sábado, 24 de janeiro de 2015

Eu queria que o sol brilhasse...

Eu queria que o sol brilhasse
Eu queria que o sol brilhasse (todos os dias)
Principalmente nas manhãs e tardes de inverno
E que no verão, inclemente e severo
Fosse mais ameno, nos desse alegria
E também  o ânimo por que eu tanto espero.

Eu queria que o sol nos cobrisse com seus raios dourados
Para que pudéssemos andar pelas ruas distribuindo sorrisos
E que todos ficassem contentes por serem escolhidos
A andar pelas calçadas com os braços enlaçados
Nos caminhos traçados neste meu paraíso.

Mas tem sido turbulenta nossa primavera
Turbulenta nas intempéries e nas almas fragilizadas
Tem sido a expectativa simplesmente frustrada
E não a dos dias que há muito se espera
De ver a estação das flores definitivamente chegada.

Ah, eu queria, sim, que o sol brilhasse
E que por aqui ficasse para nos acalentar.
Trazendo de Deus sua energia estelar.
Que viesse, nos aquecesse e nos animasse
Viesse radiante, brilhante,  para nos confortar...

Euclides Riquetti

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Um eterno poema


O mundo é uma grande tenda
Que nos cobre com um manto sagrado
É é bem mais do que  uma antiga lenda
Mais que um planeta bem desenhado.

O mundo não é uma convenção de gentes
Nem uma cadeia de montanhas
Em que há  lugar para crentes e descrentes
Há muitos caminhos em suas entranhas.

E onde quer que nele estejamos
Sempre estaremos em sintonia
Pode estar perto quem nós procuramos
Junto de nós ao curso do dia.

Nossas histórias, cidades e costumes
Tudo envolto num grande sistema
Há os dias de sol, e há  noites de negrume
Mas será  sempre um eterno  poema!

Euclides Riquetti

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O hoje e o amanhã

Não há nenhuma amanhã sem que haja o hoje
E nenhum hoje sem que tenha havido um ontem
Se souberem de algo diferente, por favor me contem
Se for algo triste, por favor me poupem.

Em cada lugar em que eu  andasse ou  fosse
Desejaria saber apenas novidades boas
Nada de coisas que ferem ou magoam
Nada de tragédias, nem de coisas à toa.

Eu gostaria de ver um  mundo formidável
E que nele tudo ficasse em harmonia
Em que cada ser fosse terno e amável.

Mas sonhos são apenas sonhos, nada mais
Que às vezes se apagam no decorrer do dia
E fenecem no ar para não voltarem jamais...

Euclides Riquetti

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Belos, puros, sentimentais...


Existem pessoas especiais, muito especiais
Que marcam os lugares por onde passam
Deixando rastros que muito  nos atraem
Rastros de perfume a da seiva que exalam...

Existem, sim, corpos que flutuam
Divindades carnais que nos levam a pecar
Almas negras, cinzas, brancas, que cultuam
O singelo hábito de me fazer sonhar.

Ah, existem, sim, corações que flecham
Corações que flecham e que são flechados
Corações abertos que nunca se fecham.

Flechas que buscam alvos bem especiais
Alvos que retribuem quando são flechados
Belos, puros, sentimentais...

Euclides Riquetti

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

O mar que nos manda a brisa...

O mar é colossal
Move-se em suas ondulações francas
Gera e extingue as espumas brancas
De água e de sal.

O mar é imenso e colossal
É um oceano de águas turbulentas
Que balamça as mais  doces emoções
Que se quebram nas ondas que chegam lentas
Aos pés, corpos, peles, almas e corações.

O mar que me traz dos tempos de criança
As mais ternas lembranças
É o mar de todas as idades.

O mar que nos manda a brisa generosa
É aquele que embala a alma esperançosa
E que nos faz sentir saudades... saudades... saudades!

Euclides Riquetti

Apenas um raio de sol...

Permita-me ser um raio de sol no seu caminho
Apenas um, mesmo que tímido e acanhado.
Um pequeno esplendor, bem pequenininho
Um raio luminoso em sua pele jogado.

Um raio de sol como outro raio qualquer
Singelo, dourado, simplesmente fenomenal
A brilhar sobre seu corpo perfeito de mulher
Algo terno, admirável, sublime e sensual.

E que seus olhos de esmeralda possam me encontrar
Em horizontes plácidos nas paisagens airosas
Enquanto beijo a brisa suave que vem do mar.

E, nesta primavera e verão sulinos
Que os ventos nos tragam os aromas das rosas
E as notas  emanadas das cordas de um violino.

Euclides Riquetti

domingo, 18 de janeiro de 2015

Sonhos azuis

Meus sonhos são azuis, como azul é  o mar
Nas manhãs de sol brilhante...
Meus sonhos são azuis, como azuis são os olhos
Que  não canso de admirar...
Meus sonhos são azuis como azul é o céu na manhã
Do sol escaldante
Em que as nuvens brancas adornam o firmamento.
Meus sonhos são azuis porque escolheram ser.
Do mesmo azul dos sonhos seus, de sua vontade de viver.

Meus sonhos voam em busca dos seus nas noites do verão
Como já o fez na primavera, no inverno e no outono
Enquanto eu brinco de sonhar com versos, estrofes e poemas...

Meus  sonhos  têm a cor do sangue nobre que banha o seu coração
E que corre em suas veias ágil, rubro anil e morno
Enquanto colho rosas e margaridas nas manhãs serenas...

Meus  sonhos buscam os seus que teimam em não me sonhar
Que teimam em não me querer
Que teimam em não me amar...

Meus  sonhos  azuis dos poemas românticos e das brandas prosas
Meus sonhos azuis  que procuram seus sonhos cor-de-rosa
Meus sonhos de homem que procuram os sonhos de mulher
E que me fazem querer porque creem que você também me quer!

Euclides Riquetti