sábado, 3 de março de 2018

Porque o tempo passsa...


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Porque o tempo passa
É preciso nascer
E é preciso crescer
Porque o tempo passa..

Porque o tempo passa
É preciso estudar
E é preciso trabalhar
Porque o tempo passa...

Porque o tempo passa
É preciso viver
É preciso dar e receber
Porque o tempo passa...

Porque o tempo passa
É preciso caminhar
É preciso amar
Porque o tempo passa...

Porque o tempo passa
Será inevitável sofrer
Será inevitável morrer
Porque o tempo passa!

Euclides Riquetti
03-03-2018







O amor tem fim??



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Apenas um pedaço de papel!
Mas se fosse pintor
Apenas o pincel...
Ou, então, só um violão
Se  fosse apenas cantor, ou se fosse menestrel!

Mas,  para o poeta
Com sua alma inquieta
Apenas um pedacinho de papel.
Branco, quadrado ou retangular
E um lápis para rabiscar
Uns versos com sabor...  de mel.

O poeta busca dentro de si
A força para harmonizar as palavras
E os vocábulos certos
Para compor os versos...

Ah, poeta que brotou de dentro de mim
Eu poderia ter tido outras formas de viver
As minhas epopeias.
Mas fui logo escolher
O desafio às ideias
De propagar, no papel,  o amor... sem fim!

Euclides Riquetti

sexta-feira, 2 de março de 2018

Ser um dia chamado Sol

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Ser um dia chamado Sol
Ser um astro na Primavera
Ser a semana do girassol
Ou a resposta que você espera...

Ser a estrela que a orienta
Ser o Norte que você busca
Ser o sorriso que você ostenta
Ou o brilho com que me ofusca...

Ser papel em que você escreve
Ser o teclado em que você digita
Ser o silêncio nem que seja breve
Ou o olhar que a deixa bonita...

Ser a alegria que você persegue
Ser a tristeza que você refuta
Ser a vitória que você consegue
Ser a canção que você escuta...

Quero ser sol, estrela, papel
Quero ser luz, alegria, o infinito
Quero ser giz, quero ser pincel
Quero pintar seu corpo bonito!

Euclides Riquetti
03-03-2018




Espero, sutilmente, pelo amanhecer

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Espero, sutilmente, pelo amanhecer
Para admirar as plantas e  gramados
As flores das roseiras a resplandecer
Canteiros verdes de chuva molhados.

Olho pela janela da contemplação
Transponho os vidros goticulados
Tenho um cenário na imaginação
A perfeição do dia tão esperado.

Ouço o cantar do alegre passaredo
Anunciando a chegada do novo dia
E inspirado na manhã e nos segredos
Mergulho-me no sonho e na poesia.

Um novo dia, novas expectativas
Que venha o sol depois da chuva
Que venha energia e força positiva
A harmonia que a vida nos arruma.

Euclides Riquetti
02-03-2018







Nós vamos ficar bem...

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Nós poderemos voltar a ficar bem
Se buscarmos pequenas soluções
Poderemos  resolver tudo e ir além
Se controlarmos nossas emoções.

As vidas das pessoas são sujeitas
A percalços que as atormentam
A muitos conflitos e turbulências
Às  situações que as alimentam.

Calma, muita calma é preciso
Mesmo que isso pareça impossível
Mas poderá voltar-nos o sorriso
Se acontecer-nos algo imprevisível.

Diálogo, coração muito aberto
Franqueza e muita determinação
A solução pode estar muito perto
Desde que abrandemos o coração!

Apenas isso!

Euclides Riquetti



quinta-feira, 1 de março de 2018

Todos os meus pecados

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Espero  por um novo tempo, um terno  novo dia
Uma nova e bela manhã, uma nova esperança
Um tempo de muito  amor, um tempo de alegria
Um tempo de colher, um  tempo de bonança...

Um belo novo ano, com êxito e sucesso
Saúde, paz e flores, rosas perfumadas
Poemas sem dilemas, versos e mais versos
Pecados absolvidos, almas perdoadas.

Um novo ano feliz,  com abraços e muitos beijos
Uma rosa vermelha, champanhe ou amarela
Lábios de cereja, de doce e de desejo...

Manhãs ensolaradas, tardes de céu azulado
Pensamentos profanos passando pela janela
Indo juntar aos teus, todos os meus pecados...

