sábado, 22 de junho de 2024

Você foi um anjo

 

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Você foi um anjo que bateu asas
Que foi pousar  num campanário
Que sobrevoou os jardim das casas
Deixando meu coração solitário.

Você foi um anjo que me alentou
Que me deixou marcas inapagáveis
Tantos poemas você me inspirou
Viagens e sonhos inimagináveis.

Você foi um anjo de amor e ternura
Um anjo que me entregou uma flor
Um anjo da alma revestida de alvura.

Você foi um anjo bonito, idealizado
Anjo que à vida me trouxe muita cor
Anjo que me fez feliz e enamorado.

Euclides Riquetti

Lá, onde mora o coração

 

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Lá, onde mora o coração
Há mistérios infindáveis
Há enigmas indecifráveis
Há segredos inconfessáveis
Lá onde mora o coração.

Lá,  onde mora o coração
Consegue chegar o pensamento
Vai pelo ar, com o vento
Vai livre, vai com o tempo
Lá onde mora o coração.

Lá , onde mora o coração
Há lábios certamente rosados
Há lábios por mim desejados
Há amor e há pecados
Lá onde mora o coração...

Euclides Riquetti

Obrigado por me amar

 




Obrigado por me amar



Obrigado por me amar, por dizer que me quer
Obrigado por me deixar feliz, ser um sonhador
Obrigado por dizer que também quer meu amor
Que estará comigo quando nossa velhice vier!

Obrigado por me escrever palavras sedutoras
Obrigado por olhar o céu nas noites estreladas
Obrigado por tornar as manhãs encantadoras
E fazer com que as tardes sejam abençoadas!

Obrigado por me amar, me desejar, me querer
Obrigado por tudo o que você ainda me fizer
Obrigado por me inspirar a criar e a escrever.

Agradeço a Deus pelo amor que você me deu
Agradeço por seus beijos e afagos  de mulher
Agradeço por eu ter você e eu poder ser seu!

Euclides Riquetti

De mãos dadas

 

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Viajo pela rota do tempo
De mãos dadas
Imaginação correndo
Lembrando da vida presente
E de nossas vidas passadas.

Viajo sonhando contigo
Por todas as estradas
Levando teu rosto comigo
Teu olhar feliz e contente
Nas tarde ensolaradas.

Viajo por alguma razão
Nem sei por qual caminho
Buscando reviver a paixão
Que eu vivi antigamente
Quando te dei meu carinho...

Viajo para te reencontrar
Onde quer que tu estejas
Seja em deserto ou em mar
Quero sentir o que tu sentes
Beijar teus lábios de sereia!

Euclides Riquetti

Um porto seguro

 


 




Busque encontrar um porto seguro
E navegar nos mares da tranquilidade
Evite as turbulências do céu escuro
Busque a calmaria nos dias de tempestade.

Busque viver com pessoas otimistas
Com gente que a respeita e lhe quer amar
Mais vale ter poucos amigos leais e realistas
Do que ter muitos em quem não  confiar.

Busque tornar seus dias alegres e prazenteiros
Ter alguém simples, mas com que possa contar
Para compartilhar seus medos, para  juntos sonhar.

Busque os encantos mais puros e verdadeiros
A sinceridade nos gestos, o sorriso mais largado
Busque apenas ser feliz e me ter ao seu lado...

Euclides Riquetti

Querer-te

 


 





Querer-te em todas as horas do dia

Querer-te na fresca madrugada

Para que eu possa matar a nostalgia

Querer-te para que te sintas amada.


Querer-te porque és muito atraente

Querer-te porque és bela e sensual

Porque isso me soa bem normal

Querer-te deliciosa e envolvente.


Querer-te, apenas por muito desejar-te

Querer-te porque é bom te querer

Querer-te comigo em toda a parte...


Querer-te abraçada, olhando o mar

Apenas pelo prazer de te beijar e ter

Pelo gosto de ter, pelo prazer de amar!


Euclides Riquetti

Se os diamantes são eternos ...

 


 




Se os diamantes são eternos

Durarás para sempre

E, como os sonhos de inverno

Serás eterna, eternamente!


