sábado, 10 de junho de 2023

Um horizonte azul cor do céu

 


 


Um horizonte azul cor do céu


Há um horizonte azul a nos esperar
E corpos que  flutuam embalados em canções
Nas ruas da terra , através das gerações.
No azul da cor do céu, no  azul da cor do mar.

Há um horizonte azul  a nos amparar
Em todas planícies verdes deste mundo
Nos mares que cobrem do sol  rotundo
E ombros que me esperam pra chorar.

Havia um horizonte azul no teu olhar
Que me buscou entre os andantes do universo
E um doce abraço teu a me chamar:

Agora, em cada nova manhã de invernos e verões
O Poeta   te exalta  em prosa e verso
Ó  musa de meus encantos e paixões!

Euclides Riquetti

Uma rosa para você

 


 


Uma Rosa para Você

Eu quero apenas oferecer

Uma rosa para você

Ainda não escolhi qual delas

Se a vermelha ou a amarela

Todas você faz por merecer!


Quero vê-la se envolver

Com aquela que vier a escolher

Pelo perfume, a fragrância

Pela singeleza e exuberância

Ela será toda para você...


Uma rosa que perfuma e atrai

Mesmo quando uma pétala cai

Encanta e inspira este poeta

Que com a verve mais discreta

Declama-lhe um poema e se vai!


Euclides Riquetti

Homenageando amigos: Valdomiro Corrêa, Willy Otto Lamb, Pedro Édison Lamb

 




Em pé: Valdomiro Correa, treinador; Zucco,
Altair Secchi, Ademir Rech, Euclides Riquetti
(eu mesmo..., o mais alto de todos), 
Vicente Gramázzio, Malmir (Mazzo) Padilha.
Agachados: Domingos dos
Santos (Mingo Balbina), Valêncio de Souza,
Braguinha Ramos, Carmelino Nora e Sérgio
Scarton. 

       Na semana, perdemos amigos de longa data, que marcaram nossa vida. Partiram Valdomiro Correa e Willy Otto Lamb. Recentemente, Pedro Édison Lamb, o Pedrão do Besc. Pessoas com quem vivi ao longo de minha vida e que posso dizer que, por todos eles, nutri grande amizade. Agora, tanto quanto seus familiares, compartilho a saudade e rezo por eles!

       O Valdomiro fora meu vizinho ali em Ouro na década de 1960. Eu tinha meus 10 anos e ele 27. Era ponta esquerda do Arabutã, canhoto habilidoso. Dezenas, quem sabe centenas de vezes, vi-o jogando com a vermelhinha, ali no antigo campo municipal, perto da estação ferroviária, em Capinzal. Morava perto do valo da usina da família Zortéa, trabalhou como tipógrafo na antiga Tipografia Capinzal, ali em Ouro.  Depois esta passou a pertencer à família Baretta. Também com seu irmão Elói e, adiante, com o Osmar Capeletti, em Capinzal. Até recentemente, bem idoso, com a pastinha embaixo do braço, visitava as prefeituras e o comércio de Ouro e Capinzal para oferecer serviços gráficos. As pessoas lhe davam atenção, porque ele sempre foi uma pessoa muito humilde, respeitosa, responsável em tudo o que fazia. Gostava de  que tudo fosse feito com capricho, perfeição. 

        "Riquetti, como vai a Dona Miriam? E o piá? E as meninas?" - Fazia esse tipo de pergunta às pessoas que encontrava na rua, após estender a mão para o habitual e formal cumprimento. 

        Foi meu treinador no Arabutã Futebol Clube, no estádio da Baixada Rubra. Cheguei em 1980, fiz alguns treinos com os aspirantes, contra os titulares. Eu viera do Grêmio Lírio, de Zortéa. Saí para o futsal com meus colegas professores e voltei, definitivamente, em 02 de fevereiro de 1983, aos 30 anos, mas direto na categoria de veteranos, onde eu me sentia bem. Nos vestiários, primeiro ele dava uma preleção, dizia como queria que o jogo andasse, distribuía as camisas. Primeiro a do goleiro, depois a minha, a dois, de lateral direito. Outras vezes a quatro, de quarto zagueiro. Nos intervalos, nos dava água, cobrava empenho no segundo tempo, fazia substituições, não queria nunca que perdêssemos os jogos. Vibrava com nossas vitórias. Foi assim por mais de uma década! 