Euclides Riquetti

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Um novo tempo, a bela vida


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Buscar um novo tempo, viver a bela vida
Sem traumas, sem tropeços, com alegria
Rejeitar os infortúnios e toda a dor sentida
Sorver, deliciosamente,  o sol do novo dia.

Buscar a paz pra nossa alma, buscar o alento
Jogar para o alto a tristeza, a dor que angustia
Viver intensamente em cada bom momento
Livrar-se de tudo que nos preocupa em cada dia.

Dar lugar apenas àqueles que já mostraram
Que são nossos amigos, amigos verdadeiros
Não se esquecer daqueles que nos amaram
Daqueles que já foram leais e companheiros.

Dar vida à vida dos que nos estendem a mão
Olhar com olhos justos os seres que merecem
Nunca rejeitar quem sabe amar de coração
Viver a alegria sem as dores que entristecem!

Euclides Riquetti

Seu perfume no ar...


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Você se foi
E deixou seu perfume no ar
Você se foi
E me deixou aqui a esperar
E ficamos os dois
Sem nenhuma história pra contar
E, então, depois
Eu fiquei aqui a lembrar
Que há, pois
Seu perfume a me contagiar!

Euclides Riquetti
28-02-2018




De mãos dadas

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Viajo pela rota do tempo
De mãos dadas
Imaginação correndo
Lembrando da vida presente
E de nossas vidas passadas.

Viajo sonhando contigo
Por todas as estradas
Levando teu rosto comigo
Teu olhar feliz e contente
Nas tarde ensolaradas.

Viajo por alguma razão
Nem sei por qual caminho
Buscando reviver a paixão
Que eu vivi antigamente
Quando te dei meu carinho...

Viajo para te reencontrar
Onde quer que tu estejas
Seja em deserto ou em mar
Quero sentir o que tu sentes
Beijar teus lábios de sereia!

Euclides Riquetti
28-02-2018







Nunca deixe um amor morrer...(um amor de verdade!)

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Nunca deixe um amor morrer
Nem tire da flor a sua candura
Procure sempre compreender
Laços de carinho e de ternura.

Nunca mate uma esperança
Nem feche as portas já abertas
Nunca troque a boa lembrança
Por estradas rudes e incertas.

Não abandone jamais a razão
E nem renuncie à realidade
Os problemas do seu coração
Precisam de afeto de verdade.

Haverá sempre um horizonte
Um céu azul, um sol brilhante
Alguém que sempre lhe aponte
Um caminho nunca distante.

A vida não precisará seguir
Uma lógica certa e definitiva
Quererei de você sempre ouvir
Palavras de amor e de vida!

Euclides Riquetti

Os aplausos à intervenção federal no Rio de Janeiro



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       O Brasil viu a primeira atitude um tanto corajosa , mas oportunista, de Michel Temer,  ao decidir por baixar Decreto autorizando a intervenção federal no estado do Rio de Janeiro. O ato aconteceu na última sexta-feira, 16, quando foi nomeado o General de Exército Walter Souza Braga Netto, Comandante Militar do Leste, para que responda por todas as ações envolvendo a Segurança Pública naquele estado. Isso significa que o Governador Luiz Fernando Pezão não tem mais qualquer ingerência sobre as Polícias Civil e Militar, Bombeiros, Secretaria de Segurança Pública e afins. Agora é o General quem tem o poder de comandar todas as ações de combate à violência e ao crime organizado. O General deverá estabelecer um plano de combate à violência, com apoio das Forças Armadas e da Força Nacional, com atuação efetiva das polícias militar e civil.  Na segunda-feira, 19, patrulhas do Exército, Marinha e Aeronáutica já estavam vigiando e fazendo abordagens, com apreensões de drogas e armamentos nas rodovias que ligam o Rio aos seus estados limítrofes. Braga Netto é detentor de 23 condecorações nacionais e 4 internacionais,

