos oferecer
Que mesmo os momentos em que nos faltar o prazer
Ela precisa ser desfrutada e ser bem vivida...

Almeje encontrar aquele que lhe sorri e canta
Que lhe escreve poemas ou versos encantadores
Que, mesmo que não lhe mande maços de flores
Pensa em você desde a hora  em que se levanta...

Espere ficar com quem lhe quer verdadeiramente
Não às ilusões fúteis, frágeis ou passageiras
A mão estendida, o abraço, as palavras alvissareiras
De tudo você precisa para viver intensamente!

Euclides Riquetti

Dia do Chimarrão - dia de comemoração!

 



       Neste dia 24 de abril, estamos comemorando o Dia do Chimarrão. Na verdade, é o Dia do Churrasco e do Chimarrão, data oficializada através de Lei no estado do Rio Grande do Sul. Tomar mate e comer churrasco está na pauta dos costumes do Gaúcho. Nós catarinenses, somos muito influenciados pela cultura do Rio Grande. O Sul é grande produtor de erva-mate nativa, embora hoje tenhamos muitas plantações mais organizadas em fileiras, diferentemente da verdadeiramente nativa, que tem disposição irregular nos terrenos. Os ervateiros a denominam de "erva plantada". 

      A erva-mate é muito cultivada aqui no Oeste e Meio Oeste de Santa Catarina. Em Capinzal e Ouro, minha terra natal (nasci em Ouro quando este era distrito de Capinzal), ainda temos muitas plantas nativas localizadas em potreiros, em meio a áreas de cultivo de grãos, ou mesmo em meio a matas nativas. A esta, chamam de erva-mate sombreada. Quando criança, presenciei muito a produção de erva-mate lá na propriedade de meus padrinhos, João e Raquele Vitorazzi Franck. Desde o corte na planta, com facão, realizado pelo Stefenito, filho deles, até a colocação no barbacuá, a sapeca com fogo, o cuidado para não incendiar e a socagem num pilão conectado à roda d´água. 

       Na cidade de Bituruna, Paraná, em todo o território municipal e vizinhanças, há uma grande quantidade de plantas de erva sombreada. Das 1.700 famílias rurais dali, 1.500 têm erveiras em suas propriedades. O município sabe muito bem explorar o fato. Inclusive, costumam realizar lá a Festa do Mate, que atrai muitos turistas. Eu mesmo levei um grupo de Joaçaba, Luzerna, Herval D´Oeste, Lacerdópolis, Capinzal e Ouro para participar de uma festa lá, um evento muito bem organizado. Bituruna foi vencedor de concursos de erva-mate sombreada em nível nacional. Na ocasião, inclusive, estava presente a Escola do Chimarrão, com palestras sendo realizadas pelo jovem André Zampier, que é muito conhecedor da área e filho da biturunense Janete Santos, que foi minha colega de Faculdade na Fafi, em União da Vitória. André Zampier é um apaixonado pelos ervais e um dos mais conhecedores do assunto. Na Festa de Bituruna, sorvete e chope de mate, costeletas de porco tostada com erva-mate, docinhos, bebidas alcoólicas e não alcoólicas. 

       O comércio microrregional nos oferece várias marcas de erva-mate. De Capinzal, a Ana Maria, produzida pela \Família Riffel. A Erva-mate Aldete, da Família Boaretto, interrompeu a produção. Em Ouro, temos a Charrua e em Jaborá a Tertúlia, a primeira do Altair Marca e esta do Chico Marca, irmãos. De Catanduvas, Vargem Bonita nos chegam a Jacutinga, Verdinha Anzolin. De Concórdia, a Simioni.  Mas há marcas de Caçador, a Mazutti, e outras de Canoinhas. De General Carneito a Giotti é muito consumida aqui em Joaçaba e região. A Festa do Chimarrão, de Catanduvas, foi suspensa por razões financeiras e, agora, por causa da pandemia da Covid 19. 

Tenho vários poemas em que o tema "chima" se faz presentes e, por isso, deverei reeditá-los neste blog. Um bom chimarreiro consegue preparar uma cuiada em 11 segundos. E você, sabe preparar um chima?


Euclides Riquetti

24-04-2021 -  Dia do Chimarrão




        

       

Vem aqui tomar um chima, tchê! - No Dia do Chimarrão

 



Vem aqui tomar um chima, tchê!

Mas traga erva verde e cuia, agora

Porque por causa da pandemia, tchê!

É pra ter cuidado em toda a hora!


