sábado, 15 de maio de 2021

Morre a atriz e bailarina brasileira Eva Wilma

 



Eva Wilma Riefle Buckup Zarattini  - nossa Eva Wilma, que tantas alegrias deu as telespectadores da televisão brasileira, morreu logo depois das 22 horas deste sábado, 15 de maio de 2021, aos 87 anos. 

Fez muito sucesso na televisão brasileira, principalmente nas telenovelas produzidas pela TV Tupi e depois pela TV Globo. Talentosa, inteligente e bonita, posso considerá-la uma das maiores e melhores atrizes brasileiras. 

Lembra-se das gêmeas Ruth e Raquel, de Mulheres de Areia, na Tupi? Mais de 40 anos já se passaram desde então. Muitos papeis com John Herbert e Carlos Zara, tendo sido casada com os dois. 

Que Deus a receba bem, e que todos os fãs dela, como eu, guardemos para sempre a imagem de uma mulher brava e talentosa que nos fez rir e fez chorar com suas magníficas atuações. 

Neste domingo não faltarão homenagens a ela em todos os canais brasileiros. Merecidas!


Euclides Riquetti

Madrugada de 16-05-2021


Sábado, bem no fim da tarde..

 



A chuva  da tarde de sábado
Veio fresca, em meio ao  vento
Veio para expiar meus pecados
(Os que ainda não estavam  confessados).
Veio trazer-me de volta os alentos
A chuva que escondeu o firmamento.

Fugiram os pássaros assustados  
E foram juntar-se às  borboletas
Migraram por todos os lados
Ficaram tristes  e acanhados
Enquanto que a água enchia  as valetas
Das ruas estreitas!

Mas, bem no final da tarde
O céu se recompôs
Sem nennhum alarde!

Então, o coral do passaredo voltou
O céu reazulou
E o sol se redourou
Sábado, bem no fim da tarde!

Euclides Riquetti

Braços e mãos que encantam

 



Teus braços e mãos muito me encantam
Quando se movem para me fazer carinhos
Quando, leves, abrem caminhos
Para meus olhos que se levantam
E buscam encontrar-te ... de mansinho

Teus braços e mãos me envolvem e  me seduzem
Me deleitam com o ardor de seus beijos profanos
Me animam aos sonhos e desejos mundanos
Pelos caminhos da sedução me guiam e me conduzem
E assim me encontro no teu corpo e nos amamos.

Teus braços e mãos que se levantam com leveza
Me atiçam ao sabor da mais terna das paixões
Me incitam a viver as mais fortes emoções.

Teus braços e mãos que são a âncora da beleza
Me chamam para dividir a alegria e o doce sabor
Me convidam para sorver as delícias do amor!

Euclides Riquetti

Bela tarde de sol

 



Bela tarde de sol, muito inspiradora

No cenário, uma paisagem redentora

No arvoredo, a canção do passaredo

No céu, o anilado que anula o medo

Porque é sábado de sol bem dourado!


Bela tarde de sol animador dos entes

Nas ruas velhas desfilam os viventes

Tomam rumos que nem escolheram

Vestem roupas que as mãos teceram

Que lhes trouxeram os anjos alados!


Na bela tarde de sol, eu me lembro

Houve esperança no último setembro

Vieram novos meses e outras estações

E nenhum alento aos nossos corações 

Que buscam a liberdade tão sonhada.


Pois que venha outro novo setembro

Mais um outubro e outro dezembro

Que nos volte logo o calor do verão

Para reanimar meu pobre coração

Para que a vida leve seja retomada!


Euclides Riquetti

15-05-2021







Diga-me apenas por que rua vai voltar...

 



Diga-me apenas por que rua vai voltar...
Se é pela que vem com o sol,  ou a com que ele vai
Diga-me se vem pelas areias do mar
Ou vem das montanhas que me fazem pensar
No seu rosto bonito que de minha mente não sai...

Diga-me apenas que não vai me esquecer
Que bons momentos são doces lembranças  que se eternizam
Diga-me que no mundo não há razões para o sofrer
Se estivermos dispostos a tentar  compreender
As angústias e  a ansiedade que nos martirizam.

E, na simplicidade de meus versos e de minhas pobres rimas
Um recado que brota de meu coração cigano
Palavras que elevem seu ânimo e a estima
Na tarde cansativa ou na noite mal dormida
Na manhã do pecado e do meu beijo profano...

Euclides Riquetti

Escolhi ser poeta...

 



Escolhi ser poeta...
Pintor de palavras articuladas
Harmônicas e bem cuidadas
Nem sempre as mais certas
Mas escolhi ser poeta!