Euclides Riquetti

Viajando pelo universo

 


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Se viajares  pelo universo
Transformarei teu sorriso em versos...
Se andares pela estrada asfaltada
Te farei uma poesia rimada...
Se andares sem direção
Te farei uma bela canção...
Se andares por meio aos espinhos
Irei na frente abrindo o caminho...
Se fores passear sob o luar prateado
Farei tudo para estar ao teu lado...
Se andares pelos bravios oceanos
Esperar-te-ei por meses e anos...
Se viajares pela imensidão
Dou-te para levar meu coração...
Com amor
Deu-te a flor:
Apenas isso...
Bem assim!

Euclides Riquetti

There is no more sun on the shore...

 


 



There is no more sun on the shore

And people seem is gone home

And you, did you go there any more

Or stayed home, looking for the sun?


There is no more sun on my street

Its light got off, and I don´t know where to

I remember your kisses, always sweet

I,ve never forgotten you...


It is like there is no more sunny days

And the rain drops are fallen down, I see

It is like the songs have gone away

And waters, sadly, go down to the seas. 


But I think tomorrow it´ll be better!


Richetti, Euclides

June 24th  - 2022

A primeira rosa de inverno

 



No primeiro sábado de inverno, uma rosa desponta

Reina absoluta entre as folhas verdes das roseiras

Linda flor magenta que me encanta e me incendeia

Me faz esquecer do frio que me assusta e amedronta.


Flores são enfeites que nos dá a generosa natureza 

Basta que sejam cuidadas, que recebam o carinho

O cuidado das mãos lisas que se ferem nos espinhos

As rosas majestosas reinam no alto de sua realeza.


Rosas de todas as cores me trazem seu encantamento

Cada uma com seu perfume, com o poder de sedução

Por isso cuido delas com afeto e minha maior devoção

Rosas, para os olhos colírio, para o coração o alento!


Euclides Riquetti

22-06-2024





Enquanto você sonhava


 





Enquanto você sonhava
Eu...sonetava!
Procurava sonetar com rimas perfeitas
Nada de frases feitas...
Pois eu...carpintava!

Carpintar poemas é predileção
Compor sonetos é uma alegria
Mergulhar em redondilhas é dedicação
Desafiar-se em alexandrinos é ousadia!

Carpintar poemas é como pintar quadros
Da renascença ao Cubismo
Ironias me soam como descalabros
Sou romântico de pré-realismo!

Então, enquanto você sonhava
E eu sonetava meus sonetos
Com duas quadras e dois tercetos
Eu também sonhava!

Euclides Riquetti

Poema de fim de noite

 


 



Poema de fim de noite

Talvez alguma nostalgia

Não é chicote de açoite

Apenas saudades, guria!


Poema de fim de semana

Letras e versos incertos

Solidão na quente cama

Coração já bem desértico. 


Poema de dia  de sábado

A deserção da inspiração

Cada um foi pro seu lado

Nada de amor no coração.


Último poema publicado

Amanhã é ficar dormindo

Curtir o dia mais sagrado

O dia de paz do domingo!


Euclides Riquetti

sexta-feira, 21 de junho de 2024

Entregue-me seus sonhos, seus segredos!

 



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Entregue-me seus sonhos
Seus desejos
Seus medos
Entregue-me seu olhar
Seus cabelos
Seus seios
Seu corpo de modelo...

Entegue-me tudo sem pedir nada em troca
Faça-me perguntas sem esperar respostas
Faça-me carinhos e diga-me coisas que nos importam
E eu  darei amor, abrigo, agasalho, e tudo de que gosta.

Entregue-me seus sonhos juvenis
Ternos
Eternos
Sutis...
Mas entregue-os.

Entregue-me tudo sem nenhum temor
Como se me estivesse dando apenas uma flor
Entregue-me seus lábios de cor delícia e de sabor cereja
Entregue-me sua alma que me acalenta e deseja.

Coloque suas mãos entre minhas mãos
E entre meus dedos seus delicados dedos
Entregue-me com  paixão  seus grandes segredos!
Apenas seus segredos...
Para que eu possa
Compreendê-los!...

Euclides Riquetti

Procure a felicidade



Praia de Torres - RS

Procure a felicidade com a força de seu coração
Busque-a nos lugares mais simples e escondidos
Busque-a nas praias, nas praças e nos caminhos
Busque-a com os meios que lhe oferece a razão...

Procure a felicidade nas horas do seu dia
Desde os primeiros  claros  da manhã
Faça dessa sua busca uma tarefa bem sã
Refute as tristezas e enalteça a  alegria.