Traz a tua cuia e a prenda, tchê

Vamos cevar em separado

Cada qual com a sua bomba, tchê

Pra sorver o mate bem amargo.



E depois de muito chima, tchê

Vamos rodar numa vanera

Quem sabe xote bem largado, tchê

Bota, bombacha e algibeira.


Com homem guapo na sanfona, tchê

Bumbo nativo e muita percussão

No violão os dedos mágicos, tchê

E poucos casais na pista no salão.


Saudando o dia do chimarrão, tchê

Um chima quente ou o tererê gelado

Com a índia chinchada no coração, tchê

Que Deus abençoe meu mate sagrado!


Euclides Riquetti

24-04-2021







Momentos mágicos do amor...

 


Momentos mágicos do a amor:



O amor nos traz os momentos mágicos

Nele, o inimaginável pode ser realizado

Mas também já ensejou eventos trágicos

Afinal, o imprevisível nunca é o esperado.


O amor pode ser simples ou  idealizado

Pode brotar em meio à aragem matinal

Ou vir na mente de um poeta apaixonado

Ou é o triunfo do bem na luta contra o mal.


O amor é a razão da existência humana

Está acima de todas as vãs filosofias

Sob o céu, na pele sacra ou na mundana.


O amor habita a alma do poeta sensível

A sonetar nas casas, palácios ou cercanias

Para quem ama, nada jamais é impossível. 

Euclides Riquetti

24-04-2021





Um horizonte azul cor do céu



Há um horizonte azul a nos esperar
E corpos que  flutuam embalados em canções
Nas ruas da terra , através das gerações.
No azul da cor do céu, no  azul da cor do mar.

Há um horizonte azul  a nos amparar
Em todas planícies verdes deste mundo
Nos mares que cobrem do sol  rotundo
E ombros que me esperam pra chorar.

Havia um horizonte azul no teu olhar
Que me buscou entre os andantes do universo
E um doce abraço teu a me chamar:

Agora, em cada nova manhã de invernos e verões
O Poeta   te exalta  em prosa e verso
Ó  musa de meus encantos e paixões!

Euclides Riquetti
11-01-2014

Só você é assim!



Do seu sorriso
Contagiante
Diferente
Exuberante
Atraente
É do que eu mais preciso
Para poder imaginar-me
No paraíso.

Do seu abraço
Do seu afago
Do seu beijo
Do seu agrado
(Do desejo exacerbado)
Também preciso
Pra chegar perto
Do paraíso
Que há em seu... sorriso!

O seu jeito de andar
O olhar com muito brilho
O seu modo de falar
O recado de seu sorriso...
Tudo isso me seduz
Me encanta, me  confunde
Você é um facho de luz
É a estrela que me conduz: É você.

Só você é assim!
Euclides Riquetti

Eterno romântico

 




Eu até faria um poema acéfalo

Desarrumado, feio e esquálido
Infinitamente torto e indiscreto
Um poema desbotado e pálido...

Talvez um  poema heterorrítmico
Escrito com carvão preto, vegetal
Pra afrontar um outro isorrítmico
Árcade, brega, insosso sem igual. 

Eu faria algo bobo e detestável
Sem efeito, sem nenhum sentido
Poema inútil não recomendável
Falando sobre um amor bandido.

Mas isso está fora de cogitação:
Serei um eterno poeta dos sonetos
Cantarei o amor, o afeto e a paixão
Ser eterno romântico eu prometo!

(Apenas isso...
Bem assim!)

Euclides Riquetti

E, se você também me abraçar...

 




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Se você me abraçar, impetuosamente
Com toda a força e o ardor
Jogar-se em mim, efusivamente
Em manhã fria, ou em tarde de calor...

Se você me abraçar, carinhosamente
Com seus braços longos e finos
Com o seu jeitinho maroto, delicadamente
E selar com isso nossos destinos...

Se você me abraçar com aquela paixão
Com o desejo e o amor tão aflorados
E fizer tremer o meu frágil coração
E atiçar minha alma cheia de pecados...

Se você me abraçar e me induzir à emoção
Retribuirei com tudo o que houver em mim:
Amor em cântaros, muito mais que ilusão
Amor por você, bem assim!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Enquanto olhas pro mar



 As gaivotas voam enquanto olhas pro mar

Enquanto as garças banham seus pés nas águas

E marcam as areias claras com as mágoas

Acumuladas nos abandonos de um naufragar...