Escolhi ser poeta, simplesmente
Pois posso, assim, dizer de meus sentimentos
Compartilhar minhas alegrias e meus sofrimentos
Tornar-me um homem diferente
Apenas sendo poeta!

Escolhi compor versos, estrofes e poemas
Dar,  às melodias, palavras românticas
Escolhi velejar  nos mais diversos temas
Sem traumas, medos ou dilemas
Sem me importar com a léxica e a semântica.

Escolhi ser poeta...
Porque isso me permite
Entrar nos corações mais fechados
Nos que se sentem tristes e abandonados
Nas horas mais tensas e mais difíceis...

Escolhi, simplesmente, ser poeta
Sem precisar de dar explicações lógicas
Para, apenas,  usando de minha inspiração própria
Poder levar um pouco de luz às almas mais inóspitas.

Escolhi, sim, ser poeta
E fazer disso meu grande ideal de vida!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 14 de maio de 2021

Olhos nos olhos, lábios nos lábios...

 


 



Olhos nos olhos, peito no peito
Lábios nos lábios, coração com coração
Quero-te amar assim, desse nosso jeito
Quero-te querer com amor e paixão!

Quero divagar junto contigo
Viajar no tempo e te encontrar no espaço
Quero chorar no teu ombro amigo
E percorrer os caminhos que eu mesmo traço!

Quero-te beijar nas noites estreladas
Dar-te carinhos quando anoitece
E afagar teu corpo nas tardes nubladas.

E quando perceberes o quanto eu te amo
E notares que também pra ti o amor acontece
Guardarei os versos com que há muito te chamo!

Euclides Riquetti

Amanhã de manhã

 



 

Amanhã de manhã
Vou andar por aí sem destino
Vou procurar em ti o abrigo
O afago de que tanto preciso
Amanhã de manhã...

Amanhã de manhã
Vou pegar a caneta e  papel
Vou levar também tinta e pincel
Desenhar o teu lábio de mel
Amanhã de manhã...

Amanhã de manhã
Vou sair pela estrada cinzenta
Vou vagar  pela estrada barrenta
Dar um beijo em tua alma sedenta
Amanhã de manhã...

Vou buscar teu olhar contagiante
Abraçar o teu corpo dourado
Na manhã  do céu azulado
Na manhã escaldante
Do encontro emocionante
Do encontro esperado
Desejado
Vou buscar, sim, os teus lábios rosados
Amanhã de manhã...

Euclides Riquetti

Olhos nos olhos, lábios nos lábios...

 



Olhos nos olhos, peito no peito
Lábios nos lábios, coração com coração
Quero-te amar assim, desse nosso jeito
Quero-te querer com amor e paixão!

Quero divagar junto contigo
Viajar no tempo e te encontrar no espaço
Quero chorar no teu ombro amigo
E percorrer os caminhos que eu mesmo traço!

Quero-te beijar nas noites estreladas
Dar-te carinhos quando anoitece
E afagar teu corpo nas tardes nubladas.

E quando perceberes o quanto eu te amo
E notares que também pra ti o amor acontece
Guardarei os versos com que há muito te chamo!

Euclides Riquetti

Quando o vento soprar de leve...

 




Quando o vento frio soprar de leve
Balançando as cortinas suavemente
E a doce melodia chegar de repente
Para acariciar-te num sopro breve...

Quando o vento da manhã chegar
E acariciar teu rosto com a doçura
Acalmando tua alma branca e pura
Vais, certamente de mim lembrar.

Quando ouvires o triste lamento
Que o vento carrega de mim pra ti
Talvez perceba um ressentimento
Que não há como eliminar de mim...

Então nosso tempo já terá ido embora
E saberemos o que a vida nos toma
Ela que nos dá a subtração e a soma
Ele que se vai e nos deixa por hora.

Bem assim...

Euclides Riquetti

Memórias condenadas em minha cidade: Governar Resgatando as Origens!

 



Prefeitura Municipal de Ouro - ao lado, o prédio que deveria abrigar um museu. 

       A maioria dos meus leitores que tenho um carinho muito especial por Ouro, Capinzal e Zortéa, pois foi as cidades em que atuei na educação e na política depois de ter morado, estudado e trabalhado em Porto União da Vitória. Em Ouro, especificamente, atuei a maior parte de meu tempo na vida profissional e cultural. Acompanho a história do município, tenho-a registrada e minha intenção é de, num futuro breve, transformá-la em mais um livro.