Busque, em todos os invernos e  todos os verões
Busque  a sua felicidade que você tanto procura
Viva as mais belas de todas as emoções;

E, ao encontrar as respostas que você tanto quer
Retribua com carinho e com toda a sua doçura
Com seu jeito formoso de menina  e de mulher...

Euclides Riquetti

Quando o sol redesenhou o céu

 





Quando o sol redesenhou o céu ao fim daquele dia
E matizou em cores quentes o horizonte ondulado
Revivi emoções ternas que há muito eu não sentia
Parecia que eu contemplava um santuário sagrado.

Veja quão bela é a nossa natureza santa e colossal
Os quadros que ela pinta através das mãos divinas
Quando  a harmonia se dispõe,  levemente natural
Quando as perdizes se acocoram pelas campinas...

Descubra meus versos por entre todo esse cenário
Retire de cada um deles a mensagem que quiser
Guarde para você os meus poemas num sacrário.

E, depois de saborear todo o meu carinho  sincero
Venha até mim para me dizer que você me quer
Traga-me todo o seu ser, seu amor puro eu espero!

Euclides Riquetti

Cortejar-te

 


 



Cortejar-te

Querer-te

Desejar-te

Amar-te!


Perder-me

Mergulhar em ti

Absorver-te

Absorver-me!


Beijar-te

Possuir-te

Ir além

Mas não ir

Para o além:


Ficar aqui

Bem perto

De ti!


Euclides Riquetti

Crescemos na politização e na ignorância, regredimos em vários outros campos

 


Crescemos na politização e na ignorância, regredimos em vários outros campos


       Politizar é a ação verbal mais presente nos meios de comunicação e é o resultado da divergência de opinião entre os seres. No Brasil, as discordâncias sobre os múltiplos temas são relevantes. No momento, por exemplo, a questão de votação, ou não, de um projeto que regulariza a punição a quem estupra e a quem comete o aborto é a mais debatida em todos os meios de comunicação. A pressão vem de todos os lados, de quem é contra e de quem é a favor de um Projeto de Lei tratando do assunto e que está para ser votado, em regime de urgência, na Câmara dos Deputados. A polêmica é grande e as opiniões a respeito das punições continuarão sendo bem divergentes.

       A questão, imagino, precisa ser analisada sob a ótica médico-científica. Mulheres, em qualquer idade e que passaram pelo problema deveriam ser ouvidas.

       Enquanto, ou paralelamente a isso, as discussões em relação aos projetos de interesse de nossa Economia vão ficando “para depois”.  A oposição, no Congresso Nacional, e boa parte da população,  criticam o índice do PIB, Produto Interno Bruto, por ser baixo. Enquanto isso, além da questão externa, algumas posições do Presidente lula em relação a gastar mais do que se arrecada, têm provocado a alta do dólar norte-americano e a bolsa de valores continuando em queda. Lula é um crítico contumaz do comportamento do Banco Central, em especial de Campos Neto, presidente deste. Se ele e seus ministros fizessem a parte deles, reduzindo os seus gastos e desperdícios, tudo seria mais fácil. Enquanto o Ministro que cuida da economia, Fernando Haddad, trabalha junto ao Congresso Nacional para a votação de projetos que melhorem a arrecadação federal, o Presidente gasta a torto e a direito.

Inflação – Os juros altos servem para frear a demanda e, consequentemente, para o controle da inflação. Lula, por sua vez, acha que as pessoas gastando mais, havendo mais consumo, há mais crescimento da economia e, por consequência, maior arrecadação e mais dinheiro para ele gastar.

       Os índices de inflação oficiais podem indicar estabilidade, porém o custo de vida para os pobres está muito alto. Os preços dos alimentos estão elevados, especialmente dos hortigranjeiros. A alimentação ocupa a maior parte do orçamento de uma família de baixa renda, por isso  mesmo a inflação para esta é maior.

Vacinação – Os percentuais de pessoas vacinadas no Brasil são vergonhosos. Os adultos, tudo bem que achem que não precisam de vacinas para nada, embora eu seja favorável a que todos tomem as vacinas que sejam recomendadas e aprovadas pela ANVISA.  Mas o que tem acontecido com relação à crianças, que teriam que receber a vacina antipólio, é condenável. Na região, alguns municípios têm sido exitosos e outros um fracasso no quesito.