As águas te desafiam para que voltes atrás

Enquanto admiras o pôr-do-sol de Canasveiras

E contemplas a beleza de todas as areias

Que te trazem momentos de solitude e paz!

As tardes de sol tímido te devolvem lembranças

Pensas no presente seguro e no futuro nebuloso

Já não tens a paz de teus tempos de criança!


E,  nas manhãs de inverno, que estão por chegar

Eu também pensarei em teu sorriso esplendoroso

Enquanto caminhas nas areias ali ao lado do mar!

Euclides Riquetti

O primeiro vento...

 




O primeiro vento que roçou meu rosto
Trazendo-me um doce bálsamo floral
Veio para se impregnar no meu corpo
Na manhã de sol e de um mar colossal.

Veio suave e  me trazendo as gaivotas
Com seus gemidos e os seus planares
Olho, no oceano, as distantes ilhotas
E voa meu pensamento sobre os mares.

O mesmo lufar que me traz saudosas
As lembranças que me fazem feliz
Traz-me também a energia prazerosa
Que me impele a te querer e sentir.

Então, enquanto contemplo a calmaria
E me transponho pelo azul celestial
Eu me perco na nave da nostalgia
E busco te encontrar no espaço sideral!

Euclides Riquetti

Apenas nós dois, de mãos dadas

 



Apenas nós dois, de mãos dadas

Sol, céu, rua abaixo, rua acima

Voos singelos em águas passadas

Vai a hora, o dia, vai a nova rotina.


O tempo nos pune severamente 

Tira de nós a plena jovialidade

Tornando-nos só seres andantes

Mas sem perdermos a majestade. 


Soberanos em nosso pensamento 

Somos a resistência das épocas

Como pedras polidas pelo tempo.


Superamos todas as adversidades

Nos poemas e crônicas discretas

Só amor e só cartas de saudades.


Euclides Riquetti

23-04-2021








Cuide de seus sentimentos

 

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Busque dar sentido aos seus sentimentos
Dê-lhes a solidez de que tanto precisam
Enseje para que eles não se tornem um tormento
Faça-os fluírem em direção à vida.

Busque fortalecê-los em plena abundância
Canalize-lhes energia que lhes dê alento
Faça com que se nutram de doce fragrância
Cuide por demais se seus sentimentos.

Libere-os das amarras que  tanto  a torturam
Mergulhe num mar de novas possibilidades
Dê o grito de liberdade que seu  coração precisa
Para que possa encontrar um amor de verdade.

E ser feliz!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Preciso de você

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Preciso de você, incessantemente
Para melhorar o espírito e meu astral
Para poder me perder, perdidamente
Preciso de você no meu mundo real...

Preciso tanto como preciso da água
Como preciso do ar para respirar
Preciso de alento para minhas mágoas
Como a vela do vento para singrar...

Preciso, sim, e isso é incontestável
É definitivo, não entra em discussão
Preciso do abraço suave e agradável...

Ah, como eu preciso e eu quero ter
Todos os afagos ao meu coração
Ser feliz é amar, ser feliz é viver!

Euclides Riquetti

Mundo das flores e das crianças

 



Em minha casa, uma rosa...


Em minha casa tenho rosas
Brancas, vermelhas e amarelas
Rosas bonitas e formosas
De todas as flores as mais belas.

Cultivo as plantas com suas flores
A elas dou meu mais fino trato
De todos os matizes e cores
Com o cheiro das plantas e do mato.

As gérberas que enfeitam o jardim
As margaridas e as hortênsias
Trazem alegria para você e pra mim
E para todas as crianças inocentes.

Na casa de minha querida vovó
Têm cravos, gerânios e beijinhos
Com eles eu não me sinto só
Com eles  divido  meus carinhos.

Protege, Deus, as crianças adoráveis
Que gostam das flores perfumadas
Que elas cresçam belas e saudáveis
E tenham  uma vida abençoada!

Euclides Riquetti

Como se não existisse paz!





O mundo está virando... já virou

E ficou virado!

Parece-me que já não há tantas verdades

Há desamor, atrocidades

E que tudo mudou.

Mutilaram-se as cidades

Apedrejou-se o céu, assassinaram os rios

Indefiniu-se o comportamento

Do tempo.

Ora chuvas descontroladas

Ora assolador estio.

Quisera que houvesse menos tragédias

E que a realidade não seja travestida de comédias.

Quisera que imperasse o senso da honestidade

E que as pessoas agissem com mais seriedade.

Quisera que nascessem flores ao longo das estradas

Mas estas precisariam terem sido plantadas.