       Ouro foi desmembrado de Capinzal, sendo instalado em 07 de abril de 1963. Um dos grandes signatários da luta pela emancipação de Ouro foi Ivo Luiz Bazzo, de saudosa memória, que se fez apoiar por muitos idealistas, dentre eles André, Adauto e Celita Colombo,  Pedro Casemiro Zaleski, Antônio e José Maliska Sobrinho, Amélio Dal Sasso, Nadir Zanini, Elibrando Dambrós, Alcides e Cláudio Dambrós, Raimundo Stopassola, Ricieri Parizotto, Olivo Póggere, Eugênio Grulke, Vidal de Matos, Antenor Rodrigues, Aldecir Campioni, Augusto Masson, Domingos Guerra, Carlos Tessaro, Ênio Gregório e Ernâni Bonissoni,   Arlindo Baretta, Marcos Fortunato Penso, Mário Orestes Brusa, Oziris d Agostini, Benoni Viel, Deoni Maestri, Ilto e Ivo Ludovico Maestri, Olávio Dambrós, Antônio Biarzi, Carleto Baretta, Agenor Jacob Dalla Costa, Ivo Brol, Saul Parisotto, Sérgio Riquetti, Aquilino e Darci  Baretta, Serafin Baretta, (Odilon) Gomercindo e Mário Caldart, Olímpio Viecelli, Abel e Giavarino (Bijuja) Andrioni, Walmemar Matté, Vitalino Spada, Biaggio Spada, Celestino Viganó, Nereu de Oliverira, Felice Casagrande, Fiorindo Bernardi, Santo e Carlos Segalin, Valdomiro Morosini, Ludovino Baretta, Waldemar Sartori e irmãos, Vítor, Plínio Clemenceaur, Hugo e Nelson Bazzo,  Fioravante Colombo, Waldemar, Raul e Érico Dambrós, Guerino e Vitório Riquetti, Rozimbo e Itacir Baretta, Severino Baretta, Adelar e Miro Baretta, Domingos Antônio Boff, Adelar Baretta, Dirceu Cadore, Silvano e Ciro Dambrós João e Zacarias Tessaro, Luiz e Ângelo Savenhago, Atílio e João Matté, Amadeu Boz, Arlindo Baretta, Osvaldo Lemes, João Edelberto Fontes, Luiz e Benjamim Miqueloto, Vitório Baretta, Reinaldo Masson, Werner da Silva, Afonso Tomé,  e muitos outros. 

       A luta para a separação foi muito intensa e os primeiros anos de administração foram muito difíceis, tendo-se iniciado com o Prefeito Doutor Nelson de Souza Infeld, depois com a eleição de Luiz Gonzaga Bonissoni, na sequência Ivo Luiz Bazzo e outros.

       Na separação de Ouro e Capinzal, a sede do município, Capinzal, ficava localizada no Distrito de Ouro, instalada num prédio que foi adquirido da família Sartori, através da intermediação de Marcos Fortunato Penso. A esse prédio denominam "Prefeitura Velha", e está localizado ao lado do atual Paço Municipal. Após a construção do prédio atual, ali foram instalados a Agência dos Correios, a antiga Acaresc (Epagri)  e a Cafasc (Cidasc). Também a Coordenadoria Local de Educação. Funcionaram por alguns anos, até que, no segundo mandato de Domingos Antônio Boff, com verba específica do Ministério da Cultura, reformou o prédio para a instalação do Museu Professor Guerino Riquetti. 

       Guerino Riquetti, com apoio dos professores, estudantes, comunidade  e autoridades da cidade, trabalhou para a instalação do museu, que funcionava sob a biblioteca municipal, uma casa adquirida pela prefeitura junto a Moisés Baretta. Na segunda administração de Ivo Luiz Bazzo, a casa da biblioteca, de madeiras, foi substituída pelo atual prédio, de alvenaria, em construção projetada pela AMMOC e executada pela Constutora Lunelli. As peças do Museu, por ocasião da Enchente de 1983, foram levadas para lugar seguro, porém boa parte do material foi perdido. 

       No correr dos anos, o prédio restaurado, conhecido como "prefeitura velha", passou a ser ocupado, indevidamente, (seria ocupado provisoriamente), pela Câmara de Vereadores, Epagri, Cidasc, Correios, Secretarias Diversas, e assim por diante. Mas a função de museu jamais foi cumprida.