       Índices ruins em educação – O gasto com educação, no Brasil, é astronômico. O aproveitamento escolar é assustador. A evasão escolar, idem. E isso pode ser creditado à maneira como o estudo e o trabalho são tratados. Num país onde é vantagem não fazer nada e ficar esperando tudo do Governo e de algumas entidades, só poderíamos constatar que há ainda  um fator importante: a falta de vontade de quem deveria frequentar os bancos escolares e a irresponsabilidade dos pais em relação a conduzir os filhos para a escola. Não haverá outra forma de melhorar a vida dos brasileiros se os jovens não concluírem ao menos o Ensino Médio.

       Na questão do trabalho, queixam-se os empresários que não conseguem pessoas para trabalhar, mesmo com carteira assinada, todos os direitos garantidos e ainda outras vantagens.

       Acidentes nas rodovias – São frequentes na nossa região. Nas noites de sexta para sábado, acontecem muito deles, a maioria envolvendo pessoas jovens, do sexo masculino. As baladas e o consumo de bebidas alcoólicas ocasionam perda de controle de si mesmo e sono. Com isso, vários acidentes acontecem e muitas vidas são ceifadas prematuramente. Todo o cuidado é pouco. Enquanto alguns jovens badalam, as mães ficam sem dormir à noite, angustiadas. A lamentar!

        Enquanto isso, as queimadas na Amazônia e no Cerrado estão crescendo, e os que recentemente denunciavam isso, agora se calam!

Euclides Riquetti – Escritor – www.blogdoriquetti.blogspot.com

 

 

Nossa Senhora dos Pedágios

 



 Em viagem pelo Paraná, rezando por Nossa Senhora. Que ela nos acuda!




Nossa Senhora dos Pedágios
Protege os caminhoneiros
Livra-os dos concessionários
Que lhes tomam seus dinheiros!

Nossa Senhora das Estradas
Protege os heróis da boleia
Trabalham e não sobram nada
Pórco cán, porca miséria!

Nossa Senhora dos Borracheiros
Que consertam os pneus furados
Tenha dó desses  brasileiros
Que vivem tão  explorados!

Nossa Senhora dos Bons Motores
Faze sempre o melhor possível
Deixa limpos os bicos injetores
E segura o preço do óleo diesel!

Nossa Senhora do Bom Frete
Pede ao Governo pra que tape os buracos
Pois é a ele que compete
Conservar bem todo o asfalto!

E sempre que na banda da estrada
Tiver uma pequena gandaia
Fecha os olhos, não é nada
É apenas  uma boa parada...

Porque a vida não é só trabaio, tchó!

Euclides Riquetti
01-07-2013

Cheia de poder! (ou vc prefere que a chamem de PODEROSA?

 




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Eu apenas pretendo ver você
Poderosa, faceirona, cheia de poder
Empoderada, cheia de dinheiro
É bem assim que eu quero ver você...
Eu apenas quero ver você
Voando alto, como ave de rapina
Como uma águia poderosa, lá em cima
Toda cheia de razão e de poder...
Eu desejo firmemente ver você
Sonhando alto ali deitada na areia
Cantando alto aquele canto de sereia
Me provocando para ir amar você...
Eu me contento apenas por poder dizer:
É  muito bom ficar olhando pra você
Sem dizer nada, só pensando em querer
Poder dizer que gosto, gosto de você
Mas, se nada tiver, nada, nada de poder
Apenas seu charme, seu olhar convidativo
Isso me basta, já é um grande atrativo
Vale bem mais ter dinheiro e ter poder!
Euclides Riquetti

Veja, amor, como as andorinhas voam

 



Veja, amor, como as andorinhas voam

E se escondem nos vãos dos telhados

Ou pousam nas ramas dos pergolados

Enquanto os sinos dos carrilhões soam.


Veja, amor, como as crianças sorriem

Com seus sorrisos plenos de ternura

Como elas brincam com desenvoltura

Enquanto, na praça, as pessoas só riem.


Veja, amor: os velhos querem amparo

Os animaizinhos querem muita atenção 

As  moçoilas só  querem amor e paixão

Que a noite seja estrelada e o dia claro.


Veja, querida: o sol a espera ali no mar

O convite é para que você corra na areia

Imagine-se nadando tal uma bela sereia

E eu, indo ao seu encontro para a abraçar!


Euclides Rquetti

Madrugada de 21-06-2024

Blog do Riquetti









Amar ... luar...olhar!