       Tivemos grande participação, juntos, em celebrações de missas convencionais e celebrações de despedidas, na Matriz São Paulo Apóstolo. Trabalhamos nas festas de nosso Padroeiro, em muitos eventos. Em eventos sociais, ele trabalhou como garçom e até encaminhou os filhos. Valdomiro sempre foi um marido e pai zeloso. Seus familiares e a comunidade muito vão sentir a sua falta. E as centenas de jogadores que passaram pelas suas mãos no futsal e no campo gramado. 




       Willy Otto Lamb, o Willão, era mais um cara do bem. Simpático, educado e atencioso, dedicava a vida a sua família: Esposa e filhos. Exímio cozinheiro, sabia o gosto das pessoas que frequentavam seu estabelecimento, desde os tempos do Ginásio Dileto Betaioli até os dois últimos, no Parque e Jardim Ouro, primeiro em dependências do comércio da família Bernardi, até o seu próprio estabelecimento, nas proximidades da Escola Felisberto Vilarino Dutra. 

       Quantas vezes me ligava: "Riquetti, hoje vai ter feijoada!". "Riquetti, hoje tem coelho com macarrão". E lá eu costumava me encontrar com nossos amigos em comum, o Sérgio Durigon, o Alfeu Volpato, o saudoso Vinícius Golin, o Antônio Gramázzio (Pitchas), Beto Bazo, Vilson Farias, Odilon Gomes, Guiomedes Proner, e muitos outros. Era boa conversa, uma mesa de snooke, um baralhinho, umas caipirinhas, e assim por diante. 

       Além da comida, seu comércio sempre foi um ponto de encontro de amigos. Sua esposa, filho e filha, eram atenciosos. Os filhos foram meus alunos na Escola Prefeito Sílvio Santos. O sogro, Chico Minozzo, era meu amigão e até foi meu colaborador, em 1989, quando fui prefeito em Ouro. Recentemente, soube que ele não andava muito bem de saúde, mas não imaginei que partisse tão cedo, na casa dos 60 anos. Foi uma pessoa que eu nunca vi triste, estava sempre com o sorrisão estampado no rosto.  A simpatia e a amizade do Willão ficam eternizadas em minha memória. Deus lhe dê o merecido descanso eterno.




       O Pedrão do Besc, Pedro Édison Lamb,  foi meu aluno na sua juventude, nas disciplinas de Português e Inglês. Filho da Dona Catarina, a fiel auxiliar do ex-Prefeito Celso Farina, quando este tinha loja em Capinzal, era a perfeita vendedora: Atenciosa, afável e competente. Trabalhou em diversas lojas daquela cidade.  Minha esposa, Miriam, diz que comprou dela o primeiro sofá. 

       O Pedrão morou, nos últimos anos, aqui em Joaçaba, no Bairro Clara Adélia. Tinha ali sua família, falava dela com orgulho. Eu o encontrei, na primeira vez, na Borracharia do Batatinha, no trevo próximo da nossa Rodoviária de Joaçaba. Mais de 10 anos que não o via, ele me chamou pelo nome, reconheci-o pela voz. Os cabelos já não eram mais escuros, ele não era mais o menino que fora meu aluno, com quem eu tive grande amizade. 

       Nas vezes que o fui encontrando, num comércio aqui perto de casa, ele me relatava sobre coisas que eu falava para eles nas aulas, os conselhos que eu lhes dava. Acho que muito influenciei meus queridos alunos enquanto exerci o magistério. Sua irmã, Sônia, também fora minha aluna, no Mater Dolroum. E eu lhe falava do pai dele: Ido Pedro Lamb! 

        Ido Pedro Lamb era motorista de caminhão, dirigia um Chevrolet. Era conhecido como o "Lampa", pela gurizada. Era valente, assim como o fora o João D´Agnoluzzo. Os dois tiveram o mesmo destino, perderam a vida ainda jovens. Eram fortes e a vida lhes foi tirada bestamente. O "Lampa", assim como o João D ´Agnoluzzo, foram uma espécie de ídolos da galera. Os Adolescentes dos anos 60 admiravam pessoas que davam atenção a eles, que dirigiam, portentosamente, os seus caminhões. Eu falava do pai, e os olhos do Pedrão se enchiam de brilho, era alegria e não lágrimas. E eu tinha o prazer que narrar alguns feitos da fama do seu pai, capaz de enfrentar várias pessoas numa contenda, dada a sua força e valentia. Rendo, aqui, através do Pedro, minha homenagem ao Ido Pedro Lamp e ao João D´Agnoluzzo. 