        Na administração de Sérgio Durigon/José Camilo Pastore, a solução encontrada  para abrigar o museu foi o casarão da Família Matté, localizado atrás da atual Câmara de Vereadores, arrendado pelo Município. Ali, a professora Lainir Durigon reorganizou o museu e o local foi transformado na Casa da Cultura. O porão passou a ser local para apresentações culturais e gastronomia típica. O piso das calçadas e do porão, eu ganhei da proprietária da Mineração Trevo, de Trombudo Central. Fomos buscar com  os caminhões da Prefeitura e funcionários, com apenas o custo corrente desses. Na Casa da Cultura, recebemos, inclusive, o Cônsul da Itália, uma vez, que foi saudado pelo Píccola Itália Del Oro. 

       Adiante, sendo solicitada a devolução do imóvel pelo proprietário, o museu foi anexado à Biblioteca Municipal Prefeito Ivo Luiz Bazzo.  Numa reforma, as peças foram guardadas sob a arquibancada do Ginásio de Esportes do Parque Jardim Ouro. Depois, perdeu-se o paradeiro das mesmas. Uma máquina de projetar filmes em película, altamente profissional, que foi doada pelo Senhor Saul Parisotto, me informaram que está guardada na garagem municipal. É um bem de alto valor histórico, pois era utilizada no Cine Glória, depois Cine Odete. 


Biblioteca Pública Municipal Prefeito Ivo Luiz Bazzo 

       Agora, no presente momento, tenho recebido ligações de pessoas daquela cidade, que me informam e pedem opinião e orientação sobre como proceder diante de situações com as quais não concordam. Relatam-me que têm conhecimento de que a atual administração pretende: a) Transferir a biblioteca para o local onde funciona o CEATUR - Centro de Atendimento ao Turista,  na Praça Pio XII, conhecido como a "Casinha de Vidro", e vendem artesanato de produção local. b) Transferir a biblioteca para um imóvel alugado, instalando no seu lugar atividades do  Serviço Social. A retirada de um rodão de madeira localizado na Praça Pio XII, símbolo da nossa colonização italiana também desagradou muitos habitantes. 

       Há algumas considerações ( e preocupações ) que precisam ser levadas em conta: 1 - Os imóveis passarão a ser utilizados com finalidade diferente para a qual foram projetados. E as verbas obtidas junto ao Governo Estadual eram específicas para isso. A ação caracterizará, se assim for, desvio de finalidade, ou qualquer outro assemelhado jurídico. 2. A cidade continuará sem o seu museu. 3. A sala da biblioteca, que foi utilizada, depois de sua reforma, na administração de José Camilo Pastore e Nadir Nardi, também para eventos culturais, será apenas mais uma "memória perdida". Lembro-me de eventos como nossas Noite do Canto, Arte e Poesia, do qual participaram figuras exponenciais de nossa cultura e arte, com visitantes do quilate de Davi Froza, Jaime Teles, Denize Cecatto Bee e do argentino Roberto Garajo. De lançamentos de eventos prévios da Notte del Formaggio e del Vino (Grupo  Píccola Italia del Oro), corais e muitos outros. No mandato de Durigon e Pastore, um de seus slogans era "Governar Resgatando as Origens". Pois que elas possam ser resgatadas agora, sob pena de perdermos e maltyratarmos nossa História. 

       A cidade já perdeu muito e muito continuará perdendo se tais ações forem confirmadas. 

       Os jovens administradores de Ouro, Claudir Duarte e Renê Módena, que foram meus alunos, têm nas mãos e na caneta a condição de rever os projetos que serão contestados, inclusive colocando todas as abóbaras em seus devidos lugares. Culturalmente, moralmente e legalmente. 

Professor Euclides Riquetti - Escrritor -Ex-Prefeito Municipal em Ouro. 

14-05-2021

      


       


Nascem as flores

 

 

Nascem as flores  nos canteiros
Nos vasos, jardins e floreiros
Nascem nos campos as flores
De todos os matizes e cores.

Nascem as flores em setembro
Também nas margens dos ribeiros
Nascem em outubro e novembro
Enfeitam a vida em fevereiro....


Nascem flores muito belas
Rosas brancas, vermelhas, amarelas
Nascem nos montes  as flores
Vêm nos perfumar seus olores.

Nasceram em botões e se abriram
E meus olhos as contemplam (e admiram!).

E as flores em janeiro nascidas
Ali estão, formosas e coloridas
A conquistar os transeuntes embasbacados
A conquistar meus olhos abrilhantados.

Ah, flores frágeis e esplendorosas
Mas também  belas, singelas  e viçosas.

Mas apenas flores
A povoar os vasos
Os jardins:
A encantar você
A encantar a mim!

Euclides Riquetti

Amar: Jamais te perder!

 



 
 

 
 
 
 

Amar: Jamais te perder!