 


Mar...
Luar....
Olhar...
Sonhar! (Querer)

Flor...
Amor...
Calor...
Dor! (Sofrer)

Navegar
Divagar...
Namorar...
Amar! (Pretender)

Canção...
Paixão...
Emoção...
Coração! (Viver, viver!, viver!)

E, entre verbos e substantivos
Te ver... tecer... te ter...
E, entre versos (re) sentidos:
Teu ser...
Apenas te querer.
(Jamais te perder!)


Euclides Riquetti

Mater Dolorum (Colégio da minha infância) - poema

 

O autor, com alunos do Mater por ocasião de

palestra



Em manhãs de sol brilhante
Em dias de céu azul como o mar
Eu olho pro alto do monte
E vejo a beleza sem par.

É o colégio dos bons anos
Dos anos de minha infância
A escola onde estudamos
Com toda a sua exuberância.

Em manhãs de inverno eu lembro
Eu lembro com emoção
Dos pique-niques em setembro
Dos passeios no verão.

Eu lembro dos colegas já idos
Que Deus levou para si
E que hoje estão vívidos
No coração que está aqui.

Ah, como a vida era bela
Que saudades do pingue-pongue
Do carinho da Irmã Marinella
De brincar de esconde-esconde.

Saudades eu sinto do amigo
Da amiguinha pura e inocente
Lembranças eu trago comigo
E falo o que minh ´alma sente.

Ah, quantos dias tão saudosos
Em que nós, pequenas crianças
Aprendíamos a ser corajosos
Aprendíamos, eu tenho lembranças.

E hoje, depois de um bom tempo
O Mater ali continua
Majestoso, soberbo elemento
Grandiosa a presença sua.

E eu canto por onde eu ando
Com o orgulho da vitória
A canção que por encanto
Me leva de volta à História.

A História que os filhos ouvem
É a verdade que eu vivi
Até parece que foi ontem
Que escrever eu aprendi.

E, para todos vocês
Colegas tão cheios de vida
Fica o abraço cortês
Meu e de minha família!

Euclides riquetti
26-05-1994 - composto e declamado
mum evento comemorativo do Colégio
Mater Dolorum, em Capinzal - SC,
onde estudei na infância
e lecionei quando adulto.

quinta-feira, 20 de junho de 2024

Em busca do nada...

 


 



O sol causticante e o céu anil azulam o mar

Na manhã quente do início de dezembro

Enquanto fico aqui, absorto, a relembrar 

E, quanto mais eu penso, mais eu relembro.


O verão está prestes a anunciar sua chegada

Virá trazendo os carroceis de Papai Noel

E a paisagem, certamente, vai ser mudada

Pelo verniz das tintas postas pelos pincéis. 


Andam muitas pessoas por todos os lados

Como que fossem procurar  o tempo perdido

Devem haver remédios a serem buscados.


E eu, que também ando em busca do nada

Para reencontrar os melhores tempos vividos

Aqueles que restaram ao longo da estrada!


Euclides Riquetti

A Caixa d ´Água da Maria Fumaça em Rio Capinzal - memórias de minha terra natal

 


          Era o ano de 1910 e o povo vibrava em todo o Vale do Rio do Peixe. Inaugurava-se, neste dia, a estrada de ferro que ligaria Marcelino Ramos, no Rio Grande do Sul, na divisa com Santa Catarina, e Porto União, na divisa com o Paraná, a região contestada que viu muito sangue ser derramado tão logo isso aconteceu.


          Rio Capinzal, um povoado que se localizava no Baixo Vale do Rio do Peixe, e que pertencia ao vasto município de Campos Novos, situava-se à margem esquerda do Rio do Peixe. A área, que se constituíra em local de pouso de tropeiros, bastante povoada por capim paulista e com enorme quantidade de água, era o lugar ideal para o descanso das tropas de bovinos e muares que iam do Rio Grande do Sul para São Paulo. E ali levantaram-se algumas dezenas de residências urbanas, construídas em madeira de pinheiro, um lugar que deveria prosperar muito com a inauguração da ferrovia. Do outro lado do rio, um pequeno povoado chamado de Distrito de Abelardo Luz, pertencente à Colônia de Palmas, do Paraná. Sim, o atual Ouro pertencia ao Estado do Paraná naquela época. A ligação entre os dois povoados dava-se por balsa e botes. Mais ao Sul, entre as atuais  Linha Savoia e Linha Dambrós, antigamente chamada Ribeirão Doze Passos, também era possível que os animais atravessassem o Rio do Peixe sem depender de embarcações, isso quando as éguas deste estivessem baixas. E, em seus cargueiros ou carroças, levassem as mudanças dos descendentes de italianos vinham para colonizar a área à direita do rio.