Quisera que os males tivessem a devida cura

E que as almas pudessem pintar-se de brancura.

Precisamos que a mão da Divina Providência

Nos abençoe com sua força e excelência

Pois:

É como se não existisse mais amor

É como se não existisse paz!

Euclides Riquett

Como a mordida da maçã





Eu quero ser como a sua mordida na maçã
Sentir a caliência de seus lábios vermelhos
Seus dentes brancos refletidos num espelho
Ou a avermelhada grana da fresca romã...

Eu quero ser de suas frases as reticências
O pensamento interrompido, a sua dúvida
O gostoso néctar das ameixas e das uvas
Ou breves hiatos de sua vida em turbulência...

Eu quero ser a nota da canção que você canta
Naqueles momentos de saudade, nostalgia
Pra devolver a você toda aquela alegria
Ser seu esteio, o seu norte, a sua segurança...

Eu quero, mesmo, é fazer parte de sua vida
Ser como a água que sempre mata sua sede
A mão que a afaga quando deita na sua rede
A resposta a suas questões não respondidas!

Euclides Riquetti

Neve de 1965 - Uma paisagem europeia em Capinzal e Ouro

 



 
Ouro - SC - Neve 1965 - foto arquivos RC -
Vista da Ponte Pênsil - antes do Rio, alojamentos
da Empresa Castello Branco S/A - que estava
restaurando a RFFSA
 

Capinzal SC - Neve 1965 - foto arquivo RC
Rua XV de Novembro - aos fundos OURO SC
antes do povoamento do Morro de Navegantes



Relembrando de Ouro e Capinzal... nestes dias muito frios no Sul do Brasil, 56 anos depois...
          Quando se fala em épocas em que as pessoas viveram, ou mesmo para estimar quantos anos viveram, muitos têm o hábito de dizer:  "A fulana (ou o fulano), viveu mais de 100 anos, porque sempre me dizia que tinha presenciado x florações das taquaras".  Bem, uma pessoa que deve ter vivido muitas florações das taquaras foi o "Caboclo Estevão", que morou em Pinheiro Baixo, Ouro, e era homem de confiança de um de nossos pioneiros, o Veríssimo Américo Ribeiro, carroceiro. O Estêvão teria vindo com o colonizador da região de Vacaria-RS, trabalhou com os Ribeiro e depois foi para Bonsuecesso, e os que o conheceram dizem que ele era uma  pessoal leal e bondosa. Guardo comigo uma foto dele, cedida pelo amigo João Américo Ribeiro, que cuida da propriedade da família em Pinheiro Baixo. Ele deve ter vivido mais de 100 anos...  O caboclo tinha uma mão enorme. (O Benito Campioni, irmão da Márcia, minha colega de trabalho, também tem uma mão daquelas de segurar e derrubar boi no chão). Quando o encontro, brinco muito com ele sobre isso,  meu ex-vizinho, gente boa.

          Esse intróito todo, fi-lo para chegar ao assunto do título: as neves que tive o prazer de presenciar, e que marcaram, de alguma forma, a minha vida. Mas, diferentemente das florações das taquaras, ela não tem um ciclo definodo para vir.

          O inverno de 1965 foi muito forte no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Eu tinha doze anos, estudava no Ginásio Padre Anchieta, e começou a fazer muito frio naquela estação. Tínhamos uma casa nova, de madeira, bem desenhada, ali na Felip Schmidt, ao lado da Indústria de Bebidas Prima, onde produziam refrigerantes e engarrafavam vinhos e outras bebidas. Quando fizeram o "engarrafamento", escavaram o terreno e deixaram um barranco, que com as chuvas que precederam o inverno foi desmorronando, pondo nossa casa em risco de desabamento. Na noite do dia 19 para 20 de agosto, fazia muito frio. De manhã, meu pai, Guerino, acordou-nos cedo para vermos e espetáculo que se desenhava à nossa frente: Ali onde hoje há o Posto da Combustíveis da Família Dambrós, havia uns gramados e umas plantinhas sobre as terras que eram jogadas para formar um aterro, e tudo estava coberto de neve. A Ponte Nova estava recoberta por um manto alvo, e o mesmo era contemplado nos telhados das casas, a maioria de madeira. Até os cabos de aço de sustentação da ponte pênsil acumulavam camadas de neve. As ruas de Ouro e Capinzal pareciam aqueles caminhos que se veem em filmes,  numa autêntica paisagem europeia. Os poucos carros que havia, e as carroças e charretes, estavam todos recobertos pelo branco brilhante. Os telhados do Hospital São José, do Hotel Imperial, do Hotel do Túlio, do Cine Glória, do Cine Farroupilha, da Distribuidora de Peças e Acessórios, da Casa do Ernesto Zortéa, do Marcos Fortunato Penso, do Pedro Surdi, da Dona Dileta da Silva, do Adelino Casara, do Adelino Beviláqua, e de muitas outras edificações, era possível vê-los por nós, que observávamos a paisagem com nossos olhos originários do Ouro.