Mar...
Luar....
Olhar...
Sonhar! (Querer)

Flor...
Amor...
Calor...
Dor! (Sofrer)

Navegar
Divagar...
Namorar...
Amar! (Pretender)

Canção...
Paixão...
Emoção...
Coração! (Viver, viver!, viver!)

E, entre verbos e substantivos
Te ver... tecer... te ter...
E, entre versos (re) sentidos:
Teu ser...
Apenas te querer.
(Jamais te perder!)
 
Euclides Riquetti

Poemas e crônicas no "Blog do Riquetti"

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Cabelo molhado de chuva fresca

 



http://www.sitiodamulher.com/wp-content/uploads/2010/04/cabelo-molhado-da-chuva.jpg

Seu cabelo é molhado de chuva fresca
Na noite que começou bem calorenta
Se amanhã é sábado e hoje é sexta
Atração fatal, vem, me experimenta...

Cabelo molhado, escuro e cheiroso
Na noite deliciosa deste meio verão
Que amanhã seja o dia maravilhoso
Dia de vivermos desmedida paixão.

Cabelo molhado que eu cheiro tanto
O perfume do shampoo mais natural
 Maciez de seda, brilho sensacional.

Cabelo solto, do frescor e do encanto
Cabelo do charme, de cor de sedução
Me deixe tocá-lo com a minha mão!

 Euclides Riquetti

"O doce aroma que perfuma"

 



Traz-me o vento que balança a cortina

O doce aroma do fruto goiaba
Que vem perpassando o vão da janela
E me lembra de sua cor linda,  amarela
Cobrindo a polpa vermelho-rosada
Ah, doce aroma que perfuma...e que me anima!

Traz-me de volta seus olhos fugidios
E leva meus lamentos pelas águas do rio.
Traz-me o vento lembranças gostosas
Lembranças que me fazem bem e me afagam
Lembranças verdes e maduras
Que dividíamos com ternura
(E que de min´alma meus pecados apagam...)
Das frutas tenras, macias e saborosas.

Traz-me de volta seus  olhos fugidios
E leva meus lamentos pelas águas dos rio.

Do rio que sai de mim
E que busca você.
Apenas dele...

Euclides Rquetti

Deixe-se levar... pelo pensamento!

 


Deixe-se levar... pelo pensamento!



Segure-se no céu azul, agarre-se no firmamento
Deixe-se levar pelo pensamento
Deixe seu corpo levar-se, transportar-se
Pelas ondas do ar, pelas asas do vento...

Jogue um pedaço dessa imensidão azul para colorir o mar
Jogue os raios do sol para azular a água
Jogue a morenice de sua pele para colorir a areia
Use o calor de minhas mãos para enxugar suas lágrimas...

Escute a música  que vem de meu coração
Sinta o sabor dos beijos que eu lhe dei um dia
Transforme meus versos numa bela canção
Seja os acordes de minha melodia.

E então, pouse como a gaivota sobre a areia quente
Mergulhe seus pés nas vagas turbulentas
E ouça  o poema que eu lhe disse num repente
Inspirado em almas brancas, mas  vorazes e sedentas.

Euclides Celito Riquetti

Poemas de Euclides Riquetti no seu
"Blog do Riquetti"

Jogo de sedução

 




Não quero que me vejas como um fútil galanteador
Nem  quero despertar em ti uma faísca de paixão
Quero apenas que sinta em mim um poeta sonhador
Não como alguém vulgar que faz o jogo da sedução...

Não imagino que possamos dar luz a uma realidade
Apenas que possamos surfar nas ondas de uma ilusão
Em cada verso far-te-ei  uma jura de lealdade
Em cada um de meus poemas um recado ao teu coração...

Quero, sim, que penses em mim, como quero pensar em ti
Quero, sim, que tu me queiras, como eu quero te querer
Quero, sim,  que escrevas na noite, como quero escrever aqui...

Quero, sim, te seduzir, com palavras de amor e paixão
Quero, sim, que tu te percas, como quero me perder
Quero, sim, que guardes pra mim, a tua alma e teu coração...

Euclides Riquetti

Uma luz que me atrai

 



Há uma luz que brilha  na escuridão
Não é sol, nem estrela, nem  luar
Mas  é algo que me vem de seu olhar

E que eu guardo, com carinho,  na imaginação.

Há uma luz que me atrai, que nunca se apaga
Não vem do fogo e nem vem de lanternas

Vem de você, de suas palavras  ternas

É uma luz que me embala e me embriaga.

Luzes brilham onde quer que seja
Luzes que nos fazem viver e sonhar

Brilham apenas para o coração que deseja....