          E, com a estrada de ferro, foram construídas algumas benfeitorias para dar suporte à sua logística: alguns armazéns, para depósito de mercadorias; muitos estrados para o empilhamento de madeiras gradeadas, tábuas e madeiras quadradas; mangueiras para alojamento de tropas de bovinos destinados a Ponta Grossa e São Paulo; uma estação ferroviária, com local para venda de passagens, comunicação por telefone ou telégrafo; sala de estar para os passageiros, com bancos de madeira para assentar-se; uma sala para depósito de mercadorias; e um café-bar. Em frente, paralelamente à ferrovia, uma extensa plataforma com rampas de acesso ao Norte e ao Sul. E, pendurado num caibro, um sino de bronze que chamavam de "pode" (póde). O pode era acionado para dar autorização para o trem dar partida. O agente da estação ou seu auxiliar repicava o sino, o trem apitava,  e saía de mansinho...  todas essas lembranças me vêm à mente porque muito ouvi falar nas histórias de Rede e porque convivi com pessoas que fizeram parte dela. Acima da "Ponte Nova", localizavam-se as casas, também em madeira, pintadas de um misto de ocre e marrom, onde residiam os turmeiros, encarregados da manutenção da ferrovia.

          Localizada logo após a plataforma de embarque e desembarque, uns 40 metros desta, no sentido Norte, localizava-se a Caixa d´Água. Essa nos traz muitas e muitas histórias à lembrança. Um reservatório enorme para a época, onde se armazenava a água que vinha em canos de metal que lhe traziam a água desde o Morro da Pedreira. Havia um comando composto por uma haste de ferro com um volante, e um dispositivo de lona tecida, uma mangueira com mais de 20 centímetros de diâmetro, que era dirigida para o sentido da Maria Fumaça que ali estacionava, onde era alimentado o reservatório desta, a fim de gerar o vapor que acionava os mecanismos de movimento da locomotiva.  Ao lado da mesma, e à sua frente, do outro lado da ferrovia, os depósitos de lenha empilhada a céu aberto, trazida pelos caminhões, dentre eles o do Sebastião da Silva, pai do Naco, meu colega de ida aos bailecos de Piratuba, Lacerdópolis e Barra do Leão nos dois primeiros anos da dácada de 1970.  

           E o vapor era obtido através da elevação da temperatura da água, o que se sucedia na caldeira, alimentada por fogo de madeira  combustível, a lenha. E, com muita alegria, ouvíamos o apito produzido pela liberação de vapor, que chegava ao longe. Coisas muito simples, que representavam alta tecnologia para a época, mas de grande resultado.

          Nos dias de jogos ou treinos no campo municipal, mas que pertencia à Companhia da Estrada de Ferro, e se situava onde hoje funciona a Estação Rodoviária de Capinzal e a Praça Pedro Lélis da Rocha, os jogadores saíam do campo, nos intervalos, e iam ali para beber água ou tomar uma "refrescada". O volante que servia para liberação da água, por uma espécie de registro, e pela mangueira, era acionado à  esquerda e a água, pura e límpida, descia por sobre o corpo dos jogadores, que bebiam dela enquanto se banhavam, principalmente no verão. Mas os times visitantes não sabiam da existência desta, e enquanto os "da casa" se deliciavam, recuperavam-se e voltavam ao campo muito dispostos para o segundo tempo, os outros se recuperavam, no máximo, recostados nas paredes de madeira que circundavam o mesmo.

          Houve tentativas de desmancharem a caixa de água para vender o metal. Ora, uma voz se fez presente e bradou: "Essa caixa faz parte de nossa história, não pode ser demolida". Vinda de uma pessoa humilde, mas ardorosa defensora de Capinzal, do Sr. Alduir Silva, o popular Binde, impediu que ela fosse retirada. Imaginem perdermos um bem histórico, que foi importado da Inglaterra para, a partir de 1910, disponibilizar a água que produzisse o vapor o qual acionava a locomotiva destinada a puxar os vagões do trem. Vejam os leitores da importância de as cidades terem pessoas que gostam do lugar onde nasceram e defenderem sua história e seu patrimônio histórico! Obrigado, Binde!