       Nos últimos meses, a população do Rio de Janeiro e os turistas que visitam a antiga cidade maravilhosa, têm sido vítimas de assaltos, balas perdidas e atentados contra policiais. Famílias vinham chorando a morte de entes queridos e, durante o período de carnaval, aconteceram as maiores barbaridades em termos de violência. Enquanto isso, o Prefeito Marcelo Crivella aportava na Europa e o Governador Luiz Fernando Pezão de ausentava da Capital, deixando a cidade por conta dos bandidos. O Governo do Rio perdeu a autoridade e algo muito sério precisava ser feito. Então, na segunda, 19, os deputados que compõem a Câmara Federal, por 340 votos a favor e 72 contra, aprovaram o Decreto baixado pelo Presidente Michel temer. Ao meu ver, foi algo muito positivo e necessário. No Senado, a votação resultou em 55 votos a favor e 13 contra a validação do Decreto. Agora, em razão da vigência do Decreto, até 31 de dezembro deste ano, nenhuma alteração constitucional pode ser votada. Em caso de revogação deste, pouco antes do término do ano, a votação do projeto de reforma da Previdência Social poderia voltar à pauta.

       Tão logo o Decreto foi publicado, comecei a pesquisar e ouvir sobre as opiniões acerca do assunto. Busquei no google; “manifestações dos sociólogos sobre a intervenção federal no Rio”. Pois bem, já havia uma nota do Sindicato dos Sociólogos do Rio de Janeiro se posicionando e manifestando-se efusivamente contrário. Em “O Dia”, jornal carioca, havia uma enquete on line sobre a intervenção. Foram  68% de votos a favor e 32% contrários. Nos noticiários televisivos, comecei a analisar as posições dos cientistas políticos. Coitados! São tão teóricos e submissos à sua sanha ideológica, que me dão pena. Nenhum deles, em nenhum momento da vida, se elegeu para nada. E, quando alguns desses metidos a humanistas conseguem eleger-se para algum cargo, sua administração é sempre desastrosa. Falam sem conhecer!

       Quem pensa que as Forças Armadas dormiram após a promulgação da Constituição Federal de 1988, está bem enganado. Estão dotadas de muitas informações e acumulam muitos estudos e conhecimento. Resta, agora, que em todos os estados as autoridades coloquem os policiais nas ruas, excluam-nos do serviço burocrático, e retirem os “ordenanças” alojados em gabinetes de deputados e governadores.

Euclides Riquetti – Escritor – Membro da ALB/SC




terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Riccordi: Primeiro Enontro da Família Richetti/Riquetti em Cascavel - PR

14-10-2012:

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Genoveva Piccoli Richetti e Frederico Richetti
meus avôs. Deles descenderam os Richetti e
Riquetti que residem em Cascavel - PR e cidades
próximas.

          Participamos, neste feriadão, do Primeiro Econtro da Família Richetti/Riquetti em Cascavel, Paraná. Foi uma experiência emocionante e renovadora para mim. Fiquei sabendo que  iria acontecer há três semanas, quando estava em viagem de férias pelo litoral catarinense e minha decisão de participar  deu-se na mesma hora. Meu primo Jaime Richetti havia ligado para minha filha, Caroline, e ela informou-me sobre isso. 

         Viajamos na sexta-feira, 12, bem cedinho, e logo após o meio-dia, chegamos a Casavel, aquela progressista e bela cidade do Grande Oeste Paranaense. À tardinha fui ao local do Encontro, o salão de festas da Igreja de Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, localizada nas proximidades da Rodovia BR 277, na saída para Curitiba. Os descendentes de meu tio, Marcelino Richetti, foram os pioneiros daquele ponto de Cascavel, onde iniciaram uma empresa e até hoje a maioria ali reside. Dos filhos dele, o Hilário e o Alcides deixaram seus entes e moram no Céu. É uma turma numerosa e a ideia de se realizar a festa veio justamente da Dilma, uma das filhas, e foi abraçada pelos filhos do Tio César que ali residem, no Parque São Paulo, o Jaime, o Juvelino e o Jânio. E recebemos muita atenção da Vero. Mas o time organizador estava muito forte e o evento teve um nível de organização excelente, tanto que, em 2013, vai-se repetir na mesma cidade.

          Na chegada, encontrei muitos dos meus primos, de diversos graus, com os quais fui- me entrosando. Dentre eles estava o Dirceu, marido da Célia, o Alao, o Carlinhos, nosso fogueteiro e marido da Everly, o Geovani Fabian, marido da Cristiane. Alguns eu conhecia de redenet, como a Marinês  e  a Neiva, que casou-se com um  italiano de Veneza,  muito simpático e divertido. A Rosane, filha do Hilário e da Fiorentina, e irmã do Gilmar e do Altemio, fez o comentário na missa, em que foram homenageados a Irmã Zulmira e o tio Victório Richetti, o único  filho vivo  do Nono Frederico.