       Então, aqui deixo registrada a minha homenagem a três grandes pessoas, cada um no seu tempo, na sua época. Meus amigos, amigos de verdade, que levam e merecem, igualmente, minhas orações. Um fraterno abraço nos que ficam!

Euclides Riquetti e Família

10-06-2023

Viciei-me em você

 

Viciei-me em você

 




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Viciei-me em você
Deliciosamente
Freneticamente
Viciadamente!

Viciei-me em você
Com toda a energia
Com a sua alegria
Com sua maestria!

Viciei-me em você
Não devia ser assim
Deveria gostar de mim
Gostar, amar,  enfim!

Viciei-me em você
Viciei-me errado
O vicio do pecado
Desalmado!

Deliciosamente
Freneticamente
Viciadamente!

Euclides Riquetti

Saudando o sábado prazenteio

 



Saudando o sábado prazenteiro

Um novo dia que está clareando

Que seja um dia calmo e fagueiro

Como a rosa branca o enfeitando.


Saúdo o sábado muito esperado

Dia de mate e de muita folgança

Aos mancebos o amor desejado

E moçoilas de cabelos de tranças.


Seja mais um dia bem abençoado

Que sejam atendidos seus desejos

Azul no céu, um sol forte, dourado.


E às senhoras sempre sonhadoras

As ternas carícias, afagos e beijos

Sorriam belas, sutis, encantadoras!


Euclides Riquetti

10-06-2023








Chovem estrelas no céu

 


 



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Chovem estrelas do céu
E caem sobre minha casa
Enquanto a noiva arrasta o véu
Depois que se casa...

Chovem estrelas de prata
Sobre a floresta escura
Enegrecida pela noite casta
De paixão e loucura...

Chovem estrelas em mim
Como chovem em ti
É um espetáculo sem fim
Que se encena por aqui...

Chovem estrelas na alma
Que espera por amor
Esperando a chuva calma
Transgredida em flor...

Chove, então, a chuva fina
Da canção entoada
Do verso rítmico e da rima
Na poesia abençoada...

Chove a chuva da esperança
Caem as estrelas dependuradas
Chove a chuva da bonança
Pra refrescar a madrugada!

Chove, enfim
E chovem estrelas
Para regar meu jardim
Com água e com singeleza!

Enquanto isso
Penso em ti e...
Vou levando minha vida!

Euclides Riquetti

Eu te amo...

 


 




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Eu te amo...

Abre a janela e olha pro céu
(Eu te amo)
Abre a janela e vê o sol
(Sim, eu te amo)
Fecha os olhos e vê as estrelas
(Ah, sim, como eu te amo)
Fecha os olhos e vê as  rosas amarelas
(Sinta que, realmente, eu te amo).

Abre o teu coração e sente que o amor existe
(Percebe que eu te amo)
Abre teus braços e me abraça com toda a paixão
(Claro que eu te amo!)
Traze  teus lábios para perto dos meus
(E veja que muito eu te amo)
Quero sentir o calor dos beijos teus
(Eu te amo, eu te amo, eu te amo!)

Euclides Riquetti

O vento que vem do Sul

 


 



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O vento que vem do sul me traz lembranças
De belos tempos que não mais se repetem
E que se alteram devido às circunstâncias.

O vento que escreve palavras diferentes
Aquelas que nada mais dizem e refletem
Apagará também as imagens no presente.

O vento que leva em si palavras mágicas
É o mesmo que amedronta e que tortura
Pelo temor das decepções mais trágicas.

O vento que deveria trazer-nos paz e amor
Que deveria afagar nosso rosto com ternura
Apenas nos traz desespero e muita dor.

Mas é o próprio vento que nos traz o tempo
Que pode nos devolver o amor e a paz
Que pode avivar nosso terno sentimento.

É o mesmo vento que tanto nos inspirou
E que tantas saudades todos os dias nos traz
De momentos que a vida já desmantelou!

Euclides Riquetti

Na harmonia do universo

 


 



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Pássaros azuis prateados vagam na noite enluarada
Seguem o caminho onde passam os cavalos alados
A estrela maior cintila soberana na manta sagrada
Que cobre o sol ausente e o esconde no outro lado.

