O frio chegou
Quando a tarde começou
Chuvosa.
O frio veio lentamente
Anunciando-se sutilmente
Porque estava com saudades!
Queria apenas reencontrar
O seu velho lugar
Na minha mente saudosa.
Ele veio e pra ficar
E no inverno respirar
Nossos perfumes e nossos ares.
Quer apenas acariciar
E seu rosto beijar
Na tarde chuvosa
De lembranças, de saudades
Das saudades mais saudosas...
Das nossas saudosas saudades
Dos tempos eternos
Dos outros invernos.
Veio, como vieram outros tantos
De todos os nortes e de todos os cantos:
Ele veio de mansinho
Quietinho
Devagarinho
E quer apenas ficar!
Euclides Riquetti
24-05-2014
sábado, 24 de maio de 2014
sexta-feira, 23 de maio de 2014
The Scarlet Letter (A Letra Escarlate)
Adoro ver filmes. Raramente assisto a algum sem, primeiro, ver a sinopse. Não assisto a terror. Documentários e dramas, raramente. Na minha ordem de preferência, aparecem: romances, comédias, aventuras. Ficção, nos moldes como se produz hoje, nada.Considero-me um romântico, gosto de ser "da paz", não assisto se souber que não tem final feliz. Gosto de ver que o mocinho e a mocinha, ou os pais e os filhos, fiquem juntos ao final!
Conta-me, muito, o elenco das produções. Ator bom não aceita fazer filme que não seja bom, bem dirigido, bem produzido. Nesse contexto vi, ontem, "A Letra Escarlate", do Diretor Roland Joffé. É uma produção norteamericana ( e os americanos são ótimos em fazer cinema!), com um belissimo cenário, ambientado em Bay Colony, no Massachussetts, em 1966. Reproduz a história vivida por Hester Prynne e o reverendo Arthur Dimmesdale, numa época em que Estado e Igreja faziam o que queriam, mais do que podiam ou deveriam, em nome de Deus. Nos papéis principais, Demi Moore, à época com 32 anos, e Gary Oldman. A bela senhora chega ao local vindo da Inglaterra antes de seu marido, um médico, para encontrar um lugar ideal para morarem. Conhece um reverendo que se constitui num eloquente e habilidoso orador e se apaixonam.
Nesse tempo, o marido é sequestrado por índios antes de alí chegar e é dado como morto. A viúva, então, pelas leis puritanas fortemente defendidas no local, deveria esperar por sete anos em luto para só então ser considerada livre de seu vínculo matrimonial.
No entanto, Hester engravida do reverendo Arthur. Ambos estão perdidamente apaixonados e ela tenta esconder a gravidez. Quando as autoridades descobrem que está grávida, mandam-na para a prisão, o que não aconteceria se revelasse o nome do pai. Não o faz, pois se o fizesse, ele seria enforcado.
O filme tem contornos de romance e dramaticidade em relevância. Há os conflitos entre brancos e índios, uma sociedade altamente puritana. A Hester é dada a liberdade, porém dever usar, no peito, uma letra bordada em escarlate: um "A", de adúltera. Faz isso por sete anos, sofrendo toda a espécie de humilhação possível nas ruas e no pelourinho da cidade. No ápice da trama, reaparece, sem identificar-se para a sociedade, o marido que fora dado como morto, que começa a aterrorizar a bela esposa, por quem fora muito apaixonado.
Diferentemente do que traz a verdadeira história, a do livro "The Scarlet Letter", escrito em 1850 por Nathaniel Hawthorne, há um final deferente, bem ao meu gosto. E, se eu digo que é bom, é porque é bom. Gosto de filmes "cabeça", mas o que eu gosto, mesmo, é de me divertir. Então, não vou lhes tirar, leitores, o direito de ver o filme, participar das emoções, apiedar-se com o sofrimento das personagens, a inujriar-se contra as atrocidades das autoridades. Convido-os a verem a candura de Pearl, a filhinha de Hester e Arthur e a beleza da talentosa Demi Moore que, com 41 trabalhos no cinema e 9 na TV, aos 51 anos, cada vez mais nos encanta e nos fascina... Pelo talento, pela beleza, por tudo o que representa!
Abraços e bom filme!