          Reencontrei o Samir Machado, marido da prima Monalysa, o Celso Richetti de Paraí, que trouxe consigo o Danilo, filho do Guerino   ( primo do Guerino meu pai ). Aliás, no meio de muitos reencontros, acabei descobrindo uma sobrinha dele, a Marli, descendente do Benjamim, e fiz a aproximação dos dois, pois nem sabiam da existência um do outro. Conheci o Ângelo Lourival Ricchetti, de Saão Paulo, escritor, de  outro ramo familiar que não o dos descendentes de Pascoal, meu bisavô, que veio de Veneza.  Conversei muito com o Reinildo Galvão, casado com uma prima, e que mora em Curitiba. E com os filhos do Surdi e da prima Deonilda, que vieram de Araucária,  com a prima Iraci Durigon, de Toledo , com a prima Adiles e outras que vieram de Florianópolis.  Reencontrei o Nilvo e o Juventino, filhos do Marcelino, meus primos com idade maior que a minha.  Conversar  e movimentar muito as mãos enquanto falamos, é uma característica presentes em todos nós.

       É claro que não poderei falar de todos os que encontrei e conheci, mas para mim foi tudo muito gratificante.

          Aconteceram apresentações arísticas que deram muito brilho à fesa, com danças típicas e até dança do ventre, com a jovem Vanessa.
          Com apenas um mês desde a idealização e a realização, o acontecimento foi marcante, e todos os que trabalharam pelo seu sucesso merecem nosso aplauso e reconhecimento sincero. Agradeço pela oportunidade de participar e conclamo a todos os que não puderam fazê-lo desta vez, que o façam no dia 12 de outubro de 2013, quando teremos o Segundo Encontro da Família Richetti.

          Uma curiosidade que percebi  na lista telefônica do Hotel: O Juvelino Riquetti é irmão de Jaime e do Jânio Richetti. Bem, eu sou Riquetti neto do Frederico Richetti, tenho parentes com pelo menos quatro  grafias distintas.

          Um grande abraço aos cerca de 300 que estavam lá, gente bonita e inteligente,  e que no próximo ano possamos reunir pelo menos uns 600. Agradeço à Marinês por ter-me mandado um e-mail bem bacana e que li ao chegar em casa.

Euclides Riquetti
14-10-2012

Eu sou o vento


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Eu sou o vento
Que acaricia seu rosto
Que alisa seus cabelos
E afaga seu pensamento.

Eu sou um  vento profeta
Que venta em todas as estações
Que sopra em toas as direções
Sou um  vento que se disfarça de poeta...

Eu sou o vento que sabe o que você pensa e  diz
Que se porta como um mago  adivinho
Que vem e vai de mansinho
E que, sendo profeta, prediz!

Sou vento, sim, apenas um vento assim
Assim,  com mãos para acariciar
Com lábios para te beijar
E coração pra te querer pra mim...

Euclides Riquetti

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

As dores dos espinhos do limoeiro (poema)

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Tempos de incertezas, certamente
Dúvidas que afligem e atormentam
O amanhã que pode simplesmente
Apagar as chamas que alimentam...

Tempos de angústias e de medos
Futuro incerto, quase sem clareza
As vidas com seus enganos ledos
Toda alegria perdendo pra tristeza...

Tempos idos que talvez não voltem
Lembranças boas agora  já se vão
Se os  vulcões  as chamas cospem
Sofre muito mais meu coração!

As dores dos espinhos da roseira
Também dos que saem do limoeiro
Até o que brota da verde laranjeira
Machucam e me ferem por inteiro!

Perceba que no meu triste dilema
Da dor do espinho e da dor da alma
Resulta-me mais um triste poema
Nada mais me ajuda nem me acalma!

Euclides Riquetti

Zina e Breca - Cachucha e Cride - uma história real!


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Colégio Cid Gonzaga - Porto União - foto da época

          Dois de junho de 1973 - sábado. Dia de Festa Junina em Porto União, no Colégio Cid Gonzaga. Toda a juventude das cidades gêmeas do Iguaçu estava ansiosa para que esse dia chegasse. É que acontecia uma festa muito badalada por lá. Além dos folguedos, dança na sala do auditório. Talvez que essa fosse a parte mais esperada da festa...