Cantigas saudosas flutuam em leves ondas sonoras
E em alfa e centauro flertam com o cruzeiro do sul
Navegam, discretas, nas mentes ágeis e prodigiosas
E afagam as almas puras que rondam todo céu azul.

Partículas estáticas se desprendem dos astros soltos
Que se perdem no ar e se espalham pelo céu infinito
E se curvam diante das divindades e ídolos revoltos.

E, na harmonia do universo meus olhos te procuram
Buscam encontrar teu corpo moreno e o rosto bonito
Pois no leste e no oeste os sonhos nascem e perduram!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 9 de junho de 2023

 


                                        Imagens do autor - daqui pertinho de casa, em Joaçaba


                          Blog do Riquetti  - Seis milhões de visualizações! Comemorando...


       Neste dia 09 de junho de 2023, o Blog do Riquetti atingiu a marca significativa de 6.000.000 (Seis milhões) de visualizações de páginas. Uma alegria e uma honra para mim, que nunca imaginaria que meus  poemas e minhas crônicas pudessem ganhar o mundo. A comunicação digital me permitiu chegar a todos os continentes e centenas de países. Pessoas, de todos os cantos do mundo, acessam meu blog durante todas as horas do dia. 

       Já recebi manifestações de toda a sorte de leitores, alguns que me seguem efetivamente, outros esporadicamente. Importa-me que eu consiga dividir meus sentimentos e meus conhecimentos com outros, não apenas segurar isso tudo para mim. Criar poemas é minha predileção. Pessoas simples, gente humilde, pessoas sofisticadas, gente bonita, o sol, o mar, a água, o fogo, as estrelas, a lua, a areia, as plantas, o ar, as florestas, os pássaros, as flores, o universo, a terra, os versos, as estofes, as rimas, os sonetos, as redondilhas, os versos brancos e os livres, o concreto e o abstrato, o belo, o rústico, as planícies, as montanhas, os montes, as neves, os rios, tudo posso transformar em poesia!

       Um olhar diferente, uma canção ouvida no rádio, uma música no som do carro, a simpatia de uma pessoa, tudo é motivo para eu escrever. Escrevo com orgulho e satisfação. Busco jogar e combinar com as palavras, desafiar as métricas, os ritmos, os isorritmos e os heterorritmos, o que segue o léxico e o que sugere diversidade do semântico. Emociono-me, rio, sorrio: escrevo!

       Obrigado a você que me lê, que me acompanha, me segue! A você, que divide comigo a sua sensibilidade. A todos quantos apreciam o que escrevo. Se tenho estatísticas favoráveis, é porque tenho que me acesse. Você faz parte de meu êxito, é sócio de meu sucesso.

       Grande e carinhoso abraço em você, caro leitor!


Euclides Riquetti

09-06-2023

Um poema levezinho

 


 



Um poema levezinho

Lá vai!

Ou seria apenas levinho

Uaaai!


Um poema poemito

Pequeno, pequenito

Ou um gracioso poeminha

Por mim escrito? 


Um poeminha com jeito

De poemeto

Com duas quadras e dois tercetos

Um soneto!


Não importa o tamanho

Se é normal ou estranho

Se é poema rimado

Ou são versos livres, jogados.


Então, lá vai pra ti:

Escrevi, está aqui.

É um poema insignificante

Mas não é petulante...


É apenas mais um

Um poema desalentado

É um tum tum

Levezinho, adocicado

Sem preocupação com as linhas

Pobrinho em suas rimas.


Mas é um poema...


Euclides Riquetti

O nada... o amor sem fim!

 




O nada... o amor sem fim!   



O nada

Que se contrapõe ao tudo

O ócio

Da depressão o entrudo

O papel em branco

Sem lápis

Sem caneta

Como água sem rio

(Um grande e solitário vazio)

Sem valeta!


O não ter

O tudo faltar

A noiva sem altar

A casa sem goivos

A noiva sem noivo

O velho que não teve o novo

O novo envelhecido pelo tempo

Impuro

Prematuro!


O básico que falta

O silêncio do ostracismo

A vilania do consumismo

O poema sem rimas

A pobreza literária

A agonia primária

As confissões íntimas...


O cãozinho adestrado

Obediente

Inteligente

Educado.

O cabelo bem arrumado

As unhas aparadas

Delicadamente pintadas

Os sonhos sonhados

Os desejos frustrados

Abortados.


A vida é o movimento

O branco das nuvens intensas

Densas.