          Aquele conjunto que ali reinou até a ocorrência da enchente de 7 de julho de 1983, resta-me na memória saudosa que não me abandona. E na de muitas pessoas de minha geração e das que nos precederam, que não viram o mundo mudar, mas que tiveram o prazer de andar de trem, ir para o Norte ou o Sul, andarem ali com a namorada, com o namorado. Em nosso trem se iniciaram e também se findaram, certamente, muitas histórias de amor... Conheço algumas, que guardo para mim, são minhas, me emocionam...

Euclides Riquetti
04-07-2013

Flores com sabor de vinho, de mel...

 


 





Flores com sabor de vinho, de mel...

Se te mandarem flores com sabor de vinho
Com cores alegres, sutis e envolventes
Recebe-as com afeto, amor e carinho
Guarda-as em  vasos de vidro,  transparentes.

Se te mandarem flores com sabor de mel
Com as cores mais doces, gentis e puras
Coloca-as a adornar santos num capitel
E reza pelas almas negras, cinzas, escuras.

Se te mandarem lírios brancos ou amarelos
Lembra-te de que eles são frágeis à luz solar
Embora sejam divinos, perfumosos e singelos
Guarda-os à sombra pra que possam durar.

Se te mandarem rosas simples da estação
Ou sempre-vivas, flores do campo,  margaridas
Girâneos e  mesmo cravos de máscula paixão
Absorve-os como tudo o que há de bom pra vida.

Flores com sabor de vinho, mel e com perfumes
Flores de ternura e encanto sem medida
Flores transcendem eras, lugares e costumes
Flores, o que há de melhor em nossa vida!

Euclides Riquetti

Crônica de fim de tarde: "Padinho, neca cavai?"

 


 





1. Eu, em Leáozinho, na casa de meu padrinho. 2. Irmãs de meu nonno Frederico Richetti. 3. Foto de minha carteirinha de estudante da FAFI - 1972. Família de Frederico Richeetti. 


       Provavelmente que meus leitores já estejam até cansados de saberem que saí de casa com um ano, um mês e vinte e um dias, pois nasceu minha irmã Iradi, e fui morar com um vizinho, que se tornou meu padrinho, João Frank, marido de Rachele Vitorazzi Frank, em Leãozinho, no Distrito de Ouro, município de Capinzal. Sim, nossa antiga Rio Capinzal, vale do Rio do Peixe, no Meio-Oeste de Santa Catarina.

       A responsável pela minha saída de casa desde tão cedo, dando rumo diferente para minha infância, a Iradi Lourdes Riquetti Ghidini, mora em União da Vitória - PR, desde março de 1977. No dia seguinte ao em que ela ali chegou, em vim de volta para minha região, indo morar nas Duas Pontes, interior de  Campos Novos, hoje município de Zortéa, e depois para Ouro, e na sequência morando em Joaçaba. 

       Pois tenho lebranças de quando era bem pequeno!  Lembro que, num dia de chuva, estavam procurando pela tesoura. Com ela cortariam palha de trigo para fazer tranças, as quais usavam para costurarem, fazendo chapeús e "esportas", sacolas retangulares ou quadradas, onde carregavam pequenas compras que iam buscar na bodega, distante dois minutos de sua casa. Apontei com o dedo para uma parede e mostrei o objeto cortante pendurado num prego, ao alto, pelo cabo. Certamente que isso era para eu não pegá-la e fazer alguma arte ou machucar-me! Todos ficaram muito admirados porque eu os ajudei a resolver a pequena questão. 

      Moravam, na casa, a Ladires, que adiante casou-se com o Ivo Spuldaro, e que mudaram-se para outra cidade. Eles são pais do Missionário Católico Carismático Ironi Spuldaro, muito conhecido no Paraná e, com extensão, através de suas mídias, no Brasil e no mundo. O Estefenito (Estefano), que depois casou-se com a Irlandina Biarzi; o Aristides, que casou-see com uma Zanol; Catarina, que se casou com Dionízio "Capelão" Pilatti; Delcia, que se casou com Aldérico Zanini. Fui criado como irmão deles todos. 