          O Professor Welcedino, um "serra-abaixo" catarinense gostava de ter tudo bem organizado. A festa era muito esperada. Quadrilhas de danças, quentão, pipoca, pinhão, doce de abóbora, amendoim, pé-de-moleque... Foguetes espocando no ar. As rádios Colmeia, Difusora e União com seus locutores falando do evento. Os jornais "O Comércio", "Caiçara" e "Traço de União" dando força. E nós, jovens, na expectativa.

          Mandei uma carta para minha irmã Iradi convidando-a. Veio com a prima Salete Baretta. Foram hospedar-se na casa da prima Gena Casara que estava estudando por lá. Chegaram na sexta à tarde. Tudo preparado para irmos à Festa no sábado. Imperdível.

          Mas um imprevisto quase que atrapalha nossos planos. Nosso colega da República Esquadrão da Vida, o Celso Lazarini, o Breca, nascido no hoje Lacerdópolis (quando ainda petencia a Capinzal) e que  morou na casa do Serafim Andrioni, no Ouro, e em 1968 trabalhava nas Casas Eduardo, em Capinzal, estava machucado.  Agora era o melhor goleiro de futsal em União da Vitória, fora profissional no futebol de campo. Pois na  sexta levou  um chute no nariz, na Quadra do Túlio de França.  O Dorinho  ia fazer o gol, o Breca foi brecar e o pé do artilheiro arrebentou o nariz de nosso colega. Emergência, cirurgia. Ficamos todos muito preocupados. Víamos o sofrimento do amigo e tínhamos nossa programação de lazer. Não queríamos perder a festa,  nem deixar o amigo sozinho em casa naquele sábado. Precisava de cuidados. Ele dizia que podíamos ir, que ele mesmo se cuidava. Gentil como sempre. É assim até hoje.

          Pertinho de casa havia um salão de estética, o "Silhueta". A Zina, a Célia comandavam. A Ivone, cunhada da irmã da Zina, estava sob seus cuidados. Eram minhas amigas. A Zina estava chorosa, de mal com a vida, deprimindo-se. Pedi-lhe um favor. Perguntei-lhe se poderia cuidar do Breca naquela noite para que pudesse participar da festa junina no Cid. Disse-lhe que ele estava machucado e precisava de cuidados. Pensei que um podia cuidar do outro. Aceitou que eu o deixasse em sua casa. Cuidaria dele. E assim o fez.

          Fomos com os colegas, o Osvaldo e os dois  Odacir, o Giaretta e o Contini, mais  minha irmã  e a prima para a festa. Eu de braços dados com minha irmã. O Boles não foi, tinha que ficar no ponto de táxi com seu Corcel 4 portas. Era um horário bom pra ganhar uma graninha.
Na chegada, percebi que havia uma bela garota com quem eu tinha dançado no "Clube 25"  duas semanas antes. Ela deve ter-se decepcionado comigo, pois eu estava de braços dados com uma de quase minha altura. Não sabia ela que era minha irmã que estava comigo.  Adiante, contou-me que pensou que era minha namorada...

         Na dança, muita animaçao na sala do auditório. Um colega meu era Cabo do Exército Brasileiro, do 5º BE, de Porto União, Odacir Contini. Educado, respeitava as regras dos militares. Quando íamos ao cinema, com os Cabos Frarom, Backes, Godói, Figueira ou Maciel, tínhamos que sentar atrás de qualquer oficial superior deles. Então, no Cine Ópera, entrávamos olhando para as cadeiras e precisávamos  ir ao fundo do cinema ver os filmes e respeitar essa regra hierárquica. Nenhum subalterno podia sentar à frente de um superior.  Pois bem, o Contini falou-me: "Vou tirar aquela morena que está com a Dora pra dançar. E, educadamente, deu a volta por detrás dos  presentes, pois havia um sargento no local.

          Quando vi que era a garota que eu conhecera poucas  semanas antes, cortei caminho pelo meio do salão. Eu não era militar, não  tinha superior, podia ir por onde bem entendesse. E, quando ele lá chegou, eu já estava com ela. E dançamos. Dançamos, dançamos  muito, rimos, contei-lhe piadas.