Ah, luzes, com seu brilho sutil e  encantador
Luzes da alma, dos lábios e de um  olhar

Luzes que vêm de você, que me  trazem o  amor!

Euclides Riquetti

quarta-feira, 12 de maio de 2021

Me perder contigo

 








Quero te beijar...
Me deliciar...
Quero te dar
Um beijo com gosto de chima...

Pode ser aquele roubado
Ou aquele duramente conquistado
Deliciosamente degustado
Com sabor de chima...

Um beijo depois de uma cuia de mate
Acompanhado de chocolate
Junto com o desejo que bate
No sorver de nosso chima...

Pode ser um beijo curtinho
Mas dado com todo o carinho
Levemente, de mansinho
Mas delicioso como o chima...

Quero mais do que um beijo de amigo
Quero um beijo caliente
Quero um corpo efervescente
Quero me perder contigo!

E dar-lhe um beijinho
Gostoso:
Com sabor de chima
E de Diamante Negro!

Euclides Riquetti

Na noite silenciosa...

 



Na noite silenciosa, o céu se fecha em escuridão
O claro do dia rende-se às trevas inclementes
Que afligem meus medos antigos e os recentes
E enquanto os anjos  me protegem firmemente
Eu rezo a Deus pela  Divina proteção.

E, no silêncio que campeia
Vem o seu pensamento
Vem encontrar os meus devaneios
E os meus tormentos
Vem  punir meu nefasto atrevimento
Vem punir-me em meu silêncio
Que também é o seu...

E enquanto ouço a orquestra dos ventos sinfonizando a natureza
Deixo-lhe uma oração de paz a vagar pelos ares
Quero que a encontre entre o céus, entre os mares
Arrefeço  meus pensamentos, dando-lhes leveza
Pois só os pensamentos leves e libertos é que perdoam
Extinguem as palavras e atitudes que magoam...

E, enquanto escrevo, ouvido o murmúrio do mar
Ali, do outro lado da rua
Algo me impele a pensar:
Há uma forte presença sua
Em meu sonhar...

Euclides Riquetti

Salve, Chile! reeditando...




Nossa ida para o Chile foi organizada pela Michele e o Daniel, filha e genro. Usando as tecnologias modernas de comunicação, eles escolheram os hotéis e agendaram, previamente, os pontos para nossa visitação, deixando algumas aberturas na agenda.  Foi um tour maravilhoso que eu e a Miriam fizemos com eles. Obrigado por nos proporcionarem isso.

            Chegamos ao aeroporto de Santiago ao final da tarde do dia 21. Lá,  o dia fica bem claro  até quase 22 horas.  Tomamos um ônibus até o hotel. Surpreendeu-me a qualidade dos transportes coletivos e o público, em geral, em todo o Chile. Táxis, ônibus, metrô, vans, e até bondes em Valparaíso. Funiculares para as pessoas subirem e descerem nos cerros. Dá até uma inveja deles. Não há aquela lentidão no trânsito que temos aqui. Menos de metade dos veículos nas ruas são carros de passeio. E, nas rodovias, não há aqueles caminhões enormes carregando mais peso do que devem. Nem aqueles caminhões lentos e velhos que andam em nossas rodovias não duplicadas e sem pista adicional.                                                                                                                      
                Acomodados devidamente, ficamos a menos de dois minutos, a pé, do metrô de Santiago. E a um minuto de um movimentado terminal de ônibus. Muito favorável a mobilidade por lá. Isso nos permitiu que, ainda na primeira tarde, fôssemos ao Província, na área central, onde comemos comida peruana do “Tambo”, um pequeno mas aconchegante restaurante num pátio gastronômico. Foi ali nossa primeira refeição em território andino, no dia 21, bem como a última, no dia 29. Escolhemos pratos com os deliciosos temperos da cozinha peruana. Vinhos das melhores castas chilenas e cervejas peruanas e chilenas.                                                                                         
                 O que me impressionou, no entanto, foi a valorização que os artistas têm no Chile. Poetas, pintores e músicos têm generosos espaços na imprensa, sobretudo nos jornais e TV. Bem ao contrário daqui, onde a política e as notícias policiais tomam conta dos espaços televisivos. Numa parede localizada na frente do restaurante, exatos 100 quadros, de 100 pintores daquele bairro. Cada um com uma menção ao respectivo pintor, todos do mesmo bairro. É assim nas centenas de cafés e restaurantes das cidades de Santiago e Valparaíso, onde as obras de porte estão presentes.                                                                                                                                    
                 Tive o prazer de tomar um café  no “Café del  Poeta”, o lugar preferido de do poeta Pablo Neruda, falecido em 1973. Lá, uma escultura dele e outra  de Gabriela Mistral, ambos ganhadores do Prêmio Nobel de Literatura, tomam café em uma mesa lateral. Sentei com eles e tirei umas fotos. Emocionante, para mim, que tanto gosto de poemas, sentir o clima poético que ali reina.                                                                                                                                                                                   cho                   Temos muito que aprender com os chilenos em termos de valorização da arte. Até me animei a frequentar aulas de pintura em tela na casa da Cultura Rogério Sganzerla, aqui em Joaçaba, a partir de agora. Quem sabe eu possa aprender a por um pouco da arte de Michelângelo e Da Vinci em algumas telas...