O azul do firmamento

O vão e frágil sentimento

A saudade

A reciprocidade

A flor sem jardim

O amor sem fim!


E eu, pensando em você:

Bem assim!


Euclides Riquetti

Água que te bebo na sede

 


 




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Água incolor, água inodora
E divinamente saborosa
Sempre que agredida chora
Água puramente deliciosa.

Água molemente gostosa
Ou em plena efervescência
Que mata minha sede gulosa
Presto-lhe toda a reverência.

Água de março a fevereiro
O ano todo água saudável
Que corre no rio altaneiro
Ou brota na fonte potável.

Água que te bebo na sede´
Ou que me lava no banho
Água do mar recebe a rede
E molha seu cabelo castanho.

A mesma água que acaricia
Que teu corpo massageia
Que hidrata tua pele macia
E minha alma incendeia.

Água que respeito e quero
Quero saudar-te em teu dia
Que cuidem de ti eu espero
Para te sorver com alegria!

Euclides Riquetti

Importam-me as vidas dos indefesos


 



Importam-me as vidas dos indefesos

Daqueles que lutam para sobreviver

Que, sob os tratos de diferentes pesos

Falta-lhes quem os ajude a se defender!


Importam-me as vidas das crianças

Daqueles rostinhos tristes e inocentes

Dos velhos sofridos já sem esperança

Das mulheres judiadas pelos serpentes.


Importam-se as pessoas com dignidade

Que trabalham para ganhar o seu pão

Seja nos campos, seja nas cidades...


Importa-me que todos se respeitem

Que valorizem a vida e a terra seu chão

Seres que que aplaudo, seres decentes!


Euclides Riquetti

Chuvas de outono

 



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Caem, no meu Outono, chuvas torrenciais
Molham a terra e verdejam as paisagens
Protegem-se, as pessoas, dos ventos fatais
Que fazem tombar plantas e pastagens.

Esconde-se, o passaredo sob folhas planas
Buscam ocos nos troncos os animaizinhos
E nas velhas árvores frondosas e soberanas
Agazalham-se os sabiás e os passarinhos.

Espantam as chuvas as pessoas das praias
Afugentam os homens que aram os campos
Já não correm os cavalos zainos nas raias
O balido das ovelhas assemelha-se a prantos.

Riem, os idosos, do medo dos meninos
Não se abalam com fenômenos conhecidos
Não temem as intempéries e os desatinos
As marcas da vida os deixaram fortalecidos.

Enquanto isso, penso nos anos que se vão
Penso em você e nas tormentas da sua vida
Rezo a Deus para que lhe dê Sua proteção
Mas chora a minha alma débil e sofrida...

Euclides Riquetti

Eu sou o mar

 


 



Eu sou o mar

Sou o grão que teima

Sou a areia que queima

Sou o sol que arde

Até o fim da tarde!


Eu sou o mar

Que baila revolto

Como um madeiro solto

Livre a flutuar

Sob o sol a queimar!


Eu sou o mar

E sofreria se não me ouvisses

E lamentaria se não repetisses

Meus versos ao declamar

Na tarde sem par!


Sim, eu sou o mar!


Corpos e almas que se esculpem e se queimam

 


 


 




Corpos que se esculpem e se queimam
Imersos nas brasas da paixão
Corpos que se jogam nas areias
Corpos que se estendem pelo chão...

Almas que se julgam e se penam
Imersas nos pecados, na ilusão
Almas que insurgidas se condenam
Almas enegrecidas de carvão...

Corpos que se vestem de vaidade
Belos, formosos, sedutores
Com almas que se esquivam da verdade
Belos, charmosos, pecadores...

Corpos que se deitam em falso chão
Almas que se atormentam na  razão
Vidas que navegam em  incertezas...
São corpos que envelhecem cedo,  cedo
São almas que levitam,  sem sossego
São vidas que flutuam nas correntezas.

(E se vão embora!...)

Euclides Riquetti

quinta-feira, 8 de junho de 2023

Quando a saudade bater à porta

 



Quando a saudade bater em sua porta
Talvez você nem mesmo se dê conta
Mas isso agora já pouco nos importa
Pois  a realidade já não amedronta...

Quando a saudade fizer sentir a dor
A dor da perda sem ter a reparação
É porque ainda em nós resta o amor
E só o amor nos dará compensação...

Sempre que retornar aquela tristeza
Aquela que vem com dor e saudade
Que vem por causa de nossa frieza
Ela nos alerta para uma realidade...