          O peso da neve mexeu com a estutura de nossa casa. Tivemos que abandoná-la. Fomos distribuídos nas casas dos parentes, dos tios Arlindo Baretta,  Adelino Casara e Victório Riquetti. Eu, fui para a casa da Tia Maria, do meu primo Moacir. Lembro-me bem, que à tarde, precisei ir à Comercial Baretta fazer umas compras para a tia, e meu único par de sapatos estava molhado, gelado. Fui com as chuteiras do Moacir, que tinha as traves altas , e que minha ingenuidade fazia-me pensar que a sola ficaria mais alta que a neve. Só ilusão: congelei os pés. Aulas suspensas. O Frei Gilberto (Giovani Tolu), suspendeu nossas aulas, estava muito feliz, porque via, aqui na América do Sul, a mesma nostálgica paisagem que sua mente trazia de sua infância na Itália.

          O Joe e a Bunny,  eram  norteameriacanos que atuavam junto aos Clubes 4-S no interior do Ouro, havendo um clube pioneiro em Linha Sul ( o primeiro de Santa Catarina),  moravam de pensão na casa do Sr. Guilherme e da Dona Mirian Doin.  Eles eram dos 4-H, clubes dos Estados Unidos da América que tinham as mesmas funções e objetivos que os 4-S do Brasil:  Head,  Hands, Heart, and Health, que em português entndíamos como: Saber, Servir, Sentir e Saúde.  Acostumados com a nove do Norte, fotografavam, faziam bonecos e esculturas. O Joe, que jogava basquetebol na quadra do Padre Anchieta com o Dr. Leônidas Ribeiro, o Rogério Toaldo e outros, era alto e usava óculos ( até para jogar). Ficou maravilhado com a neve. E, nós, tivemos que demolir nossa casa, da qual tenho muitas saudades...

         Como resultado do frio, houve perdas e animais nos sítios e fazendas. Lembro que houve muita mortandade de abelhas. Até mesmo o mel que vinha de Abdon Baptista, não veio mais. Não vinha mais o caminhãozinho carregado, com as latas de 20 Kg, com que estávamos acostumados. E o produto encareceu. Alías, ficou sumido pelos anos seguintes, até que os enxames e as colmeias foram-se recompondo.

          Além dos eventos climáticos que resultaram na enchente de 1983, penso que a neve de 1965 seja o outro fenômeno que mais nos marcou.

          Ah, acho muito bonitas a neve e a geada. Mas, agora, com ar quente no carro, é muito mais fácil de encarar o frio. Viva a bela lembrança do passado!  E viva a moderna tecnologia!

Euclides Riquetti
15-07-2012

Gotinhas de orvalho



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Gotinhas de orvalho queimam
Quando caem na madrugada
São como princesinhas que reinam
Na terra dos sonhos e encantada.

Gotinhas de orvalho tão delicadas
Também podem causar avarias
Podem ser como pedras nas estradas
Ou como espinhos nas cercanias.

Gotinhas de orvalho também ferem
Ferem de dor, ferem  uma paixão
São como flechas que se desferem
E podem machucar meu coração.

Gotinhas de orvalho, ora inofensivas
Outras vezes vorazes e impetuosas
Caíram nas relvas de minha vida
Transformadas em gotas lacrimosas!

Bem assim...

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Feridas no coração

 



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Dores que não se acalmam
Vêm de feridas no coração
Que rapidamente se espalham
Causando angústia e aflição...

Dores vêm por algum motivo
E nos causam muita tristeza
Quando atacam um ser vivo
Trazem o sofrer e a incerteza.

Dores, é melhor nunca tê-las
São como pedras em desertos
Jamais serão luas ou estrelas
Nem me inspirarão os versos!

Dores, delas é difícil livrar-se
Pois dissabores elas nos dão.
Como de sofrimentos afastar-se
Se há dor em nosso coração?