Euclides Riquetti
24-05-2014
Conta-me, muito, o elenco das produções. Ator bom não aceita fazer filme que não seja bom, bem dirigido, bem produzido. Nesse contexto vi, ontem, "A Letra Escarlate", do Diretor Roland Joffé. É uma produção norteamericana ( e os americanos são ótimos em fazer cinema!), com um belissimo cenário, ambientado em Bay Colony, no Massachussetts, em 1966. Reproduz a história vivida por Hester Prynne e o reverendo Arthur Dimmesdale, numa época em que Estado e Igreja faziam o que queriam, mais do que podiam ou deveriam, em nome de Deus. Nos papéis principais, Demi Moore, à época com 32 anos, e Gary Oldman. A bela senhora chega ao local vindo da Inglaterra antes de seu marido, um médico, para encontrar um lugar ideal para morarem. Conhece um reverendo que se constitui num eloquente e habilidoso orador e se apaixonam.
Nesse tempo, o marido é sequestrado por índios antes de alí chegar e é dado como morto. A viúva, então, pelas leis puritanas fortemente defendidas no local, deveria esperar por sete anos em luto para só então ser considerada livre de seu vínculo matrimonial.
No entanto, Hester engravida do reverendo Arthur. Ambos estão perdidamente apaixonados e ela tenta esconder a gravidez. Quando as autoridades descobrem que está grávida, mandam-na para a prisão, o que não aconteceria se revelasse o nome do pai. Não o faz, pois se o fizesse, ele seria enforcado.
O filme tem contornos de romance e dramaticidade em relevância. Há os conflitos entre brancos e índios, uma sociedade altamente puritana. A Hester é dada a liberdade, porém dever usar, no peito, uma letra bordada em escarlate: um "A", de adúltera. Faz isso por sete anos, sofrendo toda a espécie de humilhação possível nas ruas e no pelourinho da cidade. No ápice da trama, reaparece, sem identificar-se para a sociedade, o marido que fora dado como morto, que começa a aterrorizar a bela esposa, por quem fora muito apaixonado.
Diferentemente do que traz a verdadeira história, a do livro "The Scarlet Letter", escrito em 1850 por Nathaniel Hawthorne, há um final deferente, bem ao meu gosto. E, se eu digo que é bom, é porque é bom. Gosto de filmes "cabeça", mas o que eu gosto, mesmo, é de me divertir. Então, não vou lhes tirar, leitores, o direito de ver o filme, participar das emoções, apiedar-se com o sofrimento das personagens, a inujriar-se contra as atrocidades das autoridades. Convido-os a verem a candura de Pearl, a filhinha de Hester e Arthur e a beleza da talentosa Demi Moore que, com 41 trabalhos no cinema e 9 na TV, aos 51 anos, cada vez mais nos encanta e nos fascina... Pelo talento, pela beleza, por tudo o que representa!
Abraços e bom filme!
Euclides Riquetti
24-05-2014
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Mãos
Mãos que tiram a roupa
Mãos que afagam o peito
São mãos que estendem a colcha
São mãos que preparam o leito.
Mãos que alisam o rosto
Mãos que abanam pra mim
São mãos que eu beijo com gosto
São mãos que arrumam o jardim.
Mãos que se estendem de pronto
Mãos que seguram a flor
São mãos que preparam o encontro
São mãos que se prendem no amor.
Mãos que seguram as mãos
Mãos que recebem presentes
São mãos que ajudam irmãos
São mãos que se movem contentes.
Mãos elegantes e ágeis
Mãos atraentes e belas
São mãos que parecem tão frágeis
São mãos tão macias e singelas.
Me ligo nas mãos carinhosas
Me ligo nas mãos da senhora
Que cuidam dos cravos e rosas
Que cuidam do filho que chora.
Mãos que afagam o peito
São mãos que estendem a colcha
São mãos que preparam o leito.
Mãos que alisam o rosto
Mãos que abanam pra mim
São mãos que eu beijo com gosto
São mãos que arrumam o jardim.
Mãos que se estendem de pronto
Mãos que seguram a flor
São mãos que preparam o encontro
São mãos que se prendem no amor.
Mãos que seguram as mãos
Mãos que recebem presentes
São mãos que ajudam irmãos
São mãos que se movem contentes.
Mãos elegantes e ágeis
Mãos atraentes e belas
São mãos que parecem tão frágeis
São mãos tão macias e singelas.
Me ligo nas mãos carinhosas
Me ligo nas mãos da senhora
Que cuidam dos cravos e rosas
Que cuidam do filho que chora.
Euclides Riquetti
quarta-feira, 21 de maio de 2014
A chuva que cai...