           Hoje, mais de 40 anos depois, continuamos a dançar, juntos. Temos três  filhos, uma neta, um neto... Dois genros, uma nora!

           E o Breca e a Zina?    Bem, ela está cuidando dele há  40 anos também. Têm uma filha, a Marcela, que voltou recentemente para Porto Uni'ao depois de estudar na Austrália. O Breca  vende carros em sua loja numa bela esquina da ida para o Estádio do Ferroviário. A Zina tem seu salão ali perto do Clube Concórdia. Continua igual há  40 anos. A mesma disposição, a mesma silhueta, a mesma amabilidade e a mesma simpatia. Visitei-os recentemente. Rimos muito, contei para duas amigas dela essa história. Disseram-me que eu deveria escrever sobre isso. Então aqui está.

           Duas histórias que começaram no mesmo dia. E, mesmo com as dificuldades do dia-a-dia, com todas as barras enfrentadas, formamos nossas duas famílias. A Zina e o Breca, a Cachucha e o Cride.


Euclides Riquetti
24-03-2013

Conflitos da alma

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Conflitos da alma nos geram dores
Marcas indeléveis, vãs, duradouras
Sofrimentos que vêm de desamores
Nos deixam cicatrizes imorredouras.

Conflitos da alma nos enfraquecem
Aniquilam, mutilam e deprimem
Muitas vezes até nos enlouquecem
Geram danos que não se redimem.

Conflitos, mesmo que com cuidados
Podem deixar feridas muito fundas
Mágoas que formarão o mau legado
Deixarão as marcas mais profundas.

Fazei, ó Deus, com que a harmonia
Se instale em cada um de nós dois
E que nuvens do amor e de alegria
Jamais nos permitam viver sós!

Euclides Riquetti

domingo, 25 de fevereiro de 2018

Escute...

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Escute os passarinhos que cantam
Que vêm para nos trazer alegria
Vêm para nos dizer "bom dia"!
Por isso mesmo nos encantam...

Escute a sua melodia maviosa
Que vem pra bater nas vidraças
Que se propaga em ruas e praças
Como aquela canção bem saudosa.

Escute, apenas escute, mais nada
Na manhã fresca de domingo
Enquanto você estava dormindo
A canção do passaredo emanada!

Escute, com toda atenção possível
E delicie-se com o que você escuta
É uma orquestra sob uma batuta
Regência natural e indescritível!

Euclides Riquetti
25-02-2018


Morre a atriz indiana Sridevi Kapoor (Sridevi is dead...)

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       Morreu neste sábado, em Dubai, nos Emirados Árabes, a atriz indiana Sridevi Kapoor, formosa e grandiosa estrela de Bollywood, vitimada por ataque cardíaco. A notícia chocou o mundo do cinema. Kappor, 54 anos, tornou-se célebre ao mostrar seu talento nas telas do cinema, angariando milhões de fãs no mundo inteiro. Ela tinha viajado a Dubai com sua família, a fim de para participar de um casamento.

       Sridevi iniciou sua carreira exitosa com apenas quatro anos de idade. Foi inspiração e modelo para diversas outras atrizes indianas, que, sob sua infuência, ingressaram no mundo da sétima arte. São mais de uma centena de filmes protagonizados por ela, em língua hindi. Também gravou dezenas de sucessos musicais, e era reconhecida como uma das maiores atrizes indianas.

Seu nome de nascimento era Shree Amma Yanger Ayyapan, e nasceu em 13 de agosto de 1963, em Sivakasi,no estado da Madras, na Índia. No mundo, ficou muito conhecida por ter estrelado, em 2012, "English Vinglish! No ano de 2013, foi premiada pelo Governo da Índia com a Padma Shri, uma honraria que poucas pessoas detêm naquele país.


Corações de areia


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Corações de areia se despedaçam
Com um simples sopro de vento
Mesmo quando destinos se traçam
E teimam em lutar contra o tempo...

Corações aflitos são fragilizados
Perdem toda a sua força e energia
Sofrem os tormentos desalmados
Perdem de ver o sol e sua alegria.

Os  seres que buscam na utopia
E no imaginário toda a solução
Afogam-se no mar da melancolia.

Pois há uma lógica a pautar a vida:
Seres precisam de amor com razão
E a vida só existe para ser vivida!

Euclides Riquetti