Euclides Riquetti

Chima com carinho de poeta

 




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Tome meu chima com carinho de poeta
Segure a cuia com seus dedos delicados
Enfeite-a com as unhas da cor predileta
Sorva-o com seus lábios caramelados.

Tome meu chimarrão com erva  nativa
Água quente, límpida, ali mergulhada...
Na cuia por suas mãos já tanto curtida
Desce pela garganta morna e embalada.

Tome nosso chimarrão quente e amargo
Na bomba de mate com liga de alpaca
Nativa bebida nos campos de meu pago.

Tome nosso chima pensando em mim
Num poeta postado às luzes da ribalta
O amor que vale tem começo e não fim.

Euclides Riquetti

Talvez da Torre Eiffel...




Que tal subirmos a torre infinitamente alta

E olhar para o horizonte na tarde de céu anil?

Que tal olharmos para as luzes da ribalta

E nos deliciarmos com a noite fresca e gentil?

Ou, da Torre Eiffel, admirarmos a cidade em calmaria

Depois dos desatinos que a assolaram no outro dia?


Importa, sim, olharmos para a mesma direção

Sentirmos no coração a saudade ou a alegria

Sentirmos,  em cada momento,  uma terna emoção

Um doce lembrar, uma doce nostalgia...

Ou, se olharmos para planos diferentes

Recostarmos nossos corpos efervescentes!


E, se não houver um tal que muito importe

Que não haja nada que possa nos entristecer

Se não houver uma emoção terna, mas muito forte

Que haja um piano a nos brindar e a nos sorver

Com as melodias dos cancioneiros universais

Pra que nosso amor não morra  jamais!


E, como diria Lennon: Living life in peace, you too!


Euclides Riquetti

Não há estradas sem pedras




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Não há estradas que não tenham pedras
Poucas das roseiras não têm espinhos
Mesmo se o céu não mostrar as estrelas
Ainda assim haverá um bom caminho.

Não há mares sem águas revoltosas
Nem calmaria durante as tempestades
Atitudes precipitadas são desastrosas
E não haverá amor sem cumplicidade.

Para os conflitos haverá sempre saídas
Para as dificuldades haverá  solução
A regra é  andar de cabeça erguida
E manter a mente centrada na razão.

Equilíbrio, postura e perseverança
Asas para que voe toda a imaginação
Acreditar no amanhã e ter esperança
E colher os resultados que lhe virão!

Euclides Riquetti

Bom dia, amore!

 


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Bom dia, amore!
Aqui estou!
Faça de conta que sou um fiore
Que em seu jardim desabrochou!

Um fiore pequenino
Que veio bebê
Que se tornou um menino
Que gostou de você...

Mas que se manteve fiore
E que lhe deu
E que recebeu
Carinho e amore:
Um sutil e romântico fiore!

Sou apenas isso:
Um fiore que sabe amar
Que busca sempre encontrar
Uma forma poética de lhe dizer
Que é importante viver
Sorrir e não chorar!

E, sobretudo:
Amar, amar, amar...

(Veja sempre o Blog do Riquetti)

Euclides Riquetti


terça-feira, 20 de abril de 2021

O naufrágio dos sonhos

 



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Quando nossos sonhos nos dão sinal de naufragar
Quando nossas esperanças começam a sucumbir
Nossa mente plana, desesperadamente, baila no ar
Desaparece, de nosso semblante, o simples sorrir.

Quando nossos sonhos nos dão indícios de fenecer
Quando nossas esperanças se dissipam e evaporam
Nossa alma pede por socorro, quer outro alvorecer
Intimida-se nosso corpo, e nossos olhos choram...

Porém, quando se deseja lutar, buscar a superação
Novos horizontes podem vir ao nosso encontro
Podem nos presentear com o ânimo e a motivação.

E, se tivermos deixado espaços para receber a flor
Se estivermos com nosso coração aberto e pronto
Poderemos, com renovada alegria, celebrar o amor!

Euclides Riquetti

Cuidemos bem de nossos filhos



Cuidemos bem de nossos filhos amados
Porque o amor deles é muito verdadeiro
Amemo-los com nosso coração inteiro
Eles que foram alegremente esperados.

Cuidemos dos filhos como das roseiras
Pois o belo precisa ser sempre cultivado
Nosso bem maior, então bem cuidados
Para que sigam as trilhas verdadeiras.

Cuidemos deles, dando-lhes a proteção
Rezemos por eles em todas as horas
Os pais que os amam os querem agora
E os quererão sempre em seu coração.

Euclides Riquetti