A chuva que cai
Transparente
Levemente
Molha corações e almas
Peles morenas e peles alvas.
A chuva que cai
Na relva verde, sensível
Que lembra seus olhos brilhantes
Fascinantes...
Traz-me a lembrança indizível!
A chuva cai
E você me inspira
Como os acordes na lira
E embala meu pensamento
Que se perde no vento
Que se vai no tempo...
A chuva que cai
E rola na calçada
Leva embora o presente
E meu coração traz à mente
As ternas lembranças passadas.
A chuva que cai
Molha você, molha a terra
Molha o sonho da espera
Pois logo vem a primavera
Mas a chuva cai!
( E eu penso em você...)
Transparente
Levemente
Molha corações e almas
Peles morenas e peles alvas.
A chuva que cai
Na relva verde, sensível
Que lembra seus olhos brilhantes
Fascinantes...
Traz-me a lembrança indizível!
A chuva cai
E você me inspira
Como os acordes na lira
E embala meu pensamento
Que se perde no vento
Que se vai no tempo...
A chuva que cai
E rola na calçada
Leva embora o presente
E meu coração traz à mente
As ternas lembranças passadas.
A chuva que cai
Molha você, molha a terra
Molha o sonho da espera
Pois logo vem a primavera
Mas a chuva cai!
( E eu penso em você...)
Euclides Riquetti
terça-feira, 20 de maio de 2014
Coração ferido
Há um coração ferido
Flechado pelo cupido
Que lhe pôs veneno
Na noite de sereno
E o deixou... ressentido!
Há um coração magoado
Triste e desolado
Com seu íntimo sofrido
E um ser desiludido
Num corpo... maltratado!
Há um corpo e um coração
Há uma alma em ebulição!
Mas, como diz o poeta
Uma coisa é certa:
Só o tempo apara as arestas
Só o tempo amaina os desalentos
Abafa e dilui os sofrimentos!
O tempo, sim, o tempo
É que ajuda a curar
O coração ferido.
Apenas ele!
Euclides Riquetti
21-05-2014
Flechado pelo cupido
Que lhe pôs veneno
Na noite de sereno
E o deixou... ressentido!
Há um coração magoado
Triste e desolado
Com seu íntimo sofrido
E um ser desiludido
Num corpo... maltratado!
Há um corpo e um coração
Há uma alma em ebulição!
Mas, como diz o poeta
Uma coisa é certa:
Só o tempo apara as arestas
Só o tempo amaina os desalentos
Abafa e dilui os sofrimentos!
O tempo, sim, o tempo
É que ajuda a curar
O coração ferido.
Apenas ele!
Euclides Riquetti
21-05-2014
segunda-feira, 19 de maio de 2014
Rio do Peixe
Rio de todos os Peixes
Atrevido e valente
Sempre que a calmaria se ausente
O imponente e voraz Rio do Peixe
Desliza furiosamente...
Invade lares, prepotente
Arranca plantas portentosas
Causa avarias espantosas
Esse imperador inclemente!
Nas arenas montanhosas
Vence cada dobra, impiedoso
É um colosso vigoroso
Com suas águas belicosas...
Depois, apenas baila, mansamente
Valsa como o canto verso de um salmo
Então, sereno, paciente e calmo
Jaz, ali, docemente.
Rio do Peixe, nosso venerando Senhor
Ora anjo – uma canção de acalanto
Ora intrépido, despojado de encanto
No vale verde, é soberano gladiador!
Com seu visível poder, ou simplesmente ignoto
Deus Natural, Real Majestade
Orna o campo, enfeita a cidade
Sou teu súdito e fiel devoto...
Rendo-te homenagem, meu rio!
A ti, com tua força imedida
Jamais, em toda a minha vida
Eu ousarei propor-te desafio...
Bem conhecemos teu enredo, tua história
E bem sabemos de tudo o que és capaz
És um guerreiro muito forte, sempre audaz
Reverenciado, dou-te medalhas e glórias.
Tu, que já foste o lago de mi ´as pescas
Tu, que foste a raia de meu tenro nado
E serpenteias neste vale encantado
De Navegantes, foste palco em tantas festas.
Pelo açoite do chicote sem piedade
Peço-te, humildemente, perdão
Aceita esta breve oração
Garboso rio, Fluviosa Divindade!
PERDOA-NOS, RIO DO PEIXE!!!
Euclides Riquetti
domingo, 18 de maio de 2014
"Milico" minha personagem: Gente que faz!