O mundo é mais do que gosto e prazer
É feito para o amor e o entendimento
A alegria deve sobrepor-se ao sofrer
É preciso dar asas ao bom sentimento!

Euclides Riquetti

O toque de suas mãos...



O toque de suas mãos carinhosas
O beijo nos seus lábios vermelhos
O seu corpo refletido no espelho
O doce  sabor de nossos desejos
As minhas intenções pecaminosas.

O silêncio que vem depois
A quietude que toma lugar
O pensamento a duvidar
A água a se derramar
A inundar o caminho de nós dois.

O toque de minhas mãos em seus ombros morenos
A chama do amor que arde incessantemente
O meu olhar no seu olhar de veneno
A chama do amor que arde vorazmente
A rejeição da dor que mata lentamente...

Ah, lentas noites dos enamorados!
Do toque de nossas mãos, sensual
Do nosso envolvimento frágil mas  real
(Porque a vida não é banal...)
A vida é dos corações apaixonados!

Euclides Riquetti

Nas areias claras dos desertos

 



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Porei as letras de teu nome em meu diário
Quem sabe bordadas em pano de algodão
Que eu  guardarei com zelo extraordinário
Para utilizar na letra de uma nova canção.

Um nome dissílabo, talvez até paroxítono
E quem sabe uma silhueta em frente ao mar
Um nome que eu pronunciarei em uníssono
Uma tela que eu pintei apenas pra te retratar...

E, se as letras não formarem a combinação
As palavras para que eu componha os versos
Procurarei nas areias claras a inspiração:

Com uma varinha mágica  eu configurarei
Teu rosto nas areias claras dos desertos
E, se o vento o apagar, de novo eu o farei.

Euclides Riquetti

Botão de rosa bordô

 




Botão de rosa bordô


A rosa bordô chegou na manhã fria
Ela e toda a sua timidez
Para dissipar a insensatez
Para me trazer alegria...

A rosa bordô veio num pequeno botão
Com toda a coragem de uma flor
Determinada a me contagiar com sua cor
A dar ânimo ao meu coração...

A rosa bordô veio devagarinho
Para me inspirar a lhe compor
Um poema romântico, de amor
Pra lhe mostrar meu carinho...

A rosa bordô é sua, é minha
Divinamente sedutora
E, na manhã fria e inspiradora
Me fez compor-lhe um poeminha...

Poeminha que quero que guarde
Como dela guardarei
As pétalas que recolherei
Para um dia poder dar-lhe...

Dar-lhas-ei em dia ensolarado
Quando eu estiver ao seu lado!

Apenas farei isso... bem assim!

Euclides Riquetti

Feche os olhos

 


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Feche seus belos olhos e navegue
Viaje pelos mares da ilusão
Feche seus  olhos distantes  e imagine
Estar trilhando os caminhos da paixão.

Feche seus olhos e pense, pense
Busque voltar para seus tempos de criança
Traga  tudo  do passado até o presente
E veja se eu estou em suas lembranças.

Se você notou-me um dia,  estarei entre os demais
Resgatado de um passado bem  remoto
Então,  valeu-me esperar, eu e meus ais
Ou não me passei de um pobre  moço, assim  ignoto?

E agora, poeta e sempre sonhador
Resta-me eternizar você em meus  pobres  versos
Viver as ilusões, propagar cantos de amor
Espalhar os meus poemas pro universo.

Euclides Riquetti

A última melodia...


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Quando a última melodia seu quarto invadir
Saindo de detrás das cortinas esvoaçantes
Porque você voltará  de novo a me sorrir
Aquele sorriso belo e angelical como antes...

Quando essa mesma melodia vier a roçar
As maçãs rosadas de seu rosto encantador
E o seu sorriso contagiante  voltar a brilhar
Estarei rezando por você ao Deus Senhor!

Quando aqueles sinos novamente repicarem
Na torre da igreja onde nos encontramos
E a emoção fizer as lágrimas rolarem
Lembrarei dos lugares onde nos amamos...

Porque o amor é eterno e indestrutível
Porque o amor jamais  pode  enfraquecer
Porque meu amor é forte e indescritível
Porque o amor verdadeiro nunca vai morrer!

Euclides Riquetti

A voz que veio da lua




A voz que veio da lua

E que chegou mansa e suave

Veio pelos trilhos do vento

Ou então pelas pedras da rua

Talvez embarcada numa nave

Que flutuou no firmamento...


