O Brasil viu a
primeira atitude um tanto corajosa , mas oportunista, de Michel Temer, ao decidir por baixar Decreto autorizando a
intervenção federal no estado do Rio de Janeiro. O ato aconteceu na última
sexta-feira, 16, quando foi nomeado o General de Exército Walter Souza Braga
Netto, Comandante Militar do Leste, para que responda por todas as ações
envolvendo a Segurança Pública naquele estado. Isso significa que o Governador
Luiz Fernando Pezão não tem mais qualquer ingerência sobre as Polícias Civil e
Militar, Bombeiros, Secretaria de Segurança Pública e afins. Agora é o General
quem tem o poder de comandar todas as ações de combate à violência e ao crime
organizado. O General deverá estabelecer um plano de combate à violência, com
apoio das Forças Armadas e da Força Nacional, com atuação efetiva das polícias
militar e civil. Na segunda-feira, 19,
patrulhas do Exército, Marinha e Aeronáutica já estavam vigiando e fazendo
abordagens, com apreensões de drogas e armamentos nas rodovias que ligam o Rio
aos seus estados limítrofes. Braga Netto é detentor de 23 condecorações
nacionais e 4 internacionais,
Nos últimos
meses, a população do Rio de Janeiro e os turistas que visitam a antiga cidade
maravilhosa, têm sido vítimas de assaltos, balas perdidas e atentados contra
policiais. Famílias vinham chorando a morte de entes queridos e, durante o
período de carnaval, aconteceram as maiores barbaridades em termos de
violência. Enquanto isso, o Prefeito Marcelo Crivella aportava na Europa e o
Governador Luiz Fernando Pezão de ausentava da Capital, deixando a cidade por
conta dos bandidos. O Governo do Rio perdeu a autoridade e algo muito sério
precisava ser feito. Então, na segunda, 19, os deputados que compõem a Câmara
Federal, por 340 votos a favor e 72 contra, aprovaram o Decreto baixado pelo
Presidente Michel temer. Ao meu ver, foi algo muito positivo e necessário. No
Senado, a votação resultou em 55 votos a favor e 13 contra a validação do
Decreto. Agora, em razão da vigência do Decreto, até 31 de dezembro deste ano,
nenhuma alteração constitucional pode ser votada. Em caso de revogação deste,
pouco antes do término do ano, a votação do projeto de reforma da Previdência
Social poderia voltar à pauta.
Tão logo o
Decreto foi publicado, comecei a pesquisar e ouvir sobre as opiniões acerca do
assunto. Busquei no google; “manifestações dos sociólogos sobre a intervenção
federal no Rio”. Pois bem, já havia uma nota do Sindicato dos Sociólogos do Rio
de Janeiro se posicionando e manifestando-se efusivamente contrário. Em “O
Dia”, jornal carioca, havia uma enquete on line sobre a intervenção. Foram 68% de votos a favor e 32% contrários. Nos
noticiários televisivos, comecei a analisar as posições dos cientistas
políticos. Coitados! São tão teóricos e submissos à sua sanha ideológica, que
me dão pena. Nenhum deles, em nenhum momento da vida, se elegeu para nada. E,
quando alguns desses metidos a humanistas conseguem eleger-se para algum cargo,
sua administração é sempre desastrosa. Falam sem conhecer!
Quem pensa que
as Forças Armadas dormiram após a promulgação da Constituição Federal de 1988,
está bem enganado. Estão dotadas de muitas informações e acumulam muitos
estudos e conhecimento. Resta, agora, que em todos os estados as autoridades
coloquem os policiais nas ruas, excluam-nos do serviço burocrático, e retirem
os “ordenanças” alojados em gabinetes de deputados e governadores.
Euclides Riquetti – Escritor – Membro da ALB/SC