       Além de todas as lembranças, muitas, convivo com a presença saudosa das famílias de Cesário Frank, Egídio Seganfredo, "Quino" Bazzo, João Andrioni, Primo Biarzi, Danilo Pìssolo (ou Pissoli),  Lanfranco Savaris, mais os Guzzo, Santini, Tonini, Ferrandim, Pilatti, Reina, Penso, Lorenzeti, Buselatto,  Panisson, Marcon,  Santórum, Vetorazzi, Spironello, Bresolin,  e outros. 

       Minhas tarefas principais eram divertir os adultos, dar risadas, cantar junto com eles, roer rapadura de açúcar mascavo, comer puxa-puxa, atirar pedrinhas em passarinhos e no riacho. Seguidamente, ia à casa do Cesário, onde jogava bolicas com a Valde, Valdecir Frank, que nos deixou ainda antes da pandemia. 

       Mas hoje, já cedo, me veio à mente uma frase que dizem que foi a primeira que consegui formular, logo aos dois anos: "Padinho, neca cavai?" 

       Frase marcante, tando que ela povoou a maioria de minhas horas hoje, O que significava? - Pois bem, era: "Padrinho, onde vai com os cavalos?" - cavai, no dialeto italiano eram os cavalos. Provavelmente que ele saía com algum filho, a cavalo, daí eu usar "cavai em vez de caval". O "neca" seria uma corrptela de "aonde vai". 

       Somente aos oito anos voltei a morar com meus pais, já ali no Ouro, onde temos até hoje a propriedade da família, e mora meu querido irmão Vilmar, bem na frente do Posto de Combustíveis da família de José Dambrós. Mas as lembranças de minha vida na infância estão sempre em mim, desde o corte de cabelo com topete, a blusinha verde com listras brancas que minha mãe mandou-me e eu usava somente para aos terços e missas na Capela de Santa Catrina, as calças curtas, o sapato preto que meu pai comprou na loja do Leôncio Zuanazzi. 

       E, assim, vamos vivendo! Conhecendo pessoas, tentando aproveitar da melhor maneira possível os anos que nos restam...


Euclides Celito Riquetti

11-12-2021

Quando a poesia brota do fundo do coração

 


 




Quando a poesia brota do fundo do coração
Ela pode vir em gentil forma de poema
Ou mesmo como letra de uma bela canção
Algo que encanta, não importa o tema...

O sentimento poético é nato no ser humano
Não tem por que ser entendido ou interpretado
Que seja aceito pelos seres em tempos insanos
Quando o mundo confuso nos parece virado...

Benditas as poetas e as mulheres escritoras
Que levam aos leitores suas maravilhas criadas
Benditos os escritores das almas sonhadoras.

Que usem o talento e lhes venha a inspiração
Deus os ilumine nas tardes e nas madrugadas
Coloquem no papel os sentimentos do coração!

Euclides Riquetti

Você é muito especial

 


 


  




Você é pra mim, alguém muito especial
De quem eu gosto, quero muito, demais
Gosto como gosto de peras, de goiabas
Como gosto de figos e uvas adocicadas
De todas as frutas e das flores tropicais:
Você é atraente e divinamente sensual!

Suas mãos e os braços são tão jeitosos
Seus ombros têm o gosto das essências
Gosto de seus olhos e de seus cabelos
Seus dedos finos, só desejo mordê-los.
Seus lábios têm desenho de excelência
Adoro sentir os seus aromas cheirosos ...

De sua boca, vêm palavras interessantes
Meu pensamento vaga para a encontrar
Você é feita dos mais nobres elementos
Com quem quero dividir os sentimentos.
Você é parte de meu sentir e meu sonhar
Com seu belo sorriso e modos elegantes!

Euclides Riquetti

Vento moreno de outono - o último deles...

 




 
 
 
 
 
 
 
 
 
Venta o vento moreno de outono
Venta e venta...
Cai a pálida folha, vencida no tempo
E venta o vento.

Brilha o brilho do sol brilhante
É maio, maio de mês
É a noiva que noiva, que sonha
Sonha com a noite da primeira vez...

Cintila a estrela prateada
Na madrugada
E sibila o vento na gélida  noite
Embala a noite, adentro avançada...

Escreve o poeta o poema, e a noite
É a moça, a musa
E os versos, dispersos, não rimam: fascinam
E a noite provoca, encanta, abusa!

E viva você, tema do canto
Viva, viva!
Como o barco que vai, flutuando, leve
Na noite breve
Festiva!

Euclides Riquetti
07-05-1997