Conheço o "Milico" há uns três anos, acho. Descobri, nas corridas e caminhadas na Pista Olímpica do Clube Comercial, aqui em Joaçaba, que ele era meu vizinho. Quando lhe perguntei o nome, disse que era melhor que o chamasse apenas de "Milico". Era militar aposentado.
Aos poucos, fui conhecendo bem o Milico. Tornamo-nos amigos. Eu corria na velocidade que minha idade me permitia. mas ele era um maratonista, na verdade. Esquecia-se de parar. Vinha de casa correndo, continuava correndo, ia embora correndo! Algumas vezes, vinha com seu carrinho, muito simples. Logo deu para perceber que ele é uma pessoa "do bem", confiável. Dava opinião aos mais jovens, orientava. E incentivava os mais velhos a correrem, caminharem, movimentarem-se. Só isso já é algo de muito bom que faz para a comunidade joaçabense.
Quando a Pista foi abandonada, em razão de que outro "cidadão do bem", o Sr. Djalma Ouriques, parou de capinar as ervas que cresciam na borda da pista, estas cresceram muito, e o local ficou muito feio. Vieram os PARAJASC e a Prefeitura fez uma bela limpeza. Passado o verão, estavam as ervas voltando, ficando feio de novo. Mas um dia, ao chegar lá, deparo-me com metade da pista de 400 metros já limpa, livre das ervas daninhas. Aparece-me, depois, o Milico, com uma enxada, e começa a realizar uma bela de uma limpeza. Em poucos dias, tudo estava bonito de novo.
Entendo o Milico. Ele é uma pessoa que sabe da importância que uma pista de atletismo tem para uma comunidade. Os paraatletas da ARAD treinam ali. No sábado, bem cedo, estavam lá treinando, preparando-se para competir nos PARAJASC e, daqui a poucos dias, no Rio de Janeiro. Cumprimentei todos eles, mãos estendidas e abraços em todos. São pessoas maravilhosas que, em vez de queixarem-se da vida, estão lá buscando a superação de suas limitações. Admiro-os e os incentivo. Dou-lhes palavras de ânimo e estimulo-os a continuarem progredindo, derrotando as limitações. No sábado, o Milico não estava lá. Estava ali, defronte a Escola Nossa Senhora de Lurdes, 3 minutos a pé de minha casa.
Parabenizei-o pelo trabalho que faz. Disse-me que não estava ajudando a comunidade, estava ajudando a si mesmo. A si, porque seu filho estuda naquela Escola e, por conseguinte, ele e sua família são beneficiados. Com uma daquelas "forcas", retirava todas as folhas, gravetos e papéis que estavam no meio das pedras britadas. Arrancava, com as mãos, todas as ervas, e colocava numa caixa de papelão, para depois depositar na lixeira. Naquela Academia ao Ar Livre, ao lado do Ginásio de Esportes, que está depredada e ainda não ganhou o merecido piso, embora prometido ainda em 2011 pelo Poder Público, recolheu as ferragens que estavam espalhadas e empilhou-as. Quem sabe isso "inspire" a quem de dever consertar o que foi estragado e que NUNCA teve manutenção!
Há muito tempo já vinha pensando em escrever sobre o trabalho social comunitário dele. Perguntei-lhe o nome: Francisco Birajara Pires de Souza. É natural de São Sepé, região central do Rio Grande do Sul. Veio de Palhoça, onde tem sua casa. A esposa, Denise, trabalha num Banco aqui, e aguarda transferência para a Grande Florianópolis. Tem 55 anos, muita vitalidade, cabelos grisalhos, corpo de atleta. Tem um sorriso permanente e uma disposição extraordinária de ajudar os outros. Mora perto do Comercial, gosta de cachorros, por isso mesmo não quer morar em apartamentos. Faz parte da Igreja da Congregação Cristã do Brasil, localizada na Rua Frei Rogério, aqui em Joaçaba. Tem notáveis e dignos pensamentos sobre a conduta do Ser Humano. Diz que as pessoas precisam pensar mais, refletir. A pressa as leva a atitudes inconsequentes. As pessoas precisam valorizar mais a vida e respeitar o próximo. Tenho absoluta certeza de que ele pratica aquilo que prega e defende.
Admiro muito o amigão Milico. Gostaria que ficasse morando aqui em Joaçaba. Pena que os projetos dele e sua família são para outra cidade. Mas reconheço nele um cidadão honrado e do bem. Admiro-o pela maneira como vive e pelo que faz. Grande abraço e parabéns, Francisco Birajara Pires de Souza!