Euclides Riquetti
09-02-2015

Apenas um triste canção de amor

 


Entoavam os anjos celestiais apenas uma triste canção de amor
Enquanto as canárias gorjeavam com os seus meigos cantos
Enquanto a minha alma em dores chorava os seus desencantos
E as lágrimas rolavam de meus olhos teimosos em se recompor.

Vergavam-se ao vento longos eucaliptos e as eretas bracatingas
Enquanto as perdizes se refugiavam em meio às folhas secas
Enquanto as garças, em bandos, voavam com suas asas lentas
E raros jatobás se impunham espalhados nas desérticas restingas.

Sorriam as mulheres bem amadas em seus colóquios  amorosos
Enquanto os rádios propagavam em suas ondas tangos e boleros
Enquanto os namorados fitavam suas damas com olhos sinceros
E eu esperava pelo seus perfumados cabelos lisos e sedosos!


Euclides Riquetti

100 Anos - Parabéns, com muito carinho, Dona Noemia Calliari Sartori!

 



Dona Noemia votando nas eleições de novembro/2020 - Créditos: Rádio Capinzal


       Dona Noemia, nossa amiga e conterrânea, está completando 100 anos hoje. Parabéns a ela e a todos os seus familiares! 

       Há cerca de um mês, estive ali próximo da casa dela, ali no Ouro. Vi a sua filha Denize, minha colega de escola na infância e de magistério na vida adulta. Ela nem me reconheceu, por causa da máscara no rosto. Depois, identificou-me pela voz. Perguntei-lhe: "Como está a Dona Noemia? Quase completando 100 anos?

       Suas respostas foram auspiciosas: "Ela está muito bem, vai completar os seus 100 anos em poucos dias!". Mandei-lhe os parabéns e isso é mais do que uma formalidade, é a manifestação do imenso carinho que eu e a Miriam temos por ela. Dona Noemia é uma figura ímpar na história atual do Município de Ouro. Todas as suas amigas de juventude já se foram, pouco a pouco. E ela continua ali, firme, lúcida e relativamente forte. É possível afirmar que ela é uma fortaleza na comparação com outras pessoas de idade próxima à dela. Conheço-a desde minha infância, pois eu era colega de duas de suas filhas, a Denize e a saudosa Marlene, que faleceu praticamente na sua adolescência. Lembro dela como a magrinha e alta que ia ao Mater Dolorum com aquela maleta de couro em que cabiam os cadernos, lápis, régua e apontador. A sua partida gerou muita tristeza na época. Os filhos Egomar, Homero, Rômulo, Leoni, Denize, Mara, Jaime sabem muito bem o quanto essa Senhora é especial!

       Dona Noemia mora em frente da Prefeitura Municipal de Ouro. Irmã do Monsenhor Ivo Antônio Calliari, do Rio de Janeiro, idealizador e construtor da Mitra Diocesana de São Sebastião, onde está sepultado desde 2005. Também cunhada de Dom Agostinho Sartori, Bispo da Diocese de Palmas, no Paraná, fundador e reitor da Facepal, daquela cidade, também in memorian.  . Como exerci atividades profissionais e políticas ali, conversei inúmeras vezes com ela. Sempre muito amável e disposta, uma dama gentil e respeitosa que merece o carinho, o aplauso e a admiração de todos. Há 22 anos, convidei  um grupo de pessoas para uma reunião ali na Biblioteca Municipal Prefeito Ivo Luiz Bazzo, próximo de sua casa. A prestativa senhora esteve presente e muito contribuiu com valiosas informações que guardo registradas e que comporão um futuro livro meu. Dos que participaram, mais jovens do que ela, já partiram o Érico Dambrós, Olivo Zanini, Pedro Casemiro Zaleski (sobrinho dela), Rozimbo Baretta, e Ivo Luiz Bazzo. Estão ainda na cidade Ivo Ludovico Maestri e Celita Colombo. Inúmeras vezes esteve nas escolas para com os alunos, dar luz à História de nossa cidade. 