A voz que veio na noite

Trouxe-me paz, me acalmou

Deu-me o sono reparador.

Fez como a água em seu açoite

Que na minha pele se lançou

E que amainou minha dor...


Tua voz veio na noite estrelada

Sussurrar em meus ouvidos

Trazer-me do gozo o gemido

Fazer-me a carícia esperada.


E então meu sonho te abraçou

Te beijou...

Te amou!


Te amou de verdade!


Euclides Riquetti


Na manhã de amanhã

 


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Na manhã de amanhã
Vou abrir a janela do meu quarto
Vou abrir as portas de meu coração
E, sem nenhum lapso
Vou lembrar de o quanto foi bom
Ter conhecido você
E poder me lembrar de você
Na manhã de amanhã...

Na manhã de amanhã
O sol vai brilhar o brilho discreto
E eu vou compor um poema modesto   (pra você...)
Na manhã de amanhã!

Na manhã de amanhã
Depois que as horas da noite tiverem passado
Vou pretender que o novo dia chegado
Me traga os odores das flores silvestres
Que crescem em meio aos ciprestes
Que eu mesmo plantei
E que cresceram e me dão sombra
Nas tardes quentes
E também na manhã de amanhã...

Na manhã de amanhã
As estrelas já estarão escondidas
E muitas almas já estarão arrependidas   (por você...)
Na manhã de amanhã!

E, então, na manhã de amanhã
Todas as almas serão perdoadas
E todas as esperanças estarão renovadas
Porque vem um dia e virão outros ainda
E nós precisamos viver a vida
Porque o tempo passa enquanto dormimos
Enquanto sonhamos e ouvimos
Canções de anjos vestidos de branco
Canções de ninar e acalanto
Que nos animam para uma nova amanhã!

Sim, na manhã de amanhã
Vamos celebrar, com toda a alegria
A chegada de um novo dia    (com você...)
Na manhã de amanhã!

Euclides Riquetti

quarta-feira, 7 de junho de 2023

Dois olhos tristes

 


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Escondem-se, dois olhos tristes, atrás de uma cortina
Divinamente tristes, sóbrios,  muito encantadores
Beleza de mulher: de senhora, de moça e de menina
Olhos que me atraem, sempre  meigos e sedutores.

Dois olhos tristes, calmos, tímidos e fugidios
Que se perdem nas profundezas do pensamento
Dois olhos tristes, ternos, porém arredios
Que fitam, intensamente, o azulado firmamento.

Os olhos que se escondem e que querem atenção
Que permitem vislumbrar mais do que as paisagens
Que enxergam muito além da alma e da imaginação
Que nos transportam pela vida e as suas passagens.

Olhos, singelo par dos tão importantes elementos
Olhos, o permitir conhecer,  o perceber e o sonhar
Olhos alegria de definir-se o caminho sem tormentos
Olhos, o prazer de poder ver, sentir, admirar, amar!

Conflitos da alma

 








Conflitos da alma nos geram dores
Marcas indeléveis, vãs, duradouras
Sofrimentos que vêm de desamores
Nos deixam cicatrizes imorredouras.

Conflitos da alma nos enfraquecem
Aniquilam, mutilam e deprimem
Muitas vezes até nos enlouquecem
Geram danos que não se redimem.

Conflitos, mesmo que com cuidados
Podem deixar feridas muito fundas
Mágoas que formarão o mau legado
Deixarão as marcas mais profundas.

Fazei, ó Deus, com que a harmonia
Se instale em cada um de nós dois
E que nuvens do amor e de alegria
Jamais nos permitam viver sós!

Euclides Riquetti

Quero me perder contigo!


 



Quero te beijar
Me deliciar
Quero te dar
Um beijo com gosto de chima...

Pode ser aquele roubado
Ou aquele duramente conquistado
Deliciosamente degustado
Com sabor de chima...

Um beijo depois de uma cuia de mate
Acompanhado de chocolate
Junto com o desejo que bate
No sorver de nosso chima...

Pode ser um beijo curtinho
Mas dado com todo o carinho
Levemente, de mansinho
Mas delicioso como o chima...

Quero mais do que um beijo de amigo
Quero um beijo caliente
Quero um corpo efervescente
Quero me perder contigo!

E dar-lhe um beijinho
Gostoso:
Com sabor de chima
E de Diamante Negro!

Euclides Riquetti