Euclides Riquetti
Aos poucos, fui conhecendo bem o Milico. Tornamo-nos amigos. Eu corria na velocidade que minha idade me permitia. mas ele era um maratonista, na verdade. Esquecia-se de parar. Vinha de casa correndo, continuava correndo, ia embora correndo! Algumas vezes, vinha com seu carrinho, muito simples. Logo deu para perceber que ele é uma pessoa "do bem", confiável. Dava opinião aos mais jovens, orientava. E incentivava os mais velhos a correrem, caminharem, movimentarem-se. Só isso já é algo de muito bom que faz para a comunidade joaçabense.
Quando a Pista foi abandonada, em razão de que outro "cidadão do bem", o Sr. Djalma Ouriques, parou de capinar as ervas que cresciam na borda da pista, estas cresceram muito, e o local ficou muito feio. Vieram os PARAJASC e a Prefeitura fez uma bela limpeza. Passado o verão, estavam as ervas voltando, ficando feio de novo. Mas um dia, ao chegar lá, deparo-me com metade da pista de 400 metros já limpa, livre das ervas daninhas. Aparece-me, depois, o Milico, com uma enxada, e começa a realizar uma bela de uma limpeza. Em poucos dias, tudo estava bonito de novo.
Entendo o Milico. Ele é uma pessoa que sabe da importância que uma pista de atletismo tem para uma comunidade. Os paraatletas da ARAD treinam ali. No sábado, bem cedo, estavam lá treinando, preparando-se para competir nos PARAJASC e, daqui a poucos dias, no Rio de Janeiro. Cumprimentei todos eles, mãos estendidas e abraços em todos. São pessoas maravilhosas que, em vez de queixarem-se da vida, estão lá buscando a superação de suas limitações. Admiro-os e os incentivo. Dou-lhes palavras de ânimo e estimulo-os a continuarem progredindo, derrotando as limitações. No sábado, o Milico não estava lá. Estava ali, defronte a Escola Nossa Senhora de Lurdes, 3 minutos a pé de minha casa.
Parabenizei-o pelo trabalho que faz. Disse-me que não estava ajudando a comunidade, estava ajudando a si mesmo. A si, porque seu filho estuda naquela Escola e, por conseguinte, ele e sua família são beneficiados. Com uma daquelas "forcas", retirava todas as folhas, gravetos e papéis que estavam no meio das pedras britadas. Arrancava, com as mãos, todas as ervas, e colocava numa caixa de papelão, para depois depositar na lixeira. Naquela Academia ao Ar Livre, ao lado do Ginásio de Esportes, que está depredada e ainda não ganhou o merecido piso, embora prometido ainda em 2011 pelo Poder Público, recolheu as ferragens que estavam espalhadas e empilhou-as. Quem sabe isso "inspire" a quem de dever consertar o que foi estragado e que NUNCA teve manutenção!
Há muito tempo já vinha pensando em escrever sobre o trabalho social comunitário dele. Perguntei-lhe o nome: Francisco Birajara Pires de Souza. É natural de São Sepé, região central do Rio Grande do Sul. Veio de Palhoça, onde tem sua casa. A esposa, Denise, trabalha num Banco aqui, e aguarda transferência para a Grande Florianópolis. Tem 55 anos, muita vitalidade, cabelos grisalhos, corpo de atleta. Tem um sorriso permanente e uma disposição extraordinária de ajudar os outros. Mora perto do Comercial, gosta de cachorros, por isso mesmo não quer morar em apartamentos. Faz parte da Igreja da Congregação Cristã do Brasil, localizada na Rua Frei Rogério, aqui em Joaçaba. Tem notáveis e dignos pensamentos sobre a conduta do Ser Humano. Diz que as pessoas precisam pensar mais, refletir. A pressa as leva a atitudes inconsequentes. As pessoas precisam valorizar mais a vida e respeitar o próximo. Tenho absoluta certeza de que ele pratica aquilo que prega e defende.
Admiro muito o amigão Milico. Gostaria que ficasse morando aqui em Joaçaba. Pena que os projetos dele e sua família são para outra cidade. Mas reconheço nele um cidadão honrado e do bem. Admiro-o pela maneira como vive e pelo que faz. Grande abraço e parabéns, Francisco Birajara Pires de Souza!
Euclides Riquetti
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