       Ninguém mais do que ela acompanhou nossa História. Sabe tudo sobre enchentes do Rio do Peixe, cujas águas dezenas de vezes invadiram seu terreno e mesmo o porão de sua casa, as enchentes diversas, principalmente a de 1983, as neves de 1965 e de 1975, a perda do Doutor Vilson Bordin, as eleições desde os tempos de Horácio Heitor Breda e Sílvio Santos, por Capinzal, e desde Luiz Gonzaga Bonissoni, pelo Ouro. Viu a pavimentação com paralelepípedos nas principais ruas das cidades e depois o seu asfaltamento. A construção da Ponte Pênsil e depois da Irinbeu Bornhausem. As quedas e reconstrução da Ponte Pênsil Padre Mathias Michelizza, a construção do Mater Dolorum, do Belisário Penna, da Escola Prefeito Sílvio Santos, de nossos hospitais. E, mesmo com 99 anos, foi votar nas últimas eleições.

       Quando alguém me pede alguma informação sobre fatos de nossas cidades e eu não sei responder, indico aquela Veneranda Senhora capinzalense-ourense, que sempre dispensou a maior atenção possível a todos. Há alguns anos, produzi e guardo um vídeo sobre a emancipação de Ouro, que se desvinculou de Capinzal e foi instalado em Sete de Abril de 1963. A entrevista com ela fiz em sua própria casa. Informações importantes que guardo com muito carinho.

       Que bom poder homenagear a querida e amável amiga Dona Noemia. Que Deus conserve sua saúde, sua lucidez e sua simpatia. Sinta-se abraçada por mim e por toda a  minha família.

Euclides Riquetti

12-05-2021

Entenda-me

 





Entenda-me... compreenda-me...
Procure me entender porque eu sou assim
Procure minha história de amor sem fim
E você vai finalmente me entender!

Pesquise então... busque mais informação...
Procure ler, procure ouvir e saber mais
E vai perceber eu sou do bem, que sou da paz...
Que a realidade determina o rumo de meu chão...

Verifique bem... constate muito bem...
Procure formas de viver a vida como eu faço
Não me entrego nem nas horas de cansaço
Busque viver bem...busque ser feliz também...

Mas me inclua no seu  contexto de cumplicidade...
Não me deixe fora de seus ternos planos
Deixe-me lembrar dos belos rumos que traçamos
De dividir os sonhos, a alegria, a felicidade!

(Bem assim...)

Euclides Riquetti

Voltaram nossos pecados...

 



Voltaram os pecados que haviam saído
Que buscaram encontrar os pecados teus
Voltaram leves e punidos
Voltaram os pecados meus...

Passearam,  de mãos dados, os nossos pecados
Foram sonhar os sonhos permissíveis
Desejavam ser perdoados, depurados
Buscaram os perdões mais impossíveis.

Então  a flecha do cupido, a arma tão letal
Sacramentou o perdão de ambos os pecadores
E foi a vitória do bem perante o mal.

E, as negras tintas  foram  dissipadas
A alvas rosas abriram seus botões em flores
E Deus abençoou nossas almas já purificadas.

Euclides Riquetti

terça-feira, 11 de maio de 2021

Uma chuvinha ocasional





Hoje caiu uma chuvinha ocasional

Águas frias molharam os gramados

Buscaram as ladeiras, sangas e rios

Buscaram chegar aos mares bravios

Trazendo a umidade ao solo natural

Correndo para lugares acidentados

Elas trazendo você até minha mente...


A chuva me traz de volta a saudade

O primeiro frio chegou de verdade

Imagino escrever-te um belo soneto

Duas quadras e dois belos tercetos...

Mas, tendo a inspiração ido embora

Vejo-me aqui assim tão desamparado

Para voltar-me ela não tem dia e hora

Sinto-me como um poeta abandonado. 


E você, razão dos meus bons intentos 

Razão da realidade dos sentimentos

Espera, ansiosa, pelos poemas meus

Enquanto aqui os faço para gáudio seu

Para que seu sonho tenha os alentos.


Então, quando outras noites e os dias

Baterem à sua porta e quiserem entrar

Abra-a com toda a sua grande alegria

E ouça as melodias que lhe traz o mar.

São aquelas canções que eu lhe compus

Inspiradas num raio de intensa luz

Para seu rosto lindo poder vislumbrar.


Euclides Riquetti

11-05-2021